segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Escolha o futuro que você quer para o Brasil

O Brasil tem sido governado por uma abjeta máfia dirigente, disseminada por quase todos partidos do nefasto espectro político que envergonha o país. Seu poder de corrupção sempre existiu, mas aumentou geometricamente após a ascensão da esquerda radical, com seu populismo ideológico e embuste moral. Elas formaram a aliança que governou o país desde 2003, mas se desfez em 2016 com o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Essa aliança foi abalada pela operação Lava Jato, uma espécie de aríete que iniciou a derrubada da fortaleza da corrupção. A operação poderá ser o marco inicial de uma autêntica e pacífica Revolução Brasileira, caso a sociedade lhe dê continuidade e dissemine seu espírito saneador da enfermidade moral e ética que contaminou a nação.

É preciso força de vontade e perseverança para continuar apoiando a Lava-Jato, cujos centros de irradiação estão em Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília. Hoje, conhecemos uma quantidade astronômica de fatos concretos ou de indícios robustos, que revelam a podridão da máfia dirigente, que trata a nação como marionete ou “garota de programa”, a fim de sanear seu apetite amoral e imoral.

Há algum tempo vêm sendo tomadas medidas nos três Poderes da União, que despertam fundadas desconfianças de terem o propósito de proteger ou salvar conhecidos mafiosos de colarinho branco assentados em altos escalões do poder.

A nação merecerá afundar ainda mais no abismo onde está, caso se omita no cumprimento do dever cívico de impedir que essa máfia consiga melar a citada operação, bem como lhe dê os votos, em 2018, para continuar fazendo corrupção política em prol de seus membros e partidos.

Serão apresentadas, de maneira bem resumida, quatro hipóteses de futuro, a médio prazo, relacionadas ao tipo de liderança política que assuma o poder a partir de 2018:

a.  Liderança patrimonialista fisiológica – continuidade da máfia dirigente; progresso e estagnação intermitentes; nação descrente no futuro, sem autoestima e o país sendo ator secundário e desprezado moral e politicamente pela comunidade mundial. Latente possibilidade de conflitos internos e caos social em curto ou médio prazos, bem como de retorno da liderança socialista radical ao governo em 2022.

b. Liderança socialista radical – ampliação do aparelhamento do Estado; e aceleração da estratégia gramcista revolucionária, sob a égide do Foro de São Paulo (agremiação internacionalista-socialista), para prosseguir a destruição de valores e da família tradicional, controlar a sociedade e as instituições, tomar o poder e implantar o socialismo liberticida (com supressão das liberdades fundamentais do ser humano).
Continuação da estratégia da corrupção, como na liderança anterior, pois são duas faces da mesma ignóbil moeda. Assim, fará aliança com partidos da atual máfia dirigente, cuja ideologia é apenas dinheiro e poder. O socialismo é a estrada do fracasso e o Brasil terá décadas de atraso, possibilidade de caos econômico, político e social ou guerra civil a médio prazo.

c. Liderança socialista fabianista (socialdemocrata) – recuperação da estabilidade política, social e econômica e o emprego da estratégia gramcista reformista (não revolucionária, nem marxista e nem radical), de longo prazo, rumo ao socialismo. À semelhança da anterior, também buscará o enfraquecimento da família, das tradições, dos valores, do espírito cívico e do patriotismo. Por ser de linha internacionalista e aliada à oligarquia financeira mundial, haverá perda progressiva de soberania, o país se consolidará como fornecedor de matéria prima e será dependente de produtos de maior valor agregado e tecnologia, importados ou produzidos aqui por empresas estrangeiras.  

d.   Liderança Centrista (liberal e democrata-social – haverá progresso econômico e políticas sociais sustentáveis, garantidos pela liberdade, incentivo e priorização da iniciativa privada, com o Estado participando do apoio social, do desenvolvimento e do mercado de forma seletiva e controlada pela sociedade através de seus representantes e instituições. Paz social e restauração dos valores éticos, morais e cívicos e do patriotismo.

As duas primeiras hipóteses levarão ao desastre, provavelmente, a médio prazo. A terceira corresponde a uma incógnita no futuro, pois nem os fabianistas têm uma noção muito clara de como deve ser concretamente esse tipo de socialismo.

No entanto, o país será um tipo de colônia de primeira linha, dividida entre as maiores potências do mundo globalizado, ou campo de conflito de suas disputas políticas, econômicas e, talvez, militares. Um país sem autoestima, patriotismo e valores morais, com um Estado interventor, inclusive na autoridade da família tradicional.

A quarta hipótese selará a redenção do Brasil, mas depende de um povo com vontade férrea, patriota, perseverante e de lideranças com estratégias que combinem realismo e idealismo, pois o futuro não perdoará a ingenuidade dos que creem em milagres para quem não faça por merece-los.
Portanto, nossa redenção depende da neutralização do poder político da máfia dirigente e das duas lideranças socialistas. Fonte: General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva - Revista Sociedade Militar – 

Comentário:
O fabianismo, é um movimento político-social britânico nascido no fim do século XIX, encabeçado pela Sociedade Fabiana. Esta associação foi fundada em Londres no dia 4 de janeiro de 1884, e propunha, como finalidade institucional, o desenvolvimento da classe operária para torná-la apta a assumir o controle dos meios de produção.
Por que Fabiano?
O fabianismo também se diferencia de outras vertentes do socialismo por acreditar que as mudanças poderiam ocorrer de forma gradual, por meio de reformas: evolução em vez de revolução. Foi por esta característica que o movimento ganhou o nome que tem.
Trata-se de uma referência ao general romano Quintus Fabius, que durante a Segunda Guerra Púnica (218 a 201 A.C) tinha como estratégia cansar o inimigo e atacar suas linhas de suprimento, evitando confrontos diretos com tropas maiores. Fonte: Wikipédia e Gazeta do Povo - 18/07/2017
Liberal e social-democrata-   defendem uma economia essencialmente de mercado, mas onde o Estado também pode fornecer alguns serviços diretamente, garantir o seu fornecimento ou regular a economia. Fonte: Wikipédia

sábado, 11 de novembro de 2017

A guerra esquecida do Iêmen

País se encontra à beira de uma catástrofe humanitária. A situação da população piora a cada dia, desde o início do conflito, há dois anos. Origens das hostilidades ajudam a entender por que paz ainda parece distante.

A história recente do Iêmen é de divisão e derramamento de sangue. Até o início da década de 1960, o país era governado por uma monarquia no norte e pelos britânicos no sul. Uma série de golpes em ambas as regiões mergulhou o país em décadas de violência, culminando na reunificação, em 1990.

O país é um dos mais pobres da região. Em 2015, estava na posição 168 do ranking de 188 países no Índice de Desenvolvimento Humano do Programa da ONU, que mede expectativa de vida, educação e padrão de vida.

Antes da guerra, projeções diziam que a população do Iêmen, de mais de 20 milhões de pessoas, dobraria até 2035. Mais de 18 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária no país. Muitos não têm acesso a infraestruturas sanitárias e água potável.

QUANDO A GUERRA COMEÇOU?
A guerra no Iêmen tem suas origens na Primavera Árabe, em 2011. Manifestações por democracia invadiram as ruas, tentando forçar o presidente Ali Abdullah Saleh a dar fim a seus 33 anos de poder. O alto desemprego e a insatisfação com a família Saleh serviram de combustível para as revoltas. O presidente respondeu com concessões econômicas, mas se recusou a renunciar.

Em março, as tensões nas ruas da capital, Sana, aumentaram, polícia e militares começaram a agir com cada vez mais dureza, e protestos acabaram em derramamento de sangue. Segundo a oposição, mais de 860 pessoas morreram. Em novembro de 2011, Saleh concordou em deixar o poder.

Graças a um acordo negociado internacionalmente, o Iêmen teve uma transferência de poder em novembro. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, assumiu o governo, preparando o caminho para as eleições de fevereiro – em que ele era o único candidato. As tentativas de Hadi de aprovar reformas constitucionais e orçamentais provocaram revolta dos rebeldes houthis no norte.

Em setembro de 2014, depois de anos de caos e violência, insurgentes houthis tomaram a capital, forçando Hadi a mudar seu governo para a cidade portuária de Aden, no sul do país.

QUEM LUTA CONTRA QUEM?

Várias facções estão envolvidas na guerra do Iêmen. Mas, pode-se dizer, o conflito se divide em duas categorias principais: as forças pró-governo lideradas pelo presidente Hadi e as forças antigovernamentais dos houthis, apoiadas pelo ex-presidente Saleh.
Os houthis são provenientes do norte do Iêmen e pertencem a um pequeno ramo de muçulmanos xiitas, conhecidos como zaiditas. Em meados de 2015, os insurgentes já tinham tomando grande parte do sul do país. Atualmente, eles mantêm o controle sobre as principais províncias centrais do norte. O governo de Hadi acusou o Irã de fornecer a eles armas militares, acusações rejeitadas por Teerã.

O governo do presidente Hadi é sediado em Aden, sendo o governo internacionalmente reconhecido do Iêmen. Em março de 2015, Hadi, entretanto, se exilou na capital saudita, Riad, pressionado pelo avanço territorial dos houthis.

Nos últimos meses, fissuras surgiram no governo exilado de Hadi. Na briga de poder, Hadi demitiu seu conselheiro de segurança Aidarous al-Zubaidi e seu ministro Hani Bin Braik.

QUEM FORMA A COALIZÃO LIDERADA PELA ARÁBIA SAUDITA?
Em março de 2015, a Arábia Saudita lançou uma operação militar apoiada por uma coalizão internacional, em uma tentativa para recolocar Hadi no poder.

Juntamente com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos realizaram ataques aéreos em solo iemenita. Kuwait, Bahrein, Catar, Marrocos, Sudão, Jordânia e Egito também contribuíram para as operações.

Estados Unidos e Reino Unido forneceram suporte logístico e inteligência à coalizão liderada pelos sauditas. O conflito é complicado ainda mais pelas tensões entre Arábia Saudita e Irã, que apoia os rebeldes houthi.

QUAL É O ESTÁGIO DA CRISE HUMANITÁRIA?
Na "guerra esquecida" do Iêmen, a população civil é quem mais sai perdendo. De acordo com as Nações Unidas, o número de mortos superou 10 mil no início de 2017, com pelo menos 40 mil feridos.

Os ataques aéreos da coalizão e um bloqueio naval impostos pelas forças da coalizão empurraram o Iêmen – onde mais de 80% dos alimentos são importados – para uma situação de fome.

O Iêmen também foi afetado por um surto de cólera, considerado o pior do mundo pela ONU. Cerca de 400 mil pessoas contraíram a doença desde abril e 1.900 morreram. As Nações Unidas alertam para esta pode ser a pior crise de fome "que o mundo vive em décadas". Por isso, o Conselho de Segurança da ONU apelou para que a aliança liderada pela Arábia Saudita dê fim ao bloqueio de portos e aeroportos.

A falta de suprimentos médicos também preocupa. A ONG Médicos sem Fronteiras suspendeu seu auxílio após dois anos de atuação, a aliança não deixa aviões pousarem no Iêmen. As reservas no banco nacional de sangue do Iêmen estão no final. A ONU e Médicos sem Fronteiras pedem o fim do bloqueio ao Iêmen. Fonte: Deutsche Welle – 10.11.2017






 

O que muda com a reforma trabalhista

Alterações na legislação entram em vigor sábado, 11, com novas regras para itens como hora extra, almoço, deslocamento, insalubridade e home office.
        
CONTRATAÇÃO E ACORDOS TRABALHISTAS

Como fica a contração de empregados?
A regra é a mesma: todos que prestam serviço não eventual mediante salário são considerados empregados. A diferença é que os profissionais autônomos não serão considerados empregados.

Como fica a relação de um funcionário com as demais empresas que pertencem ao mesmo grupo que o contratou?
As empresas do grupo podem ter responsabilidade solidária sobre o empregado, mas as outras empresas dos sócios ficarão protegidas. Na prática, a relação permanece a mesma. Antes mesmo da reforma trabalhista o empregado de uma empresa já podia trabalhar para outras empresas do mesmo grupo econômico, sem que isto surtisse efeitos sobre o seu contrato de trabalho. Com isso, as empresas do mesmo grupo econômico são responsáveis pelo pagamento dos valores devidos pelo empregador, informou o sócio do escritório Mattos Filho, Domingos Fortunato.

Os contratos intermitentes de trabalho serão regulados?
A legislação anterior não previa essa modalidade. Na nova regra, será permitido contratar um funcionário sem horário fixo e o empregado pode ser acionado 3 dias antes do trabalho.

Quem trabalha no home office agora terá regras definidas de trabalho?
Antes, não era previsto. A partir da nova legislação, a atividade em casa passa a ser regulamentada e a infraestrutura para o trabalho será prevista em contrato.

O prazo para o contrato parcial de trabalho é o mesmo?
Não. Pela nova regra, o limite de trabalho semanal passa para 30 horas. Antes, eram 25 horas no máximo.

JORNADA DE TRABALHO, ALMOÇO, HORA EXTRA E FÉRIAS

Os limites de jornada de trabalho mudam?
Não, a jornada estabelecida continua sendo de 8 horas diárias ou até 44 horas semanais. Mas, a partir de agora, será possível fazer acordos entre empregadores e empregados para o cumprimento de uma jornada de 12 horas com 36 horas de descanso.

A troca de roupa e o uso do banheiro serão consideradas na jornada de trabalho?
A legislação anterior não previa essa situação. Mas pela nova regra, essas atividades não serão consideradas como horas extras.

O tempo gasto no transporte para o trabalho e o retorno para casa serão incluídos na jornada?
A partir da nova lei, o deslocamento do funcionário não será considerado parte da jornada de trabalho. Antes, se o transporte era fornecido pela empresa, o trajeto poderia ser considerado parte da jornada.

A hora de almoço deixa de existir com a nova lei?
Não, a lei anterior previa o mínimo de 1 hora de almoço e a nova regra abre espaço para um acordo de almoço de 30 minutos. Mas essa meia hora de pausa, no mínimo, fica garantida.

As regras para a hora extra mudam? E como fica o banco de horas?
Antes, até 2 horas extras diárias eram pagas com valor 50% maior em relação ao valor da hora regular de trabalho do empregado, mas era proibido fazer hora extra para os funcionários com contrato de tempo parcial. O limite também era de até 2 horas por dia e o saldo deveria ser compensado em até um ano. Pela nova regra, o limite e o valor da hora extra não mudam, mas os funcionários de contrato de tempo parcial de trabalho poderão fazer hora extra.

O intervalo antes de começar a fazer as horas extras fica mantido?
Não, agora não é mais obrigatório conceder o descanso de 15 minutos antes de começar a fazer hora extra.

As férias continuam com as mesmas regras?
Não. A regra de 30 dias de férias por ano continua valendo, mas agora será possível dividir em até 3 períodos o cumprimento das férias.

SINDICATO E ACORDOS

Eu continuo obrigado a pagar a contribuição sindical?
Não. Antes, um dia do salário do trabalhador era destinado, obrigatoriamente, à contribuição sindical. Agora deixa de ser obrigatório e o desconto só poderá ocorrer com a autorização do empregado.

A Constituição já prevê acordos coletivos. Por que a reforma alterou a regra? Os acordos coletivos deixam de valer?
Os acordos não tinham previsão na Constituição, mas agora eles terão força de Lei. Antes, muitos acordos eram anulados pela Justiça do Trabalho mesmo sem que haja irregularidades, o que eleva os custos para a empresa e contraria a vontade se trabalhadores, por isso a regra foi alterada.

Os acordos individuais também terão força de Lei, como os coletivos?
Sim. Antes, os acordos individuais também não eram previstos na Constituição. O que muda com a nova regra é que o trabalhador com curso superior e salário duas vezes maior que o teto do INSS, que é de R$ 12.662,62, poderá fazer acordos individuais. Segundo o advogado Domingos Fortunato, para os chamados empregados “hipersuficientes”, alguns pontos definidos pela lei, se negociados, prevalecerão sobre a lei e sobre os acordos feitos com os sindicatos.

Como funciona o conceito de que o 'negociado prevalece sobre o legislado'?
A reforma prevê que acordos coletivos terão força de lei em temas que não restringem direitos constitucionais. Desta forma, a empresa e o funcionário poderão negociar o parcelamento de férias ou alterar o horário de almoço, por exemplo. No entanto, acordos não poderão alterar temas como FGTS, 13º salário e salário-mínimo.

INSALUBRIDADE E GESTANTES

Mudou a regra para o trabalho considerado insalubre?
Sim. Antes, grávidas e lactantes eram automaticamente afastadas, em tese, das atividades consideradas insalubres. Com a nova legislação, o afastamento automático só será feito em casos de "grau máximo" de insalubridade. Em outros casos, o afastamento será apenas mediante apresentação de laudo médico.

DEMISSÃO

O que é a nova rescisão de contrato de trabalho por acordo?
A reforma cria a chamada "rescisão por culpa recíproca". Caso patrão e empregado cheguem a acordo amigável para a saída sem justa causa, será pago metade do aviso prévio e metade da multa sobre o FGTS. Nesse caso, o trabalhador só poderá sacar 80% do FGTS e não terá acesso ao seguro-desemprego. Continuam valendo os outros motivos de rescisão: sem justa causa por iniciativa da empresa, com justa causa do trabalhador, com justa causa da empresa ou por pedido de demissão.

Mudam as regras de homologação em caso de demissão?
A homologação era obrigatória no sindicato ou no Ministério do Trabalho. Mas agora ela deixa de ser obrigatória.

PROCESSOS TRABALHISTAS

Como os processos judiciais envolvendo questões trabalhistas vão funcionar com a nova lei e como fica a questão da má-fé?
A CLT não prevê punição por má-fé nos processos trabalhistas. Com a nova lei, trabalhador ou empresa poderão responder por perdas e danos em caso de uso da má-fé em processo trabalhista. O texto cita "alterar a verdade dos fatos", "proceder de modo temerário", "usar do processo para conseguir objetivo ilegal" ou "interpor recurso com intuito manifestamente protelatório" como situações de má-fé que podem exigir valor de até 10% da ação como indenização à outra parte.

Os honorários na Justiça serão pagos por qual parte?
Hoje, é praticamente inexistente a chance de o trabalhados arcar com os custos judiciais de um processo. A nova regra prevê que esses custos passarão a ser divididos entre o funcionário e a empresa, conforme a decisão em cada assunto. Se o trabalhador questionar cinco temas e perder em dois, pagará custos dessas ações derrotadas.

A multa por discriminação no trabalho passa a valer?
Sim. Se antes a multa não era prevista, a partir de agora quem sofrer discriminação no trabalho pode receber até 50% do benefício máximo do INSS por discriminação de sexo ou etnia.

Como será tratado o dano moral na relação trabalhista?
Atualmente, não há regulamentação sobre o tema. A reforma prevê que trabalhadores poderão pedir reparação em caso de dano à honra, imagem, intimidade, liberdade de ação, autoestima, sexualidade, saúde, lazer e integridade física. Já as empresas poderão processar trabalhadores por danos á imagem, marca, nome, segredo empresarial e sigilo da correspondência. Fonte: O Estado de S.Paulo-09 Novembro 2017 |

Banguela e com carro zero

Povo tem carro novo, celular, mas falta dente da frente. A situação mudou nos últimos anos, mas muita gente gasta dinheiro em bens como carros e celulares de última geração, mas não cuida dos dentes. É uma questão cultural, diz a dentista Carla Sarni, fundadora e presidente da rede de clínicas Sorridents.  

Hoje 20% dos dentistas do mundo estão no Brasil. Temos mais dentistas do que os EUA e o Canadá juntos. Isso é um problema? Acho que o problema maior é que 55% da população não tem hábito de ir ao dentista.

É nisso que precisamos trabalhar, nessa conscientização. Porque dente é saúde, a saúde começa pela boca, as pessoas precisam ir ao dentista e não só quando têm problema ou quando estão com dor. É uma questão cultural a ser trabalhada. Isso melhorou muito nos últimos anos. O cenário de 20 anos atrás era muito pior.
Hoje você vê pais preocupados que os filhos não percam os dentes como eles perderam, isso já é uma evolução fantástica. E tem outra questão: 57% dos dentistas brasileiros, que hoje são mais de 250 mil, estão na região Sudeste.

O problema que eu vejo é cultural, a gente vê gente andando de carro zero, com celular de última geração no bolso e às vezes faltando um dente da frente.
E os dentes têm uma série de correlações com outros órgãos do corpo. É importante não só para a autoestima, mas para a saúde mesmo. A gente vem trabalhando muito na solução disso. O meu instituto atua muito nisso, numa odontologia preventiva, educativa.

FALTA DE DINHEIRO É UM PROBLEMA, MAS TAMBÉM HÁ A CULTURA
Há um pouquinho da questão financeira, mas a cultural é maior.
Então eu perguntava ao paciente: "Por que você quer arrancar esse dente?". Ele respondia que tratar era muito caro, arrancar era mais barato. Eu propunha parcelar o pagamento, perguntava quanto ele poderia pagar por mês.
Quando fazia isso, a pessoa desistia de arrancar o dente. Tudo era uma questão de adequação ao bolso dele. E fui cada vez arrancando menos, conquistando mais pacientes e cheguei a ter fila de espera de paciente de um ano para tratar comigo.

POBRE NÃO QUER DE GRAÇA, QUER SER TRATADO COM RESPEITO
Você tem de olhar para o paciente como um ser humano, uma pessoa que veio buscar a sua ajuda. Por que não orientá-la a fazer o que é melhor para ela? Por que não oferecer o melhor?
Está errado quem acha que as pessoas mais simples não têm dinheiro para fazer as coisas, que querem tudo de graça. Nada disso. Querem ser atendidas com respeito e ter acesso às coisas boas.
Elas não podem errar e pagar duas vezes, elas querem pagar e receber por aquilo que foi pago, querem receber aquilo que foi prometido. Quando você traz esse paciente para perto de você e mostra que é possível ele ter a mesma coisa que a classe A tem, mas parcelado, e ele ter a mesma qualidade de vida, ele realiza o sonho dele e faz, encaixa lá na parcelinha, e são excelentes pagadores, pagam direitinho todos os meses e têm orgulho de saber que foi uma conquista.
Você vê muitos pacientes dizendo: "Doutora, eu perdi os meus dentes, mas os meus filhos não perderam, usaram aparelho". Essa evolução na cultura das pessoas é maravilhosa. Fonte: UO Notícias- 9 de novembro de 2017