sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Constituição "conforme" o STF

Penso que o ativismo judicial fere o equilíbrio dos Poderes e torna o Judiciário o mais relevante, substituindo aquele que reflete a vontade da nação

Escrevo este artigo com profundo desconforto, levando-se em consideração a admiração que tenho pelos ministros do Supremo Tribunal Federal brasileiro, alguns com sólida obra doutrinária e renome internacional. Sinto-me, todavia, na obrigação, como velho advogado, de manifestar meu desencanto com a sua crescente atuação como legisladores e constituintes, e não como julgadores.

À luz da denominada "interpretação conforme", estão conformando a Constituição Federal à sua imagem e semelhança, e não àquela que o povo desenhou por meio de seus representantes.

Participei, a convite dos constituintes, de audiências públicas e mantive permanentes contatos com muitos deles, inclusive com o relator, senador Bernardo Cabral, e com o presidente, deputado Ulysses Guimarães.

Lembro-me que a ideia inicial, alterada na undécima hora, era a de adoção do regime parlamentar. Por tal razão, apesar de o decreto-lei ser execrado pela Constituinte, a medida provisória, copiada do regime parlamentar italiano, foi adotada.

Por outro lado, a fim de não permitir que o Judiciário se transformasse em legislador positivo, foi determinado que, na ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, parágrafo 2º), uma vez declarada a omissão do Congresso, o STF comunicasse ao Parlamento o descumprimento de sua função constitucional, sem, entretanto, fixar prazo para produzir a norma e sem sanção se não a produzisse.

Negou-se, assim, ao Poder Judiciário, a competência para legislar.

Nesse aspecto, para fortalecer mais o Legislativo, deu-lhe o constituinte o poder de sustar qualquer decisão do Judiciário ou do Executivo que ferisse sua competência.

No que diz respeito à família, capaz de gerar prole, discutiu-se se seria ou não necessário incluir o seu conceito no texto supremo -entidade constituída pela união de um homem e de uma mulher e seus descendentes (art. 226, parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º)-, e os próprios constituintes, nos debates, inclusive o relator, entenderam que era relevante fazê-lo, para evitar qualquer outra interpretação, como a de que o conceito pudesse abranger a união homossexual.

Aos pares de mesmo sexo não se excluiu nenhum direito, mas, decididamente, sua união não era -para os constituintes- uma família.

Aliás, idêntica questão foi colocada à Corte Constitucional da França, em 27/1/2011, que houve por bem declarar que cabe ao Legislativo, se desejar mudar a legislação, fazê-lo, mas nunca ao Judiciário legislar sobre uniões homossexuais, pois a relação entre um homem e uma mulher, capaz de gerar filhos, é diferente daquela entre dois homens ou duas mulheres, incapaz de gerar descendentes, que compõem a entidade familiar.

Este ativismo judicial, que fez com que a Suprema Corte substituísse o Poder Legislativo, eleito por 130 milhões de brasileiros -e não por um homem só-, é que entendo estar ferindo o equilíbrio dos Poderes e tornando o Judiciário o mais relevante dos três, com força para legislar, substituindo o único Poder que reflete a vontade da totalidade da nação, pois nele situação e oposição estão representadas.

Sei que a crítica que ora faço poderá, inclusive, indispor-me com os magistrados que a compõem. Mas, há momentos em que, para um velho professor de 76 anos, estar de bem com as suas convicções, defender a democracia e o Estado de Direito, em todos os seus aspectos, é mais importante do que ser politicamente correto.

Sinto-me como o personagem de Eça, em "A Ilustre Casa de Ramires", quando perdeu as graças do monarca: "Prefiro estar bem com Deus e a minha consciência, embora mal com o rei e com o reino".

Fonte: Folha de São Paulo - sexta-feira, 20 de maio de 2011 

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 76, advogado, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, é presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio.

Comentário: Quando uma sociedade não tem ética e moral,  tudo é possível. Li um artigo de um jurista, elogiando a posição do STF sobre a homoafetividade, termo politicamente correto,  e explicando que a família não necessariamente tem de ser um casal, como está explicitamente  na constituição, formada entre um homem e mulher, pode ser  do mesmo sexo. Ele mudou o conceito de família como os demais juízes do STF. Agora a fornicação pode ser entre arruelas, parafusos. Até o MEC está querendo distribuir o KIT-GAY, um DVD, com cenas de homossexualismo para as crianças das escolas públicas,  tenha noção que ser gay, lésbica e transar é uma coisa perfeitamente normal.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dia da Vitória

Em 8 de maio, o Mundo comemorou o 66º aniversário do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. Cerimônias aconteceram em Moscou, Paris , Londres e Washington. .

No Brasil, a data não é muito comemorada, com um governo desmemoriado e sem cultura e valores pátrios e também com uma tímida comemoração no âmbito das Forças Armadas. Sabe-se quem ganhou a final do Campeonato Paulista, Carioca, Gaúcho, Minas, etc. mas não sabe  a participação brasileira na guerra.

A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.

As estimativas para o total de mortos na guerra variam, pois muitas mortes não foram registradas.

A maioria sugere que cerca de 60 milhões de pessoas morreram na guerra, incluindo cerca de 20 milhões de soldados e 40 milhões de civis. Muitos civis morreram por causa de doenças, fome, massacres, bombardeios e genocídio deliberado.

Controvérsias na estimativa de mortes- Embora o número exato de mortes é impossível de determinar e diferentes fontes acreditam na exatidão dos diferentes valores.  


Country
Military
Civilian
Deaths
Rússia
13,600,000
7,700,000
21,300,000
China
1,324,000
10,000,000
11,324,000
Alemanha
3,250,000
3,810,000
7,060,000
Polônia
850
6,000,000
6,850,000
Japão
-
-
2,000,000
Iugoslávia
300
1,400,000
1,706,000
Romênia
520
465
985
França
340
470
810
Hungria
-
-
750
Áustria
380
145
525
Grécia
-
-
520
EUA
500
-
500
Itália
330
80
410
Checoslováquia
-
-
400
Grã Bretanha
326
62
388
Holanda
198
12
210
Bélgica
76
12
88
Finlândia
-
-
84
Canadá
39
-
39
Índia
36
-
36
Austrália
29
-
29
Albânia
-
-
28
Espanha
12
10
22
Bulgária
19
2
21
Nova Zelândia
12
-
12
Noruega
-
-
10,262
África do Sul
9
-
9
Luxemburgo
-
-
5
Dinamarca
4
-
4
Total
-
-
56,125,262



Brasil na Guerra

A Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi a força militar brasileira de 25.334 homens que lutou ao lado dos Aliados na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria, acabou por abranger todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que era "mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".

Mortes

■ 21 submarinos alemães e dois italianos foram responsáveis pelo afundamento de trinta e seis navios mercantes brasileiros, causando  1.691 sobreviventes  e 1.074  mortes Este foi o principal motivo que conduziu à declaração de guerra do Brasil aos países do eixo.

■ A FEB lutou contra nove divisões alemãs e três italianas, sofrendo 457 mortes, 2.064 feridos, e teve 35 militares prisioneiros .


Fonte: Wikipédia

Comentário: "Os heróis inspiram, motivam. (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa."  Paul Johnson (historiador inglês)

Vídeo: