Tem vista privilegiada do país. Sobe, desce, para ou cai.
Comentário:
Os estudiosos afirmam que as primeiras moscas azuis chegaram
ao Brasil por intermédio das caravelas de Pedro Alvares Cabral e tinham o nome
científico de Nobilis Portugcalensis. Com o passar dos anos, essas moscas
sofreram várias mutações.
Aliás, esta é uma das principais características desse tipo
de moscas : adaptação perfeita ao governo vigente. Assim, no Brasil Império,
elas eram chamadas de Muscus Imperialis. Na l República, a Mosca Azul sofreu
seu maior número de mutações: foram conhecidas como Arisocratis Insectus na
República Velha.
Depois de alguns anos, no Estado Novo, transformaram-se em
Dictatores Picantes e, em meados da década de 40, até o inicio da década de 60
foram batizadas de Entregus Internacionalis.
Entre as décadas de 60 e 70, as moscas atingiram seu estágio
mais nocivo, pois atacavam as pessoas tanto físicamente, como mentalmente, por
isso, foram classificadas de Milites Corrupti.
E, nos dias de hoje, devido ao seu alto nível de
sofisticação, não identificada em lugar nenhum fora do Brasil, a Mosca Azul é
cientificamente conhecida por Conchaves Amici.
As Moscas Azuis são encontradas em todo o território
nacional, mas foi em Brasília que elas mais se adaptaram, o clima de lá é
bastante propício a sua proliferação. Elas costumam ficar alojadas nos
aparelhos de ar condicionados dos gabinetes, embaixo das mesas e das cadeiras
dos políticos.. Depositam seus ovos nos mais diversos lugares, fazendo com que
sua disseminação seja bastante eficiente e rápida. Assim, os ovos da Mosca Azul
são passados mediante um aperto de mão, tapinhas nas costas, ou mesmo, indiretamente
pelas redes sociais. Autor desconhecido
La Corte Electoral deberá escrutar los votos observados
(35.229) y los anulados (53.619). La proclamación oficial será el viernes
próximo.
Escrutado el 100% de los votos, el candidato blanco recogió
1.168.019 sufragios contra 1.139.353 del postulante oficialista; 28.666 votos
de diferencia con 35.229 observados que se empezarán a contar el próximo
martes. Fuente: Lunes, 25 Noviembre 2019
Em resposta à situação confusa de Brexit, o Museu de Bristol
mais uma vez coloca em exposição "Devolved Parliament" pelo artista
britânico Banksy apenas a tempo para o dia de Brexit. O "Parlamento
Descentralizado" retrata os políticos da Câmara dos Comuns como chimpanzés
argumentando.
Embora tenha sido criado há dez anos no contexto da
exposição "Banksy versus Bristol Museum", a pintura "Parlamento
Descentralizado" parece refletir perfeitamente o impasse do Brexit. Na
quarta-feira, 27 de março de 2019, a Câmara dos Comuns britânica quis chegar a
uma decisão sobre como proceder com o Brexit. O objetivo era realmente dar ao
governo alguma direção. Eles não podiam decidir sobre um cenário do Brexit. E
apesar de sexta-feira fosse o dia em que a Grã-Bretanha e a UE se separariam para
sempre, nada aconteceu.
Em 2009, Banksy exibiu sua maior pintura até hoje no Museu
de Bristol e Galeria de Arte: "Devolvef Parliament". Ele preencheu a
sala de reuniões da Câmara dos Comuns com chimpanzés. "Eu desenhei 100
chimpanzés e eles ainda me chamam de artista guerrilheiro", disse Banksy
quando o quadro em 2009. A mensagem do quadro é tão atual na época quanto hoje:
os políticos do parlamento britânico estão perdendo o controle.
O título "Devolved Parliament " referia-se originalmente a
uma evolução na Constituição do Reino Unido, que permitiu aos parlamentos
regionais da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decidissem sobre questões regionais em 1998. Antes disso,
todas as leis passavam pelo parlamento em Westminster. A reinterpretação da
pintura à luz do debate sobre o Brexit expõe a ambiguidade do quadro.
Embora a porta-voz de Banksy tenha chamado a peça de "enorme
relevância" para o clima político atual do Parlamento, ela observou que
seu ressurgimento não é "um comentário sobre o Brexit por Banksy por
qualquer meio, mas é uma revelação oportuna do museu tê‑lo exposto". Fonte: Hype Blaze - APRIL 4, 20192
Comentário: Lembra também o congresso de um país abaixo da
linha do equador?
QUEM É BANKSY
Banksy é um veterano artista de rua britânico, cujos
trabalhos em estêncil são facilmente
encontrados nas ruas da cidade de Bristol, mas também em Londres e em várias
cidades do mundo.
Banksy é o pseudônimo de um artista pintor de graffiti,
pintor de telas, ativista político e diretor de cinema britânico. A sua arte de
rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma distinta
técnica de estêncil. Seus trabalhos de comentários sociais e políticos podem
ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.
O trabalho de Banksy nasceu da cena alternativa de Bristol,
e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer
gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol (Inglaterra),
onde também foi criado. Filho de um técnico de fotocopiadora,
Começou com graffiti
durante o grande boom de aerossol em Bristol no fim da década de 1980. Observadores
notaram que seu estilo é muito similar a Blek le Rat, que começou a trabalhar
com estênceis em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda
anarco-punk Crass no sistema de metro de Londres no fim da década de 1970.
Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti
como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como paredes e ruas,
e chega a usar objetos para expô-la. Banksy não vende seus trabalhos
diretamente, mas sabe-se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus
graffitis nos locais em que foram feitos e deixaram o problema de como remover
o desenho nas mãos dos compradores. Fonte: Wikipédia
Em horário nobre, programa humorístico da principal rede de
televisão pública da Alemanha satiriza o governo brasileiro, criticando suas
políticas ambientais e agrícolas e chama presidente de o "boçal de
Ipanema'".
Borat, bobo da corte e protagonista do clássico de terror
Massacre da serra elétrica – essas foram algumas das associações feitas ao
presidente Jair Bolsonaro pelo programa humorístico alemão Extra 3, transmitido
na noite de quinta-feira (15/08).
Atração de horário nobre da ARD, principal rede de televisão
pública alemã, o programa satirizou por quase cinco minutos o governo do
presidente brasileiro, criticando principalmente sua política ambiental e o
desmatamento na Amazônia.
"Um sujeito que não pensa nem um pouco sobre
sustentabilidade e emissão de CO2 é o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o
'Trump do samba'. Mas alguns dizem também 'o boçal de Ipanema'", afirma o
apresentador Christian Ehring, em frente a uma fotomontagem de
Bolsonaro vestindo a sunga do personagem Borat, criado pelo
humorista britânico Sacha Baron Cohen.
"Bolsonaro deixa a floresta tropical ser destruída para
que gado possa pastar e para que possa ser plantada soja para produzir ração
para o gado", continua Ehring, após mencionar os mais recentes dados sobre
desmatamento no Brasil e diante de outra montagem, dessa vez mostrando
Bolsonaro com uma serra elétrica nas mãos.
"Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, o
desmatamento cresceu significativamente e pode continuar aumentando a longo
prazo", diz uma voz em off, após aparecer uma foto do líder brasileiro
como um "bobo da corte do agronegócio", segurando uma garrafa de
pesticida.
O apresentador destaca ainda que o presidente "não se
importa nem um pouco" com a suspensão de verbas para projetos ambientais
anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente alemão no fim de semana. "Pegue
essa grana e refloreste a Alemanha, tá ok? Lá tá precisando muito mais do que
aqui", afirmou Bolsonaro ao reagir com desprezo ao congelamento dos repasses.
Ehring também fala sobre o acordo comercial negociado entre
a União Europeia e o Mercosul, chamando o pacto de um "romance
destrutivo". Atrás dele aparece uma fotomontagem retratando o presidente e
a chanceler federal alemã, Angela Merkel, como uma dançarina sentada em seus
braços.
"Bolsonaro ainda demitiu o chefe do próprio instituto
que registrou o desmatamento na floresta tropical", ressalta o comediante,
referindo-se à demissão de Ricardo Galvão do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). "E também nomeou a principal lobista da indústria
agropecuária como ministra da Agricultura", complementa.
Em seguida, ele apresenta um videoclipe da chamada
Bolsonaro-Song, uma paródia da música Copacabana, sucesso nos anos 70 na voz do
americano Barry Manilow. O vídeo intercala cenas de Bolsonaro com imagens de
cortes de árvores e queimadas na Amazônia, além de atividade agrícola e
pecuária.
O massacre da serra
elétrica diz, em alemão, fotomontagem com Bolsonaro, atrás de apresentador
"O massacre da serra elétrica": sátira associa
líder brasileiro a filme de terror
Humorístico conhecido principalmente pela sátira política, o
programa Extra 3 tem como alvos principais os dirigentes alemães. Mas líderes
internacionais como o americano Donald Trump, o norte-coreano Kim Jong-un, o
britânico Boris Johnson e o russo Vladimir Putin também são personagens
recorrentes do programa. Fonte: Deutsche Welle -DW-16.08.2019
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou na
manhã desta sexta-feira que deixará o cargo no próximo dia 7 de junho, abrindo
caminho para a disputa por sua sucessão como líder do Partido Conservador e,
consequentemente, no comando do governo.
A decisão ocorre após quase três anos de desgastes causados
por sucessivos fracassos na condução do Brexit, como é conhecido o processo de
saída do Reino Unido da União Europeia.
Em um discurso emocionado, May afirmou que fez o melhor para
honrar o resultado do referendo de junho de 2016. "E eu sei que podemos
entregar o Brexit", acrescentou, se referindo a seu partido.
Ela lamentou não ter conseguido concluir a tarefa. "Meu
sucessor terá de conseguir um consenso", afirmou, fazendo alusão aos votos
necessários no Parlamento para que um acordo de saída da União Europeia seja
aprovado. "Um consenso só será possível se ambos os lados do debate se
comprometerem."
A primeira-ministra chorou ao fim de seu pronunciamento.
"Nossa política talvez esteja sob pressão, mas há
tantas coisas boas no nosso país, tanto de que devemos nos orgulhar",
disse May. "(Sou) a segunda primeira-ministra mulher, mas certamente não a
última." "Em breve, deixarei o trabalho que foi a honra de minha
vida", afirmou, concluindo que agradecia por ter servido ao país que ama –
momento em que não conseguiu mais conter as lágrimas.
Sucessão
May esteve sobre intensa pressão desde que assumiu o cargo,
em 2016.
O primeiro-ministro anterior, David Cameron, renunciou após
a vitória do Brexit no referendo de junho daquele ano – ele defendia a
permanência do país no Reino Unido no bloco europeu.
Apesar de ter apoiado a permanência do Reino Unido na União
Europeia, May defendeu que o resultado do plebiscito deve ser respeitado e, ao
assumir o cargo, definiu o processo como prioridade de seu governo.
A disputa para escolher um novo líder do Partido
Conservador, que se tornaria primeiro-ministro, deve começar apenas no dia 10
de junho.
Atualmente, o nome mais cotado para substituí-la é o do
ex-ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson, mas há outros possíveis
nomes, como o ex-secretário Dominic Raab. Fonte: BBC Brasil - sexta-feira, 24 de maio de 2019
A crise e o aumento das taxas de desemprego em 2017 fizeram
o contingente de pobres no país aumentar em 2 milhões, segundo dados do IBGE
(Instituto Nacional do Seguro Social).
Havia 54,8 milhões de brasileiros nessa situação no ano
passado, ou 26,5% da população brasileira, segundo IBGE. Em 2016 eles eram
25,7% dos brasileiros.
Pela linha definida pelo Banco Mundial —que é a métrica
adotada pelo IBGE—, são considerados pobres aqueles que vivem com até US$ 5,50 por
dia.
Também aumentou a quantidade de crianças que vive em
domicílios pobres, passando de 42,9% para 43,4% do total da população com até
14 anos.
A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE também analisa a
prevalência de pobreza considerando as características das pessoas de
referência dos domicílios.
A recessão econômica dos últimos anos foi responsável pelo
aumento de pessoas nessas condições, segundo o IBGE. A taxa de desocupação, que
era de 6,9% em 2014, e subiu para 12,5% em 2017.
"Isso equivale a 6,2 milhões de pessoas desocupadas a
mais entre 2014 e 2017. Nesse período, a desocupação cresceu em todas as
regiões e em todos os grupos etários", informou o IBGE.
Em 2017, 2 em cada 5 trabalhadores do país eram informais.
O IBGE estimou em R$ 10,2 bilhões o custo mensal, se os
recursos forem perfeitamente alocados, para erradicar a pobreza no país, ou
seja, para que ninguém viva com menos de US$ 5,50 por dia.
Em 2016, faltavam, em média, R$ 183 para que cada pessoa
abaixo da linha da pobreza conseguisse superar essa barreira. Esse hiato
aumentou em 2017, para R$ 187 reais.
"Para a linha de extrema pobreza (R$ 140 por mês ou US$
1,90 por dia), o montante necessário para que todos alcancem essa linha era de
R$ 1,2 bilhão por mês."
EXTREMA POBREZA
Também cresceu o número de brasileiros em extrema pobreza,
um recorte entre os pobres que mostra uma faixa ainda mais vulnerável.
No ano passado, 15,2 milhões de pessoas estavam nessa
situação. O recorte considera aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia
(R$ 140), ainda pela linha do Banco Mundial.
Esse contingente aumentou em 1,7 milhão de brasileiros sobre
2016, passando a representar 7,4% da população, contra 6,6% no ano anterior.
RENDA E ACESSO A BENS E SERVIÇOS
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio mensal domiciliar
per capita no país foi de R$ 1.511 no ano passado.
O Nordeste (R$ 984) e o Norte (R$ 1.011) foram as regiões
com os piores resultados. Igualmente, quase a metade da população (49,9% e
48,1%, respectivamente) tinha rendimento médio mensal domiciliar per capita de
até meio salário mínimo.
O IBGE também mediu o acesso a bens em dimensões que
complementam a análise monetária para avaliar as restrições de acesso a
educação, proteção social, moradia adequada, serviços de saneamento básico e
internet.
"Nos domicílios cujos responsáveis são mulheres pretas
ou pardas sem cônjuge e com filhos até 14 anos, 25,2% dos moradores tinham pelo
menos três restrições às dimensões analisadas. Esse é também o grupo com mais
restrições à proteção social (46,1%) e à moradia adequada (28,5%)",
informou.
Ainda segundo o IBGE, 12,2 milhões viviam em residências com
adensamento excessivo (mais de três moradores por dormitório), e 10,1 milhões
de pessoas (4,9%) moravam em residências sem banheiro de uso exclusivo.
"Ainda entre as pessoas abaixo dessa linha de pobreza,
57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento (contra 37,6% da
população em geral)."
No total, mais de um terço da população (35,9%) tinha restrição de acesso ao serviço de
esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial. Fonte: Folha de São Paulo -
5.dez.2018
SOBERANIA NACIONAL E POPULAR NA REFUNDAÇÃO DEMOCRÁTICA DO
BRASIL
Versão original
O tempo presente
impõe o desafio de refundar e aprofundar a democracia no Brasil na contramão do
avanço do conservadorismo no cenário internacional, do autoritarismo na América
Latina, do neoliberalismo e da intolerância no Brasil.
O pacto
constitucional de 1988 foi quebrado pelo golpe de Estado de 2016, de natureza
parlamentar, judicial, empresarial e midiática. O impeachment sem crime de
responsabilidade da Presidenta Dilma e a prisão política sem crime e sem provas
do Presidente Lula romperam os laços que sustentavam o ciclo político da Nova
República, cujo pilar era a soberania do voto popular, segundo o qual quem
ganha as eleições governa e quem perde vai para a oposição.
A cada dia que passa,
vai aparecendo o principal objetivo da coalizão golpista: inverter as políticas
que valorizaram, nos governos Lula e Dilma, o Trabalho diante do Capital, a
Nação diante do Império, as maiorias e minorias oprimidas e discriminadas
diante de uma elite misógina e racista, autoritária e excludente.
Versão light
Respaldados pela
maioria parlamentar e embalados pela mídia golpista, vão dilapidando a
soberania nacional, os ganhos sociais dos mais pobres e os direitos alcançados
por mulheres, jovens, negros e negras, povos indígenas, quilombolas, LGBTI+,
pessoas com deficiências, crianças e adolescentes em décadas de luta.
Nossa candidatura
propõe dar um basta a todo esse retrocesso histórico. É preciso estabelecer o
Estado Democrático de Direito para refundar democraticamente o Brasil, pôr fim
ao Golpe e sua herança, recuperar a soberania nacional e popular, realizar as
reformas democráticas e populares interrompidas para assegurar a soberania
nacional, a distribuição de renda, riqueza e poder e a promoção dos direitos.
Além disso, é preciso
avançar na efetivação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais,
culturais e ambientais, por meio do combate às desigualdades, geração de
emprego e realização da reforma agrária e da reforma urbana. O ponto de partida
será o enfrentamento ao Estado de exceção seletivo levado a cabo pelo governo
golpista de Temer e do PSDB, com a cumplicidade dos três poderes, e, nesse
processo, avançar na superação das desigualdades de classe, de gênero e
étnico-racial que dilaceram a Nação brasileira desde a sua fundação.
1) Implantar um programa emergencial de empregos. O programa
deve retomar obras paralisadas, retomar investimentos da Petrobras, do programa
Minha Casa Minha Vida. Prevê também reforçar investimentos no Bolsa-Família,
incluindo aqueles que voltaram à pobreza; criar linhas de crédito com juros e
prazo acessíveis para atender as famílias que se encontram no cadastro
negativo; implantar o programa nacional de apoio às atividades da economia
social e solidária
2) Retomar a política de valorização do salário mínimo
3) Estado deve voltar a ser indutor do crescimento e investir em infraestrutura. A realização de
obras públicas deve puxar o setor privado e gerar oito milhões de empregos em
quatro anos
4) Retomar obras orçadas em R$ 120 bilhões, financiadas
parcialmente com recursos de reservas internacionais. Fazer pequenas obras nos
municípios com parte das reservas, segundo o economista Marcio Pochmann, um dos
responsáveis pelo programa de governo. O fundo de investimentos será composto
por 10% das reservas internacionais, contribuição de bancos públicos e
debêntures, para financiamento de projetos de infraestrutura
5) Multiplicar as Parcerias Público Privadas(PPPs). Uma das
propostas é realizar uma PPP nacional para substituição da iluminação pública
de todo o país, trocando as lâmpadas convencionais pelos modelos de LED, com
maior luminosidade e menor consumo
6) Revogar os pilares da reforma trabalhista , como o
estímulo à pejotização, à terceirização e a vedação de acesso à Justiça
Trabalhista, segundo Haddad
7) Propor um novo marco regulatório da comunicação social eletrônica.
Desconcentrar os investimentos publicitários estatais
8) Elaborar um novo Estatuto do trabalho . Valorizar
sindicatos e associações de trabalhadores e empresários na orientação da
preparação para a qualificação profissional
9) Reorientar a
política de preços de combustíveis da Petrobras
POLÍTICA FISCAL
1) Revogar o teto de
gastos por "impor uma ortodoxia fiscal permanente". Promete revogar
também a reforma trabalhista, as mudanças no marco regulatório do pré-sal
e a reforma do ensino médio
2) Isentar o pagamento
de Imposto de Renda quem ganha até 5 salários mínimos, condicionado ao
aumento das alíquotas para os super ricos
3) Municipalizar a Cide, tributo que incide sobre os
combustíveis. Nas mãos dos prefeitos, o recurso deve ser usado para planos de
mobilidade urbana
4) Taxar bancos para baratear o crédito. Segundo o
coordenador do programa de governo, Fernando Haddad, haverá aumento de imposto
aos bancos que mantiverem o spread nas taxas atuais. Introduzir o conceito de
progressividade nos tributos para induzir “comportamentos desejáveis” no
sistema bancário. O governo federal reduzirá o custo do crédito,combatendo os
elevados níveis de spread bancário
5) Fazer reforma tributária
para transformar o atual modelo em um sistema progressivo, para que os
mais pobres paguem menos. A reforma tributária compreenderá a tributação direta
sobre lucros e dividendos, a criação e implementação gradual de Imposto sobre
Valor Agregado (IVA), que substitua a atual estrutura de impostos indiretos,
entre outros
6) Fazer a regulação
econômica dos meios de comunicação,
segundo Haddad, para evitar a concentração na propriedade
7) Introduzir um imposto progressivo sobre heranças
8) Dar duplo mandato ao Banco Central, que reforçará o
controle da inflação e assumirá também o compromisso com o emprego. Construir
um novo indicador para a meta inflação, que oriente a definição da taxa básica
de juros (SELIC)
9) Revitalizar os
bancos públicos, especialmente BNDES, BB e CEF, e os mecanismos de
financiamento ao desenvolvimento nacional
10) Fortalecer a
Petrobras, manter o regime de partilha na área do Pré-sal e a política de
conteúdo local
PRIVATIZAÇÃO
1) Suspender a venda de ativos da Petrobras . Segundo
Haddad, o PT não pretende privatizar a Eletrobras
2) Rever o acordo Embraer/ Boeing e eventuais vendas de ativos da Eletrobras e
Petrobras, segundo Pochmann
PREVIDÊNCIA
1) Indicou que pretende abrir uma mesa de negociações para discutir reformas , incluindo a
Previdência; sinalizou que pode discutir idade mínima, mas não apresentou uma
proposta definida; Haddad mostra uma
postura mais aberta que a dos formuladores do programa de governo do PT para a
área
SEGURANÇA
1) Federalizar o
combate ao tráfico de drogas e o crime organizado. Ter mais policiais e juízes
federais centrados no tema, fazendo o trabalho de inteligência das
investigações. A medida deve liberar as policiais estaduais para fazer o
policiamento e evitar o uso das Forças Armadas em operações de segurança,
segundo o coordenador do programa de governo, Fernando Haddad
2) Combater o tráfico e consumo de drogas , combinando uma
ação integrada de inteligência da Polícia Federal, com atendimentos de
dependentes em rede ambulatorial e programa de prevenção nas escolas, segundo
Haddad
3) Refazer as bases
para um Plano Nacional de Redução de Homicídios , tendo como referência o
Sistema Nacional de Informações sobre Segurança Pública - SINESP
4) Controlar armas e
munições, reforçando o rastreamento. Retirar armas ilegais de circulação e
represar o tráfico nacional e internacional
5) Valorizar o
profissional da segurança e fortalecer a polícia científica
6) Mudar a política de drogas . O programa de governo diz
que é preciso olhar atentamente para as experiências internacionais que já
colhem resultado positivos com a descriminalização e a regulação do comércio de
drogas
7) Enfrentar a política de encarceramento em massa. Investir na reforma da legislação
para reservar a privação de liberdade para condutas violentas e promover a
eficácia das alternativas penais. Isso ocorrerá por meio de um Plano Nacional
de Política Criminal e Penitenciária que estabeleça uma Política Nacional de
Alternativas Penais
SAÚDE
1) Governo federal deve ter maior participação dos atendimentos de média complexidade,
associado com programas de atenção básica e o Mais Médicos, segundo o
coordenador do programa de governo, Fernando Haddad
2) Deve aprimorar a regulamentação das relações com o terceiro setor de saúde,
em particular com as organizações sociais. Regular de forma mais transparente
os planos privados de saúde
3) Estabelecer forte ação de controle do Aedes aegypti
4) Criar a Rede de
Especialidades Multiprofissional (REM),
integrada com a atenção básica, para garantir acesso a cuidados especializados
por equipes multiprofissionais para superar a demanda reprimida de consultas,
exames e cirurgias de média complexidade. Os polos serão
organizados de forma regional, com unidades de saúde fixas e
unidades móveis e apoio aos pacientes em tratamento fora de domicílio.
Incluirá também hospitais-dia e a população poderá realizar procedimentos como cirurgias ambulatoriais
especializadas, exames ultrassonográficos, procedimentos traumato-ortopédicos
5) Organizar e intensificar os mutirões de exames e cirurgias
6) Implantar prontuário eletrônico de forma universal
EDUCAÇÃO
1) Revogar a reforma do ensino médio implementada pelo
governo Michel Temer. Forte participação do governo federal na oferta do ensino
médio. Convênio com os Estados e o Distrito Federal para que o governo federal
se responsabilize por escolas
situadas em regiões de alta vulnerabilidade, Atuar na formação dos educadores e na gestão
pedagógica da educação básica. Expandir a educação integral. O programa de
governo não traz metas para essa expansão
2) Rediscutir os repasses
da União por faixa etária e o financiamento das novas necessidades da
educação básica
3) Defender a bandeira do “Escola com Ciência” , contrária à
Escola sem Partido
4) Expandir as
matrículas no ensino superior e nos ensinos técnico e profissional. Ampliar os
investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Universidades e Institutos
Federais serão fortalecidos, interiorizados e expandidos e seus orçamentos
serão recompostos
5) Garantir que todas
as crianças, adolescentes e jovens de 4 a 17 anos estejam na escola e que
aprendam. No ensino fundamental, serão realizados fortes ajustes na Base
Nacional Comum Curricular. Implementar uma forte política nacional de
alfabetização
6) Implementar a
Prova Nacional para Ingresso na Carreira Docente para subsidiar Estados, o
Distrito Federal e municípios na realização de concursos públicos para a
contratação de professores para a educação básica. A prova será realizada
anualmente, de forma descentralizada em todo o país. Cada ente federativo
poderá decidir pela adesão e pela forma de utilização dos resultados
MEIO AMBIENTE
1) Propõe uma mudança
na matriz produtiva liderada pela adoção de tecnologias verdes modernas,
flexíveis e inteligentes, capazes de responder às crescentes demandas por
sustentabilidade e inovação
2) Fazer uma reforma fiscal verde , que progressivamente
aumente o custo da poluição e que dê prêmios a investimentos e inovação de
baixo carbono. A reforma incluirá a desoneração de tributos sobre investimentos
verdes (isenção de IPI, dedução de tributos embutidos em bens
de capital e recuperação imediata de ICMS e PIS/COFINS),
reduzindo o custo tributário do investimento verde em 46,5%. Sem elevar a carga
tributária, a reforma também criará um tributo sobre carbono, que já foi
adotado em vários países para aumentar o custo das emissões de gases de efeito
estufa. A receita será utilizada para reduzir tributos distorcivos e
regressivos
3) Ampliar os
investimentos para expandir a geração com energias renováveis (solar, eólica e
biomassa)
4) Zerar as emissões
de gás de efeito estufa da matriz elétrica brasileira até 2050. Também será
perseguida a meta de instalar kits fotovoltaicos em 500 mil residências por ano
5) Assumir o compromisso com a taxa de desmatamento líquido
zero até 2022. Para a expansão da produção agropecuária, os mais de 240 milhões
de hectares já abertos para agricultura e pastagens no Brasil devem ser usados
de forma mais eficiente
6) Regular o grande agronegócio
para mitigar os danos socioambientais, impedir o avanço do desmatamento,
assegurar o ordenamento da expansão territorial da agricultura de escala,
impedir excessos das subvenções públicas e subordinar sua dinâmica aos
interesses da soberania alimentar do país. O crédito rural terá mudanças. Além
de não financiar práticas produtivas ofensivas ao meio ambiente e aos direitos
trabalhistas, serão valorizadas as boas práticas ambientais na agricultura. O
novo marco legal do Plano Safra conterá diretriz para que, até 2030, o
financiamento esteja integralmente voltado para a agricultura de baixo carbono
(Plano Safra ABC)
PROGRAMAS SOCIAIS
1) Implementar a Renda Básica de Cidadania
2) Incorporar famílias
em condição de pobreza sem acesso ao Bolsa-Família e promover a
universalização da segurança de renda e ampliação de cobertura quanto a fatores
de insegurança e desproteção social, especialmente inclusão produtiva. Ampliar
o uso do Cadastro Único como fonte de diagnóstico para a implementação de políticas
sociais
POLÍTICA EXTERNA
1) Retomar e aprofundar a política externa de integração
latino-americana e a cooperação sul-sul
(especialmente com a África). Apoiar o multilateralismo, a busca de
soluções pelo diálogo e o repúdio à intervenção e a soluções de força
2) Fortalecer o Mercosul
e a União das Nações da Sul-americanas– Unasul e consolidar a construção
da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos – CELAC
3) Propõe fortalecer as iniciativas como o Fórum de Diálogo
Índia, Brasil e África do Sul (IBAS) e os BRICS. Promete empenhar-se em
promover a reforma da ONU , em particular do Conselho de Segurança, assim como
dos instrumentos de proteção aos Direitos Humanos no plano internacional e
regional
4) Fortalecer o diálogo mundial pela construção da paz e retomar a cooperação nas áreas de saúde,
educação, segurança alimentar e nutricional, entre outras, em especial com
países latinos e com a África. O Brasil voltará a ter presença ativa no Sistema
Internacional de Direitos Humanos
5) Dar protagonismo
ao Itamaraty
REFORMA POLÍTICA
1) Adotar voto em
lista preordenada, com paridade de gênero e de cotas de representatividade
étnico-racial na composição das listas
2) Separar a eleição presidencial da eleição proporcional
para o Congresso, com a realização em datas diferentes. O coordenador do
programa de governo, Fernando Haddad, propõe que a eleição parlamentar seja
feita no segundo turno das eleições. Com isso, o presidente eleito teria mais
condições de eleger sua base aliada e implementar seu pleno de governo com
apoio dos parlamentares
3) Expandir para o
presidente da República e para a iniciativa popular a prerrogativa de
propor a convocação de plebiscitos e
referendos
4) Fazer uma Assembleia Nacional Constituinte no início do governo para rediscutir grandes
temas nacionais
REFORMA DO ESTADO
1) Nomear um civil para o Ministério da Defesa. Recriar com
status de ministério as pastas de Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres
e para Promoção da Igualdade Racial
JUDICIÁRIO
1) Instituir tempo de mandatos para os membros do STF e das Cortes
Superiores de Justiça, não coincidente com a troca de governos e legislaturas.
Mudar o processo de escolha dos integrantes do STF dos Tribunais superiores,
conferindo transparência ao processo e um papel maior à sociedade civil
organizada
2) Proibir
patrocínios empresariais a eventos das associações, instituições e
carreiras do Sistema de Justiça
3) Acabar com o auxílio-moradia para magistrados,
integrantes do Ministério Público e demais agentes públicos que possuam casa
própria e residam no domicílio ou que usem imóvel funcional, bem como a
regulamentação definitiva e segura da aplicação do teto ao funcionalismo
público
4) Reduzir o período
de férias de 60 para 30 dias para todas as carreiras que conservam esse
privilégio
5) Repensar o papel e a composição do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e instituir
ouvidorias externa. Fonte: Valor Econômico
Obs: O candidato do PT à Presidência, na quinta-feira (18 de outubro ), em São Paulo,
entregou ao Tribunal Superior Eleitoral uma nova versão do programa de governo
- que exclui a proposta de uma nova constituinte.
Nos votos totais, Jair Bolsonaro, do PSL, tem 50%,
e Haddad, 35%. Pesquisa ouviu 9.137 eleitores na quarta-feira (17) e na
quinta-feira (18).
O
Datafolha divulgou nesta quinta-feira (18) o resultado da mais recente pesquisa
do instituto sobre o 2º turno da eleição presidencial. O levantamento foi
realizado nesta e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.
No
levantamento anterior, Bolsonaro tinha 58% e Haddad, 42%. Fonte: G1-18/10/2018
São Paulo
João Doria
tem 53% e Márcio França 47% dos votos válidos em SP
Tucano é favorito no interior e pessebista na
capital; eleitores de Skaf preferem candidato do PSDB
O candidato do PSDB
ao governo de São Paulo, João Doria, lidera as intenções de votos na primeira
pesquisa Datafolha sobre a disputa ao estado no segundo turno.
O tucano tem 53%
dos votos válidos (conta que desconsidera nulos, brancos e indecisos) contra
47% do governador Márcio França (PSB), que disputa a reeleição.
No levantamento,
feito nesta quarta (17) e quinta (18), foram ouvidas 2.356 pessoas em 73
municípios. Fonte: Folha de São Paulo - 18.out.2018
■
Venezuela é o país com a gasolina mais barata no mundo, entre 167 países e
territórios analisados em seu mais recente relatório semanal, divulgado em 9 de
janeiro.
A R$
0,04 cada litro, a gasolina continua a ser incrivelmente barata na Venezuela,
país que enfrenta um difícil momento econômico, com inflação galopante. O país
tem as maiores reservas petrolíferas comprovadas do planeta.
■
Arábia Saudita, o país com a segunda maior reserva de petróleo do mundo e 13º
no ranking de menores preços, paga-se 54 vezes mais do que na Venezuela, mas o
preço continua bem baixo: R$ 2,16 por litro.
■ A
gasolina também é muito barata no Irã (R$ 1,02/litro) e no Sudão (US$
1,24/litro), dois grandes produtores na Ásia e na África, respectivamente, e no
Kuwait (US$ 1,27/litro).
São
países que acabam comprometendo recursos fiscais para subsidiar a gasolina para
seus cidadãos, porque, ao vendê-la a preços baixos internamente, renunciam a
receitas que seriam obtidas na exportação de petróleo de acordo com os preços
internacionais.
OS
MAIS CAROS
Talvez
seja mais surpreendente a lista dos países onde a gasolina é mais cara.
■
Hong Kong, onde o litro custa R$ 7,73 segundo a Global Petrol Prices, ou seja,
194 vezes mais do que na Venezuela. Entre os motivos para o preço recorde,
estão os impostos, o alto custo de imóveis e outros gastos operacionais..
■ Na
segunda posição está a Islândia (R$ 7,70/litro), nação em que impostos e a
consciência ambiental ajudam a explicar por que é tão caro encher o tanque no
país.
■
Mais intrigante ainda é o país em terceiro lugar: a Noruega, onde se paga R$
7,44 por litro. O surpreendente é que a nação é um dos grandes produtores e
exportadores de petróleo do mundo.
Graças
a suas jazidas no mar do Norte, o país está entre os 20 principais produtores
do planeta. Mas, em vez de subsidiá-lo, criou restrições que tornam muito caro
ter um automóvel privado, em prol de políticas que incentivam o transporte
público. Suas exportações de petróleo alimentam o Fundo Soberano da Noruega,
usado para diversificar sua economia, tendo em vista o dia em que as reservas
se esgotarão.
■ A
mesma lógica se aplica à Holanda (R$ 7,11/litro), em quarto lugar, seguido por
Mônaco e Dinamarca, com um preço de R$ 7,04/litro.
■
Israel, o nono país com a gasolina mais cara do mundo (R$ 6,82/litro), por sua
vez, é um país que aplica impostos altos na gasolina vendida nos postos e
produz muito pouco petróleo, dependendo majoritariamente de importações.
■ A
Grécia, sétimo país mais caro, entrou na lista depois de se ver obrigada a
aumentar tributos a fim de ajustar suas finanças e cumprir as rigorosas
condições impostas por seus credores para obter empréstimos.
■ O
Brasil ocupa a 91ª posição do ranking, com um preço médio de R$ 4,30 por litro,
o mesmo valor cobrado atualmente na África do Sul.
COMPOSIÇÃO
DO PREÇO
De
acordo com a Petrobras, o preço da gasolina vendida ao consumidor final nos
postos de combustível é composto por três parcelas: uma parte do produtor ou
importador, tributos do governo e o lucro do revendedor. No Brasil, esse lucro
equivale às margens brutas de distribuição e dos postos revendedores de
gasolina.
A
Petrobras afirma que 29% do preço final da gasolina comum vendida nos postos é
apenas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O lucro
dos postos equivale a apenas 9% do valor final do combustível.
A
maior fatia do valor é definida pela própria Petrobras - 34%. Há ainda 16%
destinados à Cide e PIS/Pasep e Cofins, recolhidos pela União, além de 12%
equivalente ao valor correspondente ao etanol anidro, misturado à gasolina.
Os
tributos federais são cobrados como um valor fixo por litro - o de Pis/Cofins,
por exemplo, é de R$ 0,7925 por litro de gasolina; a Cide, de R$ 0,10 por
litro.
O
ICMS, por sua vez, é um percentual sobre o preço de venda - ou seja, cada vez
que ele sobe, os Estados recolhem mais impostos. Fonte: BBC Brasil - 25 de maio
de 2018
Investidura de deputada na pasta do Trabalho havia sido
impedida por ela ter sido condenada na Justiça trabalhista. Por nota, ministro
Humberto Martins afirma que tais condenações não impedem a política de assumir
cargo.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu neste sábado
(20/01) a decisão da 4ª Vara Federal de Niterói que impedia a posse da deputada
federal Cristiane Brasil como ministra do Trabalho. A decisão foi tomada pelo
vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins.
Por meio de nota, o STJ informou que, ao analisar o caso
durante o recesso forense, o ministro Humberto Martins concordou com os
argumentos da Advocacia-Geral da União (AGU) "no sentido de que
condenações em processos trabalhistas não impedem a deputada de assumir o
cargo, já que não há nenhum dispositivo legal com essa determinação".
De acordo com o
ministro, inexiste no ordenamento jurídico norma que vede a nomeação de
qualquer cidadão para exercer o cargo de ministro do Trabalho em razão de ter
sofrido condenação trabalhista.
No dia 19 de janeiro, a AGU recorreu ao STJ para manter a
posse da deputada como ministra do Trabalho. A apelação foi protocolada depois
que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, segunda instância da Justiça
Federal no Rio de Janeiro, negou três recursos apresentados pelo órgão.
Indicada ao cargo pelo pai e presidente do PTB, o
ex-deputado Roberto Jefferson, Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente
Michel Temer ministra do Trabalho em 3 de janeiro, mas está impedida de tomar
posse por força de uma decisão liminar (provisória) do juiz Leonardo da Costa
Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro.
O magistrado acolheu os argumentos de três advogados, que em
ação popular questionaram se a deputada estaria moralmente apta a assumir o
cargo após ter sido revelado pela imprensa que ela foi condenada pela Justiça
do Trabalho a pagar mais de 60 mil reais a um ex-motorista, em decorrência de
diversas irregularidades trabalhistas.
Em sua decisão, o juiz Leonardo Couceiro argumentou que, em
exame preliminar, a nomeação de Cristiane enseja "flagrante desrespeito à
Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa". O juiz
suspendeu a posse tendo como base o Artigo 37 da Constituição, que estabelece a
moralidade como um dos princípios a serem observados pela administração
pública.
Com a suspensão anunciada neste sábado, a posse da deputada
está marcada para a próxima segunda-feira (22/01), dia em que o presidente
Michel Temer viaja para a Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial de
Davos. Fonte: Deutsche Welle – 20.01.2018
Comentário: "À mulher de César não basta ser honesta,
deve parecer honesta.
Existe uma crise valores morais na sociedade brasileira e a
deputada é o exemplo dessa crise.
Como disse Maquiavel: Na esfera política o que é para sociedade
definida como vício ou virtude, na política representa vício benéfico e virtude
perniciosa. É o bem maior que é a estabilidade do governo.
Falando em público, Luís Roberto Barroso qualificou Joaquim
Barbosa como "um negro de primeira linha". Desculpou-se, depois, pela
óbvia conotação preconceituosa do diagnóstico —e, felizmente, segue no mundo
dos vivos.
William Waack proferiu, em comentário privado, o mais antigo
dos abomináveis gracejos racistas. A frase veio a público e ele desculpou-se
—mas corre o risco de ser arremessado ao mundo dos mortos.
O minotauro da lenda alimentava-se de jovens virgens. A fome
insaciável das Redes Sociais, minotauro pós-moderno, exige o sacrifício ritual
de figuras públicas.
Um clamor de indignação legítima nasce da janela que se
abriu para um abismo interior de Waack. O jornalista admirado expeliu lixo.
Somos todos, de alguma forma, lixeiras de séculos de violência, exclusão e
preconceito. As pessoas decentes estão indignadas pois enxergaram, em lugar
inesperado, um sedimento profundo da história humana: o metal pesado, contaminante,
do nosso desamor. Mas, se decentes realmente são, os indignados devem resistir
à sedução do linchamento, outro metal pesado da tabela periódica da nossa
barbárie.
O detentor do vídeo incriminatório guardou-o durante um ano
inteiro, como quem protege um tesouro, antes de propiciar sua divulgação, um
gesto derivado do cálculo, não da exasperação. As valiosas imagens e sons podem
ter servido à chantagem ou ao comércio, antes de se prestarem à "cruzada
da virtude" que está em curso.
No labirinto das Redes Sociais, o clamor de indignação
legítima dissolve-se numa onda avassaladora de condenação terminal fabricada
pela "guerrilha da informação". Waack precisa perecer pelo que diz e
escreve em público: por suas opiniões políticas moderadas e suas matizadas
interpretações históricas.
Troca-se a difícil tarefa de confrontar intelectualmente o
"inimigo" por uma alternativa tão fácil quanto eficiente: suprimi-lo
manipulando oportunisticamente o consenso civilizado de repúdio ao preconceito
racial. Os hipócritas investem na decência dos decentes, em busca de uma
finalidade indecente.
O gracejo idiota de Waack deu-se na hora do triunfo
eleitoral de Trump, um fanfarrão sem escrúpulos, grosseiro, malcriado e
preconceituoso. A figura que crismou os imigrantes mexicanos como estupradores
substituía Obama, um líder íntegro, sofisticado, capaz de oferecer lições
inesquecíveis de empatia humana.
"Coisa de preto", "coisa de branco"? A
cor da pele nada tem a ver com isso, como Waack sabe perfeitamente. A frase
emitida na esfera privada pode ser horrível (e é!), mas não equivale a uma
sentença proferida na arena pública. Não se tem notícia de uma manifestação
política racista ou um gesto de injúria racial do jornalista. Imolá-lo em cena
aberta não nos limpa ou purifica —e só aplaca temporariamente a sede de sangue
do minotauro virtual.
A URSS stalinista, a Alemanha nazista, a China maoísta, o
Camboja de Pol Pot e a Cuba castrista estabeleceram o objetivo de criar o
"homem novo". Os sistemas totalitários almejavam retificar não apenas
o comportamento, mas a mente dos indivíduos, moldando-a segundo suas normas
ideológicas. A escola, a propaganda, a prisão, a tortura e o campo de trabalhos
forçados eram os instrumentos da pedagogia social.
Por sorte, todas essas tentativas fracassaram. Homens (e
mulheres) "velhos", empapados de fraquezas e preconceitos, seguem
constituindo as sociedades. São eles (nós) os alvos dos vigilantes das Redes
Sociais, tão compreensivos com discursos políticos odientos, nem sempre severos
com atos criminosos, mas implacáveis com desvios privados puramente verbais.
Já aprendemos algo com o triste episódio de Waack. Não
precisamos condená-lo ao submundo, empobrecendo ainda mais nosso paupérrimo
debate público, apenas para alimentar o minotauro. Folha de São Paulo - 11/11/2017 - Demetrio Magnoli
Comentário: O Minotauro é uma figura mitológica criada na
Grécia Antiga.Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem
povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. Todo ano eram enviados sete
rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.
Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu
àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses. Os deuses atuais
são as redes sociais