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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Mais uma na Roda-Panorâmica de Brasília

Tem vista privilegiada do país. Sobe, desce, para ou cai.

Comentário:
Os estudiosos afirmam que as primeiras moscas azuis chegaram ao Brasil por intermédio das caravelas de Pedro Alvares Cabral e tinham o nome científico de Nobilis Portugcalensis. Com o passar dos anos, essas moscas sofreram várias mutações.

Aliás, esta é uma das principais características desse tipo de moscas : adaptação perfeita ao governo vigente. Assim, no Brasil Império, elas eram chamadas de Muscus Imperialis. Na l República, a Mosca Azul sofreu seu maior número de mutações: foram conhecidas como Arisocratis Insectus na República Velha.

Depois de alguns anos, no Estado Novo, transformaram-se em Dictatores Picantes e, em meados da década de 40, até o inicio da década de 60 foram batizadas de Entregus Internacionalis.

Entre as décadas de 60 e 70, as moscas atingiram seu estágio mais nocivo, pois atacavam as pessoas tanto físicamente, como mentalmente, por isso, foram classificadas de Milites Corrupti.

E, nos dias de hoje, devido ao seu alto nível de sofisticação, não identificada em lugar nenhum fora do Brasil, a Mosca Azul é cientificamente conhecida por Conchaves Amici.

As Moscas Azuis são encontradas em todo o território nacional, mas foi em Brasília que elas mais se adaptaram, o clima de lá é bastante propício a sua proliferação. Elas costumam ficar alojadas nos aparelhos de ar condicionados dos gabinetes, embaixo das mesas e das cadeiras dos políticos.. Depositam seus ovos nos mais diversos lugares, fazendo com que sua disseminação seja bastante eficiente e rápida. Assim, os ovos da Mosca Azul são passados mediante um aperto de mão, tapinhas nas costas, ou mesmo, indiretamente pelas redes sociais. Autor desconhecido

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Uruguai:Lacalle Pou anuncia la victoria y Martínez no admite la derrota


La Corte Electoral deberá escrutar los votos observados (35.229) y los anulados (53.619). La proclamación oficial será el viernes próximo.
Escrutado el 100% de los votos, el candidato blanco recogió 1.168.019 sufragios contra 1.139.353 del postulante oficialista; 28.666 votos de diferencia con 35.229 observados que se empezarán a contar el próximo martes. Fuente: Lunes, 25 Noviembre 2019  

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Parlamento dos Chimpazés

Em resposta à situação confusa de Brexit, o Museu de Bristol mais uma vez coloca em exposição "Devolved Parliament" pelo artista britânico Banksy apenas a tempo para o dia de Brexit. O "Parlamento Descentralizado" retrata os políticos da Câmara dos Comuns como chimpanzés argumentando.

Embora tenha sido criado há dez anos no contexto da exposição "Banksy versus Bristol Museum", a pintura "Parlamento Descentralizado" parece refletir perfeitamente o impasse do Brexit. Na quarta-feira, 27 de março de 2019, a Câmara dos Comuns britânica quis chegar a uma decisão sobre como proceder com o Brexit. O objetivo era realmente dar ao governo alguma direção. Eles não podiam decidir sobre um cenário do Brexit. E apesar de sexta-feira fosse o dia em que a Grã-Bretanha e a UE se separariam para sempre, nada aconteceu.

Em 2009, Banksy exibiu sua maior pintura até hoje no Museu de Bristol e Galeria de Arte: "Devolvef Parliament". Ele preencheu a sala de reuniões da Câmara dos Comuns com chimpanzés. "Eu desenhei 100 chimpanzés e eles ainda me chamam de artista guerrilheiro", disse Banksy quando o quadro em 2009. A mensagem do quadro é tão atual na época quanto hoje: os políticos do parlamento britânico estão perdendo o controle.

O título "Devolved  Parliament " referia-se originalmente a uma evolução na Constituição do Reino Unido, que permitiu aos parlamentos regionais da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decidissem  sobre questões regionais em 1998. Antes disso, todas as leis passavam pelo parlamento em Westminster. A reinterpretação da pintura à luz do debate sobre o Brexit expõe a ambiguidade do quadro.

Embora a porta-voz de Banksy tenha chamado a peça de "enorme relevância" para o clima político atual do Parlamento, ela observou que seu ressurgimento não é "um comentário sobre o Brexit por Banksy por qualquer meio, mas é uma revelação oportuna do museu tê‑lo exposto". Fonte: Hype Blaze - APRIL 4, 20192 

Comentário: Lembra também o congresso de um país abaixo da linha do equador?

QUEM É BANKSY
Banksy é um veterano artista de rua britânico, cujos trabalhos  em estêncil são facilmente encontrados nas ruas da cidade de Bristol, mas também em Londres e em várias cidades do mundo.
Banksy é o pseudônimo de um artista pintor de graffiti, pintor de telas, ativista político e diretor de cinema britânico. A sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma distinta técnica de estêncil. Seus trabalhos de comentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.

O trabalho de Banksy nasceu da cena alternativa de Bristol, e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol (Inglaterra), onde também foi criado. Filho de um técnico de fotocopiadora,
Começou  com graffiti durante o grande boom de aerossol em Bristol no fim da década de 1980. Observadores notaram que seu estilo é muito similar a Blek le Rat, que começou a trabalhar com estênceis em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de metro de Londres no fim da década de 1970.

Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-la. Banksy não vende seus trabalhos diretamente, mas sabe-se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffitis nos locais em que foram feitos e deixaram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores. Fonte: Wikipédia

domingo, 18 de agosto de 2019

Bolsonaro é satirizado na TV alemã

Em horário nobre, programa humorístico da principal rede de televisão pública da Alemanha satiriza o governo brasileiro, criticando suas políticas ambientais e agrícolas e chama presidente de o "boçal de Ipanema'".

Borat, bobo da corte e protagonista do clássico de terror Massacre da serra elétrica – essas foram algumas das associações feitas ao presidente Jair Bolsonaro pelo programa humorístico alemão Extra 3, transmitido na noite de quinta-feira (15/08).

Atração de horário nobre da ARD, principal rede de televisão pública alemã, o programa satirizou por quase cinco minutos o governo do presidente brasileiro, criticando principalmente sua política ambiental e o desmatamento na Amazônia.

"Um sujeito que não pensa nem um pouco sobre sustentabilidade e emissão de CO2 é o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o 'Trump do samba'. Mas alguns dizem também 'o boçal de Ipanema'", afirma o apresentador Christian Ehring, em frente a uma fotomontagem de

Bolsonaro vestindo a sunga do personagem Borat, criado pelo humorista britânico Sacha Baron Cohen.

"Bolsonaro deixa a floresta tropical ser destruída para que gado possa pastar e para que possa ser plantada soja para produzir ração para o gado", continua Ehring, após mencionar os mais recentes dados sobre desmatamento no Brasil e diante de outra montagem, dessa vez mostrando Bolsonaro com uma serra elétrica nas mãos.

"Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, o desmatamento cresceu significativamente e pode continuar aumentando a longo prazo", diz uma voz em off, após aparecer uma foto do líder brasileiro como um "bobo da corte do agronegócio", segurando uma garrafa de pesticida.

O apresentador destaca ainda que o presidente "não se importa nem um pouco" com a suspensão de verbas para projetos ambientais anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente alemão no fim de semana. "Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, tá ok? Lá tá precisando muito mais do que aqui", afirmou Bolsonaro ao reagir com desprezo ao congelamento dos repasses.

Ehring também fala sobre o acordo comercial negociado entre a União Europeia e o Mercosul, chamando o pacto de um "romance destrutivo". Atrás dele aparece uma fotomontagem retratando o presidente e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, como uma dançarina sentada em seus braços.

"Bolsonaro ainda demitiu o chefe do próprio instituto que registrou o desmatamento na floresta tropical", ressalta o comediante, referindo-se à demissão de Ricardo Galvão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "E também nomeou a principal lobista da indústria agropecuária como ministra da Agricultura", complementa.

Em seguida, ele apresenta um videoclipe da chamada Bolsonaro-Song, uma paródia da música Copacabana, sucesso nos anos 70 na voz do americano Barry Manilow. O vídeo intercala cenas de Bolsonaro com imagens de cortes de árvores e queimadas na Amazônia, além de atividade agrícola e pecuária.
  
O massacre da serra elétrica diz, em alemão, fotomontagem com Bolsonaro, atrás de apresentador
 "O massacre da serra elétrica": sátira associa líder brasileiro a filme de terror

Humorístico conhecido principalmente pela sátira política, o programa Extra 3 tem como alvos principais os dirigentes alemães. Mas líderes internacionais como o americano Donald Trump, o norte-coreano Kim Jong-un, o britânico Boris Johnson e o russo Vladimir Putin também são personagens recorrentes do programa. Fonte: Deutsche Welle -DW-16.08.2019


domingo, 26 de maio de 2019

Theresa May: admite fracasso com Brexit e anuncia renúncia

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou na manhã desta sexta-feira que deixará o cargo no próximo dia 7 de junho, abrindo caminho para a disputa por sua sucessão como líder do Partido Conservador e, consequentemente, no comando do governo.
A decisão ocorre após quase três anos de desgastes causados por sucessivos fracassos na condução do Brexit, como é conhecido o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Em um discurso emocionado, May afirmou que fez o melhor para honrar o resultado do referendo de junho de 2016. "E eu sei que podemos entregar o Brexit", acrescentou, se referindo a seu partido.
Ela lamentou não ter conseguido concluir a tarefa. "Meu sucessor terá de conseguir um consenso", afirmou, fazendo alusão aos votos necessários no Parlamento para que um acordo de saída da União Europeia seja aprovado. "Um consenso só será possível se ambos os lados do debate se comprometerem."

A primeira-ministra chorou ao fim de seu pronunciamento.
"Nossa política talvez esteja sob pressão, mas há tantas coisas boas no nosso país, tanto de que devemos nos orgulhar", disse May. "(Sou) a segunda primeira-ministra mulher, mas certamente não a última." "Em breve, deixarei o trabalho que foi a honra de minha vida", afirmou, concluindo que agradecia por ter servido ao país que ama – momento em que não conseguiu mais conter as lágrimas.

Sucessão
May esteve sobre intensa pressão desde que assumiu o cargo, em 2016.
O primeiro-ministro anterior, David Cameron, renunciou após a vitória do Brexit no referendo de junho daquele ano – ele defendia a permanência do país no Reino Unido no bloco europeu.
Apesar de ter apoiado a permanência do Reino Unido na União Europeia, May defendeu que o resultado do plebiscito deve ser respeitado e, ao assumir o cargo, definiu o processo como prioridade de seu governo.
A disputa para escolher um novo líder do Partido Conservador, que se tornaria primeiro-ministro, deve começar apenas no dia 10 de junho.
Atualmente, o nome mais cotado para substituí-la é o do ex-ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson, mas há outros possíveis nomes, como o ex-secretário Dominic Raab. Fonte: BBC Brasil - sexta-feira, 24 de maio de 2019  

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Total de pobres no país cresce a 54,8 milhões em 2017

A crise e o aumento das taxas de desemprego em 2017 fizeram o contingente de pobres no país aumentar em 2 milhões, segundo dados do IBGE (Instituto Nacional do Seguro Social).

Havia 54,8 milhões de brasileiros nessa situação no ano passado, ou 26,5% da população brasileira, segundo IBGE. Em 2016 eles eram 25,7% dos brasileiros.
Pela linha definida pelo Banco Mundial —que é a métrica adotada pelo IBGE—, são considerados pobres aqueles que vivem com até US$ 5,50 por dia.
Também aumentou a quantidade de crianças que vive em domicílios pobres, passando de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos.

A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE também analisa a prevalência de pobreza considerando as características das pessoas de referência dos domicílios.
A recessão econômica dos últimos anos foi responsável pelo aumento de pessoas nessas condições, segundo o IBGE. A taxa de desocupação, que era de 6,9% em 2014, e subiu para 12,5% em 2017.
"Isso equivale a 6,2 milhões de pessoas desocupadas a mais entre 2014 e 2017. Nesse período, a desocupação cresceu em todas as regiões e em todos os grupos etários", informou o IBGE.

Em 2017, 2 em cada 5 trabalhadores do país eram informais.

O IBGE estimou em R$ 10,2 bilhões o custo mensal, se os recursos forem perfeitamente alocados, para erradicar a pobreza no país, ou seja, para que ninguém viva com menos de US$ 5,50 por dia.

Em 2016, faltavam, em média, R$ 183 para que cada pessoa abaixo da linha da pobreza conseguisse superar essa barreira. Esse hiato aumentou em 2017, para R$ 187 reais.
"Para a linha de extrema pobreza (R$ 140 por mês ou US$ 1,90 por dia), o montante necessário para que todos alcancem essa linha era de R$ 1,2 bilhão por mês."

EXTREMA POBREZA
Também cresceu o número de brasileiros em extrema pobreza, um recorte entre os pobres que mostra uma faixa ainda mais vulnerável.
No ano passado, 15,2 milhões de pessoas estavam nessa situação. O recorte considera aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia (R$ 140), ainda pela linha do Banco Mundial.
Esse contingente aumentou em 1,7 milhão de brasileiros sobre 2016, passando a representar 7,4% da população, contra 6,6% no ano anterior.


RENDA E ACESSO A BENS E SERVIÇOS
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio mensal domiciliar per capita no país foi de R$ 1.511 no ano passado.

O Nordeste (R$ 984) e o Norte (R$ 1.011) foram as regiões com os piores resultados. Igualmente, quase a metade da população (49,9% e 48,1%, respectivamente) tinha rendimento médio mensal domiciliar per capita de até meio salário mínimo.

O IBGE também mediu o acesso a bens em dimensões que complementam a análise monetária para avaliar as restrições de acesso a educação, proteção social, moradia adequada, serviços de saneamento básico e internet.

"Nos domicílios cujos responsáveis são mulheres pretas ou pardas sem cônjuge e com filhos até 14 anos, 25,2% dos moradores tinham pelo menos três restrições às dimensões analisadas. Esse é também o grupo com mais restrições à proteção social (46,1%) e à moradia adequada (28,5%)", informou.

Ainda segundo o IBGE, 12,2 milhões viviam em residências com adensamento excessivo (mais de três moradores por dormitório), e 10,1 milhões de pessoas (4,9%) moravam em residências sem banheiro de uso exclusivo.

"Ainda entre as pessoas abaixo dessa linha de pobreza, 57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento (contra 37,6% da população em geral)."


No total, mais de um terço da população (35,9%)  tinha restrição de acesso ao serviço de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial. Fonte: Folha de São Paulo - 5.dez.2018

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Proposta de governo de Fernando Haddad

SOBERANIA NACIONAL E POPULAR NA REFUNDAÇÃO DEMOCRÁTICA DO BRASIL

Versão original
O tempo presente impõe o desafio de refundar e aprofundar a democracia no Brasil na contramão do avanço do conservadorismo no cenário internacional, do autoritarismo na América Latina, do neoliberalismo e da intolerância no Brasil.

O pacto constitucional de 1988 foi quebrado pelo golpe de Estado de 2016, de natureza parlamentar, judicial, empresarial e midiática. O impeachment sem crime de responsabilidade da Presidenta Dilma e a prisão política sem crime e sem provas do Presidente Lula romperam os laços que sustentavam o ciclo político da Nova República, cujo pilar era a soberania do voto popular, segundo o qual quem ganha as eleições governa e quem perde vai para a oposição.

A cada dia que passa, vai aparecendo o principal objetivo da coalizão golpista: inverter as políticas que valorizaram, nos governos Lula e Dilma, o Trabalho diante do Capital, a Nação diante do Império, as maiorias e minorias oprimidas e discriminadas diante de uma elite misógina e racista, autoritária e excludente.

Versão light
Respaldados pela maioria parlamentar e embalados pela mídia golpista, vão dilapidando a soberania nacional, os ganhos sociais dos mais pobres e os direitos alcançados por mulheres, jovens, negros e negras, povos indígenas, quilombolas, LGBTI+, pessoas com deficiências, crianças e adolescentes em décadas de luta.

Nossa candidatura propõe dar um basta a todo esse retrocesso histórico. É preciso estabelecer o Estado Democrático de Direito para refundar democraticamente o Brasil, pôr fim ao Golpe e sua herança, recuperar a soberania nacional e popular, realizar as reformas democráticas e populares interrompidas para assegurar a soberania nacional, a distribuição de renda, riqueza e poder e a promoção dos direitos.

Além disso, é preciso avançar na efetivação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, por meio do combate às desigualdades, geração de emprego e realização da reforma agrária e da reforma urbana. O ponto de partida será o enfrentamento ao Estado de exceção seletivo levado a cabo pelo governo golpista de Temer e do PSDB, com a cumplicidade dos três poderes, e, nesse processo, avançar na superação das desigualdades de classe, de gênero e étnico-racial que dilaceram a Nação brasileira desde a sua fundação.

ECONOMIA
1) Implantar um programa emergencial de empregos. O programa deve retomar obras paralisadas, retomar investimentos da Petrobras, do programa Minha Casa Minha Vida. Prevê também reforçar investimentos no Bolsa-Família, incluindo aqueles que voltaram à pobreza; criar linhas de crédito com juros e prazo acessíveis para atender as famílias que se encontram no cadastro negativo; implantar o programa nacional de apoio às atividades da economia social e solidária

2) Retomar a política de valorização  do salário mínimo

3) Estado deve voltar a ser indutor do crescimento  e investir em infraestrutura. A realização de obras públicas deve puxar o setor privado e gerar oito milhões de empregos em quatro anos

4) Retomar obras orçadas em R$ 120 bilhões, financiadas parcialmente com recursos de reservas internacionais. Fazer pequenas obras nos municípios com parte das reservas, segundo o economista Marcio Pochmann, um dos responsáveis pelo programa de governo. O fundo de investimentos será composto por 10% das reservas internacionais, contribuição de bancos públicos e debêntures, para financiamento de projetos de infraestrutura

5) Multiplicar as Parcerias Público Privadas(PPPs). Uma das propostas é realizar uma PPP nacional para substituição da iluminação pública de todo o país, trocando as lâmpadas convencionais pelos modelos de LED, com maior luminosidade e menor consumo

6) Revogar os pilares da reforma trabalhista , como o estímulo à pejotização, à terceirização e a vedação de acesso à Justiça Trabalhista, segundo Haddad

7) Propor um novo marco regulatório  da comunicação social eletrônica. Desconcentrar os investimentos publicitários estatais

8) Elaborar um novo Estatuto do trabalho . Valorizar sindicatos e associações de trabalhadores e empresários na orientação da preparação para a qualificação profissional

9) Reorientar  a política de preços de combustíveis da Petrobras

POLÍTICA FISCAL
1) Revogar  o teto de gastos por "impor uma ortodoxia fiscal permanente". Promete revogar também a reforma trabalhista, as mudanças no marco regulatório do pré-sal e  a reforma do ensino médio

2) Isentar o pagamento  de Imposto de Renda quem ganha até 5 salários mínimos, condicionado ao aumento das alíquotas para os super ricos

3) Municipalizar a Cide, tributo que incide sobre os combustíveis. Nas mãos dos prefeitos, o recurso deve ser usado para planos de mobilidade urbana

4) Taxar bancos para baratear o crédito. Segundo o coordenador do programa de governo, Fernando Haddad, haverá aumento de imposto aos bancos que mantiverem o spread nas taxas atuais. Introduzir o conceito de progressividade nos tributos para induzir “comportamentos desejáveis” no sistema bancário. O governo federal reduzirá o custo do crédito,combatendo os elevados níveis de spread bancário

5) Fazer reforma tributária  para transformar o atual modelo em um sistema progressivo, para que os mais pobres paguem menos. A reforma tributária compreenderá a tributação direta sobre lucros e dividendos, a criação e implementação gradual de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substitua a atual estrutura de impostos indiretos, entre outros

6) Fazer a regulação econômica  dos meios de comunicação, segundo Haddad, para evitar a concentração na propriedade

7) Introduzir um imposto progressivo sobre heranças

8) Dar duplo mandato ao Banco Central, que reforçará o controle da inflação e assumirá também o compromisso com o emprego. Construir um novo indicador para a meta inflação, que oriente a definição da taxa básica de juros (SELIC)

9) Revitalizar  os bancos públicos, especialmente BNDES, BB e CEF, e os mecanismos de financiamento ao desenvolvimento nacional

10) Fortalecer  a Petrobras, manter o regime de partilha na área do Pré-sal e a política de conteúdo local

PRIVATIZAÇÃO
1) Suspender a venda de ativos da Petrobras . Segundo Haddad, o PT não pretende privatizar a Eletrobras

2) Rever o acordo Embraer/ Boeing  e eventuais vendas de ativos da Eletrobras e Petrobras, segundo Pochmann

PREVIDÊNCIA
1) Indicou que pretende abrir uma mesa de negociações  para discutir reformas , incluindo a Previdência; sinalizou que pode discutir idade mínima, mas não apresentou uma proposta definida;  Haddad mostra uma postura mais aberta que a dos formuladores do programa de governo do PT para a área

SEGURANÇA
1) Federalizar  o combate ao tráfico de drogas e o crime organizado. Ter mais policiais e juízes federais centrados no tema, fazendo o trabalho de inteligência das investigações. A medida deve liberar as policiais estaduais para fazer o policiamento e evitar o uso das Forças Armadas em operações de segurança, segundo o coordenador do programa de governo, Fernando Haddad

2) Combater o tráfico e consumo de drogas , combinando uma ação integrada de inteligência da Polícia Federal, com atendimentos de dependentes em rede ambulatorial e programa de prevenção nas escolas, segundo Haddad

3)  Refazer as bases para um Plano Nacional de Redução de Homicídios , tendo como referência o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança Pública - SINESP

4) Controlar  armas e munições, reforçando o rastreamento. Retirar armas ilegais de circulação e represar o tráfico nacional e internacional

5) Valorizar  o profissional da segurança e fortalecer a polícia científica

6) Mudar a política de drogas . O programa de governo diz que é preciso olhar atentamente para as experiências internacionais que já colhem resultado positivos com a descriminalização e a regulação do comércio de drogas

7) Enfrentar a política de encarceramento  em massa. Investir na reforma da legislação para reservar a privação de liberdade para condutas violentas e promover a eficácia das alternativas penais. Isso ocorrerá por meio de um Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária que estabeleça uma Política Nacional de Alternativas Penais
SAÚDE
1) Governo federal deve ter maior participação  dos atendimentos de média complexidade, associado com programas de atenção básica e o Mais Médicos, segundo o coordenador do programa de governo, Fernando Haddad

2) Deve aprimorar a regulamentação  das relações com o terceiro setor de saúde, em particular com as organizações sociais. Regular de forma mais transparente os planos privados de saúde

3) Estabelecer forte ação  de controle do Aedes aegypti

4)  Criar a Rede de Especialidades Multiprofissional  (REM), integrada com a atenção básica, para garantir acesso a cuidados especializados por equipes multiprofissionais para superar a demanda reprimida de consultas, exames e cirurgias de média complexidade. Os polos serão
organizados de forma regional, com unidades de saúde fixas e unidades móveis e apoio aos pacientes em tratamento fora de domicílio.
Incluirá também hospitais-dia e a população poderá realizar  procedimentos como cirurgias ambulatoriais especializadas, exames ultrassonográficos, procedimentos traumato-ortopédicos

5) Organizar e intensificar os mutirões  de exames e cirurgias

6) Implantar prontuário eletrônico  de forma universal

EDUCAÇÃO
1) Revogar a reforma do ensino médio implementada pelo governo Michel Temer. Forte participação do governo federal na oferta do ensino médio. Convênio com os Estados e o Distrito Federal para que o governo federal se responsabilize por escolas
situadas em regiões de alta vulnerabilidade,  Atuar na formação dos educadores e na gestão pedagógica da educação básica. Expandir a educação integral. O programa de governo não traz metas para essa expansão

2) Rediscutir os repasses  da União por faixa etária e o financiamento das novas necessidades da educação básica

3) Defender a bandeira do “Escola com Ciência” , contrária à Escola sem Partido

4) Expandir  as matrículas no ensino superior e nos ensinos técnico e profissional. Ampliar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Universidades e Institutos Federais serão fortalecidos, interiorizados e expandidos e seus orçamentos serão recompostos

5) Garantir  que todas as crianças, adolescentes e jovens de 4 a 17 anos estejam na escola e que aprendam. No ensino fundamental, serão realizados fortes ajustes na Base Nacional Comum Curricular. Implementar uma forte política nacional de alfabetização

6) Implementar  a Prova Nacional para Ingresso na Carreira Docente para subsidiar Estados, o Distrito Federal e municípios na realização de concursos públicos para a contratação de professores para a educação básica. A prova será realizada anualmente, de forma descentralizada em todo o país. Cada ente federativo poderá decidir pela adesão e pela forma de utilização dos resultados

MEIO AMBIENTE
1) Propõe uma mudança   na matriz produtiva liderada pela adoção de tecnologias verdes modernas, flexíveis e inteligentes, capazes de responder às crescentes demandas por sustentabilidade e inovação

2) Fazer uma reforma fiscal verde , que progressivamente aumente o custo da poluição e que dê prêmios a investimentos e inovação de baixo carbono. A reforma incluirá a desoneração de tributos sobre investimentos verdes (isenção de IPI, dedução de tributos embutidos em bens
de capital e recuperação imediata de ICMS e PIS/COFINS), reduzindo o custo tributário do investimento verde em 46,5%. Sem elevar a carga tributária, a reforma também criará um tributo sobre carbono, que já foi adotado em vários países para aumentar o custo das emissões de gases de efeito estufa. A receita será utilizada para reduzir tributos distorcivos e regressivos

3) Ampliar  os investimentos para expandir a geração com energias renováveis (solar, eólica e biomassa)

4) Zerar  as emissões de gás de efeito estufa da matriz elétrica brasileira até 2050. Também será perseguida a meta de instalar kits fotovoltaicos em 500 mil residências por ano

5) Assumir o compromisso com a taxa de desmatamento líquido zero até 2022. Para a expansão da produção agropecuária, os mais de 240 milhões de hectares já abertos para agricultura e pastagens no Brasil devem ser usados de forma mais eficiente

6) Regular  o grande agronegócio para mitigar os danos socioambientais, impedir o avanço do desmatamento, assegurar o ordenamento da expansão territorial da agricultura de escala, impedir excessos das subvenções públicas e subordinar sua dinâmica aos interesses da soberania alimentar do país. O crédito rural terá mudanças. Além de não financiar práticas produtivas ofensivas ao meio ambiente e aos direitos trabalhistas, serão valorizadas as boas práticas ambientais na agricultura. O novo marco legal do Plano Safra conterá diretriz para que, até 2030, o financiamento esteja integralmente voltado para a agricultura de baixo carbono (Plano Safra ABC)

PROGRAMAS SOCIAIS
1) Implementar a Renda Básica  de Cidadania

2) Incorporar famílias  em condição de pobreza sem acesso ao Bolsa-Família e promover a universalização da segurança de renda e ampliação de cobertura quanto a fatores de insegurança e desproteção social, especialmente inclusão produtiva. Ampliar o uso do Cadastro Único como fonte de diagnóstico para a implementação de políticas sociais

POLÍTICA EXTERNA
1) Retomar e aprofundar a política externa de integração latino-americana e a cooperação sul-sul  (especialmente com a África). Apoiar o multilateralismo, a busca de soluções pelo diálogo e o repúdio à intervenção e a soluções de força

2) Fortalecer o Mercosul  e a União das Nações da Sul-americanas– Unasul e consolidar a construção da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos – CELAC

3) Propõe fortalecer as iniciativas como o Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS) e os BRICS. Promete empenhar-se em promover a reforma da ONU , em particular do Conselho de Segurança, assim como dos instrumentos de proteção aos Direitos Humanos no plano internacional e regional

4) Fortalecer o diálogo mundial pela construção da paz  e retomar a cooperação nas áreas de saúde, educação, segurança alimentar e nutricional, entre outras, em especial com países latinos e com a África. O Brasil voltará a ter presença ativa no Sistema Internacional de Direitos Humanos

5) Dar protagonismo  ao Itamaraty

REFORMA POLÍTICA
1) Adotar voto em lista preordenada, com paridade de gênero e de cotas de representatividade étnico-racial na composição das listas

2) Separar a eleição presidencial da eleição proporcional para o Congresso, com a realização em datas diferentes. O coordenador do programa de governo, Fernando Haddad, propõe que a eleição parlamentar seja feita no segundo turno das eleições. Com isso, o presidente eleito teria mais condições de eleger sua base aliada e implementar seu pleno de governo com apoio dos parlamentares

3) Expandir para o presidente da República e para a iniciativa popular a prerrogativa de propor  a convocação de plebiscitos e referendos

4) Fazer uma Assembleia Nacional Constituinte  no início do governo para rediscutir grandes temas nacionais

REFORMA DO ESTADO
1) Nomear um civil para o Ministério da Defesa. Recriar com status de ministério as pastas de Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e para Promoção da Igualdade Racial

JUDICIÁRIO
1) Instituir tempo de mandatos  para os membros do STF e das Cortes Superiores de Justiça, não coincidente com a troca de governos e legislaturas. Mudar o processo de escolha dos integrantes do STF dos Tribunais superiores, conferindo transparência ao processo e um papel maior à sociedade civil organizada

2) Proibir  patrocínios empresariais a eventos das associações, instituições e carreiras do Sistema de Justiça

3) Acabar com o auxílio-moradia para magistrados, integrantes do Ministério Público e demais agentes públicos que possuam casa própria e residam no domicílio ou que usem imóvel funcional, bem como a regulamentação definitiva e segura da aplicação do teto ao funcionalismo público

4) Reduzir  o período de férias de 60 para 30 dias para todas as carreiras que conservam esse privilégio

5) Repensar o papel e a composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e instituir ouvidorias externa. Fonte: Valor Econômico

Obs: O candidato do PT à Presidência, na  quinta-feira (18 de outubro ), em São Paulo, entregou ao Tribunal Superior Eleitoral uma nova versão do programa de governo - que exclui a proposta de uma nova constituinte.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Pesquisa Datafolha

Presidente
Votos válidos: Bolsonaro, 59%; Haddad, 41%
Nos votos totais, Jair Bolsonaro, do PSL, tem 50%, e Haddad, 35%. Pesquisa ouviu 9.137 eleitores na quarta-feira (17) e na quinta-feira (18).

O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (18) o resultado da mais recente pesquisa do instituto sobre o 2º turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado nesta e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.
No levantamento anterior, Bolsonaro tinha 58% e Haddad, 42%. Fonte: G1-18/10/2018 

São Paulo
João Doria tem 53% e Márcio França 47% dos votos válidos em SP
Tucano é favorito no interior e pessebista na capital; eleitores de Skaf preferem candidato do PSDB
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, lidera as intenções de votos na primeira pesquisa Datafolha sobre a disputa ao estado no segundo turno. 
O tucano tem 53% dos votos válidos (conta que desconsidera nulos, brancos e indecisos) contra 47% do governador Márcio França (PSB), que disputa a reeleição. 
No levantamento, feito nesta quarta (17) e quinta (18), foram ouvidas 2.356 pessoas em 73 municípios. Fonte: Folha de São Paulo - 18.out.2018 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Ibope – Eleição para Presidente do Brasil

Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quarta-feira (26). Fonte: UOL-26/09/2018

sábado, 26 de maio de 2018

Países com o diesel mais caro e mais barato do mundo






Países com a gasolina mais cara e mais barata do mundo

OS MAIS BARATOS
Segundo a consultoria Global Petrol Prices;
■ Venezuela é o país com a gasolina mais barata no mundo, entre 167 países e territórios analisados em seu mais recente relatório semanal, divulgado em 9 de janeiro.
A R$ 0,04 cada litro, a gasolina continua a ser incrivelmente barata na Venezuela, país que enfrenta um difícil momento econômico, com inflação galopante. O país tem as maiores reservas petrolíferas comprovadas do planeta.
■ Arábia Saudita, o país com a segunda maior reserva de petróleo do mundo e 13º no ranking de menores preços, paga-se 54 vezes mais do que na Venezuela, mas o preço continua bem baixo: R$ 2,16 por litro.
■ A gasolina também é muito barata no Irã (R$ 1,02/litro) e no Sudão (US$ 1,24/litro), dois grandes produtores na Ásia e na África, respectivamente, e no Kuwait (US$ 1,27/litro).
São países que acabam comprometendo recursos fiscais para subsidiar a gasolina para seus cidadãos, porque, ao vendê-la a preços baixos internamente, renunciam a receitas que seriam obtidas na exportação de petróleo de acordo com os preços internacionais.

OS MAIS CAROS
Talvez seja mais surpreendente a lista dos países onde a gasolina é mais cara.
■ Hong Kong, onde o litro custa R$ 7,73 segundo a Global Petrol Prices, ou seja, 194 vezes mais do que na Venezuela. Entre os motivos para o preço recorde, estão os impostos, o alto custo de imóveis e outros gastos operacionais..
■ Na segunda posição está a Islândia (R$ 7,70/litro), nação em que impostos e a consciência ambiental ajudam a explicar por que é tão caro encher o tanque no país.
■ Mais intrigante ainda é o país em terceiro lugar: a Noruega, onde se paga R$ 7,44 por litro. O surpreendente é que a nação é um dos grandes produtores e exportadores de petróleo do mundo.
Graças a suas jazidas no mar do Norte, o país está entre os 20 principais produtores do planeta. Mas, em vez de subsidiá-lo, criou restrições que tornam muito caro ter um automóvel privado, em prol de políticas que incentivam o transporte público. Suas exportações de petróleo alimentam o Fundo Soberano da Noruega, usado para diversificar sua economia, tendo em vista o dia em que as reservas se esgotarão.
■ A mesma lógica se aplica à Holanda (R$ 7,11/litro), em quarto lugar, seguido por Mônaco e Dinamarca, com um preço de R$ 7,04/litro.
■ Israel, o nono país com a gasolina mais cara do mundo (R$ 6,82/litro), por sua vez, é um país que aplica impostos altos na gasolina vendida nos postos e produz muito pouco petróleo, dependendo majoritariamente de importações.
■ A Grécia, sétimo país mais caro, entrou na lista depois de se ver obrigada a aumentar tributos a fim de ajustar suas finanças e cumprir as rigorosas condições impostas por seus credores para obter empréstimos.
■ O Brasil ocupa a 91ª posição do ranking, com um preço médio de R$ 4,30 por litro, o mesmo valor cobrado atualmente na África do Sul.

COMPOSIÇÃO DO PREÇO
De acordo com a Petrobras, o preço da gasolina vendida ao consumidor final nos postos de combustível é composto por três parcelas: uma parte do produtor ou importador, tributos do governo e o lucro do revendedor. No Brasil, esse lucro equivale às margens brutas de distribuição e dos postos revendedores de gasolina.
A Petrobras afirma que 29% do preço final da gasolina comum vendida nos postos é apenas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O lucro dos postos equivale a apenas 9% do valor final do combustível.
A maior fatia do valor é definida pela própria Petrobras - 34%. Há ainda 16% destinados à Cide e PIS/Pasep e Cofins, recolhidos pela União, além de 12% equivalente ao valor correspondente ao etanol anidro, misturado à gasolina.
Os tributos federais são cobrados como um valor fixo por litro - o de Pis/Cofins, por exemplo, é de R$ 0,7925 por litro de gasolina; a Cide, de R$ 0,10 por litro.

O ICMS, por sua vez, é um percentual sobre o preço de venda - ou seja, cada vez que ele sobe, os Estados recolhem mais impostos. Fonte: BBC Brasil - 25 de maio de 2018



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

STJ libera posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho

Investidura de deputada na pasta do Trabalho havia sido impedida por ela ter sido condenada na Justiça trabalhista. Por nota, ministro Humberto Martins afirma que tais condenações não impedem a política de assumir cargo.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu neste sábado (20/01) a decisão da 4ª Vara Federal de Niterói que impedia a posse da deputada federal Cristiane Brasil como ministra do Trabalho. A decisão foi tomada pelo vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins.

Por meio de nota, o STJ informou que, ao analisar o caso durante o recesso forense, o ministro Humberto Martins concordou com os argumentos da Advocacia-Geral da União (AGU) "no sentido de que condenações em processos trabalhistas não impedem a deputada de assumir o cargo, já que não há nenhum dispositivo legal com essa determinação".

De acordo com o ministro, inexiste no ordenamento jurídico norma que vede a nomeação de qualquer cidadão para exercer o cargo de ministro do Trabalho em razão de ter sofrido condenação trabalhista.

No dia 19 de janeiro, a AGU recorreu ao STJ para manter a posse da deputada como ministra do Trabalho. A apelação foi protocolada depois que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, segunda instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro, negou três recursos apresentados pelo órgão.

Indicada ao cargo pelo pai e presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente Michel Temer ministra do Trabalho em 3 de janeiro, mas está impedida de tomar posse por força de uma decisão liminar (provisória) do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro.

O magistrado acolheu os argumentos de três advogados, que em ação popular questionaram se a deputada estaria moralmente apta a assumir o cargo após ter sido revelado pela imprensa que ela foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar mais de 60 mil reais a um ex-motorista, em decorrência de diversas irregularidades trabalhistas.

Em sua decisão, o juiz Leonardo Couceiro argumentou que, em exame preliminar, a nomeação de Cristiane enseja "flagrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa". O juiz suspendeu a posse tendo como base o Artigo 37 da Constituição, que estabelece a moralidade como um dos princípios a serem observados pela administração pública.

Com a suspensão anunciada neste sábado, a posse da deputada está marcada para a próxima segunda-feira (22/01), dia em que o presidente Michel Temer viaja para a Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial de Davos. Fonte: Deutsche Welle – 20.01.2018
Comentário: "À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.
Existe uma crise valores morais na sociedade brasileira e a deputada é o exemplo dessa crise.
Como disse Maquiavel: Na esfera política o que é para sociedade definida como vício ou virtude, na política representa vício benéfico e virtude perniciosa. É o bem maior que é a estabilidade do governo.
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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Waack é vítima da fome insaciável das redes que exige sacrifício de figuras

Falando em público, Luís Roberto Barroso qualificou Joaquim Barbosa como "um negro de primeira linha". Desculpou-se, depois, pela óbvia conotação preconceituosa do diagnóstico —e, felizmente, segue no mundo dos vivos.

William Waack proferiu, em comentário privado, o mais antigo dos abomináveis gracejos racistas. A frase veio a público e ele desculpou-se —mas corre o risco de ser arremessado ao mundo dos mortos.

O minotauro da lenda alimentava-se de jovens virgens. A fome insaciável das Redes Sociais, minotauro pós-moderno, exige o sacrifício ritual de figuras públicas.

Um clamor de indignação legítima nasce da janela que se abriu para um abismo interior de Waack. O jornalista admirado expeliu lixo. Somos todos, de alguma forma, lixeiras de séculos de violência, exclusão e preconceito. As pessoas decentes estão indignadas pois enxergaram, em lugar inesperado, um sedimento profundo da história humana: o metal pesado, contaminante, do nosso desamor. Mas, se decentes realmente são, os indignados devem resistir à sedução do linchamento, outro metal pesado da tabela periódica da nossa barbárie.

O detentor do vídeo incriminatório guardou-o durante um ano inteiro, como quem protege um tesouro, antes de propiciar sua divulgação, um gesto derivado do cálculo, não da exasperação. As valiosas imagens e sons podem ter servido à chantagem ou ao comércio, antes de se prestarem à "cruzada da virtude" que está em curso.

No labirinto das Redes Sociais, o clamor de indignação legítima dissolve-se numa onda avassaladora de condenação terminal fabricada pela "guerrilha da informação". Waack precisa perecer pelo que diz e escreve em público: por suas opiniões políticas moderadas e suas matizadas interpretações históricas.

Troca-se a difícil tarefa de confrontar intelectualmente o "inimigo" por uma alternativa tão fácil quanto eficiente: suprimi-lo manipulando oportunisticamente o consenso civilizado de repúdio ao preconceito racial. Os hipócritas investem na decência dos decentes, em busca de uma finalidade indecente.

O gracejo idiota de Waack deu-se na hora do triunfo eleitoral de Trump, um fanfarrão sem escrúpulos, grosseiro, malcriado e preconceituoso. A figura que crismou os imigrantes mexicanos como estupradores substituía Obama, um líder íntegro, sofisticado, capaz de oferecer lições inesquecíveis de empatia humana.

"Coisa de preto", "coisa de branco"? A cor da pele nada tem a ver com isso, como Waack sabe perfeitamente. A frase emitida na esfera privada pode ser horrível (e é!), mas não equivale a uma sentença proferida na arena pública. Não se tem notícia de uma manifestação política racista ou um gesto de injúria racial do jornalista. Imolá-lo em cena aberta não nos limpa ou purifica —e só aplaca temporariamente a sede de sangue do minotauro virtual.

A URSS stalinista, a Alemanha nazista, a China maoísta, o Camboja de Pol Pot e a Cuba castrista estabeleceram o objetivo de criar o "homem novo". Os sistemas totalitários almejavam retificar não apenas o comportamento, mas a mente dos indivíduos, moldando-a segundo suas normas ideológicas. A escola, a propaganda, a prisão, a tortura e o campo de trabalhos forçados eram os instrumentos da pedagogia social.

Por sorte, todas essas tentativas fracassaram. Homens (e mulheres) "velhos", empapados de fraquezas e preconceitos, seguem constituindo as sociedades. São eles (nós) os alvos dos vigilantes das Redes Sociais, tão compreensivos com discursos políticos odientos, nem sempre severos com atos criminosos, mas implacáveis com desvios privados puramente verbais.

Já aprendemos algo com o triste episódio de Waack. Não precisamos condená-lo ao submundo, empobrecendo ainda mais nosso paupérrimo debate público, apenas para alimentar o minotauro. Folha de São Paulo - 11/11/2017 - Demetrio Magnoli
Comentário: O Minotauro é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga.Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. Todo ano eram enviados sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.
Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses. Os deuses atuais são as redes sociais