segunda-feira, 1 de junho de 2020

Coronavírus:: As últimas notícias sobre a pandemia de coronavírus em 31 de maio

ISRAEL - REABERTO MONTE DO TEMPLO EM ISRAEL
Como medida de relaxamento das restrições ditadas pela pandemia de covid-19, o Monte do Templo, no centro histórico de Jerusalém, foi reaberto. A mesquita Al Aksa, terceiro sítio mais sagrado do islã, estava fechada desde meados de março, devido ao alastramento do novo coronavírus. Centenas de fiéis visitaram o local, também sagrado para judeus e cristãos.

REINO UNIDO - CHANCELER BRITÂNICO DEFENDE FLEXIBILIZAÇÃO
O ministro britânico do Exterior, Dominic Raab, defendeu o relaxamento "cauteloso" das restrições relativas ao coronavírus por seu governo: "Estamos confiantes de que esse é o passo correto a tomar neste momento. Tomamos essas medidas muito cautelosamente, baseados na ciência, mas também em nossa atual capacidade de monitorar o vírus", declarou à emissora Sky News.
Diversos cientistas britânicos criticaram o primeiro-ministro Boris Johnson por aliviar o confinamento após dez semanas, sob o pretexto de ajudar a reaquecer a economia, considerando a iniciativa prematura e arriscada. O país é o quarto em volume de casos registrados de covid-19 (274.220) e o segundo em mortes (38.458).

ESPANHA ESTENDE CONFINAMENTO
O presidente do governo espanhol (premiê), Pedro Sánchez, anunciou a "última prorrogação" do estado de alerta, que permite limitar a circulação de pessoas durante o desconfinamento progressivo do país, até 21 de junho.
"Nós precisamos agora de uma última prorrogação de 15 dias do atual estado de alerta, que termina em 7 de junho", afirmou o primeiro-ministro espanhol numa conferência de imprensa em Madri. Ele felicitou o país por estar chegando a um porto-seguro nesta tarefa de desconfinamento.
O prolongamento de mais duas semanas de estado de alerta - o sexto desde o fim do confinamento - deverá ser ratificado na próxima semana pela Câmara dos Deputados.
A Espanha é um dos países com mais casos de mortes e infecções, num 'ranking' que é liderado pelos Estados Unidos, onde já morreram mais de 103 mil pessoas.

PAPA ADVERTE CONTRA PESSIMISMO
O papa Francisco advertiu neste domingo contra o pessimismo perante o lamento de muitas pessoas de que nada volte a ser como era, após o fim do confinamento devido à pandemia de covid-19.
Durante a missa na Basílica de São Pedro para assinalar o Domingo de Pentecostes, Francisco disse que este receio leva a que "a única coisa que certamente não regresse é a esperança".
E exemplificou com a fragmentação da sua própria igreja, referindo que esta tem de se unir. O mundo vê conservadores e progressistas, mas todos são "filhos de Deus", disse, apelando aos fiéis para se concentrarem no que os une.
"Nesta pandemia, tão errado é o narcisismo", disse o papa Francisco, lamentando a tendência de se pensar apenas nas próprias necessidades, ser indiferente às dos outros e não admitir as próprias fragilidades e erros.
"Neste momento, no grande esforço de começar de novo, quão prejudicial é o pessimismo, a tendência de ver tudo da pior maneira e para continuar a dizer que nada voltará a ser como antes", disse o papa, acrescentando: "Quando alguém pensa assim, a única coisa que certamente não regressa é a esperança".
Algumas dezenas de fiéis, usando máscaras e sentados num banco, assistiram à cerimônia respeitando as medidas de segurança para evitar a propagação da covid-19.
Embora o Vaticano tenha reaberto a basílica aos turistas, os fiéis ainda não podem assistir às missas celebradas pelo papa por receio de aglomerações.

ÍNDIA-EPIDEMIA AVANÇA
A Índia registrou mais de oito mil novos casos de covid-19 num único dia, um novo recorde desde o início da pandemia no país, como anunciou neste domingo o governo.
O número de casos confirmados de covid-19 na Índia subiu para 182.143, com 5.164 mortes, incluindo 193 nas últimas 24 horas.
Mais de 60% dos óbitos causados pela covid-19 tiveram origem em dois estados indianos - Maharashtra, um centro financeiro, e Gujarat, o estado de onde é originário o primeiro-ministro Narendra Modi.

BRASIL - PANDEMIA SUFOCA AGRICULTURA FAMILIAR
Em todo o país, no campo e na floresta, epidemia vem afetando agricultores familiares e extrativistas, setor do qual dependem 18 milhões de brasileiros. Eles sofrem com perda de espaço e falta de renda emergencial.

BRASIL É QUARTO EM NÚMERO DE MORTES
Entre sexta-feira e sábado, o Brasil contabilizou 956 mortes por covid-19, chegando ao total de 28.834 óbitos. Tornou-se, assim, o quarto país em número absoluto de vítimas pela doença em todo o mundo, ultrapassando a França (28.717), segundo balanço da Universidade Johns Hopkins.
Agora, o Brasil fica atrás apenas de Estados Unidos (103.685), Reino Unido (38.458) e Itália (33.340) em número de mortes na pandemia do novo coronavírus.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o Brasil teve 33.274 novos diagnósticos de covid-19 em apenas 24 horas e agora já tem 498.440 casos confirmados. É a maior cifra diária já registrada no país, superando o recorde de sexta-feira (26.928). O número de recuperados é de 200.892. Há 3.862 mortes sob investigação, ainda não computadas como vítimas de covid-19.

BRASIL - QUASE 60 MILHÕES RECEBEM RENDA BÁSICA EMERGENCIAL
Cerca de 59 milhões de brasileiros estão recebendo a renda básica emergencial, criada para minimizar os efeitos econômicos da pandemia da covid-19. O benefício, programado para acabar em junho, se mostrou eficaz para evitar uma tragédia social ainda maior no país e instalou um debate sobre mantê-lo por mais tempo ou mesmo torná-lo permanente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse considerar manter o benefício por mais dois meses, a R$ 200 por mês. O Congresso também analisa propostas para prorrogar a renda básica por mais tempo. E pesquisadores de diversas universidades estão fazendo as contas e propondo cenários para alongar o benefício ou fazer dele um programa sem prazo para acabar.
O auxílio emergencial paga R$ 600 por adulto que não esteja empregado, não receba seguro‑desemprego ou aposentadoria e tenha renda familiar de até 3 salários mínimos. Em lares nos quais a mãe sustenta a casa sozinha, o auxílio é de R$ 1,2 mil. Nesse formato, o benefício custa cerca de R$ 150 bilhões por trimestre. Mantido por um ano, teria um custo anual de R$ 600 bilhões, próximo ao que o governo federal gasta com a Previdência Social.
No Bolsa Família, que hoje atende cerca de 13 milhões de famílias pobres ou extremamente pobres, o auxílio médio é de cerca de R$ 200 por família, e o custo total é de R$ 30 bilhões por ano.
Devido ao custo do auxílio emergencial, transformá-lo em um programa permanente, com as mesmas regras em vigor, enfrentaria sérias restrições fiscais. As alternativas em análise se aproximam da criação de um novo programa de transferência de renda, com valor superior ao do Bolsa Família, mas inferior ao da renda básica emergencial, e com critérios mais restritos, com o objetivo de reduzir a pobreza no país. Fonte: Deutsche Welle – 31.05.2020

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