sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Farinelli Il Castrato

Farinelli é um filme de drama biográfico ítalo-franco-belga de 1994 dirigido por Gérard Corbiau. Foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro na edição de 1995, representando a Bélgica.
No filme, o ator Stefano Dionisi, que interpreta o protagonista, é dublado nas partes cantadas. Para reproduzir a particularíssima voz de um castrato, foram gravadas em separado e depois mixadas eletronicamente, as vozes da soprana  polonesa Ewa Małas-Godlewska e do contratenor americano Derek Lee Ragin. Apenas em Lascia ch'io pianga, de George Frideric Handel, a voz é de Małas-Godlewska, apenas, sem mixagem.

Carlo Maria Michelangelo Nicola Broschi, conhecido pelo pseudônimo de Farinelli (Andria, 24 de janeiro de 1705 — Bolonha, 15 de julho de 1782), foi um lendário castrato do século XVIII, o mais popular e bem pago cantor de ópera da Europa em sua época.

Castrato (termo extraído do idioma italiano, cuja tradução lusófona trata-se literalmente de "castrado") é o nome pelo qual eram conhecidos os cantores masculinos que, a fim de terem preservada, ainda na fase adulta, a tessitura vocal da infância (cuja extensão vocal é quase idêntica àquela própria das tessituras vocais femininas, sejam de soprano, de mezzo-soprano ou de contralto), eram submetidos a uma operação cirúrgica de corte dos canais provenientes dos testículos, a partir da qual a chamada "mudança de voz" não ocorria.

A prática de castração de jovens cantores teve início no século XVI (tendo surgido a partir da necessidade de vozes agudas nos grupos corais das igrejas da Europa Ocidental, já que a Igreja Católica Apostólica Romana não aceitava mulheres no coro de suas igrejas)[carece de fontes], atingindo seu auge nos séculos XVII e XVIII (de tal sorte que, nas óperas do compositor barroco alemão Georg Friedrich Händel, por exemplo, o papel do herói era frequentemente escrito para castrato).

Muitos dos rapazes que eram submetidos à castração tratava-se de crianças órfãs ou abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa, entregavam um filho para ser castrado. Em Nápoles, recebiam a sua instrução em conservatórios pertencentes à Igreja, onde lecionavam músicos de renome. Algumas fontes referem que muitas barbearias napolitanas tinham, à entrada, um dístico com a indicação "Qui si castrano ragazzi" ("Aqui castram-se rapazes").

Na segunda metade do século XVIII, com a chegada do verismo na ópera, a popularidade dos castrati entrou em declínio. Durante alguns anos, é verdade, ainda houve desses cantores na Itália, mas, com o decorrer do tempo, esses papéis foram transferidos aos contratenores e, por vezes, às sopranos.

Foi só em 1870, não obstante, que o castratismo destinado a este fim foi terminantemente proibido na Itália (o último país onde ainda era efetuado). E, em 1902, o papa Leão XIII proibiu definitivamente a utilização de castrati nos coros das igrejas.

O último castrato a abandonar o coro da Capela Sistina foi Alessandro Moreschi (1858-1922), no ano de 1913. Há alguns registros fonográficos da voz deste castrato, que, entre 1902 e 1904, gravou exatos dez discos. Fonte: Wikipedia



  

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