Cerca de 40,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram
submetidas a atividades análogas à escravidão em 2016, segundo um relatório
Índice Global de Escravidão 2018, publicado pela fundação Walk Free.
CONCEITO DE ESCRAVIDÃO MODERNA
No contexto do relatório, o conceito de escravidão moderna
abrange um conjunto de conceitos jurídicos específicos, incluindo trabalho
forçado, servidão por dívida, casamento forçado, tráfico de seres humanos,
escravidão e práticas semelhantes à escravidão.
De acordo com o documento, 71% das vítimas são mulheres,
enquanto 29% são homens. Das 40,3 milhões de pessoas afetadas, 15,4 milhões
estavam em casamentos forçados, enquanto 24,9 milhões se encontravam em
condições de trabalho escravo. A Ásia representa 62% da estimativa global de
pessoas em regime de escravidão.
A escravidão moderna é mais comum na Coreia do Norte e em
outros regimes repressivos, mas as nações desenvolvidas também são responsáveis
porque importam 350 bilhões de dólares em mercadoria produzidas em
circunstâncias suspeitas, afirmou a fundação Walk Free. Na Coreia do Norte, por
exemplo, 104 em cada mil pessoas viviam em tais condições.
Completam o ranking dos países com maior percentual de
escravidão moderna em relação à própria população;
·
Eritreia (93 para mil),
·
Burundi (40 para mil),
·
República Central Africana (22 para mil),
·
Afeganistão (22 para mil),
·
Mauritânia (21 para mil),
·
Sudão do Sul (20,5 para mil),
·
Paquistão (17 para mil),
·
Camboja (17 para mil) e
·
Irã (16 para mil).
AMÉRICA
A Venezuela é, junto ao Haiti, o país com a maior incidência
proporcional da escravidão moderna na América. Segundo o índice, 174 mil
pessoas vivem nessa situação em território venezuelano, uma taxa de 5,6 para
cada mil habitantes. Essa proporção é similar à do Haiti, onde 59 mil pessoas
seriam vítimas – uma proporção amplamente acima da de outros países da região.
O Brasil registrou uma taxa de apenas 1,8 pessoas em
condição de escravidão moderna para cada mil habitantes. Por outro lado, em
números absolutos, o Brasil detém a segunda maior quantidade de pessoas em
regime escravocrata na região, com 369 mil habitantes. Os EUA registraram 403
mil pessoas (1,3 para mil).
No total, a organização estimou que quase 2 milhões de
pessoas em toda a América estavam em 2016 em situação de escravidão – dois
terços forçados a trabalhar. O número absoluto representa apenas 5% da
estimativa global.
MUNDO- NÚMERO ABSOLUTO
No número absoluto de pessoas consideradas em regimes de
escravidão moderna,
·
Índia (7,99 milhões de indivíduos estimados),
·
China (3,86 milhões),
·
Paquistão (3,19 milhões),
·
Coreia do Norte (2,64 milhões),
·
Nigéria (1,39 milhões),
·
Irã (1,29 milhões),
·
Indonésia (1,22 milhões) e
·
República Democrática do Congo (1,05 milhões)
São os oito países acima de um milhão de
"escravos".
Por outro lado, Mauritânia, Luxemburgo, Suriname e Barbados
são os quatro países com um número de casos estimados igual ou inferior a mil.
O Índice Global de Escravidão utiliza pesquisas de
referência no mundo para estimar a prevalência da escravidão moderna em mais de
160 países. Pela primeira vez, o relatório se baseia também em dados comerciais
sobre produtos em risco de ser produzidos pela escravidão moderna. Fonte: Deutsche
Welle-20/07/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário