Caiu
de 27 para 21 o número de universidades brasileiras entre as mil melhores do
mundo. A avaliação é de um dos principais rankings universitários
internacionais, o Times Higher Education, divulgado nesta terça (5).
Das
27 universidades presentes na lista anterior, 10 sumiram do ranking: 8 federais
e 2 estaduais. Como 4 novas instituições brasileiras entraram na lista, o
Brasil acabou perdendo 6 postos no total.
Saíram
do top 1.000 a UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFBA (Universidade
Federal da Bahia), UFG (Universidade Federal de Goiás), UFOP (Universidade
Federal de Ouro Preto), UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), UFLA
(Universidade Federal de Lavras), UFV (Universidade Federal de Viçosa), UFF
(Universidade Federal Fluminense), UEL (Universidade Estadual de Londrina) e
UEM (Universidade Estadual de Maringá).
Já a
Unifei (Universidade Federal de Itajubá), UnB (Universidade de Brasília), UFPel
(Universidade Federal de Pelotas) e a UEPG (Universidade Estadual de Ponta
Grossa) são as quatro universidades que entram no ranking pela primeira vez.
Apenas a Unifei entra na faixa de 601º a 800º, enquanto as outras três estão na
faixa final --de 801º a 1.000º. A classificação é feita em grupos a partir da
posição 200.
O
Times Higher Education é uma publicação britânica, considerada uma das
principais avaliações educacionais do mundo todo, que analisa universidades
desde 2011.
CRISE
NAS FEDERAIS
Para
Phil Baty, diretor editorial de rankings globais do Times Higher Education, é
"decepcionante" a diminuição da participação do Brasil nas principais
universidades globais. "Os resultados refletem a crescente pressão que as
universidades do país sofrem durante a crise econômica e a crescente
concorrência global no setor", afirma.
As
universidades federais têm sofrido, de fato, com cortes no repasse de verbas.
Em três anos, o orçamento para manutenção e investimento dessas instituições
caiu R$ 3,4 bilhões, passando de R$ 10,7 bilhões em 2014 para R$ 7,3 bilhões
este ano.
Especialistas
apontam, por outro lado, que a crise também é consequência de falta de controle
na expansão do sistema federal de ensino.
"O
Brasil precisará garantir que continue investindo no ensino superior e liberte suas
instituições de burocracia desnecessária se quiser se tornar um participante
global de educação superior", ressalta Baty.
USP
À FRENTE DA UNICAMP
Na
avaliação internacional, a USP continua sendo considerada como a melhor do
Brasil. Tanto ela como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que
aparece como a segunda melhor do país, estacionaram em suas posições no
ranking, permanecendo nas faixas 251-300 e 401-500, respectivamente.
AMÉRICA
LATINA
Baty
afirma que a América Latina "sofreu" nesta edição do ranking mundial.
Além do Brasil, países como México, Chile e Colômbia tiveram universidades que
deixaram a lista.
"Embora
existam sinais de melhoria em algumas instituições, o quadro geral para a
América Latina é de declínio", diz.
Para
ele, as universidades latino-americanas sofrem de problemas de financiamento e
burocracia excessiva. "Há sinais de que isso está alimentando uma fuga de
cérebros de estudiosos da região", complementa.
MELHORES
DO MUNDO
No
ranking mundial, estão no topo da lista duas instituições do Reino Unido: a
Universidade de Oxford, em 1º, e a Universidade de Cambridge, em 2º.
Mas
são os Estados Unidos que dominam o top 10, com 7 universidades entre as
melhores. Entre elas, o Instituto de Tecnologia da Califórnia, a Universidade
de Stanford e o Instituto de Tecnologia do Massachussetts, o MIT.
O
Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, completa a lista das
melhores do mundo.
Fonte :UOL-05/09/2017
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