Segundo o serviço público de saúde da Grã-Bretanha, o NHS,
em média três bebês nascem viciados em drogas a cada dia na Inglaterra devido
ao hábito das mães.
Uma instituição de caridade, a única do país, tenta manter
os recém-nascidos junto com os pais durante o programa de reabilitação.
O problema se repete em todo o Reino Unido. Na Inglaterra,
1.087 bebês nascidos em 2014 e 2015 foram afetados pelo uso de drogas pelas mães.
Na Escócia, foram 987 bebês entre 2012 e 2015, enquanto no
País de Gales foram 75 casos, entre drogas e bebidas alcoólicas em 2015 e neste
ano.
Quase todas as drogas passam da mãe para a corrente
sanguínea do feto durante a gravidez. Estas crianças já nascem viciadas e
sofrendo os efeitos da abstinência - o que é conhecido como síndrome de
abstinência neonatal.
BRASIL
Entre os sintomas comuns dos recém-nascidos viciados em
opiáceos, como heroína e metadona, está tremor incontrolável, choro estridente
e manchas na pele.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que nos últimos
cinco anos o número médio anual de registros de "sintomas de abstinência
neonatal de drogas utilizadas pela mãe" foi de 76.
REABILITAÇÃO RIGOROSA
Depois do fechamento de outras organizações, a Trevi House é
o único centro deste tipo na Grã-Bretanha. Inaugurada em 1993, a instituição
pode receber até dez mulheres de uma vez. Elas não tem permissão para sair do
local sem supervisão.
Cada mãe segue um plano rigoroso de reabilitação que inclui
sessões de terapia diárias, encontros em grupo, exames médicos e checagens dos
serviços sociais.
O custo para manter uma mãe e o um bebê no centro é de 1,5
mil libras por semana (cerca de R$ 6,3 mil).
A verba para manter uma mãe e seu filho no programa
frequentemente vem de acordos entre serviços que cuidam de adultos viciados em
drogas e serviços sociais voltados para crianças.
Entre dezembro de 2013 e dezembro do ano passado, 65% das
crianças saíram da Trevi House acompanhadas das mães, que já não estavam mais
viciadas em drogas ou bebidas alcoólicas.
Porém, alguns analistas ressalvam que a rotina na
instituição de caridade, com cuidados 24 horas por dia, não reflete a vida real
e temem que, fora do programa, as mães sofram recaída. Fonte: Resumo - UOL Noticias - BBC-26/12/2016
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