O tempo que o julgamento demorará é imprevisível, já que
dependerá de quantos senadores pretendem falar durante a sessão. No entanto, a
própria base admite que no momento do questionamento de Rousseff, na
segunda-feira, dificilmente os parlamentares abrirão mão de seu tempo para
poder interrogá-la. A expectativa dos governistas é que o veredito saia até
terça-feira (30), para que Temer tome posse já na quarta (31).
Veja o cronograma:
QUINTA-FEIRA E SEXTA-FEIRA - 25 DE AGOSTO E 26 DE AGOSTO
9h - Inicio da sessão, com a leitura do processo. Senadores
poderão apresentar questões de ordem (dúvidas sobre o andamento do processo),
respondidas pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal
Federal que presidirá a sessão. Começam, então, os depoimentos das oito
testemunhas. Para cada uma, haverá a seguinte rotina: primeiro elas serão
questionadas por Lewandowski; em seguida, cada senador que quiser terá seis
minutos para fazer perguntas; e, depois, os advogados de acusação terão 10
minutos para esclarecimentos e os de defesa mais 10. A previsão é que essa fase
dure toda quinta-feira e termine apenas na madrugada de sábado (27 de agosto).
SÁBADO E DOMINGO - 27
E 28 DE AGOSTO
Caso a fase de depoimento das testemunhas termine na
madrugada de sábado, o final de semana será de recesso
SEGUNDA - 29 DE AGOSTO
Início da sessão, às 9h, com uma etapa que está dividida em
quatro fases:
1. Defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, que afirmou
que estará presente no Senado. Ela terá 30 minutos para sua fala, prorrogáveis
a critério do presidente Lewandowski. Ela pode optar por responder ou não a
perguntas. Se aceitar, cada senador que quiser poderá questioná-la por mais 5
minutos. Esse é o mesmo tempo que terão os advogados de acusação e de defesa.
2. Discussão: a acusação terá 1h30 para iniciar a discussão.
Depois, é a vez da defesa, que terá mais 1h30. Cada parte terá direito a 1h de
réplica e a 1h de tréplica. Neste momento, os senadores também poderão se
inscrever para falar por 10 minutos cada um.
3. Encaminhamento: Lewandowski lerá um relatório resumido
com os fundamentos da acusação e da defesa. Também poderão falar dois senadores
favoráveis à condenação e dois contrários, por cinco minutos cada.
4. Votação: Os parlamentares farão votação nominal, no
painel eletrônico de votação. Eles terão de responder "sim" ou
"não" à pergunta: "Dilma Rousseff cometeu os crimes de
responsabilidade?". Serão necessários 54 votos "sim" (dois
terços dos 81 senadores) para que ela perca o cargo e Temer seja empossado de
vez. Se a votação não atingir esse número, o relatório é arquivado e Rousseff
volta para o cargo. Fonte: El País - São Paulo 26 AGO 2016 -
Nenhum comentário:
Postar um comentário