sábado, 26 de março de 2016

Rolling Stones encantam Cuba com show histórico

Em um show gratuito na  sexta-feira em Cuba, os Rolling Stones cumpriram o que prometeram: um show histórico para mais de 500 mil pessoas em Havana, segundo cálculo das autoridades locais. O momento é considerado por muitos como histórico em um país que um dia forçou fãs do rock a ouvir suas músicas favoritas a portas fechadas.

Considerada subversiva e bloqueada das rádios cubanas nos idos de 1960 pelo presidente Fidel Castro, a banda britânica quebrou um paradigma de 56 anos, mais um que Cuba viveu nos últimos 10 dias. Na semana passada, pela primeira vez em 88 anos, um presidente norte-americano pisou na ilha. São sinais de uma bruta mudança num sistema socialista que há mais de meio século vive sob um embargo econômico global que impõe a seu povo muitas dificuldades sociais, apesar dos subsídios governamentais nas áreas da educação e da saúde.
Estar presente ao maior espetáculo de rock ao vivo e gratuito da história já realizado na capital, Havana, é inédito, emocionante e sem palavras para mais de meio milhão de pessoas.

Havana saboreou com festa e alegria um dos mega shows mais cobiçados nas principais cidades do mundo – uma sincronia praticamente impossível nas últimas cinco décadas de regime comunista na ilha. Depois de viajar com sua turnê “Olé – América Latina” por Chile, Argentina, Uruguai, Brasil, Peru, Colômbia e México, os Rolling Stones aportaram na ilha para um show totalmente gratuito. O anúncio foi feito há pouco mais de 15 dias pelo líder, Mick Jagger. 
A inédita apresentação dos Rolling Stones deve selar a reconciliação de Cuba com o rock.
Fonte: Correio Braziliense - 26/03/2016

Comentário: “Se este país se tornar capitalista, vamos ter muitas dificuldades, pois os cubanos não estão acostumados a dar duro. Não aprendemos a ser competitivos. A verdade é que a maioria não sabe muito bem o que quer. O socialismo não funciona, mas, se o capitalismo chegar, os pequenos vão sumir. Quem tem capital vai mandar e o resto vai trabalhar para eles”. (motorista de taxi cubano, Faustino Garcia Prendes).
A banda foi um sonho numa noite cubana. O Day after  volta a vida controlada pelo estado, cartões de racionamento, controle estatal, etc  
Segundo o diário digital espanhol "El Confidencial os estimados US$ 7 milhões para trazer a banda inglesa e seus 61 contêineres à ilha comunista foram custeados pela fundação Bon Intenshon, braço filantrópico de um fundo de investimento sediado no paraíso fiscal de Curaçao e de olho no potencial turístico de Cuba. Não é mesmo só rock n' roll.

A banda não lucrará com este concerto e nem a empresa produtora da turnê, a AEG, o lucro será o valor simbólico de fazer o primeiro show de uma banda britânica na ilha. A logística custará US$ 7 milhões, divididos entre a AEG Concerts West, Musica Punto Zero e a Fundashon Bon Intenshon, uma fundação da ilha de Curaçao. 

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