sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Índice de Percepção da Corrupção de 2013



Desobedecer às leis é fácil para a maioria  dos brasileiros

A desconfiança diante das instituições públicas do país faz com que 81% dos brasileiros concordem com a afirmação de que é "fácil" desobedecer às leis. O mesmo porcentual de pessoas também tem a percepção de que, sempre que possível, os brasileiros escolhem "dar um jeitinho" no lugar de seguir as leis.

Os dados são de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e revelam ainda que 32% da população confia no Poder Judiciário. Já a confiança na polícia fica um ponto porcentual acima, com 33%.
O levantamento mostra ainda que a ruptura entre os cidadãos e as instituições públicas ligadas à Justiça leva 57% da população a acreditar que "há poucos motivos para seguir as leis do Brasil", segundo o levantamento. "Isso está relacionado à desconfiança que as pessoas têm no comprimento das leis", explica a pesquisadora da FGV Luciana Ramos.

Quanto maior o rendimento da pessoa, mais alta é a sensação de que as leis não são cumpridas. De acordo com o estudo, 69% dos entrevistados que ganham até um salário mínimo concordaram que o "jeitinho" é a regra, porcentual que cresce para 86% na população que ganha mais de oito salários mínimos.
Já sobre a polícia, a renda não influencia a má avaliação. Entre as pessoas que ganham até um salário mínimo, 52% concordam que "a maioria dos policiais é honesta". Para quem ganha oito salários ou mais, o porcentual é de 50%.

A  impunidade faz com que as pessoas também passem a desafiar as leis. Se não tem punição para dar exemplo e fiscalização, a sensação para quem faz algo errado é de que nada vai acontecer. Fonte: UOL Noticias - 10/11/2014

Comentário: Por causa disso o Brasil ocupa o 72º lugar no índice de corrupção, entre 177 países, segundo o Índice de Percepção de Corrupção (IPC). A política e as instituições são reflexos da sociedade
Há muito tempo a sociedade brasileira não sabe o sentido da honestidade. Vivemos no tempo da liquefação dos valores. A honradez e a honestidade, que alimentam  a sociedade praticamente não existem. A simples e velha honestidade que mantivera as gerações passadas é uma coisa rara.




RANK
COUNTRY
SCORE
RANK
COUNTRY
SCORE
1
Denmark
91
15
Belgium
75
1
New Zealand
91
15
Hong Kong
75
3
Finland
89
18
Japan
74
3
Sweden
89
19
United States
73
5
Norway
86
19
Uruguay
73
5
Singapore
86
21
Ireland
72
7
Switzerland
85
22
Bahamas
71
8
Netherlands
83
22
Chile
71
9
Australia
81
22
France
71
9
Canada
81
22
Saint Lucia
71
11
Luxembourg
80
26
Austria
69
12
Germany
78
26
United Arab Emirates
69
12
Iceland
78
28
Estonia
68
14
United Kingdom
76
28
Qatar
68
15
Barbados
75
30
Botswana
64




RANK
COUNTRY
SCORE
72
Brazil
42
83
Peru
38
94
Colombia
36
102
Panama
35
102
Argentina
35
106
Bolivia
34
150
Paraguay
24
160
Venezuela
20

sábado, 1 de novembro de 2014

Distribuição da Bolsa Família nos Estados



Cada Estado recebeu um valor da Bolsa Família e podemos comparar com seu equivalente em PIB com os municípios.  Qual seria a classificação em PIB em relação a todas as cidades de cada Estado.

Estado – Valor da Bolsa Família – Número de municípios – classificação da Bolsa Família em relação aos municípios

Votaram no PT

Alagoas – R$ 801,4 milhões; 102 municípios; 5º lugar

Amazonas – R$ 725 milhões – 62 municípios; 5º lugar

Amapá – R$ 114,2 milhões – 16 municípios; 11º lugar

Bahia – R$ 3,2 bilhões; 417 municípios; 9º lugar

Ceará – R$ 2 bilhões; 184 municípios; 6º lugar

Maranhão – R$ 2 bilhões – 217 município; 3º lugar

Minas Gerais – R$ 2 bilhões – 853 municípios; 33º lugar

Pará – R$ 1,7 bilhão: 143 municípios; 8º lugar

Paraíba – R$ 941,5 milhões; 223 municípios; 4º lugar

Pernambuco – R$ 2 bilhões; 185 municípios; 9º lugar

Piauí – R$ 903,2 milhões; 224 municípios; 3º lugar

Rio de Janeiro – R$ 1,4 bilhão; 92 municípios; 36º lugar

Rio Grande do Norte – R$ 637,7 milhões; 167 municípios – 7º lugar

Sergipe – R$ 471,5 milhões; 75 municípios; 11º lugar

Tocantins – R$ 259,6 milhões – 139 municípios; 12º lugar

Votaram no PSDB

Acre – R$ 176,9 milhões; 22 municípios – 11º lugar

Roraima – R$ 92,9 milhões; 17 municípios – 10º lugar

Rondônia – R$ 201 milhões; 52 municípios – 47º lugar

Mato Grosso – R$ 308,6 milhões; 78 municípios; 26º lugar

Mato Grosso do Sul – R$ 246 milhões; 141 municípios; 61º lugar

Goiás – R$ 136,8 milhões; 246 municípios; 94º lugar

Espírito Santo – R$ 316,3 milhões; 78 municípios; 28º lugar

São Paulo – R$ 2,1 bilhões; 545 municípios – 84º lugar

Paraná – R$ 677 milhões; 399 municípios; 42º lugar

Santa Catarina – R$ 239,7 milhões; 293 municípios; 105º lugar

Rio Grande do Sul – R$ 756,8 milhões; 493 municípios; 56º lugar

Fonte: PIB - IBGE

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dilma: A síndrome do pato manco

Acuada pelo Congresso, Dilma terá de enfrentar a síndrome do “pato manco”

“Lame duck” é a expressão usada nos Estados Unidos para definir um presidente que está no cargo por direito, mas que não consegue governar por falta de força política. O “pato manco”, na tradução para o português, fica refém do Congresso, ilhado pela oposição ou pela fragmentação dos aliados. A reeleição apertada coloca Dilma Rousseff (PT) às voltas com esse fantasma.

Dois dias após a vitória sobre Aécio Neves (PSDB), a Câmara dos Deputados derrubou o decreto presidencial que obrigava que decisões governamentais de interesse social tivessem de ser submetidas a conselhos populares. A proposta era uma bandeira petista. No mesmo dia, Dilma recuou na sugestão de fazer a reforma política por plebiscito e admitiu a utilização do referendo, caminho defendido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Não é a oposição, no entanto, quem mais incomoda Dilma. Os nove partidos que integraram a coligação de Aécio mais os cinco da chapa de Marina Silva (PSB) controlam hoje 151 das 513 cadeiras da Câmara. O problema está no descontentamento do principal aliado de Dilma, o PMDB.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que perdeu a disputa pelo governo do Rio Grande do Norte e não terá mandato a partir de 2015, não esconde o descontentamento pelo fato de o ex-presidente Lula ter apoiado seu adversário, Robinson Faria (PSB). “Ele deixou claro que não vai mais segurar as votações só porque o Planalto quer”, relata o líder do Solidariedade, Fernando Francischini. Nesta semana, o Solidariedade, junto com PMDB, PP, PR, PTB e PSC, retomaram as ações do grupo conhecido como “Blocão”.

Ao todo, 283 dos 513 atuais deputados se reelegeram. No Senado, 59 dos atuais 81 senadores permanecem no cargo a partir de fevereiro. Sob controle de Renan, que deve ser reeleito para a presidência da Casa, o Senado é palco de menos conflitos. Por outro lado, a oposição cresce em qualidade com a chegada de nomes tradicionais como José Serra (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Se não encontrar um novo formato de relacionamento com os aliados no Congresso, Dilma corre sério risco de não conseguir formar maioria qualificada para aprovar emendas constitucionais. Com isso, a principal promessa do discurso da vitória, a reforma política, dificilmente sairá do papel. Na economia, a situação de “pato manco” piora com o cenário internacional – ontem, o governo dos EUA anunciou o fim das medidas anticrise, o que deve fazer com que recursos deixem o Brasil. Fonte: Gazeta do Povo - 30/10/2014