Efeitos no organismo
Ao
chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do
organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das
preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como
são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam
muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau
de experiência do indivíduo no uso da droga.
Obs:
Delta 9 THC - tetraidrocanabinol (delta-9-tetraidrocanabinol), ou dronabinol
(sintético), é a principal substância psicoativa encontrada nas plantas do gênero
Cannabis (maconha) e pode ser obtido por
extração a partir dessa planta ou por síntese em laboratório.
A
CURTO PRAZO, OS EFEITOS COMPORTAMENTAIS TÍPICOS SÃO:
■período
inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento
e sonolência).
■quando
em grupo, ocorrem risos espontâneos (risos e gritos imoderados como reação a um
estímulo verbal qualquer).
■perda
da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode
parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que
realmente são (um túnel de 10
metros de comprimento, pôr exemplo pode parecer ter 50
ou 100 metros).
-coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
■alteração
da memória recente.
■falha
nas funções intelectuais e cognitivas.
■maior
fluxo de idéias
■pensamento
mais rápido que a capacidade de falar, dificultando a comunicação oral, a
concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
■idéias
confusas.
■aumento da freqüência cardíaca (taquicardia). Ligeira
taquicardia (os batimentos cardíacos passam a 140/160 por minuto, quando o
normal é 80/100), secura na boca e vermelhidão nos olhos.
■hiperemia
das conjuntivas (olhos vermelhos).
■aumento
do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.
DOSES
MAIS ALTAS DE DELTA 9 THC PODEM LEVAR A:
■alucinações,
ilusões e paranóias.
■pensamentos
confusos e desorganizados.
■despersonalização.
■ansiedade
e angústia que podem levar ao pânico.
■sensação
de extremidades pesadas.
■medo
da morte.
■incapacidade
para o ato sexual. Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60%
a quantidade de testosterona. Conseqüentemente, o homem apresenta um número bem
reduzido de espermatozóides no líquido espermático (oligospermia), o que leva à
infertilidade. Convém destacar que este é um efeito que desaparece quando a
pessoa deixa de fumar a substância. É também importante dizer que o homem não
fica impotente ou perde o desejo sexual, as alterações são, apenas, na produção
dos espermatozóides.
A
LONGO PRAZO, A EXTENSÃO DOS DANOS, BEM CARACTERIZADOS, SE RESTRINGEM AO SISTEMA
PULMONAR E CARDIOVASCULAR.
Sistema
pulmonar:
■maior
risco de desenvolver câncer de pulmão.
■diminuição
das defesas, facilitando infecções.
■dor
de garganta e tosse crônica.
Sistema
cardiovascular:
■aumenta
os riscos de isquemia cardíaca.
■percepção
do batimento cardíaco.
■no
sistema imunológico o D-9-THC prejudica a produção de células de defesa no
baço, medula óssea e timo. A maconha também diminui a capacidade de coagulação
do sangue (diminuindo a agregação plaquetária).
■
há provas científicas de que se a pessoa
tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente, ou mesmo
quando a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a
maconha piora o quadro. Ou faz surgir a doença ou neutraliza o efeito do
medicamento e a pessoa passa a apresentar novamente os sintomas. Este fato tem
sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia.
Obs:
A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite
materno.