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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Coronavírus: 54 milhões de brasileiros ainda não tomaram dose de reforço

Mais de 54 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Até o momento, 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional.

As doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal. As pessoas devem consultar as secretarias municipais de saúde para se informarem sobre os locais onde essas doses estão sendo aplicadas.

Em entrevista concedida na  quinta-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da dose de reforço. “É fundamental avançar na dose de reforço. É isso o que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura em torno de 30% de dose de reforço, índice que precisamos ampliar”, declarou.

Ontem, o Ministério da Saúde anunciou a recomendação de uma quarta dose do imunizante para adolescentes com imunidade comprometida, situação chamada no jargão técnico de imunossupressão.

Hoje, o Brasil passou a marca de 370 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas na população. Desse total, foram 168,8 milhões de primeira dose e 153,9 milhões da segunda dose ou dose única. Fonte: Agência Brasil – Brasília - Publicado em 10/02/2022   

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Coronavírus: Mais de 2 milhões de pessoas não tomaram 2ª dose da vacina em SP

 No estado de São Paulo, 2,2 milhões de pessoas estão atrasadas para tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19. Os dados da Secretaria de Saúde estadual mostram que esse número era 4,5 milhões em novembro passado, mas caiu cerca de 51% até o mês de fevereiro.

Em nota, a secretaria afirmou que o governo do estado tem incentivado a população a se vacinar com todas as doses. “A Secretaria tem promovido ações especiais, como o Dia C, que ocorreu no sábado (5) para ampliar a cobertura vacinal. Somente neste dia, 211,8 mil pessoas tomaram a terceira dose e 21,9 mil pessoas completaram o esquema vacinal com duas doses”, destaca.

O órgão informou ainda que tem estimulado os municípios, responsáveis pela aplicação das vacinas, a realizar busca ativa dos faltosos e a promover ações de divulgação.

Segundo dados do Vacinômetro de São Paulo, atualizados hoje (7), 40,3 milhões de pessoas no estado receberam a primeira dose; 36,1 milhões, a segunda; 1,2 milhão, a dose única; e 17,4 milhões, a dose de reforço.

A população estimada do estado em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era da 46,6 milhões. No total, o estado já aplicou 95,5 milhões de doses contra a covid-19. Fonte: Agência Brasil - São Paulo - Publicado em 07/02/2022 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Coronavírus: Atualizar vacina para ômicron levará meses, diz órgão alemão

O diretor da Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko), Thomas Mertens, disse em entrevista publicada no sábado (04/12) que levará "meses" para que novas vacinas contra a variante ômicron do coronavírus Sars-Cov-2 estejam disponíveis.

Ele também afirmou ser plenamente possível que uma nova vacina seja necessária contra a nova variante. "A ômicron tem muitas mudanças na proteína spike, o que pode tornar mais difícil para os anticorpos combaterem o vírus", disse ao jornal Rheinische Post.

"É provável que os fabricantes precisem de três a seis meses no laboratório. Isso não é simples, eles têm que criar uma vacina que funcione contra a ômicron e a delta, porque a delta ainda está muito disseminada", afirmou.

Apesar do possível desenvolvimento de novas versões da vacina, Mertens estimulou as pessoas a tomarem doses de reforço dos imunizantes atualmente disponíveis.

"As doses de reforço definitivamente valem a pena. A luta contra a variante delta continua", disse. "E não haveria problema em ser revacinado alguns meses após receber a dose de reforço para se proteger contra a ômicron, se for necessário."

PFIZER-BIONTECH: NOVA VERSÃO EM 100 DIAS : O presidente da farmacêutica alemã BioNTech, Ugur Sahin, que desenvolveu a vacina produzida em parceria com a Pfizer, afirmou na sexta-feira que considera provável a necessidade de uma nova versão do imunizante para combater a ômicron, e que ela poderia ser entregue de forma "relativamente rápida".

"Acredito que, a princípio, precisaremos de uma nova vacina contra esta nova variante em algum momento. A questão é com qual urgência ela precisará estar disponível", disse. Segundo Sahin, sua empresa já trabalha em uma nova versão do imunizante, que poderia ficar pronta em cerca de 100 dias. Depois disso, ainda seria necessário obter a autorização de agências governamentais.

Sahin afirmou que uma confirmação de que a vacina atual protege contra casos graves provocados pela variante ômicron daria aos cientistas mais tempo para desenvolver a abordagem contra a nova mutação. Se as doses de reforço atuais ainda oferecerem de 85% a 90% de proteção contra a doença, "teríamos mais tempo para adaptar a vacina".

Segundo Sahin, ele já esperava que uma variante do coronavírus com muitas mutações surgiria em algum momento, mas que isso ocorreu antes do previsto. "Esperava para algum momento do próximo ano, e já está entre nós", disse.

Ele afirmou ainda que a probabilidade de que as pessoas tenham que se vacinar anualmente contra a covid-19 está aumentando, da mesma forma como ocorre com a vacina da gripe.

No início do ano, a BioNTech e a Pfizer desenvolveram em 95 dias uma vacina eficaz contra a variante delta, em meio a temores de que a fórmula inicial não funcionaria contra essa cepa. Mas a nova versão acabou não sendo utilizada, já que a vacina atual se provou eficiente para proteger contra a delta.

MODERNA: ATUALIZAÇÃO PRONTA EM MARÇO: O presidente da farmacêutica americana Moderna, Stéphane Bancel, que produz uma vacina contra a covid-19 com a mesma tecnologia usada pela Pfizer-BioNTech, também afirmou na semana passada que espera uma queda da eficácia dos imunizantes contra a ômicron, mas que ainda levará algum tempo para medir qual será a magnitude.

Mesmo que ainda não haja dados sobre o desempenho das atuais vacinas, ele disse ser provável que o alto número de mutações da ômicron torne necessário o desenvolvimento de uma nova versão da vacina

Ele disse que a Moderna já trabalha em uma nova versão da vacina e que ela estará testada e pronta para solicitar autorização a autoridades sanitárias em março. Essa versão combateria especificamente as mutações da variante ômicron e seria aplicada como dose de reforço. Segundo Bancel, seria a forma mais rápida de reagir à nova variante.

A Moderna também está desenvolvendo uma vacina capaz de combater até quatro variantes diferentes do coronavírus, incluindo a ômicron, mas ela levará mais vários meses para ficar pronta.

OUTRAS EMPRESAS TAMBÉM ANALISAM ÔMICRON: A Johnson & Johnson informou na semana passada que seus pesquisadores "buscam uma variante da vacina específica para a ômicron, e a desenvolverão conforme o necessário”.

A Universidade de Oxford, no Reino Unido, que desenvolveu uma vacina contra a covid-19 com a farmacêutica AstraZeneca, disse que ainda não há evidências de que as vacinas atuais não evitariam manifestações grave da doença em pessoas infectadas pela ômicron, mas que estava pronta para desenvolver uma atualização do imunizante se fosse necessário.

Na Rússia, o Instituto Gamaleya e o Fundo Russo de Investimentos Diretos, que desenvolveram e promoveram as vacinas Sputnik, anunciaram que deram início aos trabalhos para adaptar o imunizante para combater a ômicron.

"O Instituto Gamaleya acredita que a Sputnik V e a Sputnik Light irão neutralizar a ômicron, uma vez que possuem a eficácia mais alta contra as outras mutações”, disse o Fundo Russo em nota, acrescentando que, se for necessário modificar a vacina, ela estaria pronta para produção em massa em 45 dias.

Até o momento, 40 países já registraram casos da variante ômicron, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Portugal, China, Índia e África do Sul. Fonte: Deutsche Welle – 05.12.2021 


domingo, 5 de dezembro de 2021

Coronavírus: Taxa de internação de não vacinados na Itália é 10 vezes maior

 Um relatório do Instituto Superior de Saúde (ISS) da Itália mostrou no  sábado (4) que o risco de hospitalização para uma pessoa que não foi vacinada contra a Covid-19 é 10 vezes maior do que para quem foi imunizado há menos de cinco meses.

Segundo o ISS, a taxa de internação em terapia intensiva é de 16 vezes maior, enquanto que o índice de morte é nove vezes maior entre os não vacinados em comparação com os que receberam o fármaco.

Os dados contidos no monitoramento semanal faz um balanço da eficácia da vacinação nos cinco meses após a conclusão do ciclo vacinal.

"Cinco meses após o término do ciclo de vacinação, a eficácia da vacina na prevenção da doença, tanto na forma sintomática quanto na assintomática, cai de 75% para 44%", diz o texto.

O documento ressalta ainda que a eficácia da vacina na prevenção de casos de doença grave permanece elevada, pois a eficácia para vacinados com curso completo a menos de cinco meses é igual a 93% em relação aos não vacinados. Já a taxa para vacinados a mais de cinco meses é igual a 85% em comparação com pessoas não imunizadas. Fonte: Ansa Brasil - 04 Dez 2021


segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Coronavírus: Alemanha ultrapassa marca de 5 milhões de casos

 Alemanha registrou no  domingo (14/11) mais 33.498 casos de coronavírus nas últimas 24 horas. Com isso, o país ultrapassou oficialmente a marca de 5 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, em meio a uma quarta onda da doença.

Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), agência alemã de prevenção e controle de doenças, nas últimas 24 horas mais 55 pessoas morreram por complicações associadas à covid-19, elevando o número total de mortes no país para 97.672.

A chanceler federal Angela Merkel fez um apelo no sábado por um "esforço nacional" para combater a pandemia, exortando àqueles que ainda não se vacinaram a fazê-lo, num momento em que a Alemanha regista uma taxa de cidadãos com vacinação total de apenas 67,5% - e que está estagnada há semanas.

Merkel também avisou que a Alemanha vai enfrentar "semanas muito difíceis", lembrando que há um ano os alemães se encontravam "em uma situação igualmente séria, mas agora existem vacinas".

A chefe de governo expressou preocupação com a situação cada vez mais crítica em hospitais e frisou que todo paciente de coronavírus deve receber o melhor tratamento possível, mas que também deve haver espaço e pessoal nas clínicas para todas as outras pessoas que precisam de tratamento.

Devido ao forte aumento no número de infecções, a situação nos hospitais no sul e no leste da Alemanha vem piorando.

Na Baviera e em Baden-Wuerttemberg "já são realizadas transferências diárias entre hospitais para compensar e manter a funcionalidade", citam os jornais do grupo de mídia Funke um trecho de um relatório confidencial dos estados federais. Também em Hessen está se tornando cada vez mais difícil conseguir vagas em unidades de terapia intensiva.

O RKI também apelou para que haja um retorno às restrições mais massivas e pediu que os cidadãos reduzam seus contatos.

Apesar do baixo número de vacinados, o país ainda evita a possibilidade de impor uma vacinação obrigatória, mesmo em setores profissionais mais sensíveis. Por outro lado, na segunda-feira (15/11)  devem entram em vigor restrições mais severas em alguns estados para os não vacinados, como a proibição de frequentar bares, restaurantes, piscinas públicas e outros espaços fechados em parte do país. Fonte: Deutsche Welle – 14.11.2021

Áustria impõe lockdown para não vacinados

O governo da Áustria anunciou no   domingo (14/11) a imposição de um lockdown nacional para quem não está vacinado contra a covid-19. A regra começa a vigorar nesta segunda-feira e tem como objetivo impedir a disseminação do novo coronavírus no país.

A medida, acertada em reunião entre representantes de governo federal e estaduais, proíbe os não vacinados maiores de 12 anos de saírem de casa, exceto para casos de necessidade, como trabalhar, ir ao médico, fazer compras de itens de primeiras necessidades ou para serem vacinados. Violações à regra serão passíveis de punição de até 1.450 euros (R$ 9 mil).

O ministro austríaco da Saúde, Wolfgang Mueckstein, disse que o objetivo é encorajar a vacinação e reduzir os contatos sociais em cerca de 30%.

Já existem grandes restrições para os não vacinados no país, onde eles precisam mostrar um teste de coronavírus negativo para ir ao trabalho e não podem participar em muitos aspectos da vida pública.

Nas últimas semanas, a Áustria tem registrado uma "tendência preocupante" de aumento de infecções pelo coronavírus. Mais de 13 mil novas infecções foram registradas no sábado. A incidência de sete dias de novos casos por 100 mil habitantes subiu para 814,6.

A medida vai afetar cerca de dois milhões de pessoas no país, que tem cerca de 8,9 milhões de habitantes, e vai vigorar por pelo menos 10 dias, até 24 de novembro, tendo sido pedido à polícia que realize controles nas ruas, para fiscalizar quem sai de casa.

Na verdade, o confinamento de não vacinados só deveria ocorrer quando a ocupação de leitos de terapia intensiva chegasse a 600. Existem atualmente 433 leitos de UTI ocupados. Mas por causa da nova alta de infecções, o governo decidiu antecipar a decisão. Para evitar estresse excessivo nas clínicas, os especialistas estão pedindo um lockdown generalizado.

A Alemanha declarou a Áustria novamente uma área de alto risco. Qualquer pessoa que não tenha sido vacinada ou se recuperado deve ficar em quarentena por pelo menos cinco dias quando do país retornar à Alemanha.

A Áustria contabiliza quase 950 mil casos de Covid desde o início da pandemia, sendo cerca de 175 mil (18,4%) somente nos últimos 28 dias, e 11.706 óbitos. O país ainda bateu recorde de contágios na última semana, com 52.906 em sete dias, além de 145 mortes, cifra mais alta desde o início de maio.

A Áustria tem cerca de 65% da população totalmente imunizada, uma das taxas de vacinação mais baixas da Europa Ocidental. Fontes: Ansa e Deutsche Welle – 14.11.2021


quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Coronavírus: Américas têm menor nível de casos e óbitos em mais de um ano

A pandemia está recuando lentamente na maior parte das Américas, disse a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na  quarta-feira, informando que na semana passada os números de casos e óbitos no continente foram os menores em mais de um ano.

"Temos motivos para estarmos otimistas, mas devemos permanecer vigilantes", disse o diretor-assistente da Opas, Jarbas Barbosa.

Ele pediu às autoridades que continuem implementando medidas de saúde pública, como o uso de máscaras, distanciamento social e limitação de grandes reuniões, especialmente porque muitos países ainda estão se esforçando para expandir a cobertura de vacinação.

Quase 44% das pessoas na América Latina e no Caribe completaram sua imunização contra a covid-19, em grande parte graças a doações, feitas bilateralmente ou por meio do consórcio Covax, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Hoje, o dobro de pessoas na América Latina e no Caribe estão totalmente vacinadas contra a Covid‑19 do que em agosto", disse Barbosa. Fonte: Agência Brasil - Publicado em 27/10/2021  

sábado, 18 de setembro de 2021

China supera marca de 1 bilhão de vacinados contra Covid

 O governo da China anunciou na  quinta-feira (16) que mais de 1 bilhão de pessoas já foi vacinada com duas doses contra a Covid-19, o que representa mais de 70% da sua população totalmente imunizada.

O país mais populoso do mundo tem 1,4 bilhão de habitantes e já aplicou 2,16 bilhões de doses de vacinas até o momento, segundo o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng.

A China foi o primeiro país a ser afetado pela pandemia do novo coronavírus, no fim de 2019, e também o primeiro a conseguir controlar a emergência sanitária. A nação utiliza os imunizantes dos laboratórios Sinovac (CoronaVac) e Sinopharm.

"A China levou 25 dias para passar de 100 milhões de doses para 200 milhões de doses, 16 dias para aumentar de 200 milhões para 300 milhões e seis dias de 800 milhões para 900 milhões", relatou a Xinhua.

Desde que o vírus surgiu, o país adotou uma estratégia de tolerância zero contra a infecção e impôs severos lockdown e testagem em massa. Agora, mantém um controle intenso para conter pequenos focos da pandemia, mesmo com os números em níveis muito baixos.

O sistema de rastreamento através de aplicativos continua a funcionar para notificar todas as pessoas que entraram em contato com infectados, bem como as ordens de confinamento são impostas de maneira imediata em locais de surtos.

Apesar disso, focos esporádicos e limitados de contaminações ainda são registrados, como ocorreu nos últimos dias na província de Fujian, com quase 50 casos diários de Covid-19.  Fonte: Ansa Brasil - 17:40, 16 Set 2021

domingo, 5 de setembro de 2021

Aumentam casos de covid-19 em escolas nos EUA

 Os Estados Unidos vivem uma onda de covid-19 entre crianças. Mais de 1.000 escolas americanas fecharam devido à doença, logo após o retorno às aulas após as férias de verão no hemisfério norte. Milhares de crianças tiveram resultados positivos para o coronavírus, especialmente em estados onde as taxas de vacinação são baixas entre os adultos.

Na primavera no hemisfério norte, 15% dos casos de covid-19 nos Estados Unidos eram em crianças. Em agosto, esse número saltou para 22% - e a tendência é de que continue em alta.

Na Flórida, mais de 60 crianças são hospitalizadas diariamente com covid-19. Na Geórgia, uma em cada duas infecções por coronavírus tem origem em escolas.

Para o pediatra Paul Offit, do Hospital Infantil da Filadélfia, a irresponsabilidade dos adultos que decidem não se vacinar está afetando as crianças.

"Como americano, você não tem o direito de se infectar e sair espalhando o vírus ainda mais. Assim como você não tem o direito de atropelar uma placa de pare em um cruzamento", reclama o médico.

POLITIZAÇÃO DA VACINA: Os Estados Unidos começaram a vacinar em maio crianças e adolescentes com mais de 12 anos. No entanto, nenhum imunizante ainda foi aprovado para menores de 12 anos, o que deixa a faixa etária mais vulnerável a ser prejudicada pelas pessoas que se recusam a se vacinar.

O país tem abundância de vacinas, inclusive de várias marcas diferentes, mas parte da população se recusa a se imunizar, em grande parte por questões políticas. No entanto, a politização das vacinas está prejudicando crianças.

USO DE MÁSCARA NAS ESCOLAS: O governador da Flórida, Ron DeSantis, chegou a proibir as escolas de exigirem o uso de máscaras em sala de aula e até ameaçou diretores com cortes de salários. A Justiça considerou a decisão descabida.

"Para nós, não se trata de política, é sobre uma pandemia", afirmou a chefe do distrito escolar de Miami, Vickie Cartwright.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), 62% dos maiores de 12 anos já estão totalmente imunizados contra a covid‑19 nos Estados Unidos e 72% já receberam ao menos uma dose de imunizantes contra a covid-19. No entanto, há várias semanas o país enfrenta uma lenta procura por vacinas.

Os Estados Unidos são o país do mundo com mais casos e mortes por covid-19, com mais de 648 mil óbitos e mais de 39,8 milhões de infecções.

Em meio aos esforços para convencer a população a se vacinar, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ordenou em agosto a imunização obrigatória e imediata contra a covid-19 para todos os militares do país. Fonte: Deutsche Welle – 05.09.2021

domingo, 29 de agosto de 2021

Israel aplicará dose de reforço contra covid-19 para todos vacinados

 Israel começou neste domingo (29) a oferecer dose de reforço contra a covid-19 para jovens a partir de 12 anos, e o primeiro-ministro do país, Naftali Bennett, disse que uma campanha que começou há um mês com essa estratégia para os idosos desacelerou a taxa de doenças graves causadas pela variante Delta.

VACINA DA PFIZER-BIONTECH DIMINUIU SEIS MESES APÓS A ADMINISTRAÇÃO : Ao anunciar a decisão, autoridades de saúde israelenses disseram que a eficácia da segunda dose da vacina da Pfizer-BioNTech diminuiu seis meses após a administração, tornando necessária a aplicação de um reforço. "A terceira dose nos leva ao nível de proteção alcançado pela segunda dose logo depois de aplicada", disse Sharon Alroy-Preis, chefe de saúde pública do Ministério da Saúde de Israel.

"Isso significa que as pessoas estão dez vezes mais protegidas após a terceira dose da vacina", acrescentou ela em entrevista coletiva, na qual foi anunciada a expansão da campanha pela terceira dose.

Os elegíveis para a terceira dose podem recebê-la desde que pelo menos cinco meses tenham se passado desde a segunda injeção - um período de tempo menor que o intervalo de oito meses em vigor nos Estados Unidos, que está considerando reduzir o tempo de espera.

PROPAGAÇÃO DA VARIANTE DELTA: Na esperança de conter a propagação da variante Delta, altamente contagiosa, Israel começou a administrar a dose de reforço à sua população mais velha há um mês e tem diminuído gradualmente a idade do público alvo, que estava em 30 anos antes do anúncio deste domingo.

Até agora, 2 milhões de pessoas em uma população de 9,3 milhões receberam três doses.

"Já há resultados: o aumento da morbidade grave começou a diminuir", disse o primeiro‑ministro em um comunicado. “Mas temos que completar a terceira dose para todos os nossos cidadãos. Convido os maiores de 12 anos a tomar a terceira dose imediatamente." Fonte: Agência Brasil - Publicado em 29/08/ 2021

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

SP ultrapassa marca de 40 milhões de vacinas contra COVID-19 aplicadas

 O Estado de São Paulo ultrapassou a marca de 40 milhões de doses de vacina contra COVID-19 aplicadas na população. Às 10h58 desta segunda-feira (9), o Vacinômetro marcou 40.114.982 doses aplicadas em toda a campanha.

Além disso, considerando a estimativa geral de moradores de SP, mais de 25% já possui esquema vacinal completo, composto por duas doses no caso dos imunizantes do Butantan/Coronavac, Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e da Pfizer, ou por dose única da Janssen. Cerca de 64% da população absoluta já recebeu ao menos uma dose.

Considerando somente os adultos, este índice está próximo de atingir 84% e deve ser integralmente alcançado até a próxima segunda-feira (16), o “Dia da Esperança”. Nesta terça-feira (10), tem início a imunização da faixa etária de 18 a 24 anos, o último grupo de adultos a ser alcançado nesta fase do cronograma.

Entre o total absoluto de vacinas aplicadas até o momento, 28,5 milhões são referentes à primeira dose, 10,4 milhões de segunda e 1,1 milhão de dose única.

São Paulo é o Estado que mais vacina no Brasil, em números absolutos, e segue avançando com o calendário com celeridade à medida que as remessas são entregues pelo Ministério da Saúde, contando com uma logística ágil e organizada para distribuição às 645 cidades.

A evolução diária da campanha pode ser acompanhada no painel completo do Vacinômetro, no site https://vacinaja.sp.gov.br/vacinometro/. Nele, qualquer pessoa tem acesso a dados detalhados sobre doses aplicadas por município, distribuição de doses, ranking de vacinação, ranking de aplicação das doses distribuídas, evolução da aplicação de doses e estatísticas gerais do PEI. Fonte: Portal do Governo- seg, 09/08/2021

sábado, 31 de julho de 2021

Israel começa a aplicar terceira dose em maiores de 60 anos

 As autoridades sanitárias de Israel anunciaram na  quinta-feira (29) que os cidadãos com mais de 60 anos de idade poderão receber uma terceira dose de vacina anti-Covid a partir do próximo domingo (1º).

Segundo o Ministério da Saúde, os idosos israelenses que já foram completamente vacinados há mais de seis meses vão poder receber a dose de reforço do imunizante desenvolvido pela Pfizer.

A decisão foi confirmada pelo primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, durante discurso televisivo. A campanha de vacinação complementar será realizada diante do aumento no número de casos nas últimas semanas devido à propagação da variante Delta.

Como parte da campanha, o presidente do país, Isaac Herzog, de 60 anos, recebeu a terceira dose do imunizante da Pfizer-Biontech no Hospital Sheba, num subúrbio de Tel Aviv. A mulher dele, Michal Herzog, e o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também foram vacinados com a terceira dose.

"Peço a todas as pessoas mais velhas já vacinadas que aceitem esta dose suplementar. Protejam‑se", pediu Bennett, informando que o presidente do país, Isaac Herzog, de 60 anos, também será imunizado com a terceira dose nesta sexta-feira (30).

Nas últimas semanas, porém, o número de infecções voltou a subir, e o país voltou a impor medidas como o uso obrigatório de máscara em espaços públicos fechados. Em Israel, 57% dos 9 milhões de habitantes completaram o esquema de vacinação. Essa taxa sobe para 87% entre pessoas com mais de 60 anos e 90% para os acima de 70.

Em meados de julho, o governo já havia autorizado a aplicação da terceira dose para pacientes com quadro de imunodepressão severa.

"Israel é o pioneiro, tomando a dianteira com uma terceira dose da vacina para pessoas com 60 anos e mais", disse o primeiro-ministro Naftali Bennett, que acompanhou o presidente Herzog ao hospital nesta sexta-feira.

"A única maneira de vencer a covid-19 é agirmos juntos. Juntos significa compartilhar informações, métodos, conselhos, etapas práticas. O Estado de Israel está aberto a compartilhar todas as informações que obterá desta medida audaciosa", acrescentou o premiê.

Nas últimas 24 horas, Israel registrou mais de 2.100 casos de covid-19. Além disso, 286 pacientes se encontram internados, 160 deles em estado crítico. Mais de 6.400 pessoas morreram por complicações associadas à covid-19 no país desde o início da pandemia. Fontes: Ansa Brasil – 29.07.2021 l e Deutsche Welle – 30.07.2021

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Coronavírus: OMS alerta que variante Delta já é dominante na Europa

 Identificada primeiramente na Índia, a variante Delta do novo coronavírus Sars-CoV-2 se tornou dominante em toda a Europa, informaram o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em comunicado conjunto, as entidades alertam que a cepa, que vem provocando repiques por sua maior capacidade de contágio, "está se espalhando rapidamente pelo continente e já chegou a todos os países".

Além disso, as autoridades sanitárias explicaram que, com base na tendência epidemiológica atual, a variante Delta será "globalmente dominante e continuará a se espalhar" nos próximos meses, "a menos que surja um novo vírus mais competitivo".

Segundo o diretor da OMS na Europa, Hans Henri P. Kluge , os dados mostram claramente que receber uma série completa de vacinação reduz significativamente o risco de doenças graves e morte.

Para Andrea Ammon, diretora do ECDC, as medidas básicas como a vacinação, o distanciamento físico, lavar as mãos, evitar espaços lotados e usar máscara deveriam ser priorizadas, porque "funcionam para proteger" todos e "pode ajudar a prevenir a propagação da doença" sem exigir o isolamento ou outras restrições.

De acordo com o ECDC e a OMS, o número de novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 tem registrado aumento na Europa há várias semanas em todas as faixas etárias, principalmente entre jovens de 15 e 24 anos.  Fonte: Ansa - 17:48, 23 Jul 2021   


terça-feira, 6 de julho de 2021

Israel vê eficácia da vacina da Pfizer cair diante da variante delta

 Vacina continua sendo altamente eficaz para evitar casos graves e hospitalizações por covid-19, mas o país observa aumento no número de infecções com o avanço da variante delta.

Israel tem observado um declínio na eficácia da vacina contra covid-19 da Pfizer-Biontech à medida que a variante delta do novo coronavírus se espalha pelo país, afirmou nesta segunda‑feira (05/07) o Ministério israelense da Saúde.

Em fevereiro a eficácia medida em termos de prevenção de infecções estava em 95,8%, e desde 6 de junho ela caiu para 64%, segundo a autoridade. Mesmo assim, a vacina ainda previne a ocorrência de 93% dos casos graves de covid-19 e hospitalizações, ante 99% em fevereiro.

O especialista israelense Ran Balicer afirmou que se trata de um alerta de que o imunizante possa ser menos eficaz contra a variante delta, mais contagiosa do que a cepa original do coronavírus.

Balicer, que preside o comitê nacional de especialistas em covid-19 de Israel, ressaltou que ainda é cedo para avaliar com precisão a eficácia das vacinas contra a variante, que foi inicialmente detectada na Índia em abril e está se espalhando pelo mundo.

A delta também já chegou ao Brasil, tendo sido identificada inicialmente no Maranhão. Nesta segunda-feira, a cidade de São Paulo registrou o primeiro caso da variante. No total, 14 infecções pela cepa já foram detectadas no país, segundo o Ministério da Saúde.

A campanha de vacinação de Israel, uma das mais rápidas do mundo, começou em dezembro de 2020 e transformou o país num caso de estudo do novo coronavírus, bem como num modelo de como proceder para o combate à doença.

Com a vacinação, o número de infecções diárias caiu para cerca de cinco, mas voltou a subir com a chegada da variante delta e está agora em cerca de 300.

Cerca de metade das infecções diárias se dá em crianças, e a outra metade, em adultos, a maioria deles vacinados.

Há cerca de duas semanas não há registros de mortes por covid-19 em Israel, que tem uma população de 9,3 milhões de pessoas, das quais 5,2 milhões estão totalmente vacinadas com o imunizante da Pfizer.

O primeiro-ministro Naftali Bennett advertiu no domingo que o governo poderá se ver obrigado a reintroduzir restrições para combater a pandemia se a situação epidemiológica piorar. Fonte: Deutsche Welle – 06.07.2021

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Vacinas da Janssen contra a covid-19 doadas pelos EUA chegam ao Brasil

 As vacinas da Janssen contra a covid-19 doadas pelos Estados Unidos chegaram ao Brasil na manhã de hoje. O primeiro lote, com pouco mais de 2 milhões de doses, pousou no Aeroporto de Viracopos, em Capinas, interior de São Paulo.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acompanhou a chegada dos imunizantes ao lado do embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman. A expectativa é que a próxima remessa com mais 942 mil doses contra o coronavírus cheguem amanhã ao Brasil.

A vacina da Janssen é dose única. Com a doação, será possível imunizar cerca de 3 milhões de brasileiros.

O custo estimado de doses é de R$ 145 milhões, segundo informações repassadas pelo embaixador dos EUA em discurso no evento de entrega dos imunizantes. O quantitativo enviado pelos norte-americanos ao Brasil é a maior doação feita até agora a qualquer país que recebeu imunizantes dos EUA. O presidente Biden foi bastante claro: Nós queremos liderar na resposta mundial para combater a pandemia. O presidente Biden fez uma promessa, de distribuir as vacinas para o mundo. E estou com muito orgulho de representar o presidente Biden, que valem mais de R$ 145 milhões, é a doação maior que já fizemos para qualquer país do mundo. Nossa cooperação com o Brasil não começa nem termina hoje. Tem uma longa história e vamos continuar disse Todd Chapman

O processo de doação foi articulado em parceria com o Itamaraty, Ministério da Saúde e embaixada dos EUA. Fonte: UOL -  VivaBem, em São Paulo - 25/06/2021 

Por que a imunidade de rebanho está longe de ser realidade

 Embora costume ser apresentada como simples cálculo matemático, alcançar a imunidade de rebanho não é tarefa fácil. Ela não só depende da infecciosidade das variantes, como da adoção de medidas sanitárias pela população.

Apesar das campanhas de vacinação em massa, os casos de covid-19 continuam crescendo por todo o planeta, do Reino Unido, Índia e Rússia à Malásia. E, enquanto especialistas da Alemanha começam a falar de uma quarta onda iminente, muitos querem saber, de uma vez por todas: quando essa coisa vai chegar ao fim?

Desde o início da pandemia, o termo "imunidade de rebanho" simboliza o momento em que suficientes indivíduos estarão imunizados contra o vírus Sars-Cov-2, quando se poderá novamente abraçar, aliviar o sobrecarregado pessoal de saúde e dizer adeus à covid-19.

Mas o que é, exatamente, esse nebuloso Santo Graal da saúde mundial, e por que ele parece eternamente fora de alcance?

ENTENDENDO A IMUNIDADE DE REBANHO

Adam Kleczkowski, professor de matemática da Universidade de Strathclyde, Escócia, compara a imunidade de rebanho a um incêndio florestal em que a madeira seca acaba: quando não há mais material suficiente para ser queimado, o incêndio fica sem combustível e se extingue.

Ou seja: quando uma percentagem suficiente da população mundial estiver resistente ao novo coronavírus, seja por se recuperar de uma infecção ou através da vacinação, o patógeno não poderá mais se propagar, a pandemia para de crescer e começa a decair.

A percentagem necessária a esse nível de resistência comunitária se baseia no número de reprodução (R), a média de indivíduos a que alguém contagiado transmitirá a doença em determinado momento. Quando R é inferior a 1, significando que é improvável alguém infectado contaminar mais de um individuo, começa a faltar "combustível" para a doença, e ela desaparece.

"Podemos alcançar isso esperando até que a maioria da comunidade tenha se contagiado, ou mantendo distanciamento social e confinamento para sempre, ou vacinando gente suficiente", explica Kleczkowski. "A chave é entender que nem todo mundo precisa estar imune: há um ponto a partir do qual o número de imunizados basta para impedir o incêndio de se alastrar."

Esse "ponto-chave" não é simples de definir: no começo da pandemia, os cientistas estimavam algo entre 60% e 70%. Durante o último ano e meio, contudo, essa meta tem se deslocado. No momento, especialistas acreditam que ela se aproxima de 80% ou mesmo 90%. Essa variação se deve a diversos fatores.

O PROBLEMA DAS VARIANTES

Um aspecto é que esse número crítico é dependente do grau de infecciosidade do vírus, ou seja, do quão rapidamente ele se propaga. Para o sarampo, que é altamente infeccioso, a média é de 95%, mas para a gripe ela circunda apenas em torno de 35%.

No começo do surto global, estimou-se entre 2,5 e 3 o número R do novo coronavírus, mas ele se tornou mais transmissível à medida que emergiram outras variantes. A variante delta, detectada pela primeira vez na Índia, é cerca de 64% mais infecciosa do que a alfa, inicialmente identificada no Reino Unido, a qual já era 50% mais contagiosa do que o Sars-Cov-2 original, propagado a partir da China.

Quanto mais rápido o vírus se alastra, maior o grau de imunidade coletiva necessário a desacelerar a taxa de infecção. "Isso empurra esse número para cima. Talvez precisemos até de 85% de imunidade para frear a variante delta", adverte o matemático. No entanto, ressalva, tais percentagens não passam de estimativas: "Elas são baseadas em dados limitados, não está completamente claro que percentagem precisaremos alcançar."

"Só estaremos seguros quando todos estiverem"

Segundo Kaja Abbas, professor assistente de modelagem de doenças infecciosas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, a vacinação é essencial para se atingir a imunidade de rebanho, já que a obtida através de contágio natural chegaria "ao custo de uma colossal perda de vidas humanas e muito sofrimento".

Um estudo recente realizado em Israel mostra que as vacinas anti-covid não só protegem com sucesso contra um desenvolvimento mais grave da doença, como também têm reduzido consideravelmente a taxa de transmissão.

Esse nível de imunidade exige que uma porção significativa da população global esteja vacinada, frisa Abbas, e isso também implica ministrar os imunizantes uniformemente por todo o planeta. "Não estaremos seguros até que todo mundo, por toda parte, esteja seguro", sublinha Kleczkowski.

Enquanto no Reino Unido e nos Estados Unidos quase 50% já estão completamente vacinados, e Israel vai chegando aos 60%, no Brasil apenas 11% da população recebeu as duas doses; na Índia, um pouco mais que 3%, dois países que, juntos, já registram quase 900 mil mortes por covid-19. Além disso, pode ser que sejam necessárias uma terceira ou quarta dose, a fim de proteger contra as variantes do coronavírus.

UM FUTURO SEM COVID?

Um fator que os cálculos matemáticos de imunidade de rebanho não podem levar em consideração, são as complexidades do comportamento humano. Tão logo se alcance um certo grau de imunização, é possível que se relaxem as medidas de controle como uso de máscaras, distanciamento físico e fechamento de fronteiras. Em consequência, ocorrem novos surtos, e a proteção coletiva se perde.

Por esse e outros motivos, Kleczkowski não considera útil definir a imunidade de rebanho através de uma cifra concreta. Em vez de focar em alcançar 70% ou 80%, ele considera mais eficaz pensar na imunidade como um processo gradual de erradicação do vírus, até eliminá-lo completamente.

Sua receita é manter uma combinação de medidas de controle – como testagem continuada e uso de máscaras onde as taxas de contágio são altas – e vacinação em ampla escala, assim como revacinação em reação a novas variantes.

Mesmo que não seja possível erradicar inteiramente o Sars-Cov-2 – coisa que só se conseguiu antes com a varíola – peritos como Abbas e Kleczkowski afirmam que as vacinas basicamente protegerão contra os piores efeitos da covid-19, caso novos surtos venham a ocorrer. Fonte: Deutsche Welle – 18.06.2021

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Coronavírus: Alemanha já conta com necessidade de 3ª dose contra covid-19

As autoridades de saúde da Alemanha já contam que, o mais tardar no próximo ano, deverá ser necessária uma campanha nacional para a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a covid-19.

A previsão foi feita, em entrevista publicada no domingo (16/05), pelo presidente da Comissão Permanente de Vacinação (Stiko), Thomas Mertens. Embora ainda não haja confirmação oficial a esse respeito, ele garantiu que as atuais doses aplicadas não serão as últimas.

"O vírus não vai nos deixar. As vacinas atuais não serão, portanto, as últimas", disse Mertens aos jornais do grupo midiático Funke. "Basicamente, temos que estar preparados para o fato de que, possivelmente no próximo ano, todos terão que reforçar sua proteção vacinal".

Mertens alertou ainda para o fato de poder ser necessária, com urgência, uma terceira dose caso surjam variantes para as quais as vacinas sejam ineficazes.

Se tais variantes surgirem, prosseguiu o especialista, será necessário adaptar as fórmulas às mutações e vacinar novamente os já imunizados. Ele citou como exemplo as vacinas da AstraZeneca e Johnson & Johnson, "que se mostraram menos eficazes com a variante detectada pela primeira vez na África do Sul”.

As empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, criadoras da vacina considerada a mais eficiente em evitar novos contágios, anunciaram recentemente que poderá ser necessária uma terceira dose para fortalecer a imunidade.

O governo alemão indicou nos últimos dias que a terceira onda da pandemia parece estar controlada. A tendência atualmente é de queda no número de casos e mortes – nas últimas 24 horas, foram 8.500 novas infecções e 71 óbitos.

No país, 36,5% da população (30,4 milhões de pessoas) já recebeu pelo menos uma dose da vacina, e 10,9% (cerca de nove milhões) já se encontram totalmente imunizados com a segunda.

EUROPA TEM MAIS DE 1 BILHÃO DE DOSES ASSEGURADAS: No início do mês, a União Europeia confirmou que comprará mais 900 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela alemã BioNTech e produzida em parceria com a americana Pfizer. O acordo inclui a opção de compra de outras 900 milhões de doses mais.

O lote deverá ser entregue até 2023 e se soma a 600 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech  que já haviam sido adquiridas pelo bloco europeu. A imunização demanda duas doses da vacina.

A compra tem o objetivo de preparar a UE, que tem cerca de 450 milhões de habitantes, para um novo estágio da resposta à pandemia, que pode envolver a aplicação de uma terceira dose de reforço ou aprimorada para aumentar a eficácia contra variantes do coronavírus.Fonte: Deutsche Welle – 16.05.2021

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Coronavírus: SP imunizou 10 milhões de pessoas com a primeira dose da vacina

 O Estado de São Paulo atingiu nesta quarta-feira (19) a marca de mais de 10 milhões de pessoas imunizadas com a primeira dose de vacina de Covid-19. Segundo dados do IBGE, este número corresponde a 21,65% da população de todo o estado.

No total, cerca de 15,2 milhões de doses já foram aplicadas nos 645 municípios do estado, sendo 10.021.876 doses em primeira dose e 5.172.472 em segunda dose, segundo dados do Vacinômetro de 19h01.

São Paulo é o Estado que mais vacina no Brasil em número absolutos e é também o que mais tem pessoas com o esquema vacinal completo, ou seja, primeira e segunda dose aplicadas. No total, 11,22% da população está imunizada com as duas doses.

O Estado divulga com transparência as estatísticas da campanha de imunização no link vacinaja.sp.gov.br/vacinometro/. O Vacinômetro aponta, em tempo real, quantas pessoas já receberam a primeira e a segunda dose da vacina, inclusive com dados individualizados para cidade cada cidade. Além disso, a ferramenta também disponibiliza o quantitativo de doses enviadas aos municípios. Portal do Governo- Qui, 20/05/2021 - 11h12 

domingo, 16 de maio de 2021

Mundo deve produzir 11,9 bi de vacinas neste ano

 Governos já encomendaram 11,6 bilhões de doses de vacina contra a Covid-19, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Seriam doses suficientes para vacinar pelo menos a população mundial inteira com 19 anos ou mais (cerca de 5 bilhões de pessoas). Os laboratórios têm capacidade de fabricar o que foi encomendado?

De acordo com o próprio Unicef, em tese, sim. Considerada só a capacidade de fabricação de vacinas aprovadas por ao menos uma autoridade nacional (agência reguladora ou similar), as fábricas dos laboratórios e suas subcontratadas poderiam fabricar 11,92 bilhões de doses neste ano (4 bilhões no primeiro semestre, outros 7,92 no segundo). É apenas uma estimativa.

Até sexta-feira (30), havia sido aplicado 1,134 bilhão de doses no mundo inteiro, segundo o Our World in Data (site de estatísticas mantido por um grupo da Universidade de Oxford).

A velocidade de aplicação tem aumentado rápido. Ao final de janeiro, eram vacinados 3,7 milhões de pessoas por dia (média móvel da quinzena) no mundo. No final de fevereiro, 5,7 milhões. No final de março, 13,2 milhões. No final de abril, 17,9 milhões. No último dia de abril, foram vacinados 22 milhões de pessoas.

Nesse ritmo, o restante da população adulta do mundo inteiro poderia ser vacinada em menos de seis meses —se o problema fosse apenas de aritmética.

Não é. Além de problemas operacionais, há desigualdade socioeconômica. Dos 11,6 bilhões de encomendas de doses, 4,28 bilhões são da União Europeia, 3,56 bilhões pelos Estados Unidos e 750 milhões pela União Africana. Vai sobrar vacina na Europa e nos Estados Unidos. O problema é distribuir a sobra.

O Unicef tem um sistema de acompanhamento de aprovação, encomendas, produção, entrega e preço de vacinas de Covid-19, mas já tinha alguma tradição no rastreamento da fabricação e comércio de remédios e de outras vacinas.

Recorre a informações públicas (de empresas ou governos, por exemplo), pede informações a laboratórios e fabricantes e complementa seu levantamento com dados da empresa Airfinity.

A Airfinity, baseada em Londres, é uma companhia de projeções, previsões e consultoria de desenvolvimentos científicos e tecnológicos na área de biotecnologia.  

A Airfinity afirma que não pretende divulgar outro prognóstico, mas enviou à Folha uma tabela com dados de capacidade de produção de vacinas, por laboratório, neste ano. Pelos dados declarados coletados, a capacidade seria de cerca de 17,5 bilhões (tanto de vacinas aprovadas quanto de produtos ainda em desenvolvimento e testes).

Um grupo ligado à Universidade Duke, nos Estados Unidos, o Duke Global Health Innovation Center, estima a capacidade de produção em cerca de 13,4 bilhões (também inclui vacinas aprovadas e em testes). No entanto, nem todas as vacinas das tabelas da Airfinity e de Duke são as mesmas e algumas estimativas são diferentes.

Como diz o centro da Duke, o “cenário [da fabricação de vacinas] é notavelmente opaco”. A informação pública disponível é “escassa e fragmentada”. Assim, quem precisa tomar decisões tem dificuldade de “entender completamente as várias cadeias de produção envolvidas” e avaliar riscos.

Segundo o Unicef e equipe da Universidade McGill, no Canadá, 14 vacinas já foram aprovadas por pelo menos uma autoridade nacional (agência reguladora ou equivalente) e outras 31 estão na fase 3 de testes (segundo a McGill).

Os pesquisadores alertam que o número pode estar defasado, pois os dados são recolhidos de várias fontes e não há centralização de informação a respeito do estágio de desenvolvimento dos imunizantes.

Os dados do Unicef de vacinas encomendadas incluem cinco produtos ainda em fase de teste, por exemplo (três na fase 3, uma na fase 2 e uma na fase 1). No entanto, alguns desses produtos já estão sendo dados como de uso certo, caso da vacina Medicago, no Canadá, e da Novavax, nos Estados Unidos.

Além do problema de não haver fonte central de dados, a perspectiva do desenvolvimento e fabricação muda constantemente. Também há imprevistos e acidentes. A entrega de insumos pode atrasar (como atrasou no caso de Butantan e Fiocruz), pode haver problema na linha de produção (como houve no lacre dos frascos da Fiocruz).

Podem acontecer erros graves. Um fabricante da vacina Janssen nos Estados Unidos, a Emergent, perdeu matéria-prima para fabricar 15 milhões de doses em março porque confundiu insumos de vacinas da Janssen com as da Astrazeneca.

Algumas vacinas são fabricadas e acabam não sendo distribuídas ou aplicadas, pois governos passam a rever a segurança do imunizante por causa de efeitos colaterais (casos de Astrazeneca e Janssen na União Europeia) ou as pessoas se recusam a tomá-las.

O procedimento de fabricação não é previsível como o engarrafamento de refrigerantes. Envolve processos biológicos que não são perfeitamente controláveis. A Astrazeneca diz, por exemplo, que a produção de sua vacina pode levar de 90 a 120 dias, desde o estágio inicial até o empacotamento.

A capacidade de produção pode mudar, a depender da dosagem do produto. A Moderna diz que pode produzir muito mais caso se dedique mais a entregar doses de reforço menores (se for essa a decisão científica), de 50 microgramas ou menos, em vez dos atuais 100 microgramas.

Novos contratos de produção vêm sendo fechados com rapidez. Em março e abril, quatro fabricantes da Índia acertaram a produção de cerca de 700 milhões de doses da vacina Sputnik V neste ano, segundo notícias da mídia indiana e russa e as empresas. Uma das fabricantes indianas, uma empresa experiente no ramo, se chama Panacea.

Em suma, há dificuldades de projetar com certeza a escala de produção. A estimativa depende de declarações das empresas, para começar.

Na Airfinity, por exemplo, o que se faz é recolher esse número declarado da capacidade de produção de doses e observar o ritmo de entregas de doses.

No caso de vacinas em que a produção industrial não começou, estima-se quando o laboratório que a desenvolveu vai publicar seu estudo da fase 3 (em que o produto pode ser submetido a reguladores) e quando o imunizante pode ser aprovado. As estimativas de produção são então confrontadas com a produção de fato, o que serve para ajustar o modelo de previsão. Fonte: Folha de São Paulo - 2.mai.2021