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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Fugindo de Cabul, avião militar lotado


Avião dos EUA que decolou lotado de Cabul tinha 823 passageiros

O avião militar americano que decolou do Afeganistão no último domingo (15)  superlotado de passageiros que fugiam após o grupo Talibã assumir o controle do país asiático tinha 823 pessoas a bordo, informou o Pentágono na sexta-feira (20).

O Comando de Mobilidade Aérea dos militares dos EUA, citado pela Sky News, corrigiu a contagem inicial de 640 evacuados, número que também ultrapassava a capacidade do avião, que é de 154 passageiros.

 A quantidade de pessoas informada inicialmente contabilizava apenas os adultos e não incluía as 183 crianças que estavam no voo. Trata-se do recorde de passageiros  transportados na aeronave.

O voo que partiu do aeroporto de Cabul, com  destino o Qatar, onde pousou após mais de duas horas no ar. O objetivo dos militares americanos não era evacuar tanta gente de uma vez, mas afegãos em pânico com a chegada do Talibã em Cabul correram pela rampa aberta da aeronave para fugir do país.  Fonte: Ansa Brasil - 17:17, 20 Ago 2021 

sábado, 3 de novembro de 2018

Morre menina símbolo da fome causada por guerra no Iêmen

Retrato feito pelo jornal 'The New York Times' chocou o mundo e chamou atenção para a situação de milhares de crianças no país que não conseguem receber ajuda humanitária.
A menina Amal Hussain, de 7 anos, que virou símbolo da fome causada pela guerra no Iêmen, morreu na quinta-feira (1º). A informação é do jornal americano "The New York Times", que divulgou a imagem de Amal em uma reportagem sobre a fome no país.

Amal foi fotografada pelo jornal em um centro de saúde em Aslam, a 90 milhas a noroeste da capital, Sana. Ela estava deitada em uma cama com a mãe. As enfermeiras a alimentavam a cada duas horas com leite, mas ela vomitava regularmente e sofria de diarréia.
A Dra. Mekkia Mahdi, a médica responsável, chamou atenção da reportagem do "NYT" para a pele flácida dos braços de Amal. "Olha", disse ela. "Sem carne. Apenas ossos". Ela recebeu alta do hospital, que precisava tratar outros pacientes na mesma situação, e morreu em casa três dias depois.

ONU ALERTA PARA MORTE DE CRIANÇAS
As crianças iemenitas estão morrendo de fome e doenças enquanto caminhões com suprimentos de ajuda estão bloqueados no porto, deixando equipes médicas e mães desesperadas implorando para que os agentes humanitários façam mais, disse uma autoridade de alto escalão da Organização das Nações Unidas (ONU).
Geert Cappelaere, diretor de Oriente Médio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), descreveu cenas "de partir o coração" de crianças em hospitais na cidade portuária de Hodeidah e na capital Sanaa, ambas controladas por insurgentes houthis.
"Temos indícios de que hoje, no Iêmen, a cada 10 minutos uma criança de menos de 5 anos está morrendo de doenças evitáveis e de desnutrição grave", disse ele à Reuters de Hodeidah.

GUERRA
A recente ofensiva para combater os rebeldes Houthi, que ocupam o porto de Hodeida, por parte da coligação liderada pela Arábia Saudita, levantou o debate sobre o impacto do fechamento dos acessos ao porto.  Os bloqueios comerciais impedem que ajuda humanitária e itens básicos, como comida, gás de cozinha e medicamentos, cheguem a 70% da população iemenita.

Recentemente, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, maiores fornecedores de armas da Arábia Saudita, pediram um cessar-fogo no Iêmen. O secretário de Defesa, Jim Mattis, disse que deve entrar em vigor dentro de 30 dias. "Temos que nos mover em direção a um esforço de paz aqui, e não podemos dizer que vamos fazer isso em algum momento no futuro", disse Mattis na terça-feira.
Trabalhadores humanitários e agora líderes políticos estão pedindo a suspensão das hostilidades, bem como medidas de emergência para reviver a economia do Iêmen, onde o aumento dos preços dos alimentos levou milhões à beira do abismo.
Segundo a ONU, cerca de 14 milhões de pessoas, ou metade da população do Iêmen, podem estar à beira de um surto de fome em breve.
Já existem 1,8 milhão de crianças iemenitas desnutridas, mais de 400 mil delas sofrendo de desnutrição grave, uma enfermidade que as deixa em estado esquelético e correndo risco de morte, disse Cappelaere.

Fonte: G1-03/11/2018 

sábado, 8 de abril de 2017

Síria: Qual é o impacto da guerra?

Vista geral de Aleppo na Sìria, cidade destruída
pelo conflito entre forças pró e anti governo
O enviado da ONU para a Síria, Steffan de Mistura, estimou que a guerra já matou 400 mil pessoas.
Para a organização Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediada em Londres, até setembro a cifra de mortos passava de 465 mil.

Já o Centro Sírio para Pesquisa de Políticas, outro grupo de estudos, calcula que o conflito já tenha causado a morte de mais de 470 mil pessoas.
Segundo a ONU, até fevereiro de 2016 mais de 5 milhões de pessoas haviam fugido do país - a maioria mulheres e crianças.

O êxodo de refugiados, um dos maiores da história recente, colocou sob pressão os países vizinhos - Líbano, Jordânia e Turquia.
Cerca de 10% deles buscam asilo na Europa, provocando divisões entre os países do bloco europeu sobre como dividir essas responsabilidades.

E as estatísticas terríveis não param por aí.
A ONU disse que são necessários US$ 3,2 bilhões para prover ajuda humanitária a 13,5 milhões de pessoas - incluindo seis milhões de crianças - no país.
Além disso, 70% da população não tem acesso a água potável, uma em cada três pessoas não consegue suprir as necessidades alimentares básicas, mais de 2 milhões de crianças não vão à escola e uma em cada cinco indivíduos vive na pobreza.
As partes em conflito têm complicado ainda mais a situação ao recusar o acesso das agências humanitárias aos necessitados. Fonte: BBC Brasil – sábado, 08 de abril de 17

Comentário:
Os números do relatório do FMI são chocantes: há estimativas de mais de meio milhão de mortos, e a expectativa de vida caiu 20 anos, de 76 anos para 56.
O órgão da ONU para refugiados contabiliza desemprego em 60%, dois terços dos habitantes na extrema pobreza, 7,6 milhões deslocados internamente e mais de 5 milhões fugidos apenas para 4 países vizinhos.
Já a economia vive uma combinação desastrosa de escassez de produtos, moeda depreciada, inflação galopante, sanções, fuga de capital e mão de obra e o colapso dos setores agrícola e de petróleo.
A queda estimada de 57% do PIB rivaliza com outros grandes desastres econômicos da história moderna.
Ainda não dá para saber como (e se) a Síria vai se recuperar (caso a guerra termine) , o que vai depender de acordos políticos e de muito apoio internacional.
Se o país voltar a crescer a uma taxa de 4,5% por ano, vai demorar 20 anos para chegar no seu PIB antes da guerra. Foi o tempo que levou para o Líbano se recuperar após 16 anos de conflito. O Kuwait, que só viveu 2 anos de guerra, levou 7 na recuperação. “Reconstruir a infraestrutura física danificada será uma tarefa monumental, mas reconstruir o capital humano e a coesão social será um desafio ainda maior e mais duradouro”, diz o relatório.

Síria: País no Médio Oriente
Síria, oficialmente República Árabe da Síria é um país localizado na Ásia Ocidental. O território sírio faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste; a Turquia ao norte; o Iraque a leste; a Jordânia ao sul e Israel ao sudoeste. Wikipédia
Capital: Damasco
Continente: Ásia
População: 22,85 milhões (2013) Banco Mundial