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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

PF encontra malas de dinheiro em imóvel que seria ligado a Geddel

Malas e caixas com mais de 51 milhões de reais são encontradas em imóvel que teria sido emprestado a ex-ministro. Essa é a maior apreensão de dinheiro da história. Operação investiga fraude na Caixa Econômica Federal.

A Polícia Federal (PF) encontrou nesta terça-feira (05/09) malas e caixas cheias de dinheiro num apartamento que seria usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, em Salvador. De acordo com autoridades, o imóvel seria uma espécie de bunker para armazenagem de dinheiro.
A Polícia Federal informou que mais de 51 milhões de reais foram aprendidos no apartamento. Essa foi a maior apreensão de dinheiro em espécie da história.

A quantia estava guardada em pelo menos oito grandes malas e cinco caixas, de acordo com fotografias divulgadas pela Polícia Federal. As autoridades disseram que chegaram ao apartamento graças a informações recolhidas durante a investigação.

O apartamento está no nome de Silvio Silveira, que teria cedido o imóvel a Geddel, para que o ex-ministro guardasse, supostamente, pertences do pai, falecido em janeiro de 2016. Uma denúncia anônima alertou a polícia de que o apartamento estaria sendo utilizado para guardar caixas com documentos.

A operação desta terça-feira foi batizada de Tesouro Perdido, e é decorrente das últimas fases da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013. Nesta época, Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição.

No mandado de busca, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirma que no imóvel há elementos que comprovam a prática dos crimes relacionados na manipulação de créditos e recursos realizada na Caixa Econômica Federal.

Geddel é acusado de receber 20 milhões de reais em propinas no esquema. O ex-ministro cumpre prisão domiciliar em Salvador.

Até novembro de 2016, Geddel era ministro da Secretaria de Governo de Temer, mas foi forçado a renunciar devido a fortes pressões decorrentes de suspeitas do crime de tráfico de influência. Ele foi acusado de pressionar autoridades para a liberação de uma obra embargada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Salvador. Fonte: Deutsche Welle – 05.09.2017

Comentário:

Sete máquinas de contagem de cédulas e mais de 12 horas de trabalho foram necessárias para que a Polícia Federal pudesse contabilizar o valor em dinheiro vivo.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

PF deflagra Operação Cobra e prende Aldemir Bendine

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira em Sorocaba, interior de São Paulo, Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras. Bendine é suspeito de prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e foi preso durante a 42ª fase da Operação Lava Jato. Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior e o publicitário André Gustavo Vieira da Silva também foram detidos no Recife (PE). Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos Estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Esta fase da Lava Jato foi batizada de Cobra em uma referência ao codinome dado a Bendine nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no chamado Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, descobertas durante a 23ª fase da Operação Lava Jato. A operação foi realizada um dia antes de uma viagem, aparentemente só de ida, de Bendine para Portugal. "Como ele tem cidadania italiana, consideramos que havia risco dele se refugiar no país", afirmou Athayde Ribeiro Costa, procurador da República, do Ministério Público Federal (MPF). André Gustavo foi preso no portão de embarque com destino a Portugal. A PF afirma que ele tinha negócios no país, tendo atuado inclusive em campanhas presidenciais.

Desde que começaram as delações de executivos da Odebrecht, Bendine está no radar da PF. O delator Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, contou que a empresa vinha sendo achacada por Bendine, desde a época em que ele era presidente do Banco do Brasil. O executivo estaria contrariado porque Marcelo Odebrecht tratava apenas com Guido Mantega (ex-ministro da Fazenda) durante o Governo Dilma Rousseff, pois queria ter acesso às benesses do caixa da empreiteira.

Segundo o empresário Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, para facilitar alongar uma dívida da Odebrecht Agroindustrial com o banco, Bendine teria pedido 17 milhões de reais em "pédágio".  Mas a empresa considerou que ele não tinha poder para decidir de forma ativa no contrato de financiamento do Banco do Brasil e negou o pedido.

A situação mudou quando Bendine foi alçado por Dilma à presidência da Petrobras, após a renúncia de Graça Foster, no início de 2015, uma vez que o grupo tinha relações profundas com a petroleira. De acordo com a PF, Bendine utilizava o nome da ex-presidente Dilma para tentar se aproximar dos empreiteiros. No entanto, não há indícios de que ela esteja envolvida com os crimes do executivo.

Os delatores afirmaram que Bendine e seus operadores financeiros pediram 3 milhões de reais pra não prejudicar as relações entre a Petrobras e a Odebrecht. Os valores seriam pagos em três parcelas. Marcelo Odebrecht assumiu em delação que cedeu ao "achaque de Bendine" porque a coisa mudou de figura. "O cara é nomeado por ela [Dilma Rousseff], recém-eleito presidente na Petrobras, e a gente cheio de problemas na Petrobras, Lava Jato (...). A gente não vai pagar 17 [milhões], mas vamos administrando", afirmou o empresário.

De acordo com a PF, aparentemente, estes pagamentos somente foram interrompidos com a prisão de Marcelo Odebrecht, quando a Lava Jato já estava em operação. Bendine renunciou a presidência da estatal em maio de 2016, após uma sucessão de escândalos que envolvia a Petrobras e em meio a um cenário em que a empresa apresentava um dos maiores prejuízos da empresa na história. Fonte: El País - São Paulo 27 JUL 2017

sábado, 20 de maio de 2017

Delator da JBS diz ter pago propina a 1.829 políticos eleitos

O ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud contou aos procuradores da Lava Jato ter pago propina a 1.829 candidatos eleitos.

De acordo com o lobista, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), um montante de quase R$ 600 milhões foi distribuído como pagamento indevido a 28 partidos da República.

O número representa quase a totalidade de siglas existentes no país. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Brasil tem hoje 35 agremiações políticas registradas.

Saud disse aos investigadores que o dinheiro ajudou a eleger 179 deputados estaduais em 23 unidades da federação. Os repasses contribuíram ainda para a vitória de 167 deputados federais provenientes de 19 partidos, 28 senadores da República e outros 16 governadores.

Ele cita entre os beneficiários estão quatro governadores eleitos pelo PMDB, quatro pelo PSDB, três pelo PT, dois do PSB, um do PP e um do PSD. No grupo de senadores estão alguns que não estavam no mandato, outros que disputaram a reeleição e ainda aqueles que se candidataram ao governo de Estados e saíram derrotados das urnas, reassumindo um posto no Senado.

O delator não dá o valor total das propinas de forma precisa, mas estima que "de quase R$ 600 milhões, apenas R$ 10 milhões ou R$ 15 milhões não eram propina".

Saud diz ainda ter contabilizado "todas as pessoas que receberam as propinas direta ou indiretamente". Para ele, os beneficiados sabiam da origem ilícita dos recursos.

"É muito difícil não saber que o PT comprou o partido X ou Y, que o Aécio comprou ou deixou de comprar tal partido", disse. "Se ele [o político] recebeu esse dinheiro, ele sabe que de um jeito ou de outro foi de propina". Fonte: Folha de São Paulo - 19/05/2017

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Em diálogo gravado, Aécio pede 2 milhões de reais à JBS

O senador Aécio Neves (PSDB- MG), que já se encontrava em uma posição delicada após executivos da Odebrecht relatarem o pagamento a ele de propinas milionárias, viu sua situação se complicar ainda mais nesta quarta-feira. Segundo o jornal O Globo, gravações em posse da Procuradoria Geral da República flagraram o senador pedindo dois milhões de reais a Joesley Batista, dono do grupo JBS, com a justificativa de que necessitava da quantia para pagar sua defesa na Operação Lava Jato.

Segundo o jornal, o diálogo, de cerca de 30 minutos, foi entregue pelo empresário como prova em sua delação premiada. Eles teriam se encontrado no dia 24 de março no hotel Unique, em São Paulo, depois que sua irmã, Andréa Neves, abordou o empresário para combinar o encontro via WhatsApp e telefone.

O primo de Neves encontrou o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, que, segundo o jornal, é um dos sete delatores da empresa. O dinheiro foi entregue em quatro parcelas de 500.000 reais. Uma dessas entregas foi filmada pela Polícia Federal, disse O Globo. O dinheiro não teria sido entregue a qualquer advogado. E, sim, a Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Perrella é visto como um dos grandes aliados de Neves no Congresso.

A propina foi levada a Belo Horizonte de carro, diz o jornal. Nas três viagens feitas, Mendherson foi seguido pela Polícia Federal. O destino final do dinheiro seria a empresa do filho do senador Zeze Perrella . Não está claro, no entanto, os motivos que teriam levado o senador a pedir o dinheiro e por quais motivos.

Em nota, a assessoria de Aécio Neves afirmou que o senador está "absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos". "No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários", ressaltou o texto.

Neves é um dos campeões de inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal no início de abril, ao lado do também senador Romero Jucá (PMDB). São cinco investigações contra o tucano, por suspeitas que vão de doações não contabilizadas a fraudes em licitações para beneficiar a construtora Odebrecht.  Fonte: El Pais - São Paulo 18 MAI 2017       

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O STF autorizou abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer

O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou abertura de inquérito contra o presidente, Michel Temer (PMDB), nesta quinta-feira (18). A decisão de abrir uma investigação contra Temer foi tomada pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

ENTENDA AS ACUSAÇÕES
De acordo com informações divulgadas pelo jornal "O Globo" nesta quarta-feira (17), Joesley Batista, um dos donos da JBS, encontrou Temer no dia 7 de março no Palácio do Planalto. O empresário teria registrado a conversa com um gravador escondido. Batista disse ter contado a Temer que estava pagando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao lobista Lúcio Funaro para ficarem calados. O presidente, segundo o empresário, responde: "Tem que manter isso, viu?".
Em nota publicada ontem, Temer confirmou o encontro, mas disse que "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha" e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar". Fonte: UOL-18/05/2017

sábado, 13 de maio de 2017

Lula e Dilma afirmam que delações são fantasiosas

Citados na delação premiada de João Santana e Mônica Moura, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff afirmaram que as declarações do casal são mentirosas e fantasiosas.

DEFENSORES DO LULA
Segundo nota dos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, defensores do ex-presidente, Lula "nunca tratou direta ou indiretamente do financiamento das campanhas eleitorais em que foi candidato ou apoiador" e as afirmações dos delatores "são mentirosas".

"Hoje está muito claro que citar o nome de Lula tornou-se condição obrigatória para que réus e até condenados obtenham os favores na Promotoria no âmbito da Operação Lava Jato", diz trecho da nota.
Ainda conforme os advogados, nenhum dos delatores apresentou prova das menções feitas ao ex-presidente. "Uma ação penal se decide na base de provas. E provas contra Lula não há, porque ele sempre atuou dentro da lei."

DILMA
Já a assessoria da ex-presidente Dilma afirmou, por meio de publicação em seu site, que ela nunca negociou doações eleitorais ou ordenou pagamentos ilegais a prestadores de serviços em suas campanhas ou fora delas.

"São mentirosas e descabidas as narrativas dos delatores sobre supostos diálogos acerca dos pagamentos de serviços de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou com João Santana ou Mônica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no exterior. Tampouco tratou com quaisquer doadores ou prestadores de serviços de suas campanhas sobre tal assunto", diz trecho da nota.

Ainda conforme a assessoria, é fantasiosa a versão de que ela informava delatores sobre o andamento da Lava Jato. "Causa ainda mais espanto a versão de que por meio de uma suposta 'mensagem enigmática', conforme a fantasia dos delatores, a presidente tivesse tentado 'avisá-los' de uma possível prisão. Tal versão é patética."

A assessoria da ex-presidente informou ainda que é falsa a afirmação de que ela teria recomendado que os delatores ficassem no exterior e "é risível imaginar que a presidente da República recebeu informações de forma privilegiada e ilegal ao longo da Lava Jato".

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso afirmou, por meio de nota, que a ex-presidente Dilma Rousseff nunca recebeu dele ou de qualquer órgão do Ministério da Justiça informações sobre investigações em curso que não tivessem sido oficialmente transmitidas pelas autoridades competentes. Segundo Cardozo, Dilma "apenas foi cientificada desta determinação no momento em que estava sendo consumada, sendo absolutamente inverossímil que pudesse repassá-la, a quem quer que seja, dias antes da consumação desse fato".

Ele declara, também, que Dilma "nunca interferiu ou solicitou a qualquer órgão do Ministério da Justiça a obtenção ilegal de informações sigilosas".

ODEBRECHT
Por meio de sua assessoria, a Odebrecht informou que está colaborando com a Justiça no Brasil e no exterior. "Já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um acordo de leniência com as autoridades do Brasil, EUA, Suíça e República Dominicana, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas", diz nota da empresa.  Fonte: Folha de São Paulo - 12/05/2017  

A delação do casal de marqueteiros

A DELAÇÃO DO CASAL
Acusações de João Santana e Mônica Moura ao Ministério Público Federal

DO QUE OS MARQUETEIROS SÃO ACUSADOS?
Santana e Mônica foram presos pela Polícia Federal em São Paulo em jan.2016, na 23ª fase da Lava Jato. A principal acusação contra eles foi o recebimento de US$ 7,5 milhões do lobista Zwi Skornicki e de offshores ligadas à Odebrecht
 Em fev.2017, chegaram a ser condenados pelo juiz Sergio Moro a oito anos e quatro meses de prisão
 Como parte do acordo de delação, vão perder cerca de R$ 80 milhões e cumprir 18 meses em regime fechado e mais 18 meses no semiaberto.

LULA E DILMA SABIAM
Segundo os marqueteiros, os ex-presidentes sabiam da utilização de recursos de caixa dois da Odebrecht para campanhas eleitorais do PT

O CHEFE
João Santana afirmou que todos os pagamentos sempre dependiam “da palavra final do chefe”, em alusão ao ex-presidente Lula

PALOCCI
O ex-ministro teria indagado o casal se tinha conta no exterior e que, “para a segurança de todos”, o depósitos seriam feitos nela pela Odebrecht para receber recursos da campanha de Lula em 2006
Outras campanhas (Marta Suplicy, Gleisi Hoffmann, Dilma Rousseff, Fernando Haddad e Patrus Ananias) também geraram dívidas cobertas pela Odebrecht

CONEXÃO VENEZUELA
Mônica disse ter recebido US$ 11 milhões de caixa dois do hoje presidente venezuelano Nicolás Maduro em campanha de Hugo Chávez em 2012, via pagamentos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez
A mulher do ex-ministro Franklin Martins, contratado para trabalhar na campanha, teria recebido dinheiro
O ex-ministro, José Dirceu teria sido o elo entre Santana e o comando da campanha

DINHEIRO EM CAIXA DE SAPATO
Mônica Moura disse ter recebido R$ 5 milhões em espécie em caixas de sapato e roupas dentro de uma loja de chá no Shopping Iguatemi, por serviços prestados à campanha de Lula em 2006

MARTA SUPLICY
Segundo Santana, a ex-prefeita pediu que o então marido, Luis Favre, fosse contratado por sua empresa já que precisava de emprego “por ser estrangeiro”; por R$ 20 mil, Favre foi contratado, mas não prestou serviço

‘DILMA BOLADA’
Mônica afirmou ter pago em 2014 R$ 200 mil com caixa dois a Jefferson Monteiro, que criou a página “Dilma Bolada”, para mantê-la no ar
O cabeleireiro Celso Kamura também teria sido pago com dinheiro do casal

DELCÍDIO DO AMARAL
Em 2002, na casa do então senador, Santana teria sido convidado a entrar em uma sauna para discutir valores para uma campanha e acertado valor de R$ 4 milhões, dos quais R$ 2 milhões não declarados. Fonte: Folha de São Paulo - 12/05/2017