Até o momento, foram
realizados cerca de 8.850 exames nos laboratórios de referência, em todo o
Brasil, para comprovação de casos de varíola dos macacos, informou o Ministério
da Saúde. O número de exames realizados diariamente varia de acordo com as
notificações e a chegada das amostras aos laboratórios. O país acumula 3,1 mil
casos da doença, espalhados por 27 estados, segundo dados divulgados na noite
de terça-feira (16/08) pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, oito unidades de
referência realizam o diagnóstico, sendo quatro laboratórios centrais de Saúde
Pública (Lacen), localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande
do Sul e Distrito Federal, e mais quatro unidades de referência nacional, sendo
duas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro e no Amazonas; uma da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e uma no Instituto Evandro
Chagas, no estado do Pará. Dessa forma, o ministério assegurou que “é possível
garantir a cobertura do diagnóstico de todo o país”.
O ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, informou em entrevista ao programa A Voz do Brasil, na última
sexta-feira (12), que todos os laboratórios centrais de saúde pública estarão
aptos a fazer o teste do tipo RT-PCR para varíola dos macacos até o final de
agosto.
EXPANSÃO
O coordenador do Laboratório
de Virologia Molecular da (UFRJ), Amilcar Tanure, defendeu em entrevista à
Agência Brasil, que sejam realizados mais testes e que o número de laboratórios
aptos a realizar a testagem seja ampliado. “Eu acho que tem que aumentar isso,
para que os pacientes tenham mais acesso. Além disso, como o vírus está dando
lesões não tão exuberantes, a recomendação é que pessoas que desconfiem que
seja varíola dos macacos procurem atendimento médico, uma unidade de pronto
atendimento, e vão se testar”.
Tanure disse que é intenção
da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro criar dois locais para
centralizar esses pacientes para coleta de amostras. Um dos centros de testagem
funcionaria no Maracanã, na capital, e outro em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense. “É muito importante expandir os locais de teste e de coleta e
treinar os profissionais de saúde para fazerem uma coleta correta para o teste
funcionar bem. Quanto mais a gente testar, mais vai conseguir isolar pessoas
infectadas e bloquear a transmissão do vírus”.
A secretaria confirmou que
vai abrir nas próximas semanas um posto para coleta de material para testagem
de casos suspeitos de varíola dos macacos. O serviço será realizado apenas para
pacientes encaminhados por unidades de saúde, após exame clínico. As amostras
serão enviadas para análise no Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo
Cruz e nos Laboratórios de Biologia Molecular de Vírus e de Virologia Molecular
da UFRJ, que são referenciados pelo Ministério da Saúde no estado do Rio de
Janeiro. Não foi informado, entretanto, onde será o local de coleta de
material. Fonte: Agência Brasil - Rio de
Janeiro- Atualizado em 16/08/2022
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