sábado, 4 de junho de 2011

Palocci : Verdade ou Mentira ?


Palocci nega que tenha feito tráfico de influência

Na entrevista à Rede Globo, chefe da Casa Civil disse que não fez negócios com empresas públicas

O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, admitiu ontem em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que teve um grande faturamento nos últimos meses de 2010, quando já montava a equipe da presidente eleita – algo em torno de R$ 10 milhões.

Não citou o nome de clientes e disse que trabalhou com o setor financeiro, bancos e fundos de investimento.

Insistiu em dizer que não ocultou dados: “Todo o faturamento da empresa foi registrado nos órgãos de controle tributário, tanto na prefeitura de São Paulo quanto na Receita Federal. Todo o serviço foi feito com notas fiscais regulares e notas fiscais recolhidas. Ela foi registrada em meu nome e do meu sócio”.

Segundo ele, os negócios feitos pela consultoria Projeto entre 2006 e 2010, período em que possuía mandato como deputado federal, eram apenas relacionados a empresas privadas. “Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação em empresas públicas representando empresas privadas. Quero que as pessoas tenham boa fé, que escutem as explicações, que vejam as informações nos órgãos públicos.”

Ele disse, ainda, que os lucros de sua empresa correspondem aos de outras de consultorias que atuam no mercado. Palocci deu a impressão de estar muito nervoso. Mexia-se de um lado para o outro, embora estivesse sentado, de costas para a parede de vidro de seu gabinete, que fica no quarto andar do Palácio do Planalto.

A crise envolvendo Palocci começou no dia 15 de maio, quando o jornal Folha de S.Paulo revelou que o patrimônio do ministro havia aumentado 20 vezes em quatro anos.

No dia 16 de novembro do ano passado, o ministro comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões, em São Paulo, por meio de sua empresa Projeto Consultoria Econômica e Financeira, aberta em 2006. Um ano antes, o ministro adquiriu outro imóvel, de R$ 882 mil, onde funciona o escritório da Projeto.

Questionado sobre o patrimônio milionário, Palocci alegou que o dinheiro era de consultorias realizadas no período em que foi deputado federal, entre 2007 e 2010.

A empresa teria faturado pelo menos R$ 20 milhões em 2010, sendo metade entre novembro e dezembro, após a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT), de cuja campanha eleitoral Palocci foi o principal coordenador. No final de dezembro, ele alterou a razão e o objeto social da empresa para atuar apenas na administração dos imóveis comprados.

A entrevista de Palocci atende a um pedido da presidente Dilma. A estratégia do ministro era esperar o parecer do procurador geral da República, Roberto Gurgel. Mas para Dilma seria “um erro” aguardar.

A permanência de Palocci no cargo depende dos esclarecimentos e do fim das acusações. Fonte: Diário Catarinense- 4 de junho de 2011 

Comentário:

Palocci não aprendeu nada com o caso do caseiro Francenildo dos Santos Costa (violação do sigilo bancário do caseiro). Ele deve ser um mestre, pois como consegue harmonizar as atividades de deputado com a consultoria. O fato  ter sido  ex-ministro da Fazenda, queira ou não queira, ele tem facilidade de interlocução com funcionários do governo ou obter  informações estratégicas. É difícil ele separar numa análise privada (consultoria), o que é informações estratégicas do governo ou o acúmulo conhecimentos internos do governo adquiridos com sua passagem como ministro da Fazenda,  que possam ajudá-lo nessa análise.   

Ao mesmo tempo o governo federal tem ignorado a aplicação de um artigo do Código de Conduta da Alta Administração Federal. O documento que determina as regras de comportamento ético do funcionalismo estabelece que ex-ministros não podem prestar consultoria valendo-se de informações não divulgadas publicamente a respeito de programas ou políticas do órgão ou entidade a que esteve vinculado.

O que acontece no meio político, que essa atividade apresenta um falso moralismo que tende a transformar-se   em uma mera extensão de atividades pessoais, isto é, visando o aumento do patrimônio.

Isso para o PT é lamentável, cujo lema quando estava na oposição era um partido diferente, imbuído de  ética e moral.

Se formos analisar a fundo esse problema, Palocci tem alguma razão, vivemos numa sociedade em que não existe praticamente o culto aos valores familiares, vivemos a modernização de Sodoma e Gomorra. Estamos preocupados em ganhar dinheiro, estilo de vida, certa permissividade de costumes e moralidade. Com todo esse emaranhado de luxúria, como um cidadão, político, governante, juízes, poderão exercer suas atividades que necessitam cotidianamente sua  formação familiar em  ética, moral e costume?  Por causa disso nesse país tudo termina em pizza; pizza familiar, pizza política, pizza justiça, etc.   

Os Valores da Família ou Valores Familiares, são as crenças políticas e sociais que mantêm a família como uma unidade fundamental e provedora da ética e moral. (definição americana)

Como disse  o cônsul Caio Julio  César da República Romana,  a famosa frase: À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.

Acho que está faltando isso a Palocci  e também para os demais políticos interessados em cargos do governo para desempenhar uma função pública tão importante como  estar no governo.

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