Mostrando postagens com marcador sociedae. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sociedae. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Dia Mundial do Pão: Conheça um pouco da história do pão no Brasil

INVENÇÃO DO PÃO
Pão francês, bengala, pão caseiro, pão de cereais, bisnaguinha, pão sírio, pão doce, pão australiano, pão de forma, pão italiano, pão integral... O pão é um dos alimentos mais tradicionais em todo o mundo. Para homenagear essa iguaria tão variada, tão popular e tão consumida, foi criado o Dia Mundial do Pão, celebrado no dia 16 de Outubro.

A história do pão é antiga. Ele teria surgido há mais de 6 mil anos, quando os egípcios descobriram a fermentação do trigo. Ele era considerado um alimento básico e era um símbolo de poder. Os pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos. Os egípcios se dedicavam tanto ao pão que se tornaram conhecidos como "comedores de pão".

"É importante lembrar da importância que o pão tem para a humanidade. Desde os primórdios, os grãos eram consumidos de forma bruta, comidos crus. Posteriormente, alguns historiadores falam que, por acidente, os pães - que eram formados numa pasta mascada na boca, pasta essa feita de mingau - caíram em cima de uma pedra quente, em uma fogueira e, a partir dali, se gerou uma massa assada," conta o especialista e historiador sobre pão, Augusto Cézar de Almeida, que é autor de diversos livros sobre o assunto.

Quando o homem começou a controlar o processo de fermentação, a técnica de fazer pão se aprimorou e se espalhou pelo mundo. "No começo da história, tinha muita rejeição àquilo que fermentava porque dava ideia que estava estragando. Quando se teve controle, com Pasteur [Louis Pasteur, cientista francês, 1822-1895], que foi um estudioso que conseguiu controlar e entender o processo fermentativo, essa ação da fermentação passou a se propagar de forma mais controlada, mais industrial," disse Augusto.

O PÃO NO BRASIL
Augusto conta que o produto chegou ao Brasil por meio dos portugueses: "Para se ter ideia, o primeiro documento que narra um brasileiro consumindo pão foi a carta de Pero Vaz de Caminha. Quando as naus [portuguesas] chegaram em território brasileiro, elas traziam pães. Os índios então provaram, pela primeira vez, aquilo que era totalmente estranho, que era o pão. E a reação dos índios não foi lá muito favorável porque eles não estavam habituados a consumir aquele tipo de produto. Os produtos que se consumiam aqui eram derivados da mandioca e típicos da região".
Os pães que foram provados pelos índios eram muito rústicos e, pela longa viagem, provavelmente eram duros também. "Por isso não deve ter sido muito fácil aceitar", diz Augusto.

Mas com o plantio do trigo, que teria sido iniciado pelas sementes trazidas por Martim Afonso de Souza [1490-1570], é que o hábito de comer pão começa a crescer no país. "Ele também era governador da Índia, muito próxima das regiões árabes, e ele trouxe sementes de trigo para o Brasil. São duas narrativas que pouco se fala aqui: primeiro, que o pão foi provado pelos índios nas naus portuguesas. E, segundo, que o trigo foi trazido pelo Martim Afonso de Souza," conta o historiador.

PADARIAS
No ano passado, havia em todo o país 70.523 padarias, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). A maior parte dessas padarias, cerca de 95% do total, são micro e pequenas empresas familiares.

PÃO FRANCÊS BRASILEIRO
"Debret [1768-1848], um pintor e desenhista francês que veio junto com a Família Real, fez uma série de ilustrações que falaram sobre algumas características da época. E uma das gravuras que ele faz é de uma padaria onde a moagem do trigo era feita dentro dela. Ali se moía e se fazia a farinha. A narrativa do Debret fala ainda que os pães feitos pelos franceses no Rio de Janeiro não eram iguais aos da França," contou o historiador. "A França historicamente tem pães de uma casca mais grossa, feito com fermentação mais longa. São pães mais compactos. No Brasil, já tivemos o período dos filões, com densidade maior, mais pesados; e das baguetes, que eram pães mais parecidos com os da França. Porém não tinham os mesmos componentes e nem o tipo de fermentação que era feito lá na França".

O pão branco, com um miolo úmido, revestido por uma casca fina, dourada e levemente crocante, composto por água, farinha de trigo, sal e fermento, e mais conhecido como pão francês - o nome varia conforme a região do país -, é o mais consumido pelos brasileiros. Entre os produtos de panificação, a venda de pão francês corresponde atualmente, segundo a Abip, a 45% do total comercializado nas padarias.

No entanto, ele vem perdendo espaço para a imensa variedade de pães que existem hoje: "O pão francês percentualmente está perdendo a sua importância - não porque está deixando de ser consumido, mas porque outros tipos de pães estão crescendo no consumo como os integrais ou com cereais".

"Os primeiros registros com o nome de pão francês são da época de Debret, na época da Família Real presente no Brasil. Mas entendo mais isso como o pão francês feito pelos franceses, já que as características não eram tão iguais assim. Se procurar o pão francês como temos no Brasil, na França, não vamos encontrar", diz o especialista. Fonte: Diário da Saúde - 16/10/2019

domingo, 15 de abril de 2012

Saiba quais as são as frases que os chefes menos gostam de ouvir

Gestor, líder, gerente, patrão. Não importa a maneira de nomeá-lo: chefe sempre é chefe. E, no dia a dia, o trato com o superior exige alguns cuidados: falar sem pensar pode trazer consequências negativas. Pesquisa do site de recrutamento americano Monster descobriu as nove frases que os chefes menos gostam de ouvir — e que, por isso, aconselham seus analistas, devem ser evitadas.

■A COMEÇAR PELO POPULAR "EU NÃO SEI" 

■"ISSO É IMPOSSÍVEL".

Mesmo que a tarefa requisitada seja, de fato, inviável, existem outras maneiras, no mínimo mais otimistas, de responder.

■PEDIDO DE AUMENTO: O constrangedor pedido de aumento é outro destaque na pesquisa da Monster. Justificar a solicitação dizendo que precisa de mais dinheiro porque comprou um apartamento ou teve um filho não pega bem.

— Friamente falando, a organização não tem nada a ver com isso — avalia Amanda Oliveira, gerente de Sales e Marketing da Hays, consultoria especializada em recrutamento e seleção. — Na hora de pedir um aumento, é melhor falar em desejo de crescer na carreira e de ter mais desafios.

■CONHECER O CHEFE: Conhecer bem não significa, necessariamente, ser amigo: pesquisa da Trabalhando.com, que entrevistou 325 trabalhadores, diz que para 48% a amizade com o chefe pode prejudicar a carreira. Autor do livro "Não tenha medo de gerenciar seu chefe", o americano Bruce Tulgan, em entrevista por e-mail ao Boa Chance, recomenda que essa relação seja, sim, construída com base no diálogo, mas sugere que as palavras de toda conversa sejam escolhidas cuidadosamente:

— Não desperdice palavras, especialmente quando estiver falando com seu chefe. Frases refletem posturas tidas como inadequadas, diz analista

■AMIZADE COM O CHEFE: Andreza Santana, gerente de marketing sênior do Monster Brasil, diz que, aqui no país, os profissionais devem tomar ainda mais cuidado do que nos Estados Unidos, que serviu de base para a lista com as nove coisas que os chefes menos gostam de ouvir:

— Aqui, nós passamos muito tempo no trabalho e, de fato, é fácil confundir as coisas na hora de se relacionar com o chefe. É saudável que haja certo limite na questão da amizade com o gestor.

Para a gerente de marketing, os chefes preferem não escutar certas respostas que, na verdade, refletem a postura pouco adequada por parte dos funcionários. Como quando eles dizem "Mandei um e-mail sobre isso na semana passada" ou "Não é culpa minha".

— Se o assunto é importante, não dá para simplesmente mandar e-mail e achar que vai se livrar do problema. É claro que um chefe não gosta desse tipo de atitude. Se mandou e-mail e não teve resposta, tem que correr atrás, procurar para conversar — diz Andreza.

■POSTURA OTIMISTA CRIA UMA IMAGEM MAIS POSITIVA: Pablo Aversa, sócio-fundador da Alliance Coaching, lembra que, em média, cada gestor tem sete subordinados em sua equipe.

— Imagina ter sete funcionários que sempre olham o lado negativo e tentam se eximir da culpa? — indaga Aversa. — Quem tem postura otimista, tenta sempre ajudar, vai ser mais bem visto pelo chefe, e terá mais chances de receber um aumento, por exemplo.

■MANTER A DISCRIÇÃO: E como a imagem, no mundo corporativo, realmente faz a diferença, os especialistas não veem motivo para o funcionário contar para seu gestor que está de ressaca porque "A festa bombou ontem".

— Não há nenhuma necessidade de chamar atenção para o fato de que você se envolveu em um comportamento na sua vida pessoal que está fazendo com que sua performance caia no trabalho. É melhor ficar na sua — ressalta Bruce Tulgan, autor do livro "Não tenha medo de gerenciar seu chefe"

■DISCRIÇÃO NO RELACIONAMENTO: Também é recomendado manter a discrição quando houver problemas com algum colega. Não agradam aos chefes aqueles que chegam falando que "Não aguentam trabalhar com fulano".

— É claro que problemas de relacionamento acontecem, mas é preciso saber muito bem para quem relatar esse tipo de situação, se é para o RH, para o coordenador, ou gestor imediato. E, na hora de falar, o melhor é se basear sempre em fatos, nunca na emoção — aconselha Amanda Oliveira, gerente de Sales e Marketing da Hays.

Tampouco caem nas graças dos chefes os que reclamam que "As coisas sempre foram feitas desse jeito".

— Isso mostra alguém que não está aberto para o novo e para mudanças. Ideias novas são bem-vindas — avalia Andreza, do Monster Brasil.

Agora, quando o assunto é apresentar alguém para tentar desencalhar o patrão, a sugestão é que isso nunca seja feito para tentar forçar intimidade.

■APRESENTAR ALGUÉM AO CHEFE: Agora, quando o assunto é apresentar alguém para tentar desencalhar o patrão, a sugestão é que isso nunca seja feito para tentar forçar intimidade.

— Isso vale até para as empresas mais informais. O subordinado só deve ultrapassar a fronteira no momento em que for convidado pelo chefe. Tem que saber medir isso — conclui Pablo Aversa. Fonte: Globo – 14 de abril de 2012