terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Precisa viajar de avião? Então use máscara e fale pouco

Já foram feitas inúmeras simulações para ver como o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, se espalha pelos mais diversos tipos de ambientes, como nos carros, nas salas de aula e até nas escadas.

Mas Wensi Wang e seus colegas da China e de Hong Kong não queriam saber de simulações teóricas.

Então eles monitoraram como o vírus que causa a covid-19 se espalhou de fato em duas viagens de avião, um voo de Londres para Hanói e outro de Cingapura para Hangzhou.

Para isso, eles rastrearam passageiros que se mostraram infectados e então rastrearam os demais passageiros, que haviam sido colocados em quarentena ou monitorados.

Todos esses dados foram ligados com as posições em que cada passageiro havia se sentado nos aviões.

A equipe então usou uma simulação de computador para reproduzir a dispersão das gotículas de diferentes tamanhos, mas não a partir de modelos teóricos, e sim a partir dos passageiros que possuíam o vírus e daqueles que se infectaram durante o voo.

USE MÁSCARAS E FALE POUCO: Depois de mostrar como o vírus SARS-CoV‑2 contido nessas gotículas viajava com a distribuição do ar da cabine e era inalado por outros passageiros, a equipe modelou também alterações na dispersão do vírus pelas atividades de respiração, fala e tosse.

Os cientistas contaram o número de cópias virais inaladas por cada passageiro para determinar a infecção. Seu método previu corretamente 84% dos casos infectados/não infectados no primeiro voo.

A equipe também descobriu que usar máscaras e reduzir a frequência de conversas entre os passageiros pode ajudar a reduzir o risco de exposição no segundo voo.

"Estamos muito satisfeitos em ver que nosso modelo validado por dados experimentais pode alcançar uma precisão tão alta na previsão da transmissão da covid-19 em cabines de aviões," disse o professor Dayi Lai, da Universidade Jiao Tong de Shangai, na China. "Além disso, é importante saber que o uso de máscaras tem um impacto significativo na redução da transmissão." Fonte: Diário da Saúde-24/01/2022

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