terça-feira, 8 de setembro de 2020

Coronavírus: Noticias globais de 7 de setembro

BRASIL, MILHARES DE PESSSOAS NAS PRAIAS.
No Brasil, milhares de pessoas, algumas delas sem máscara protetora, se aglomeraram nas praias do Rio de Janeiro durante o fim de semana, apesar de as autoridades só permitirem que as pessoas tomassem banho e caminhassem, sem se acomodar na areia. “Temos medo, mas a felicidade de estar aqui na praia é mais forte”, disse Mateus da Silva, 24 anos, que estava sem máscara.
Após vários meses em umplatô com média diária de mais de mil mortes, o gigante sul-americano registrou ligeira queda desde o final de agosto: uma média de 869 mortes e cerca de 40 mil infecções por dia na última semana. O Ministério da Saúde afirma que os números mostram uma "queda" na curva, mas especialistas independentes afirmam que a melhora ainda é "muito tímida" e "muito recente".

“ACABOU A QUARENTENA!”: CALOR NO FERIADO FAZ BRASIL BAIXAR A GUARDA PARA A PREVENÇÃO À COVID-19
O calor voltou ao Brasil, depois de um outono e inverno moderados, mas tristes, que deixaram milhares de mortos pela covid-19. A volta do clima quente à véspera da entrada da primavera, no próximo dia 21, trouxe também uma sensação que foi descrita de forma espontânea por uma turista em Jericoacara, litoral do Ceará, num vídeo que viralizou neste final de semana. “Gente, literalmente, acabou a quarentena! Voltou!”, ouvia-se de uma voz feminina eufórica, enquanto filmava do seu celular uma centena de turistas juntos nas ruas do balneário mais famoso do Estado cearense. A notícia que os hotéis de Jeri estão com 100% de lotação neste feriado prolongado de 7 de setembro (que cai nesta segunda) dão a tônica do que pode estar por vir.

SURTOS PREOCUPAM EM PAÍSES ONDE A PANDEMIA PARECIA TER PEDIDO A FORÇA
Em países onde a epidemia parecia ter perdido força, as infecções aumentaram novamente, especialmente na Europa, onde os cidadãos voltam às escolas, universidades e ao trabalho. No domingo, o Reino Unido registrou quase 3.000 novos casos, um número sem precedentes desde o final de maio. "O aumento é preocupante", admitiu o ministro da Saúde Matt Hancock à Sky News.
A epidemia também está ganhando terreno na França, com quase 25.000 novos casos em três dias. Na Espanha, onde as escolas estão reabrindo apesar de um forte aumento no número de casos, muitos pais se recusam a mandar seus filhos de volta às aulas, apesar da ameaça de sanções. “Você tem que aprender a vida toda, mas só há uma saúde”, diz Aroa Miranda, uma desempregada de 37 anos, mãe de dois filhos de 8 e 3 anos, que não os mandará para a escola em Castellón de la Plana.
No Japão, e apesar das incertezas quanto à saúde, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, disse na segunda-feira que os Jogos de Tóquio, adiados para julho de 2021, serão realizados no próximo ano, "com ou sem" coronavírus. “Serão os Jogos que terão conquistado o cobiçado, a luz no fim do túnel”, disse à AFP.
Mas as fronteiras do Japão continuam fechadas para estrangeiros, e muitos especialistas duvidam que a pandemia esteja sob controle no próximo ano. Além disso, de acordo com várias pesquisas, a maioria dos japoneses deseja outro adiamento.  

FRANÇA ALERTA SOBRE AUMENTO DE CASOS GRAVES DIZ QUE A SITUAÇÃO PODE SER "CRÍTICA" EM DEZEMBRO
A França voltou a superar 7.000 casos de coronavírus em 24 horas. Somando com os números registrados no sábado, de 8.550, o total de casos notificados no país é de 324.777. No último dia também foram notificadas três mortes, totalizando 30.701 óbitos em decorrência do coronavírus.
O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, alertou que muitas regiões do país podem atravessar novamente uma situação "crítica" em dezembro. "É óbvio que nas próximas duas semanas haverá um aumento, não massivo, mas um aumento, no número de casos graves", afirmou Véran em uma entrevista a um canal local. Ele também fez um chamado para que a população não baixe a guarda.

ÍNDIA ULTRAPASSA O BRASIL E SE TORNA O SEGUNDO PAÍS COM MAIS CASOS DE CORONAVÍRUS
A Índia se tornou o segundo país com o maior número de casos de covid-19 nesta segunda-feira, atrás dos Estados Unidos e à frente do Brasil, em um momento em que a pandemia voltou a ganhar força no Reino Unido e na França e o número de mortos aumentou na América Latina, a região mais afetada pela covid-19.
A Índia, segundo país mais populoso do planeta, registrou 4,2 milhões de infecções desde o início da crise, ante 4,12 milhões no Brasil e 6,25 milhões nos Estados Unidos, segundo contagem da AFP de dados oficiais. A Índia também superou a marca de 71.000 mortos, em comparação com 188.540 nos Estados Unidos e mais de 126.000 no Brasil.
De acordo com o virologista Shahid Jameel, da Wellcome Trust / DBT India Alliance, há preocupação com a taxa "bastante alarmante" de aumento de infecções. "Nas últimas duas semanas, a média saiu de cerca de 65.000 para 83.000 casos diários, um aumento de aproximadamente 27% em duas semanas", disse Jameel à AFP.
Apesar disto, o metrô em grandes cidades indianas, incluindo Mumbai e a capital Nova Delhi, uma megalópole de 21 milhões de habitantes, retomou o serviço nesta segunda-feira após meses de fechamento.

ÍNDIA REGISTRA RECORDE GLOBAL COM MAIS DE 90.000 NOVOS CASOS DE CORONAVÍRUS EM 24 HORAS
A Índia registrou 90.632 casos de coronavírus neste domingo, um recorde diário global, de acordo com dados do Ministério Federal da Saúde, enquanto o número de mortes aumentou em 1.065 para 70.626. Projeções mostram que o país deve ultrapassar o Brasil na segunda-feira como o segundo mais afetado pelo total de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 6,4 milhões de casos e quase 193.000 mortes.
Os casos de coronavírus na Índia chegaram a 4,1 milhões, com cerca de 3,2 milhões de pessoas recuperadas até agora, segundo dados do Governo. Especialistas médicos disseram que o país estava assistindo a uma segunda onda da pandemia em algumas regiões, e que o número de casos aumentou devido ao aumento dos testes e à diminuição das restrições ao movimento público. O Governo vai restaurar parcialmente os serviços de trem do metrô na capital Nova Delhi a partir de segunda-feira. 

PERU MANTÉM A MAIOR TAXA DE MORTALIDADE DO MUNDO
A América Latina e o Caribe são a região mais afetada do planeta, com quase 290.000 mortes e mais de 7,7 milhões de infecções. E o Peru mantém a maior taxa de mortalidade do mundo, com 90 mortes por 100 mil habitantes. Segundo o Ministério da Saúde do país, meio milhão de pessoas venceram totalmente o coronavírus após terem sido infectadas desde março. Até o momento, foram registrados 683.702 casos confirmados de coronavírus no país andino, com 29.687 mortes.
No domingo, o Equador registrou 10.524 mortes desde o início da epidemia, modificando a metodologia oficial de contagem. E a Bolívia, devido a problemas de comunicação entre as regiões, também relatou um aumento em seu saldo global de mortes por covid-19, que era de mais de 7.000 desde o início da pandemia.

CHILE SUSPENDE QUARENTENA POR TRÊS DIAS PARA COMEMORAR FERIADOS NACIONAIS
O Governo chileno dará permissão aos cidadãos de todo o país para celebrar os feriados nacionais por três dias, por um máximo de seis horas por dia, independentemente de estarem em quarentena, a fase mais estrita do confinamento, devido à pandemia da covid-19. Apesar de a primeira onda da pandemia não ser estar controlada — neste sábado o país registrou 57 óbitos e 1.961 novos casos  —, o Ministério da Saúde informou que entre os dias 18 e 20 de setembro as pessoas poderão solicitar uma permissão especial para poder celebrar as festas mais importantes e populares do país.
Cada família poderá receber cinco visitas em espaços fechados, como em casa própria ou em pátios privados. Já em locais abertos, serão permitidas reuniões de até 10 pessoas. Nestes dias, os cidadãos não poderão se mudar para casas de temporada, porque serão instalados bloqueios sanitários na capital e nas cidades Valparaíso, Gran Concepción, Temuco e Padre Las Casas.
Durante os feriados nacionais chilenos, o toque de recolher em vigor será antecipado devido ao estado de exceção. E as populares fondas, espécie de bar na praia onde as pessoas dançam, bebem e comem, continuarão proibidas.
O plano do Governo Piñera para os feriados nacionais foi criticadopela oposição e por prefeitos de diferentes partes do Chile. O prefeito de Punta Arenas, Claudio Radonich, do partido governante RN, indicou que "com essas medidas tudo vai se perder" e pediu ao Ministério da Saúde que o plano não seja aplicado em sua cidade, no extremo sul do país, que tem 1.026 casos ativos e a maior incidência registrada em qualquer região do país em toda a pandemia (606,6 infecções por 100.000 habitantes).

ARGENTINA TEM MAIS DE 470.000 CASOS DE COVID-19
As autoridades sanitárias na Argentina registraram 9.924 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o número total de casos positivos no país desde o início da pandemia para 471.806. O saldo também inclui 117 novas fatalidades, somando 9.739 mortos. A área metropolitana de Buenos Aires é a com maior concentração de contágio, e o chefe do Gabinete argentino, Santiago Cafiero, exortou as autoridades locais a garantir que os protocolos sejam respeitados, pois ele acredita que, após as medidas terem sido relaxadas, algumas "não estão sendo cumpridas". As multidões de pessoas nos bares e restaurantes da capital coincidindo com a reabertura desses estabelecimentos ativaram novamente os alertas. (Europa Press)

AUSTRÁLIA ESTENDE O CONFINAMENTO DE MELBOURNE POR MAIS DUAS SEMANAS, APESAR DA QUEDA NOS CASOS DE CORONAVÍRUS

As autoridades australianas prorrogaram o rigoroso confinamento de Melbourne, a segunda maior cidade do país, até 28 de setembro, porque o número de novos casos de coronavírus não diminuiu o suficiente. "Se abrirmos muito rápido, temos uma probabilidade muito alta de não estarmos realmente abrindo, apenas começando uma terceira onda", disse o primeiro-ministro Daniel Andrews. A Austrália foi relativamente bem sucedida na contenção do vírus, com o país relatando pouco mais de 26.000 casos e 753 mortes em uma população de 25 milhões de habitantes. A grande maioria dos casos foi registrada em Melbourne durante os últimos dois meses.  Fonte: EL PAÍS - São Paulo / Brasília - 07 SEP 2020 - 20:38 CEST

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