Paulo Moura morreu no
Rio de Janeiro, em 12 de Julho de 2010 foi um compositor, arranjador, saxofonista e
clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz.
Paulo Moura foi um dos maiores nomes da música instrumental
brasileira, tendo tocado com Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Elis Regina,
Milton Nascimento e Sérgio Mendes.
Sempre trafegando entre a música clássica, o jazz e a música
popular, o clarinetista e saxofonista também foi um assíduo frequentador do
Beco das Garrafas, o reduto em Copacabana que concentrava os principais bares e
clubes noturnos da bossa nova e do samba-jazz, no início dos anos 1960. Como
instrumentista e arranjador, trabalhou com artistas como Elis Regina, Milton
Nascimento e Sérgio Mendes (com este, no grupo Bossa Rio, participou em 1964 do
clássico álbum "Você ainda não ouviu nada", um marco do instrumental
brasileiro).
A partir de fim dos anos 1960, liderou seus próprios grupos,
gravando discos como "Fibra", "Mistura e manda",
"Confusão urbana, suburbana e rural", que também fizeram escola no
instrumental brasileiro, fundindo elementos do jazz com o choro e o samba.
As duas últimas décadas foram de muito trabalho,
excursionando pelo mundo e gravando discos como, entre outros, "Dois
irmãos" (em 1992, ao lado do violonista Raphael Rabello),
"Instrumental no CCBB" (em 1993, com o saxofonista e flautista
Nivaldo Ornelas), "Brasil musical" (em 1996, com o pianista Wagner
Tiso), "Pixinguinha: Paulo Moura & Os Batutas" (de 1998),
"Mood ingênuo" (em 1999, com o pianista americano Cliff Korman),
"Paulo Moura visita Gershwin & Jobim" (em 2000), "El negro
del blanco" (em 2004, com o violonista Yamandú Costa), "Dois panos
para Manga" (em 2006, belo reencontro musical com um amigo de juventude, o
pianista João Donato) e "AfroBossaNova" (em 2009, em dupla com o
guitarrista e bandolinista Armandinho Macedo). Fonte: O Globo - 13/07/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário