quarta-feira, 16 de novembro de 2022
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
sábado, 12 de novembro de 2022
Coronavírus: Infectologistas defendem volta das máscaras e mais vacinação
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu, nesta sexta-feira (11), o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.
A entidade divulgou nota
técnica de alerta, elaborada por seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções
Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.
"Pelo menos em quatro
estados da federação, já se verifica com preocupação uma tendência de curva em
aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando
comparado com o mês anterior", diz o texto, baseado nos dados divulgados
ontem (10) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.
A SBI alerta que o cenário é
decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o
Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
Sistema Único de Saúde (Conitec) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) tenham atenção especial às medidas sugeridas.
O primeiro ponto levantado
pela sociedade científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação
contra a covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia
que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos
públicos-alvo.
Os infectologistas recomendam
também garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas
as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independente da presença de
comorbidades. Até o momento, a vacinação da faixa de 6 meses a 3 anos ainda
está restrita a crianças com comorbidades, e o Ministério da Saúde iniciou
ontem (10) a distribuição de 1 milhão de doses de vacinas destinadas a elas.
A SBI também pede a rápida aprovação e acesso às vacinas covid-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa. Procurada pela Agência Brasil, a agência respondeu que os processos estão em fase final de análise, e é esperado que a deliberação ocorra em breve, embora não haja uma data fixada para isso. Fonte: Agência Brasil - 11/11/2022 - 20:24
Coronavírus: Internações por covid-19 disparam em São Paulo
O surgimento de uma nova
subvariante do coronavírus, a pouca adesão às doses de reforço das vacinas e as
aglomerações na campanha eleitoral voltaram a aumentar a transmissão do vírus.
Em São Paulo, o retorno da pandemia de covid-19 aumentou rapidamente os
diagnósticos e as internações pela doença no SUS (Sistema Único de Saúde) e em
hospitais da rede privada, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês.
"Os dados apontam um crescimento
acelerado nas admissões hospitalares em leitos covid no estado nas duas últimas
semanas", afirmou o coordenador da Info Tracker, plataforma de
monitoramento da pandemia das universidades estaduais paulistas USP e Unesp.
Como o Ministério da Saúde
não consolidou os dados nacionais de internação, a Info Tracker colheu as
informações no estado de São Paulo, capital, Grande São Paulo e interior.
O pesquisador e professor da
Unesp diz que a preocupação é maior na capital e Região Metropolitana, em
"uma escalada que se iniciou há duas semanas".
"A capital tem
concentrado atualmente 60% das novas admissões hospitalares de todo o
estado", calcula. "Esse aumento começa a reverberar, ainda que em
menor grau, nas regiões adjacentes à Região Metropolitana, como Sorocaba,
Campinas e São José dos Campos."
Está previsto para as
próximas semanas um aumento generalizado em todo o estado." Wallace
Casaca, da Info Tracker
Vai ter nova onda?
Casaca prefere chamar o
aumento de casos de repique, uma vez que a gravidade dos casos é menor do que
no passado, com menos internações e mortes. Já a infectologista do Instituto de
Infectologia Emílio Ribas, Rosana Richtmann, diz que "chamaria de uma nova
onda, mesmo que uma marola", em razão do aumento de casos, da chegada das
festas de fim de ano e da flexibilização das medidas sanitárias.
"Não quero assustar
ninguém porque a gravidade dos casos é mesmo muito menor, mas temos uma
tendência", diz Richtmann. "É indiscutível que o número de casos está
francamente aumentando."
O que fazer agora? "Os
vírus mudam, mas as recomendações são as mesmas: um dos vilões de transmissão
são nossas mãos: sempre faça a higienização com álcool em gel ou sabão para
diminuir a possibilidade de contaminação do ambiente e de se contaminar", diz
a médica.
Recomendo aos mais vulneráveis usar máscara em transporte público, principalmente em horários de pico. Se algum familiar estiver sintomático no fim de ano, tenha o bom senso de respeitar os mais vulneráveis e evitar as festas. Fonte: UOL, em São Paulo-12/11/2022 11h51