quinta-feira, 27 de maio de 2021

Coronavírus: Situação do Brasil até 26 de maio de 2021

 


Obs: O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (109.241), seguido do Rio de Janeiro (49.899), Minas Gerais (39.540), Rio Grande do Sul (27.756) e Paraná (25.777). Na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.612), Acre (1.652), Amapá (1.673), Tocantins (2.813) e Alagoas (4.661).

Vacinação

Até o momento, foram distribuídas a estados e municípios 90,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Desse total, foram aplicadas 59,6 milhões de doses, sendo 40,4 milhões da primeira dose e 19,2 milhões da segunda dose. Fonte: Agência Brasil – Brasília- Publicado em 26/05/2021

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Como a crise da covid-19 na Índia afeta a navegação global

 A Índia é um dos maiores fornecedores de marinheiros para a indústria de navegação. Explosão de casos do coronavírus no país levou à imposição de restrições a tripulantes indianos e à escassez de trabalhadores.

Portos globais agora estão fechando as portas para tripulantes e navios indianos. As empresas exigem a vacina de trabalhadores e marinheiros, trazendo más notícias para um setor marítimo já sobrecarregado.

A situação é a mesma de milhares de trabalhadores marítimos em toda a Índia que não conseguem sair do país. Por outro lado, as autoridades marítimas também aconselharam a tripulação indiana atualmente no mar a "desistir de desembarcar do navio" até que a situação melhore.

CASO NO MARANHÃO:

Isso não evita problemas a bordo das embarcações, como o ocorrido no Maranhão. Na  segunda‑feira (17/05),   havia subido para 15 o número de tripulantes diagnosticados com covid‑9 dentro do navio MV Shandong, fretado pela Vale para transportar minério de ferro e que está ancorado na costa do estado brasileiro.

Em nota divulgada no sábado (15/05) , a Secretaria de Estado da Saúde informou que um homem de nacionalidade indiana, de 54 anos, fora internado em um hospital da rede privada de São Luís com sintomas do novo coronavírus. O paciente é um dos tripulantes do MV Shandong, que saiu da cidade do Cabo, na África do Sul, com destino à capital maranhense.

O indiano começou a sentir os sintomas da doença em 4 de maio e teve febre, sendo encaminhado em um helicóptero para um hospital da rede privada na sexta-feira (14/05) . Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 12 tripulantes infectados estavam sem sintomas e seguiam isolados dentro da embarcação. Outros três tripulantes apresentaram sintomas e foram internados no Hospital UDI, em São Luís.

SEM VACINAS PARA TRABALHADORES ESSENCIAIS

"A questão principal é que os marinheiros foram designados como trabalhadores essenciais, tanto em nível nacional como em vários outros países, o que significa que o governo deveria dar-lhes prioridade na vacinação", disse Abdulgani Serang, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Marinheiros da Índia. "Mas isso não está acontecendo."

Ele disse que as autoridades marítimas estabeleceram instalações de vacinação exclusivas para trabalhadores marítimos em hospitais portuários em cidades como Mumbai, Calcutá e Kochi. "O problema é que as vacinas simplesmente não estão disponíveis", disse Serang.

Os cerca de 240 mil marinheiros da Índia têm predominantemente entre 18 e 45 anos, uma faixa etária que deveria receber as vacinas produzidas na Índia, Covishield (desenvolvida pela empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e usada no Brasil) e Covaxin (do laboratório Bharat Biotech), a partir de 1º de maio. Mas a falta de estoques forçou as autoridades em muitos estados a adiar a vacinação.

"Marinheiros indianos não vacinados estão agora em desvantagem em comparação com pessoas de outras nacionalidades que poderiam preencher seus empregos. Por exemplo, indonésios ou chineses que tiveram prioridade na vacinação em seus próprios países", disse Serang. "Não há proibição geral de tripulações indianas. Mas proprietários de navios se preocupam em levá-los."

MEDO DE RÁPIDA DISSEMINAÇÃO DE VARIANTE DA COVID-19

Portos como o de Cingapura e Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, já proibiram a troca de tripulantes de navios que viajaram recentemente a partir da Índia, dificultando a dispensa dos marinheiros ao final dos contratos.

Segundo relatos, o porto chinês de Zhoushan proibiu a entrada de qualquer navio ou tripulação que tenha passado pela Índia ou Bangladesh, país que também enfrentou um aumento de casos da doença nos últimos três meses.

"Há muita volatilidade e incerteza. As regras estão mudando o tempo todo", disse Rajesh Unni, fundador e CEO do Synergy Group, uma empresa de gerenciamento de navios com sede em Cingapura. "A maioria dos armadores com quem conversamos diz que é muito arriscado fazer uma troca de tripulação com indianos."

Sua empresa congelou temporariamente todas as mudanças de tripulação da Índia. Unni disse que os marinheiros vindos da Índia estavam testando positivo para covid-19, apesar da quarentena e de testes negativos antes do embarque. Há também receios sobre uma variante mais transmissível, a B.1.617, que supostamente está por trás da aceleração do surto explosivo da Índia.

No início deste mês, as autoridades de saúde da França identificaram a variante entre marinheiros doentes a bordo de um petroleiro que tinha ido para a Índia. Sem condições de conduzir a embarcação, que foi rebocada até o porto de Le Havre, os homens foram colocados em isolamento em um hotel.

Recentemente, a autoridade portuária da África do Sul anunciou que 14 tripulantes filipinos a bordo de um navio de carga da Índia para Durban foram colocados em quarentena depois de terem testado positivo para covid-19. O engenheiro-chefe do navio morreu de ataque cardíaco.

"O desafio é que os testes não são confiáveis, a variante é mais mortal e se espalha como um incêndio. Pode infectar todo o navio, basicamente imobilizando a embarcação", disse Unni.

SUBSTITUIR TRIPULANTES INDIANOS NÃO É FÁCIL

Com um número crescente de portos e aeroportos fechando as portas aos trabalhadores marítimos  da  Índia, as empresas de navegação dizem que isso afeta as mudanças de tripulação. Várias empresas estão buscando temporariamente marinheiros de outras nações para substituir os tripulantes indianos.

"Mas não é tão fácil quanto parece. Certos segmentos, como os petroleiros de gás e óleo, têm exigências muito específicas quanto à competência e níveis de experiência", disse  Carl Schou, chefe executivo da Wilhelmsen, um intermediador norueguês. "A maioria das pessoas bem qualificadas vem da Índia. Assim, de repente, perdemos nossa fonte mais importante de especialistas. Encontrar a tripulação certa que corresponda aos critérios exatos é um problema e tanto."

MARINHEIROS CONFINADOS EM SEUS NAVIOS

Apesar dos problemas causados pela emergência sanitária na Índia, poucos acreditam que ela terá qualquer impacto imediato no movimento dos navios mercantes que transportam cerca de 90% do comércio global.

"Os navios não estão parando por causa de problemas com mudanças de tripulação. Alguns navios podem atrasar, mas isso não terá impacto na rede ou na cadeia de abastecimento", observa Adhish Alawani, porta-voz da Maersk, maior empresa de transporte de contêineres do mundo, que possui um pool de 4 mil marinheiros indianos.

"A preocupação é que esta é mais uma crise humana, em que os trabalhadores marítimos permanecem a bordo por um período muito mais longo do que o previsto no contrato, porque eles não podem desembarcar e voar para casa", disse ele.

No ano passado, o fechamento de fronteiras e as restrições de viagens causadas pela pandemia fizeram com que cerca de 400 mil marinheiros ficassem presos em navios indefinidamente, causando fadiga e problemas de saúde mental e de segurança.

Executivos de navegação dizem que a única saída é os marinheiros serem priorizados na vacinação global. "Em todo o mundo, há cerca de 1,6 milhão de marinheiros, e talvez isso signifique um dia de produção para um desses fabricantes de vacinas", disse Schou. "Em apenas um dia você poderia vacinar todos os marinheiros, que são tão importantes para o comércio global e para manter o mundo funcionando." Fonte: Deutsche Welle – 18.05.2021

sábado, 22 de maio de 2021

Coronavírus: Argentina se prepara para retorno a lockdown severo

 A partir deste sábado (22/05), a maioria dos argentinos poderá sair de casa apenas entre 6h e 18h. E eles não poderão ir muito longe de suas casas. Escolas e serviços não essenciais devem fechar. Eventos sociais, religiosos e esportivos ficam proibidos.

Com as medidas restritivas, que vão durar até 31 de maio, o governo argentino espera interromper a alta das infecções por coronavírus. Essas medidas deverão ser reimpostas no fim de semana de 5 a 6 de junho.

"Estamos vivendo o pior momento desde o início da pandemia", disse o presidente argentino, Alberto Fernández, ao anunciar as novas medidas nesta quinta-feira. "Hoje como nunca antes, devemos todos cuidar de nós mesmos para evitar todas as perdas que pudermos."

Nesta semana, o país quebrou seus recordes da pandemia. Na terça-feira, atingiu 744 mortes e na quarta-feira registrou 39.652 novos casos de covid-19 em 24 horas. Em relação à sua população de 45 milhões, essas são algumas das taxas diárias mais altas do mundo.

SISTEMA DE SAÚDE PRÓXIMO AO COLAPSO: Os funcionários do hospitais também estão sobrecarregados, enquanto a segunda onda de covid-19 leva as unidades de terapia intensiva ao seu limite. Na capital e nas províncias de Buenos Aires, Córdoba e Neuquén, a ocupação nos leitos de UTIs supera os 90%, segundo um levantamento da Sociedade Argentina de Tratamento Intensivo (Sati).

A disseminação das variantes mais contagiosas do Reino Unido e do Brasil durante uma lenta campanha de vacinação alimentou o ritmo das novas infecções.

VACINAÇÃO LENTA: Embora a Argentina tenha sido um dos primeiros países da América Latina a começar a vacinar contra a covid-19, atrasos na chegada de imunizantes retardaram significativamente a campanha. Até o momento, apenas 4,7% da população já foram totalmente inoculados, enquanto 18,5% já receberam a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde.

O governo espera que a campanha de vacinação aumente à medida que mais doses da vacina da AstraZeneca e da Sputnik V cheguem, o que deve ocorrer num futuro próximo.

Quando o lockdown severo terminar, os argentinos poderão voltar às mesmas medidas que estavam em vigor até então. Isso significa que as escolas serão reabertas, e as atividades não essenciais poderão ser retomadas, desde que não sejam em espaços fechados.

Também haverá um toque de recolher após o fim do lockdown severo. No entanto, será um pouco mais relaxado, a partir das 20h, em vez de 18h. Os bloqueios à vida noturna estão em vigor nos centros urbanos desde o início de abril.

Toques de recolher noturnos estão em vigor nos centros urbanos argentinos, como Buenos Aires, desde o início de abril

CRÍTICAS AO PRESIDENTE: Para evitar o colapso do sistema de saúde, o governo tem imposto restrições às atividades noturnas e às aulas presenciais nas regiões onde o vírus tem se espalhado mais rapidamente.

Fernández enfrentou resistência por causa de suas restrições para conter o coronavírus. Manifestantes saíram às ruas em várias ocasiões este ano para expressar descontentamento com as medidas restritivas.

As restrições agora determinadas são semelhantes ao confinamento que Fernández implementou no início da pandemia, de março a julho de 2020. Foi um dos mais longos lockdowns do mundo e atingiu duramente a economia argentina. O chefe de governo anunciou agora um pacote de resgate econômico para apoiar os setores mais afetados. Fonte: Deutsche Welle – 21.05.2021

Casos confirmados

3.482.512

Casos ativos

348.976

Recuperados

3.060.145

Falecidos

73.391

Fonte: La Nación