domingo, 9 de maio de 2021

Coronavírus: Índia vive pior momento da emergência sanitária

 A Índia enfrenta o pior momento da emergência sanitária, com recordes sucessivos de número de infectados. Pelo terceiro dia em seguida, a Índia registrou mais de 400 mil novos casos e 4.187 mortes relacionadas ao Sars-Cov-2. O pico dos registros foi na sexta-feira, com mais de 414 mil em 24 horas. O número de infecções já chega a 21,9 milhões, o segundo mais alto depois dos Estados Unidos, e as autoridades já contam quase 240 mil óbitos. Fonte: Deutsche Welle – 08.05.2021

Coronavírus: São Paulo chega a 100 mil mortos por Covid

 O Estado de São Paulo ultrapassou neste sábado (8) a marca de 100 mil mortos pela Covid-19, uma epidemia que começou concentrada na Grande São Paulo e depois se espalhou para as demais regiões. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, o total de mortes decorrentes do coronavírus desde o início de março passado chegou a 100.649 óbitos.

Em oito desses mais de 13 meses de mortes, a doença se mostrou mais letal no interior e no litoral do estado, que aplicou políticas regionalizadas, promoveu a abertura mesmo contra recomendações do centro de contingência para a pandemia do próprio governo e enfrentou dissidência de prefeitos —muitos dos quais desobedeceram as recomendações estaduais, ainda que alguns tenham tomado medidas ainda mais rígidas que as propostas pela gestão Doria.

Em abril do ano passado, 16% dos óbitos pela doença aconteceram em cidades fora da região metropolitana da capital. Um ano depois, esse percentual subiu para 53%.

Segundo dados do governo de São Paulo, 56% dos mortos pela doença no estado são homens e 71% têm 60 anos ou mais, perfil semelhante ao observado no país. Entre os pacientes internados no território paulista, a taxa de cura é de 68%.

O Estado concentra 24% das mortes ocorridas no Brasil por causa da Covid. Se fosse um país, em números absolutos São Paulo seria hoje o nono no ranking mundial de óbitos pelo coronavírus, atrás de EUA, Brasil, Índia, México, Reino Unido, Itália, Rússia e França. O interior e o litoral paulista, por sua vez, seriam o 18º.

Já a Grande São Paulo, com 39 municípios e 47% da população do estado, reúne ainda mais vítimas, quando considerado todo o período da pandemia, devido sobretudo ao impacto dos meses imediatamente após a chegada do vírus. São cerca de 51% do total de óbitos registrados até o momento.

Em países asiáticos, como China e Vietnã, o aumento de casos em alguma localidade levava a uma forte restrição de movimentação de pessoas para outras localidades, o que evitou que a Covid-19 se espalhasse rapidamente.

Mas políticas rígidas nesse formato não foram tomadas no Brasil, e o vírus encontra mais condições de circular.

O aumento dos casos no interior e litoral paulista pressiona um sistema de saúde com menos recursos físicos e humanos e que, quando lotado, deságua nos hospitais da capital.

Entre as 16 regiões fora da Grande São Paulo, a que mais concentra mortes é a de Campinas. Cerca de 10% dos óbitos no estado ocorreram na região.

A cidade de Campinas é a terceira em número de mortes, com mais de 3.000 vítimas. Perde apenas para a capital e Guarulhos, as outras duas cidades mais populosas do Estado.Fonte: Folha de São Paulo - 8.mai.2021 às 14h46

Coronavírus: Situação do Estado de São Paulo até 6 de maio de 2021

 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Opas: medidas de prevenção seguem necessárias mesmo com vacinação

 A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, disse hoje (5) em entrevista coletiva que neste momento é preciso manter as medidas de prevenção contra a covid‑19, como uso de máscaras e distanciamento social.

A diretora argumentou que a vacinação é fundamental para o combate à pandemia, mas que até agora os países da América Latina e Caribe ainda não receberam doses suficientes para uma imunização mais abrangente contra o coronavírus.

 “Embora as pessoas estejam sendo vacinadas, não podemos confiar nas vacinas para reduzir as infecções quando não há vacinas para todos. Elas são uma parte das respostas abrangentes que inclui a prevenção por meio de medidas de saúde. É por isso que precisamos fazer tudo para dobrar a curva e reduzir as infecções”, destacou Etienne.

A diretora lembrou que, em diversos países, as unidades de Terapia Intensiva (UTI) vêm sendo insuficientes para atender aos pacientes com covid-19. Mesmo com a ampliação dos leitos, a ocupação também avança, criando dificuldades de atender ao número de infectados com o avanço da pandemia.

A diretora não deixou de ressaltar também a necessidade de ampliar o ritmo da vacinação na região. “Precisamos de mais vacinas, estamos buscando nos níveis mais elevados para ter aumento de suprimento e países que têm vacinas em excesso”, acrescentou.

Etienne informou que a Opas vem dialogando com o governo da Índia para que sejam liberadas as doses previstas no contrato do mecanismo Covax Facility, consórcio coordenado pela Organização Mundial de Saúde. O governo indiano tem segurado as doses em razão da explosão dos casos de covid-19 e mortes em decorrência da doença no país.

 “Temos o diretor geral da OMS que está em negociação com o governo da índia par que possa autorizar parte da produção para mecanismo Covax e outra parte para necessidades do país”, afirmou o diretor adjunto da OPAS, Jarbas Barbosa.

Até agora, a região recebeu 11,4 milhões de doses. O Brasil foi o país que mais teve entregas do imunizante (5 milhões), seguido por Chile (1,5 milhão), Colômbia (1,2 milhão), Argentina (1,08 milhão) e México (1,07 milhão).

Barbosa relatou que outro esforço em curso é a negociação com os Estados Unidos para que o governo de Joe Biden possa disponibilizar vacinas excedentes para os países da América Latina e Caribe.

A diretora da Opas chamou a atenção para a necessidade de os governos promoverem campanhas de comunicação abrangentes de modo a convencer que as pessoas cumpram as medidas de prevenção e se vacinem. Entre as ações, devem tentar dialogar sobretudo com quem duvida da eficácia da imunização.

 “A gente sabe que a vacina é segura porque elas passam por processos de ensaios antes que possam ser aprovadas para uso pela população. E isso garante a segurança da vacina e o número de doses que serão necessárias”, enfatizou. 

BRASIL: Os diretores da Opas falaram sobre o cenário da pandemia no Brasil. Jarbas Barbosa classificou como crise a situação do risco de desabastecimento de insumos, como oxigênio e medicamentos para intubação.  O diretor adjunto da Organização disse que a OPAS está em interlocução como governo dos Estados Unidos para buscar viabilizar a doação de remédios do chamado “kit intubação” ao Brasil, mas não detalhou se já houve resposta ao pleito. Fonte: Agência Brasil - Brasília - publicado em 05/05/2021