quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Coronavírus: Voo de sete horas resulta em 59 infecções pelo novo coronavírus

 Um estudo mostrou que um voo internacional de sete horas e meia com apenas 17% de ocupação resultou em 59 infecções pelo novo coronavírus, incluindo 13 passageiros e 46 pessoas infectadas mais tarde, já no país de destino.

Os pesquisadores afirmaram que o caso demonstra o grande potencial de disseminação do vírus relacionado ao tráfego aéreo e que restrições de movimento após o desembarque e o rastreamento de contatos podem limitar as transmissões.

Segundo o estudo, publicado no site Eurosurveillance na semana passada, o voo tinha como destino a Irlanda e ocorreu no verão europeu de 2020. A origem não foi divulgada, nem a empresa aérea. No avião estavam 49 passageiros, de um total possível de 283, e 12 tripulantes.

Os 13 passageiros infectados fizeram conexão num grande aeroporto europeu e eram oriundos de três continentes. Um grupo de cinco infectados relatou ter passado a noite na área de conexão, totalizando 12 horas. Um segundo grupo de três pessoas compartilhou uma área de conexão separada, e mais cinco fizeram conexões curtas, de menos de duas horas, na área de embarque.

MÁSCARAS E DISTÂNCIA A BORDO: Dos 13 passageiros que testaram positivo, 12 apresentaram sintomas de covid-19 e um resultou assintomático. Ao menos nove deles usaram máscara durante o voo, e um (uma criança) não usou. Os pesquisadores não sabem se os outros três usaram máscara.

Os passageiros que testaram positivo tinham idade entre 1 e 65 anos. Quatro foram hospitalizados, e um deles acabou na UTI.

Os pesquisadores destacaram que quatro dos casos positivos no voo não estavam sentados perto de um outro caso positivo, não mantiveram contato na área de conexão e usaram máscaras no voo.

A origem do surto não foi identificada, mas um passageiro, que testou negativo e era parente próximo de um caso positivo do voo, declarou que havia testado positivo três semanas antes da viagem.

"Viagens aéreas aceleraram a pandemia global, contribuindo para a disseminação da doença do coronavírus (covid-19) pelo mundo", afirmaram os cientistas.

As conclusões contradizem estudos divulgados pelas empresas aéreas, que já afirmaram que os riscos de ser infectado a bordo são semelhantes aos de ser atingido por um raio ou que passageiros usando máscara no voo correm pequeno risco de contrair o vírus. Fonte: Deutsche Welle- 28.10.2020

Coronavírus: Situação do Brasil até 3 de novembro


 




domingo, 1 de novembro de 2020

Coronavírus: Governo britânico impõe segundo lockdown na Inglaterra

 O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou neste sábado (31/10) um novo lockdown para a Inglaterra, que começa a vigorar na quinta-feira e deve durar até 2 de dezembro. As escolas e universidades, além de comércio de produtos essenciais devem permanecer abertas durante este período. As pessoas só poderão sair de casa por razões específicas, como educação, trabalho ou compra de mantimentos e remédios.

"Agora é a hora de agir porque não há alternativa", disse Johnson, em discurso televisionado, ressaltando que o coronavírus está se espalhando "ainda mais rápido do que no pior cenário dos assessores científicos".

Johnson, que chegou a ser hospitalizado devido à covid-19, acrescentou que "nenhum primeiro-ministro responsável" poderia ignorar os números sombrios. "A menos que ajamos, podemos ver mortes neste país chegarem a vários milhares por dia", disse.

Depois do primeiro lockdown nacional em março, o primeiro-ministro se recusou a adotar a medida novamente. Em vez disso, optou por restrições regionais baseadas em um sistema de alerta de três estágios. No entanto, os especialistas vinham alertando há dias que essas medidas não eram mais suficientes para conter a rápida disseminação do vírus.

Mudança de estratégia

A mudança dramática de estratégia foi provocada pela disparada do número de casos de infecção por coronavírus no Reino Unido, que ultrapassou o limite de um milhão, após quase 22 mil novas infecções terem sido registradas em 24 horas.

Com mais de 46 mil mortes, o Reino Unido registrou o maior número de óbitos em decorrência da covid-19 na Europa.

De acordo com especialistas, mesmo os prognósticos mais sombrios para a pandemia serão superados: como mostram os documentos do Grupo de Assessoria Científica para Emergências (Sage) do governo britânico, o número de pessoas infectadas e internações hospitalares pode até exceder os cálculos para o pior cenário. O pior cenário calculado em julho previu mais 85 mil mortes em uma segunda onda de infecções no inverno.

Na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, os governos regionais já impuseram um bloqueio parcial em vista do número crescente de infecções.

Toque de recolher na Áustria

Também neste sábado, o governo austríaco anunciou toque de recolher noturno, entre 20h e 6h – quando os cidadãos só poderão deixar seus lares por motivos determinados –, e o fechamento de cafés, bares e restaurantes, num momento em que a disseminação do coronavírus ameaça sobrecarregar os hospitais do país. Locais de lazer e cultura deverão permanecer fechados. Eventos também foram proibidos, com exceção de sepultamentos. O lockdown parcial austríaco vai vigorar quatro semanas, a partir desta terça-feira. Fonte: Deutsche Welle -  DW | 31.10.2020

Coronavírus: Situação dos países da Europa com mais casos até 30 de outubro