RECESSÃO TÉCNICA
O Reino Unido entrou
oficialmente em recessão pela primeira vez em 11 anos. Na terça‑feira (12/08),
o governo anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofreu uma queda
de 20,4% entre abril e junho em comparação aos três primeiros meses do ano. Foi
o segundo trimestre consecutivo de contração. Em termos técnicos, a recessão é
definida como dois trimestres consecutivos de contração.
PANDEMIA DE CORONAVÍRUS
O Escritório Nacional de
Estatísticas apontou que todos os setores da economia do país sofreram com
quedas devido à pandemia de coronavírus.
De acordo com as
estatísticas, a contração no segundo trimestre é a maior já registada no Reino
Unido desde 1955, quando começaram os registros trimestrais.
QUEDA DA ECONOMIA BRITÂNICA
A queda da economia britânica
entre os meses de abril e junho também foi a maior entre as economias da
Europa. Bem acima do tombo registrado na Alemanha (10,1%), na França (13,8%),
na Itália (12,4%) e até na Espanha (18,5%).
No primeiro trimestre, entre
janeiro e março, o PIB do Reino Unido já tinha sofrido uma queda de 2,2%, mas a
recessão ficou mais evidente a partir de abril, quando o país sofreu uma
estagnação devido à paralisia econômica na esteira das medidas impostas para
conter a disseminação do novo coronavírus.
SINAIS DE MELHORA
No entanto, há sinais de
melhora. O PIB aumentou 8,7% em junho, quando o país começou a flexibilizar as
regras de isolamento e os efeitos da pandemia já haviam diminuído. Maio, por
sua vez, registou um aumento de 2,4%. O mau resultado foi puxado por abril, que
teve queda de 20%.
SETORES MAIS AFETADOS
Os setores mais afetados no
segundo trimestre foram;
1.Hotelaria, restaurantes e
bares, que sofreram uma queda de 86,7%.
2.Comércio varejista, por sua
vez, caiu 20%.
3.Transportes, 30%.
4.Setor da educação sofreu
uma contração de 34,4%.
5.Construção caiu 35%,
6.Indústria teve queda de
20,2% entre abril e junho.
Ao todo, foram perdidos 730
mil empregos por conta da pandemia de Covid-19.
Depois do Reino Unido, a
Espanha foi o país que apresentou a maior queda no período, com 18,5%. Portugal
(-14,1%), França (-13,8%) e Itália (-12,4%) vem na sequência. (ANSA).
Fonte: Deutsche Welle –
12.08.2020
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