A transmissão do novo
coronavírus vem sendo cada vez mais impulsionada por pessoas na faixa etária
entre os 20 e os 40 anos que, muitas vezes, não apresentam sintomas e
desconhecem que estão infectadas, alertou na terça-feira (18/08) a Organização
Mundial da Saúde (OMS).
TRANSMISSÃO PARA OS MAIS
VULNERÁVEIS
"Isso aumenta o risco de
transmissão para os mais vulneráveis: os idosos, os doentes que precisam de cuidados
em longo prazo, os que vivem em regiões densamente povoadas e áreas rurais sem
serviços suficientes", afirmou o diretor da OMS para o Pacífico Ocidental,
Takeshi Kasai.
Por serem muitas vezes
assintomáticos, ou apresentarem sintomas leves de covid-19, os jovens acabam
transmitindo a doença, explicou Kasai. "Devemos redobrar nossos esforços
para impedir que o vírus passe para as comunidades vulneráveis."
Segundo a OMS, a região do
Pacífico Ocidental, que abrange 27 países na Ásia e no Pacífico, já soma mais
de 9,3 mil mortes e 400 mil casos confirmados de covid-19, o que representa
2,3% das infecções em todo o mundo.
ÁSIA-PACÍFICO- UMA NOVA FASE
DA PANDEMIA
A entidade avalia que os
países da Ásia-Pacífico entraram em "uma nova fase da pandemia", onde
os governos passaram a adotar novas medidas e estratégias para minimizar as
perturbações em larga escala na vida das pessoas e na economia.
"Muitos [países] estão
agora detectando os surtos mais cedo e reagindo de modo mais rápido, com mais
intervenções localizadas e metodologias ágeis que renovam as condições de saúde
nas sociedades e, ao mesmo tempo, as economias", observou Kasai.
RISCO DE INFECÇÕES ENTRE
JOVENS NA ALEMANHA
Na Alemanha, a associação
médica Margburger Bund também alertou para o maior risco de transmissão da
doença entre os jovens e pediu a padronização das regras para a realização de
festas e eventos em todo o país.
A presidente da entidade,
Susanne Johna, alertou que para reduzir o risco de novas infecções nos próximos
meses, "os estados devem chegar logo um consenso sobre regras uniformes
para comemorações públicas e privadas".
Para a associação, os limites
do número máximo de participantes e os planos referentes à ventilação são de
extrema importância. Quanto maior o número de pessoas participando de festas em
locais fechados, maior o risco de contaminação.
Com as infecções aumentando
rapidamente no país, uma comemoração familiar com 150 convidados é numerosa
demais, alerta Johna. Para ela, principalmente, os jovens devem ser alertados
para evitarem maiores riscos.
Johna ressalta ainda que a
doença não deve ser subestimada, uma vez que uma parcela significativa de
recuperados sofrem de problemas decorrentes da infecção.
FESTAS E VIAGENS
O ministro alemão da Saúde,
Jens Spahn, também alertou que as festas estão entre os principais focos de
riscos na Alemanha, juntamente com o retorno de viajantes que estavam em áreas
com grande propagação da doença. Por esse motivo, ele também deseja negociar
com os estados as regras para impor limites aos eventos e festas.
Atualmente, as
regulamentações variam em cada estado. Na Baviera, por exemplo, são permitidos
casamentos com até 100 convidados, enquanto no estado de Brandemburgo estão
liberados os eventos públicos com até mil pessoas. Nas últimas semanas, as
autoridades de saúde vêm atribuindo às festas o surgimento de novos surtos
locais de covid-19.
Segundo o Instituto Robert
Koch, que atua no controle e prevenção de doenças infecciosas, a Alemanha
registrou 1.390 novos casos na terça-feira (18/08), elevando o total para
225.404. O país soma 9.232 mortes e 202.100 pessoas recuperadas da doença. Fonte: Deutsche Welle-18.08.2020
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