Parte do Reino Unido deu mais
um passo para restaurar a atividade econômica no sábado (04/07) ao permitir que
pubs, restaurantes, hotéis e outras empresas do setor fossem reabertas na
Inglaterra depois de mais de três meses de inatividade, como medida para conter
a propagação do novo coronavírus.
A indústria hoteleira e
gastronômica espera que cerca de 60% das instalações estejam de volta ao
trabalho neste fim de semana e cerca de 960 mil funcionários retornem aos seus
postos durante o mês, de acordo com estimativas da organização de empregadores
UKHospitality.
Entretanto, a reorganização
pós-quarentena da indústria e as medidas de distanciamento social ainda em
vigor no Reino Unido podem significar que cerca de 320 mil empregos sejam
cortados em comparação com os números de antes da pandemia.
Com os britânicos voltando
aos bares e restaurantes no que os tabloides chamaram de "Supersábado",
o secretário de Estado da Economia, Rishi Sunak, apelou para o aumento do
consumo para impulsionar a economia nacional. Contudo, por sua vez, o
secretário de Estado da Saúde, Matt Hancock, pediu responsabilidade.
"Eu não sou um
assassino, mas o vírus ainda pode matar", advertiu Hancock aos leitores do
jornal Daily Mail em uma entrevista.
A Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte, com
poderes para projetar sua própria saída da quarentena, se dissociaram do
roteiro do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e levantarão as
restrições em um ritmo mais lento.
Para aumentar a rentabilidade
das empresas que estão reabrindo neste fim de semana, o governo decidiu no
final de junho reduzir a exigência de manter 2 metros entre as pessoas dentro
de casa para apenas 1 metro, o que permite maior capacidade em muitas
instalações.
Ao mesmo tempo, as
autoridades recomendam que a população tome medidas de segurança como uso
máscaras no transporte público, lave as máscaras com maior regularidade e fique
o máximo possível do lado de fora dos estabelecimentos.
O secretário de Estado da
Economia enfatizou a necessidade de os britânicos aumentarem seu nível de
consumo para evitar que a queda na atividade que resultou do confinamento se
torne crônica e atinja principalmente a geração mais jovem.
A contenção de gastos entre
os britânicos quintuplicou em maio em comparação com a média mensal antes da
pandemia, então Sunak tem encorajado as pessoas a reaprender o que é sair e
gastar.
"Nossa economia é
impulsionada pelo consumo. Há três meses, as pessoas saíam com amigos ou
familiares e comiam fora. Ou eles compraram um carro, ou melhoraram sua
casa", afirmou.
O governo estabeleceu uma
série de medidas de precaução para minimizar a possibilidade de contágio em
estabelecimentos como bares e restaurantes.
A música deve ser mantida em
baixo volume para evitar que os clientes gritem, o que pode aumentar a exalação
de patógenos, enquanto que cada grupo de pessoas que entrar nas instalações
deverá deixar o nome e número de telefone de um de seus integrantes para que
possam ser contatados se for detectado um novo surto.
O Reino Unido é de longe o
país mais europeu mais afetado pela pandemia, com 44.131 mortes (aparecendo em
terceiro lugar no mundo). Também registrou 284.276 casos de covid-19 (é o
sétimo país com mais casos). Fonte: Deutsche Welle-04.07.2020
Comentário: A Covid 19 gosta
de aglomeração.
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