Número é registrado apenas
uma semana após recorde anterior. Flórida é novo epicentro da epidemia de
covid-19 no país, com mais casos diários do que qualquer outro estado
americano.
A quantia de infecções
diárias nos EUA atingiu novo recorde nesta quinta-feira (16/07), com mais de 77
mil novos casos notificados nas últimas 24 horas, segundo dados da Universidade
Johns Hopkins divulgados na manhã desta sexta-feira, apenas uma semana depois
do recorde anterior, de mais de 66.600 novos casos.
No país de cerca de 330
milhões de habitantes, mais de 3,5 milhões de pessoas testaram positivo para o
Sars-CoV-2. Conforme dados do governo, os EUA fazem cerca de 138 mil testes de
Covid-19 por milhão de pessoas. Cerca de 138 mil pessoas morreram em
decorrência do vírus.
AUMENTO DE CONTÁGIOS
Os contágios começaram a voltar
a aumentar no país em junho, quando grande parte dos estados antecipou a
retomada e flexibilizou as medidas de isolamento social, especialmente no sul e
oeste do país.
Para se ter como exemplo, o
estado de Nova York, que era o epicentro da pandemia entre os meses de
fevereiro e abril, manteve uma abordagem mais restritiva até este mês de julho
e conseguiu manter a curva de contágios e mortes nos números mínimos - tendo
até um dia até sem nenhum registro de óbito.
Por outro lado, Flórida,
Califórnia e Texas foram os que mais anteciparam medidas e hoje são os que mais
registram o avanço da Covid-19. A primeira, inclusive, já é apontada como o
novo epicentro da crise sanitária com cerca de 315 mil contaminados e 4.782
mortes.
Trinta dos 50 estados
americanos registraram recordes de novas infecções neste mês.
Por conta disso, diversos
estados paralisaram ou retroagiram seus processos de reabertura gradual da
economia.
FLORIDA É O EPICENTRO
A Flórida é o novo epicentro
da epidemia de coronavírus nos Estados Unidos. O estado registrou um recorde de
156 mortes por covid-19 na quinta-feira e quase 14 mil novas infecções. O
número total de casos já ultrapassou 315 mil e houve 4.782 mortes, segundo
dados do Departamento de Saúde da Flórida.
A Flórida está relatando mais
casos diários de covid-19 do que qualquer outro estado do país. A Califórnia e
o Texas são os mais próximos, com cerca de 10 mil novos casos diários. O Texas
registrou 10 mil novos contágios pelo terceiro dia seguido e 129 mortes
adicionais. Um terço do total de mais de 3.400 óbitos por covid-19 no estado
ocorreram nas primeiras duas semanas de julho.
O governo da Flórida,
comandado pelo republicano Ron DeSantis, não seguiu o exemplo da Califórnia e
do Texas, que impuseram novas restrições ao comércio ou tornaram obrigatório o
uso de máscaras em espaços internos.
MÁSCARAS E ESCOLAS
Enquanto isso, as máscaras
continuam sendo uma questão partidária nos EUA: o governador democrata do
Colorado obrigou seu uso em espaços públicos internos, mas, na Geórgia,
governada pelos republicanos, a prefeita democrata de Atlanta, Keisha Lance
Bottoms, foi processada por seu próprio governador, Brian Kemp, por obrigar o
uso do acessório na cidade. "Um melhor uso do dinheiro dos contribuintes
seria expandir os testes e rastrear contatos", ela escreveu no Twitter
nesta quinta‑feira.
Outro campo de batalha
partidária que tende a se acirrar nacionalmente é sobre a reabertura de escolas
no outono do Hemisfério Norte. Enquanto cidades como Houston, Los Angeles e
Nova York planejam começar o ano escolar virtualmente ou de forma restrita, o
governador da Flórida, Ron DeSantis, insiste para que as escolas reabram
totalmente em agosto.
Uma pesquisa do Yahoo
News/YouGov publicada na quinta-feira constatou que 63% dos americanos disseram
que Trump não deveria pressionar as escolas para reabrir, enquanto 25%
concordaram com seu esforço.
Trump e DeSantis têm
influência limitada no debate com sindicatos de professores, médicos
especialistas e muitos pais, preocupados em enviar seus filhos de volta à
escola em segurança. A palavra final, quando se trata dos distritos escolares,
é das autoridades estaduais e locais.
O distrito escolar de
Houston, que tem mais de 200 mil alunos, planeja iniciar o ano letivo de forma
virtual em 8 de setembro e iniciar as aulas presenciais em 19 de outubro, o que
está "sujeito a alterações com base nas condições da covid-19".
Na cidade de Nova York, que
possui o maior sistema de escolas públicas do país, com 1,1 milhão de
estudantes, o prefeito Bill de Blasio disse que a frequência às aulas seria
limitada a um a três dias por semana. Outras grandes cidades, incluindo Chicago
e Washington, ainda não anunciaram planos para o semestre do outono. Fontes: Ansa
Brasil e Deutsche Welle-17.07.2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário