BRASIL, MILHARES DE PESSSOAS
NAS PRAIAS.
No Brasil, milhares de
pessoas, algumas delas sem máscara protetora, se aglomeraram nas praias do Rio
de Janeiro durante o fim de semana, apesar de as autoridades só permitirem que
as pessoas tomassem banho e caminhassem, sem se acomodar na areia. “Temos medo,
mas a felicidade de estar aqui na praia é mais forte”, disse Mateus da Silva,
24 anos, que estava sem máscara.
Após vários meses em umplatô
com média diária de mais de mil mortes, o gigante sul-americano registrou
ligeira queda desde o final de agosto: uma média de 869 mortes e cerca de 40
mil infecções por dia na última semana. O Ministério da Saúde afirma que os
números mostram uma "queda" na curva, mas especialistas independentes
afirmam que a melhora ainda é "muito tímida" e "muito recente".
“ACABOU A QUARENTENA!”: CALOR
NO FERIADO FAZ BRASIL BAIXAR A GUARDA PARA A PREVENÇÃO À COVID-19
O calor voltou ao Brasil,
depois de um outono e inverno moderados, mas tristes, que deixaram milhares de
mortos pela covid-19. A volta do clima quente à véspera da entrada da
primavera, no próximo dia 21, trouxe também uma sensação que foi descrita de
forma espontânea por uma turista em Jericoacara, litoral do Ceará, num vídeo
que viralizou neste final de semana. “Gente, literalmente, acabou a quarentena!
Voltou!”, ouvia-se de uma voz feminina eufórica, enquanto filmava do seu
celular uma centena de turistas juntos nas ruas do balneário mais famoso do
Estado cearense. A notícia que os hotéis de Jeri estão com 100% de lotação
neste feriado prolongado de 7 de setembro (que cai nesta segunda) dão a tônica
do que pode estar por vir.
SURTOS PREOCUPAM EM PAÍSES
ONDE A PANDEMIA PARECIA TER PEDIDO A FORÇA
Em países onde a epidemia
parecia ter perdido força, as infecções aumentaram novamente, especialmente na
Europa, onde os cidadãos voltam às escolas, universidades e ao trabalho. No
domingo, o Reino Unido registrou quase 3.000 novos casos, um número sem
precedentes desde o final de maio. "O aumento é preocupante", admitiu
o ministro da Saúde Matt Hancock à Sky News.
A epidemia também está
ganhando terreno na França, com quase 25.000 novos casos em três dias. Na
Espanha, onde as escolas estão reabrindo apesar de um forte aumento no número
de casos, muitos pais se recusam a mandar seus filhos de volta às aulas, apesar
da ameaça de sanções. “Você tem que aprender a vida toda, mas só há uma saúde”,
diz Aroa Miranda, uma desempregada de 37 anos, mãe de dois filhos de 8 e 3
anos, que não os mandará para a escola em Castellón de la Plana.
No Japão, e apesar das
incertezas quanto à saúde, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional
(COI), John Coates, disse na segunda-feira que os Jogos de Tóquio, adiados para
julho de 2021, serão realizados no próximo ano, "com ou sem"
coronavírus. “Serão os Jogos que terão conquistado o cobiçado, a luz no fim do
túnel”, disse à AFP.
Mas as fronteiras do Japão
continuam fechadas para estrangeiros, e muitos especialistas duvidam que a
pandemia esteja sob controle no próximo ano. Além disso, de acordo com várias
pesquisas, a maioria dos japoneses deseja outro adiamento.
FRANÇA ALERTA SOBRE AUMENTO
DE CASOS GRAVES DIZ QUE A SITUAÇÃO PODE SER "CRÍTICA" EM DEZEMBRO
A França voltou a superar
7.000 casos de coronavírus em 24 horas. Somando com os números registrados no
sábado, de 8.550, o total de casos notificados no país é de 324.777. No último
dia também foram notificadas três mortes, totalizando 30.701 óbitos em
decorrência do coronavírus.
O ministro da Saúde francês,
Olivier Véran, alertou que muitas regiões do país podem atravessar novamente
uma situação "crítica" em dezembro. "É óbvio que nas próximas
duas semanas haverá um aumento, não massivo, mas um aumento, no número de casos
graves", afirmou Véran em uma entrevista a um canal local. Ele também fez
um chamado para que a população não baixe a guarda.
ÍNDIA ULTRAPASSA O BRASIL E
SE TORNA O SEGUNDO PAÍS COM MAIS CASOS DE CORONAVÍRUS
A Índia se tornou o segundo
país com o maior número de casos de covid-19 nesta segunda-feira, atrás dos
Estados Unidos e à frente do Brasil, em um momento em que a pandemia voltou a
ganhar força no Reino Unido e na França e o número de mortos aumentou na
América Latina, a região mais afetada pela covid-19.
A Índia, segundo país mais
populoso do planeta, registrou 4,2 milhões de infecções desde o início da
crise, ante 4,12 milhões no Brasil e 6,25 milhões nos Estados Unidos, segundo
contagem da AFP de dados oficiais. A Índia também superou a marca de 71.000
mortos, em comparação com 188.540 nos Estados Unidos e mais de 126.000 no
Brasil.
De acordo com o virologista
Shahid Jameel, da Wellcome Trust / DBT India Alliance, há preocupação com a
taxa "bastante alarmante" de aumento de infecções. "Nas últimas
duas semanas, a média saiu de cerca de 65.000 para 83.000 casos diários, um
aumento de aproximadamente 27% em duas semanas", disse Jameel à AFP.
Apesar disto, o metrô em
grandes cidades indianas, incluindo Mumbai e a capital Nova Delhi, uma
megalópole de 21 milhões de habitantes, retomou o serviço nesta segunda-feira
após meses de fechamento.
ÍNDIA REGISTRA RECORDE GLOBAL
COM MAIS DE 90.000 NOVOS CASOS DE CORONAVÍRUS EM 24 HORAS
A Índia registrou 90.632
casos de coronavírus neste domingo, um recorde diário global, de acordo com
dados do Ministério Federal da Saúde, enquanto o número de mortes aumentou em
1.065 para 70.626. Projeções mostram que o país deve ultrapassar o Brasil na
segunda-feira como o segundo mais afetado pelo total de infecções, atrás apenas
dos Estados Unidos, que tem 6,4 milhões de casos e quase 193.000 mortes.
Os casos de coronavírus na
Índia chegaram a 4,1 milhões, com cerca de 3,2 milhões de pessoas recuperadas
até agora, segundo dados do Governo. Especialistas médicos disseram que o país
estava assistindo a uma segunda onda da pandemia em algumas regiões, e que o
número de casos aumentou devido ao aumento dos testes e à diminuição das
restrições ao movimento público. O Governo vai restaurar parcialmente os
serviços de trem do metrô na capital Nova Delhi a partir de segunda-feira.
PERU MANTÉM A MAIOR TAXA DE
MORTALIDADE DO MUNDO
A América Latina e o Caribe
são a região mais afetada do planeta, com quase 290.000 mortes e mais de 7,7
milhões de infecções. E o Peru mantém a maior taxa de mortalidade do mundo, com
90 mortes por 100 mil habitantes. Segundo o Ministério da Saúde do país, meio
milhão de pessoas venceram totalmente o coronavírus após terem sido infectadas
desde março. Até o momento, foram registrados 683.702 casos confirmados de
coronavírus no país andino, com 29.687 mortes.
No domingo, o Equador
registrou 10.524 mortes desde o início da epidemia, modificando a metodologia
oficial de contagem. E a Bolívia, devido a problemas de comunicação entre as
regiões, também relatou um aumento em seu saldo global de mortes por covid-19,
que era de mais de 7.000 desde o início da pandemia.
CHILE SUSPENDE QUARENTENA POR
TRÊS DIAS PARA COMEMORAR FERIADOS NACIONAIS
O Governo chileno dará
permissão aos cidadãos de todo o país para celebrar os feriados nacionais por
três dias, por um máximo de seis horas por dia, independentemente de estarem em
quarentena, a fase mais estrita do confinamento, devido à pandemia da covid-19.
Apesar de a primeira onda da pandemia não ser estar controlada — neste sábado o
país registrou 57 óbitos e 1.961 novos casos
—, o Ministério da Saúde informou que entre os dias 18 e 20 de setembro
as pessoas poderão solicitar uma permissão especial para poder celebrar as
festas mais importantes e populares do país.
Cada família poderá receber
cinco visitas em espaços fechados, como em casa própria ou em pátios privados.
Já em locais abertos, serão permitidas reuniões de até 10 pessoas. Nestes dias,
os cidadãos não poderão se mudar para casas de temporada, porque serão
instalados bloqueios sanitários na capital e nas cidades Valparaíso, Gran
Concepción, Temuco e Padre Las Casas.
Durante os feriados nacionais
chilenos, o toque de recolher em vigor será antecipado devido ao estado de
exceção. E as populares fondas, espécie de bar na praia onde as pessoas dançam,
bebem e comem, continuarão proibidas.
O plano do Governo Piñera
para os feriados nacionais foi criticadopela oposição e por prefeitos de
diferentes partes do Chile. O prefeito de Punta Arenas, Claudio Radonich, do
partido governante RN, indicou que "com essas medidas tudo vai se
perder" e pediu ao Ministério da Saúde que o plano não seja aplicado em
sua cidade, no extremo sul do país, que tem 1.026 casos ativos e a maior
incidência registrada em qualquer região do país em toda a pandemia (606,6
infecções por 100.000 habitantes).
ARGENTINA TEM MAIS DE 470.000
CASOS DE COVID-19
As autoridades sanitárias na
Argentina registraram 9.924 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas,
elevando o número total de casos positivos no país desde o início da pandemia
para 471.806. O saldo também inclui 117 novas fatalidades, somando 9.739
mortos. A área metropolitana de Buenos Aires é a com maior concentração de
contágio, e o chefe do Gabinete argentino, Santiago Cafiero, exortou as
autoridades locais a garantir que os protocolos sejam respeitados, pois ele
acredita que, após as medidas terem sido relaxadas, algumas "não estão
sendo cumpridas". As multidões de pessoas nos bares e restaurantes da
capital coincidindo com a reabertura desses estabelecimentos ativaram novamente
os alertas. (Europa Press)
AUSTRÁLIA ESTENDE O
CONFINAMENTO DE MELBOURNE POR MAIS DUAS SEMANAS, APESAR DA QUEDA NOS CASOS DE
CORONAVÍRUS
As autoridades australianas
prorrogaram o rigoroso confinamento de Melbourne, a segunda maior cidade do
país, até 28 de setembro, porque o número de novos casos de coronavírus não
diminuiu o suficiente. "Se abrirmos muito rápido, temos uma probabilidade
muito alta de não estarmos realmente abrindo, apenas começando uma terceira
onda", disse o primeiro-ministro Daniel Andrews. A Austrália foi
relativamente bem sucedida na contenção do vírus, com o país relatando pouco
mais de 26.000 casos e 753 mortes em uma população de 25 milhões de habitantes.
A grande maioria dos casos foi registrada em Melbourne durante os últimos dois
meses. Fonte: EL PAÍS - São Paulo /
Brasília - 07 SEP 2020 - 20:38 CEST
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