sábado, 9 de junho de 2018

Morre Maria Esther Bueno, a maior tenista brasileira

Lenda do tênis mundial e por muitos anos comentarista da modalidade no canal Sportv, Maria Esther Bueno morreu nesta sexta-feira. A ex-atleta de 78 anos, que fez história durante as décadas de 1950 e 1960, estava internada no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, após ser diagnosticada com um câncer na boca. Posteriormente, a doença evoluiu com metástase para ombro e costas.

Com a raquete na mão, Maria Esther fez história e foi a primeira representante brasileira a se destacar na modalidade. Durante a carreira, a paulistana se tornou um dos principais nomes do esporte durante a transição do amadorismo para o profissionalismo.

TÍTULOS
Profissional durante as décadas de 1950 e 1960, Maria Esther Bueno foi número 1 do ranking mundial em quatro anos (1959, 1960, 1964 e 1966) e venceu três vezes Wimbledon (1959, 1960 e 1964) e quatro vezes o US Open (1959, 1963, 1964 e 1966) em torneios simples, além do Aberto do Austrália (1960), Roland Garros (1960), cinco vezes Wimbledon (1958, 1960, 1963, 1965 e 1966) e quatro vezes o US Open (1960, 1962, 1966 e 1968) jogando em duplas. Foi, também, medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de São Paulo, em 1963. Ao todo, foram 589 títulos na carreira, que lhe renderam a entrada para o hall da fama do tênis em 1978.

HALL DA FAMA
Nascida em 11 de outubro de 1939, a lendária tenista brasileira começou a carreira aos 12 e, ainda adolescente, conquistou o primeiro torneio. A paulistana, que cresceu nas quadras do extinto Clube de Regatas Tietê e era frequentadora assídua da Sociedade Harmonia de Tênis, teve a sua trajetória profissional interrompida no final da década de 60 por uma lesão no cotovelo direito.

De acordo com o Hall da Fama do Tênis, Maria Esther Bueno ocupou o topo do ranking mundial em 1959, 1960, 1964 e 1966. A elegância da brasileira também aparecia no estilo de jogo, como mostram obras dedicadas à modalidade, reproduzidas pelo site da entidade que reconhece os melhores tenistas da história.

“O incomparável balé de Maria Esther Bueno. Seu voleio bonito, sempre jogando com ousadia e brio, a brasileira se tornou a primeira sul-americana a conquistar Wimbledon”, escreveu Bud Collins em “A Enciclopédia do Tênis.”
“Ela parecia como uma exótica gata siamesa na quadra. Maria é sinuosa, elegante e feminina. É a Rainha de Wimbledon”, descreveu Gwen Robyns, por sua vez, no livro “Wimbledon: The Hidden Dream”. Fonte: UOL, em São Paulo (SP)-08/06/2018 

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