A partir deste sábado (22/05), a maioria dos argentinos poderá sair de casa apenas entre 6h e 18h. E eles não poderão ir muito longe de suas casas. Escolas e serviços não essenciais devem fechar. Eventos sociais, religiosos e esportivos ficam proibidos.
Com as medidas restritivas, que vão durar até 31 de maio, o
governo argentino espera interromper a alta das infecções por coronavírus.
Essas medidas deverão ser reimpostas no fim de semana de 5 a 6 de junho.
"Estamos vivendo o pior momento desde o início da
pandemia", disse o presidente argentino, Alberto Fernández, ao anunciar as
novas medidas nesta quinta-feira. "Hoje como nunca antes, devemos todos
cuidar de nós mesmos para evitar todas as perdas que pudermos."
Nesta semana, o país quebrou seus recordes da pandemia. Na
terça-feira, atingiu 744 mortes e na quarta-feira registrou 39.652 novos casos
de covid-19 em 24 horas. Em relação à sua população de 45 milhões, essas são
algumas das taxas diárias mais altas do mundo.
SISTEMA DE SAÚDE PRÓXIMO AO COLAPSO: Os funcionários do
hospitais também estão sobrecarregados, enquanto a segunda onda de covid-19
leva as unidades de terapia intensiva ao seu limite. Na capital e nas
províncias de Buenos Aires, Córdoba e Neuquén, a ocupação nos leitos de UTIs
supera os 90%, segundo um levantamento da Sociedade Argentina de Tratamento
Intensivo (Sati).
A disseminação das variantes mais contagiosas do Reino Unido
e do Brasil durante uma lenta campanha de vacinação alimentou o ritmo das novas
infecções.
VACINAÇÃO LENTA: Embora a Argentina tenha sido um dos
primeiros países da América Latina a começar a vacinar contra a covid-19,
atrasos na chegada de imunizantes retardaram significativamente a campanha. Até
o momento, apenas 4,7% da população já foram totalmente inoculados, enquanto
18,5% já receberam a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde.
O governo espera que a campanha de vacinação aumente à
medida que mais doses da vacina da AstraZeneca e da Sputnik V cheguem, o que
deve ocorrer num futuro próximo.
Quando o lockdown severo terminar, os argentinos poderão
voltar às mesmas medidas que estavam em vigor até então. Isso significa que as
escolas serão reabertas, e as atividades não essenciais poderão ser retomadas,
desde que não sejam em espaços fechados.
Também haverá um toque de recolher após o fim do lockdown
severo. No entanto, será um pouco mais relaxado, a partir das 20h, em vez de
18h. Os bloqueios à vida noturna estão em vigor nos centros urbanos desde o
início de abril.
Toques de recolher noturnos estão em vigor nos centros
urbanos argentinos, como Buenos Aires, desde o início de abril
CRÍTICAS AO PRESIDENTE: Para evitar o colapso do sistema de
saúde, o governo tem imposto restrições às atividades noturnas e às aulas
presenciais nas regiões onde o vírus tem se espalhado mais rapidamente.
Fernández enfrentou resistência por causa de suas restrições
para conter o coronavírus. Manifestantes saíram às ruas em várias ocasiões este
ano para expressar descontentamento com as medidas restritivas.
As restrições agora determinadas são semelhantes ao confinamento que Fernández implementou no início da pandemia, de março a julho de 2020. Foi um dos mais longos lockdowns do mundo e atingiu duramente a economia argentina. O chefe de governo anunciou agora um pacote de resgate econômico para apoiar os setores mais afetados. Fonte: Deutsche Welle – 21.05.2021
Casos confirmados |
3.482.512 |
Casos ativos |
348.976 |
Recuperados |
3.060.145 |
Falecidos |
73.391 |
Fonte: La Nación |
Nenhum comentário:
Postar um comentário