As autoridades de saúde da
Alemanha já contam que, o mais tardar no próximo ano, deverá ser necessária uma
campanha nacional para a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a
covid-19.
A previsão foi feita, em
entrevista publicada no domingo (16/05), pelo presidente da Comissão
Permanente de Vacinação (Stiko), Thomas Mertens. Embora ainda não haja
confirmação oficial a esse respeito, ele garantiu que as atuais doses aplicadas
não serão as últimas.
"O vírus não vai nos
deixar. As vacinas atuais não serão, portanto, as últimas", disse Mertens
aos jornais do grupo midiático Funke. "Basicamente, temos que estar
preparados para o fato de que, possivelmente no próximo ano, todos terão que
reforçar sua proteção vacinal".
Mertens alertou ainda para o
fato de poder ser necessária, com urgência, uma terceira dose caso surjam
variantes para as quais as vacinas sejam ineficazes.
Se tais variantes surgirem,
prosseguiu o especialista, será necessário adaptar as fórmulas às mutações e
vacinar novamente os já imunizados. Ele citou como exemplo as vacinas da
AstraZeneca e Johnson & Johnson, "que se mostraram menos eficazes com
a variante detectada pela primeira vez na África do Sul”.
As empresas farmacêuticas
Pfizer e BioNTech, criadoras da vacina considerada a mais eficiente em evitar
novos contágios, anunciaram recentemente que poderá ser necessária uma terceira
dose para fortalecer a imunidade.
O governo alemão indicou nos
últimos dias que a terceira onda da pandemia parece estar controlada. A
tendência atualmente é de queda no número de casos e mortes – nas últimas 24
horas, foram 8.500 novas infecções e 71 óbitos.
No país, 36,5% da população
(30,4 milhões de pessoas) já recebeu pelo menos uma dose da vacina, e 10,9%
(cerca de nove milhões) já se encontram totalmente imunizados com a segunda.
EUROPA TEM MAIS DE 1 BILHÃO
DE DOSES ASSEGURADAS: No início do mês, a União Europeia confirmou que comprará
mais 900 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela alemã
BioNTech e produzida em parceria com a americana Pfizer. O acordo inclui a
opção de compra de outras 900 milhões de doses mais.
O lote deverá ser entregue
até 2023 e se soma a 600 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech que já haviam sido adquiridas pelo bloco
europeu. A imunização demanda duas doses da vacina.
A compra tem o objetivo de
preparar a UE, que tem cerca de 450 milhões de habitantes, para um novo estágio
da resposta à pandemia, que pode envolver a aplicação de uma terceira dose de
reforço ou aprimorada para aumentar a eficácia contra variantes do coronavírus.Fonte: Deutsche Welle – 16.05.2021
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