domingo, 13 de maio de 2012

Americano bebeu pelo menos 270 caipirinhas sem pagar



Investigadores da 12ªDP (Copacabana) colheram informações de testemunhas de que o turista americano Robert Scott Utley, detido na última quarta-feira ao tentar deixar o Brasil sem pagar a conta do hotel em que estava hospedado, bebia em média de 20 a 15 caipirinhas por dia.

Ele permaneceu hospedado por 13 dias no hotel Porto Bay, de frente para a praia de Copacabana, na zona sul, e informou que deixaria o hotel na manhã de quinta-feira.

Solteiro e morador da Califórnia, Utley era visto todos os dias no bar e no restaurante do Hotel Porto Bay, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Funcionários do estabelecimento contaram, ainda, que o serviço de quarto serviu várias vezes o “drink preferido californiano” em seu quarto.

As testemunhas, no entanto, garantiram que, mesmo bebendo muito e rápido, o americano em nenhum momento de sua permanência no hotel causou problemas. Robert, de 54 anos, foi preso no Aeroporto Internacional Tom Jobim após sair sem pagar a conta de conta de R$ 15 mil. Apenas em caipirinhas, o turista teria consumido R$ 6 mil. O drink no hotel custa R$ 20 e, para gastar os R$ 6 mil, o turista deve ter consumido em torno de 270 copos.

O americano tentou pegar o voo de volta aos Estados Unidos na noite de quarta-feira e foi detido no aeroporto por policiais da delegacia de Copacabana, que haviam sido avisados pelo hotel da tentativa de fuga.

Na delegacia, Scott informou que seu cartão de crédito estava clonado e precisou ser cancelado. Por isso ele não teria quitado a despesa. Ele disse, ainda, ter problemas no coração e, por isso, teria antecipado a viagem para um tratamento. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Magalhães, autuou Scott no artigo 176 do Código Penal, que trata de pequenas fraudes.

Após assinar um termo se comprometendo a comparecer à Justiça brasileira sempre que solicitado, o turista foi encaminhado para o Consulado Americano. Os parentes dele foram acionados para que a dívida seja negociada. Por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, o americano foi liberado e tem autorização para voltar ao seu país.

Fonte: O Globo - 11/05/12

 Comentário: Eta! americano duro na queda.  Acho que nem brasileiro agüentaria tomar tanto caipirinha.

Como se diz os bêbados; Se for para morrer de batida, que seja de limão! Não maltrate o bêbado,indique o bar mais próximo!

ORIGEM DA CAIPIRINHA

A caipirinha, segundo a legislação brasileira, “é a bebida típica brasileira, exclusivamente elaborada com cachaça, limão e açúcar”. A sua origem é incerta e a sua história confunde-se com a da cachaça.

A cachaça, por sua vez, foi concebida,  ainda nas primeiras décadas da colonização, na  Capitania de São Vicente, onde hoje é o estado  de São Paulo. No final do século XVI, registrava-se a existência de oito engenhos dedicados à  sua produção. Inicialmente, a bebida não possuía  grande valor comercial e era feita pelos escravos  às escondidas, pois seus senhores não gostavam  de vê-los consumindo‑a. 

 Em meados do século XVI, embora os colonos ignorassem as frutas da nossa terra, elas eram consumidas em abundância pelos escravos e índios. Nas festas, os escravos bebiam a garapa (suco da cana ainda não fermentado) e misturavam frutas ou suco das frutas no caldo de cana. Mais tarde, as festas começaram a ser animadas pela cachaça que, misturada ao suco das frutas, originou a “batida”. Como as frutas cítricas davam um saboroso contraste ao suco de cana, talvez o limão possa ter sido uma das frutas eleitas para serem misturadas à garapa – e, mais tarde, à cachaça –, já que o limão chegou aos engenhos brasileiros nesta época, introduzido nas Américas por Colombo.

Mas a cachaça era usada também como remédio e a caipirinha pode ter nascido a partir de uma receita simples contra a gripe: misturava-se à cachaça mel, alho e limão galego para curar os resfriados. Para aprimorar e adocicar o poderoso remédio, o mel foi substituído pelo açúcar, o alho foi retirado da receita e a bebida migrou dos balcões das farmácias para os dos bares e restaurantes com o nome de caipirinha.

O termo cachaça, aliás, é especificamente brasileiro. Um  profundo conhecedor do assunto, como Câmara  Cascudo, não apenas asseverou a inexistência do  vocábulo no Brasil, mas também afirmou nunca  ter ouvido tal palavra em Portugal. Em espanhol,  por sua vez, cachaça é uma espécie de vinho de  borras.

A bebida caiu rapidamente no gosto popular e espalhou-se pelo Brasil à medida que o País  ia sendo povoado. Em Minas Gerais, terra de ouro,  de diamante, e de frio, a cachaça encontrou terreno  fértil para produção e consumo.

A origem do termo “caipirinha”  permanece, todavia, obscura, uma vez que não há nenhuma ligação histórica entre seu consumo  e a figura do caipira, habitante do interior brasileiro, tradicionalmente associado às regiões de  Minas e São Paulo

Quanto à relação entre a cachaça e o vinho,  criou-se, no período colonial, outra dicotomia  que ainda hoje se mantém nos hábitos etílicos  do brasileiro. O vinho esteve presente em festas  e tradições, como o coreto, reuniões festivas nas  quais as saudações, acompanhadas pela bebida, eram cantadas. Permaneceu, assim, uma bebida tradicionalmente associada a ocasiões solenes e

à elite, ao contrário da cachaça; vinho de missa tornou-se, nesse sentido, expressão proverbial.

A partir de então, a cachaça passou a ser  uma concorrente incômoda para os vinhos portugueses, o que levou a Coroa a proibir sua fabricação. A primeira medida proibitiva data de 1639, indício claro do sucesso já obtido pela bebida. Todavia, nunca se conseguiu alcançar, nem

de longe, tal objetivo. Percebendo que a proibição jamais seria bem-sucedida, a Coroa preferiu render-se ao inimigo e explorá-lo a partir de diversos impostos, como a taxa instituída para auxiliar na reconstrução de Lisboa, destruída por um terremoto em 1765, e o subsídio literário, instituído, em Minas, para financiar o pagamento de professores régios.

A palavra caipira tem origem em “caipora”, da língua Tupi, que significa “habitador do mato”.

Independente de sua origem, a caipirinha é hoje um drinque conhecido internacionalmente, incorporado ao nosso folclore e à vida  cotidiana, com propriedade intelectual garantida por lei. Fonte: Ricardo Luiz de Souza Doutor em História pela UFMG.

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