domingo, 16 de outubro de 2011

Medicina na Bolívia: Fraude, corrupção e perigo real para a saúdepública brasileira

Os cursos de medicina na Bolívia, que são apresentados aos jovens acreanos como o eldorado para um futuro profissional garantido e lucrativo, pode esconder um mar de corrupção, fraude e perigo para a saúde dos acreanos. A realidade nas principais faculdades do país vizinho é a de quem tem dinheiro para pagar para passar nas provas poderá ter a plena certeza de se formar em medicina e ingressar no mercado acreano, através de apadrinhamento de pessoas influentes do meio político.

Para quem reclama da falta de estrutura da Universidade Federal do Acre (Ufac), no curso de medicina, os cursos na Bolívia também deixam muito a desejar. Muitos dos estabelecimentos de ensino particular nas cidades mais freqüentadas por acreanos sofrem do mesmo problema. Mas, o que aflige as pessoas que fazem parte da área de saúde pública, não é apenas a falta de estrutura, mas a corrupção e facilitação na formação profissional e recebimento de diploma em algumas instituições de ensino bolivianas.

Na cidade de Santa Cruz, é um verdadeiro paraíso para quem gosta das noitadas de bebedeira e prostituição. Alguns acadêmicos brasileiros estariam lesando a boa fé dos pais e fraudando provas e avaliações de cursos de medicina. “Em Santa Cruz é fácil para quem tem mais condições”, afirma J.M.S., médico formado na Bolívia, que aceitou falar da real situação dos acadêmicos e cursos de medicina, na cidade boliviana que concentra o maior número de faculdades particulares.

Além do perigo do aliciamento dos jovens acreanos que ingressam no submundo do álcool, drogas e prostituição, o problema de maior gravidade seria a venda de provas, avaliações e períodos inteiros dos cursos de medicina. Alunos brasileiros que freqüentam os cursos de medicina na Bolívia estariam concluindo a faculdade em períodos de três anos, sem freqüentar as principais disciplinas, expondo à população do Estado a ação de médicos sem a formação necessária para atuar na área de saúde.

A revalidação de diplomas seria um mero obstáculo para alguns dos fraudadores, que acostumados com as facilidades proporcionadas pelas propinas, fazem a revalidação pagando generosas quantias em instituições brasileiras. Os rigores que muitos reclamam que existe no na revalidação do diploma adquirido em países da América do Sul são facilmente contornado por uma minoria que pode pagar. Segundo informações  obtidas pela reportagem, pessoas ligadas a faculdades bolivianas teriam contatos no Brasil para agilizar o processo de revalidação.

UNE é denunciada por encurtar tempo de curso de medicina

Uma das instituições de ensino da Bolívia que vem sendo apontada nas denúncias de corrupção e facilitação é a Universidade Nacional Ecológica (UNE). De acordo com um pai de aluno que pediu para que sua identidade fosse mantida em segredo, existem casos em que os acadêmicos se formam em três anos. O denunciante afirma ainda, que existe a suposta conivência do reitor da instituição, alterando as datas de ingressos dos alunos nos cursos de medicina oferecidos pela faculdade.

O pai de um acadêmico acreano resolveu falar depois que o filho apresentou uma proposta de conclusão antecipada de pessoas supostamente ligadas a administração da UNE. “Se estou me sacrificando é porque quero ver meu filho formado. Mas não interessa apenas o diploma, é preciso de prática e conhecimento para exercer a profissão. Nem quero pensar no sentimento de culpa que eu ficaria em permitir que meu filho fraudasse um curso tão importante. A vida das pessoas é algo incomensurável”, destaca.

Para que o esquema acabe, segundo o pai de acadêmico, as provas de revalidação deveriam ter algumas obrigatoriedades, como mostrar o passaporte com deu entrada na Bolívia, ou comprovante de saída do Brasil, em documento expedido pela Polícia Federal. “É preciso realmente algum documento que prove que este aluno entrou na Bolívia na data especificada nos diplomas. Desde que seja algo original, como uma passagem original e não fotocopiada, pelo risco que correm os documentos de serem falsificados”.

Segundo o denunciante, todas as universidades na Bolívia, exigem o passaporte com o visto em dia, menos a UNE. Segundo ele, informações de um acadêmico da instituição, alguns novos alunos, já estão entrando no 6° período sem nunca terem feito uma única disciplina do curso de medicina. Outra questão levantada seria que a universidade não tem práticas hospitalarias e não reprova por falta. As denúncias dão conta que existem casos de alunos fazerem 30 matérias em um único semestre.

COMO FUNCIONA O SUPOSTO ESQUEMA

A reportagem obteve depoimentos de alunos que supostamente teriam entrado no esquema de antecipação de semestre. De acordo com os acadêmicos, o filho do reitor da UNE, identificado como David Justiano, seria quem comandaria o esquema fraudulento. A única exigência seria o compromisso do aluno que antecipe uma matéria, não poderá sair da UNE, ficando obrigado a se formar na instituição, sem pode se transferir para outra faculdade.

FUGINDO DA REPROVAÇÃO

A reprovação em determinadas faculdades na Bolívia não é mais problema. Existem recursos que os denunciantes apontam a UNE como responsável. O aluno reprovado em outras universidades se matrícula na UNE, no semestre que teria sido reprovado, com o compromisso de fazer as todas as matérias na instituição.

O aluno reprovado no 4º semestres, 3 vezes em outra universidade boliviana, entra no 5º  semestre, na UNE, mas não pode tirar seus documentos na universidade onde cursou medicina anteriormente. Seria como se nunca tivesse sido reprovado, porque a data protocolada é retroativa ao termino de seu curso, como se o aluno nunca tivesse ficado reprovado. O acordo é simples: o acadêmico não pode sair da UNE.

Muita farra e prostituição entre acadêmicos brasileiros na Bolívia

 “Não vou generalizar, mas grande parte dos jovens acreanos, que vem estudar em Santa Cruz se desvia de seus objetivos, quando conhecem as noitadas da cidade”, relata J.M.S., formado em medicina na Ucebol. Ele diz que é comum ver jovens envolvidos com álcool, prostituição e farra com o dinheiro enviado pelos pais. “Esta é a realidade de parte dos alunos acreanos em Santa Cruz. A maioria gosta das baladas de Santa Cruz, fato que faz com que não freqüentem os cursos. Muitas das garotas se embriagam e participam de atos sexuais coletivos, enquanto um outro tanto de rapazes se envolvem com drogas. No final das contas quem arca com as despesas são os pais, que acreditam que seus filhos estão estudando”, enfatiza J.M.S.

Mesmo nas faculdades consideradas idôneas, o pagamento de propinas é uma constante. De acordo com J.M.S. os professores são subornados para realizarem as provas para alguns alunos. “Existe sim, o suborno. A direção das faculdades não tem conhecimento de alguns procedimentos, mas os professores recebem propinas para promover a aprovação. Isso se tornou um fato comum”, destaca J.M.S.

De acordo com o médico, parte dos alunos troca o dia pela noite. “É impossível estudar da maneira como alguns acreanos fazem. Muitos passeiam na faculdade esporadicamente, passando tempo integral nos bares e boates de Santa Cruz. Acredito que a maioria dos que não conseguem passar na revalidação, são pessoas que concluíram o curso de forma fraudulenta, pagando propinas aos professores”.

J.M.S. acrescenta que os cursos em algumas instituições de ensino são fracos, mas que se houver interesse por parte dos alunos as disciplinas são assimiladas. “Alguns cursos são fracos, isso não resta dúvida, mas se houver o mínimo de interesse pode haver o aprendizado. O problema que existe hoje em Santa Cruz é que os alunos estão soltos e sem controle dos pais, algo tem que ser feito, pois nem sempre a culpa é das faculdades”. Fonte: Tribuna de Juruá - Publicado em 07/10/2011 

sábado, 15 de outubro de 2011

O cabide de emprego na educação pública

Um artigo publicado na Veja, 10 de outubro, Gustavo Iochpe fez um estudo interessante sobre a proporcionalidade  existentes entre funcionários na educação, que tem a função de suporte e atividade principal , os professores , obteve os seguintes dados:

1- O número de professores está na casa dos 2 milhões há alguns anos.

2- A incógnita era o numero de funcionários existentes? O Inep, órgão do MEC responsável por avaliações e estatísticas, informou  que incluindo os professores, são mais de 5 milhões de funcionários na área da educação no Brasil, pouco mais de 4 milhões deles na rede pública.

O número é assustador, pelo gigantismo do número total – seus 5 milhões de membros fazem com que essa seja a quarta maior categoria profissional do Brasil, atrás apenas dos agricultores, vendedores e domésticas –, mas especialmente pelo fato de termos 3 milhões de funcionários longe da sala de aula, um número 50% maior do que o de professores.

3 – Ele comparou esse número funcionários  com dados europeus, OCDE

Nos países membros a relação entre funcionários e professores é de 0,43., isto é, um funcionário para cada 2 professores.

No Brasil, no setor público, essa relação é de 1,48, isto é, quase quatro funcionários para cada 2 professores.

Isso significa que, se o Brasil tivesse a mesma relação professor/funcionário dos países desenvolvidos, haveria 706.000 funcionários públicos no setor, em vez dos 2,4 milhões que temos.

Isso faz com que tenhamos 1,7 milhão de pessoas excedentes no sistema educacional, recebendo todo mês salários que vêm do nosso bolso. Se presumirmos que os funcionários recebem o mesmo salário médio que os professores (infelizmente não há dados oficiais a respeito do país todo, mas a conversa com alguns secretários da Educação me sugere que essa é uma hipótese válida), isso significa um desperdício de inacreditáveis 46 bilhões de reais, ou 1,3% do PIB, todo ano, o que certamente é mais do que todos os escândalos de corrupção da última década somados.

Conclusão:

A importância desse dado, porém, vai muito além da simples montanha de recursos que são desperdiçados. Ele ajuda a explicar algo ainda mais importante para o futuro do Brasil: a razão pela qual nossa educação vai tão mal.

1-O primeiro fator impactado por essa gastança é o salário do professor. Esse dado explica como o Brasil pode, ao mesmo tempo, investir tanto em educação e ter professores tão insatisfeitos com o seu rendimento. (A propósito, cruzando os dados da OCDE com o PIB brasileiro, o salário médio mensal do professor na rede pública é de 2262 reais. Cuidado com os discursos do pessoal que fala do "salário de fome".) Se se demitissem os funcionários excedentes e o salário deles fosse transferido aos professores, a remuneração destes aumentaria 73%, para 3906 reais mensais.

2-O segundo impacto é o poder político desse grupo. São 5 milhões de membros, a grande maioria sindicalizada e politizada.

3-A terceira realidade claramente descortinada por esses dados é a utilização política do setor de educação.  

4-A quarta conclusão é ainda mais séria. Ela diz respeito à relação entre gastos com educação e a qualidade do ensino ministrado. A maioria dos estudos sobre o tema demonstra não haver relação significativa entre o volume de recursos gastos em educação e a qualidade do ensino. No Brasil, onde a maior parte do gasto é canalizada para aumentar o número de profissionais na rede e dar melhor remuneração àqueles que já estão nela, não é de surpreender que o constante aumento de gastos no setor nos últimos dez anos tenha sido acompanhado de estagnação.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

WorldSkill 2011- Brasil fez bonito


Foram quatro dias de competição, que envolveu uma megaestrutura, 944 estudantes, 51 países quase 200 mil visitantes. O WorldSkills 2011 chegou ao fim, ontem, em Londres.

Na classificação geral, o Brasil ficou com a segunda colocação, atrás da Coreia do Sul. Passou na frente de países como EUA, Inglaterra, França, Alemanha e Finlândia.

Os estudantes também voltam da competição com uma reflexão e uma lição. Em nações desenvolvidas, o ensino médio integrado com o técnico é uma realidade e um caminho oferecido para que jovens concluam a educação básica com uma profissão. Além disso, a formação técnica tem-se mostrado necessária para diminuir o desemprego de países europeus, gerado pela crise econômica.

No Brasil, a oferta de ensino médio profissionalizante ainda é pequena e o preconceito contra esse nível de formação, grande. Ela começa a ganhar incentivos públicos, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, em tramitação no Senado, que pretende aumentar o número cursos técnicos.

Ainda que pouco incentivados, os estudantes brasileiros mostraram que quando o assunto é educação técnica conseguem competir de igual com países de primeiro mundo.

O país vencedor foi Coreia do Sul, com o Japão em terceiro. A delegação brasileira tinha 28 estudantes, em 25 ocupações técnicas.

Estudantes terão emprego garantido e bolsas de estudo

Com ou sem medalhas, todos os estudantes ganharam emprego no Senai. Eles ainda vão receber bolsa para estudar em qualquer faculdade particular do país ou continuar o estudo técnico em um curso no exterior. O anúncio foi feito, ontem, pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, que também estava em Londres.

Os estudantes começarão empregados como trainees e depois passarão a instrutores. Sobre as bolsas de estudo no exterior, a CNI tem parceria com instituições na Alemanha, Itália, EUA e França, por exemplo. O presidente ainda falou sobre a intenção de sediar o evento no Brasil, em 2017. Em 2013, será em Leipzig, na Alemanha, e em 2015, na Espanha.

Este ano o Brasil foi representado no WorldSkills por 28 estudantes, que competiram em 25 ocupações. Dos 28 estudantes brasileiros, 23 são do Senai e 5 do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Os vencedores de 2011
Medalha de ouro
Guilherme Augusto Franco de Souza – desenho mecânico em CAD
Gabriel D’Espindula – eletrônica industrial
Willian Ramon de Souza – mecânica de refrigeração
Christian Alessi e Maicon Carlos Pasin – mecatrônica
Natã Miccael Barbosa – webdesing
Rodrigo Ferreira da Silva –  joalheria

Medalha de prata
Guilherme de Souza Vieira – design gráfico
Rodrigo da Silva Panifer – polimecânica
Paolo Haji de Carvalho Bueno – tecnologia da informação

Medalha de bronze
Thiago Guilherme de Carvalho – fresagem CNC
Lucas Landriny Filgueira – soldagem
Fonte: Diário Catarinense - 10 de outubro de 2011 

Comentário: A mídia em geral não noticiou esse feito brasileiro. Talvez esteja mais preocupado com o futebol, com esporte em geral, etc. Medalhas não existem apenas em competições esportivas, mas também  na educação na busca de conhecimento para o país . Devemos incentivar essa garotada com ensino técnico , com bolsas de estudos, com estágios e especialização no exterior. Temos descobrir o nosso Steve Jobs, o  nosso stay hungry and stay foolish. Temos estradas, mas faltam as estradas de  conhecimentos, de tecnologia. O Brasil obteve 6 medalhas de ouro, 3 de prata e duas de bronze.

sábado, 8 de outubro de 2011

Revalidação de diplomas médicos: Apenas 14% dos candidatos passarampara a segunda fase

Do total de 677 candidatos inscritos na primeira fase do exame nacional de revalidação de diplomas médicos (Revalida 2011), apenas 96 (14%) foram aprovados. Desses, 141 (21%) foram eliminados na prova escrita e 440 (65%) não conseguiram a pontuação mínima. O Revalida é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para que universidades públicas conveniadas possam revalidar diplomas emitidos no exterior e permitir a atuação dos diplomados no Brasil.

Os aprovados na primeira fase vão fazer a prova prática de habilidades clínicas, que será aplicada nos dias 15 e 16 de outubro. O teste prático será aplicado apenas em Brasília, ao contrário da prova escrita, realizada também em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Manaus, Campo Grande e Fortaleza. Cada participante será submetido a avaliação em dez situações clínicas. Fonte: Globo Online - 07/10/2011 

Comentário: A cada ano cresce o número de jovens brasileiros que estudam medicina em universidades de países vizinhos, onde a mensalidade é mais barata, mas, na volta ao Brasil, não conseguem registro para trabalhar. Na classe de uma faculdade de medicina na Bolívia em dia de prova, apenas um aluno era boliviano. Todos os outros eram brasileiros.

É bem mais fácil, a gente não tem vestibular. A gente vai pagar, mais ou menos, seis vezes menos do que se pagaria no Brasil (Pedro Adler)

- Só na minha faculdade, podemos falar em seis mil estudantes brasileiros em Cochabamba, Santa Cruz e Cobija - afirma o vice-reitor da Universidad Técnica Cosmos (Unitepc), José Teddy.  Fonte: Globo 06/06/2011

Obs: No Estado de São Paulo tem 25 escolas de Medicina, que formam anualmente em média 2.600 médicos. Só na Bolívia tem 6 mil estudantes de medicina. Barbaridade!!

O que mais se encontra na internet é propaganda dos nossos hermanos, MEDICINA SEM VESTIBULAR NA BOLÍVIA, ARGENTINA E CUBA. Educação virou propaganda.

Todos eles têm um sonho ser doutor, mas  com facilidade. Sempre com uma desculpa, o jeitinho brasileiro, não fiz um bom ensino médio, não estudei, etc. Mas tenho um sonho desde criança ser doutor. Bom, barato, com diploma boliviano. Fizeram do estudo uma recreação. Agora procura facilidade para obter diploma do curso superior.

Nas escolas aprenderam nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Em muitas escolas não se deve mais falar em "reprovação, reprovado", pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar? (Lya Luft).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs: discurso durante a formatura em Stanford em 2005

Discurso muito bonito e é uma  lição de vida.

Comentário: Há pessoas que nascem com um dom especial, aquele toque de mágica,  do conhecimento, do saber, etc.

Como é  interessante a sociedade americana, que enaltece o empreendedor, o vencedor,  aquele que oferece algo a mais a sociedade. Veja o exemplo, do Steve Jobs, não se graduou em curso superior, muito provável teve uma boa base do ensino médio, freqüentou o campus universitário, característica americana e fundou a jóia da computação a Apple.  Ele foi um líder  que gerenciava o sonho. Todos os lideres têm  a capacidade de criar um ponto de vista convincente, que leve as pessoas  para um novo lugar e a habilidade de transformar essa visão em realidade (Warren Bennis). A sociedade americana não tem muito preconceito quanto às mentes brilhantes, veja a simplicidade dele no discurso, tomando água no gargalo da garrafa, se fosse na América  Latina teria ao lado dele um garçom, com luvas brancas com uma bandeja de prata e copos de cristal.

A expressão stay hungry and stay foolish no final do discurso  foi retirado do Catálogo Whole Earth, que é um catálogo de conhecimento e de recursos disponíveis para os adeptos de uma forma de vida diferentes dos padrões de consumo em vigor naquela época. O  catalogo funcionaria como se fosse uma internet para pesquisa e obtenção de informações.

Na  capa da última edição desse catálogo tem essa expressão, com uma foto de uma estrada. É a época da contracultura, É a época da  quebra de paradigmas. A estrada significa  a busca de desafios, que a pessoa tem de ter curiosidade de percorrê-la  até encontrar o seu significado. Naquela época a estrada significava, pegar a estrada e encontrar o seu próprio lugar no mundo

Então, stay hungry e stay foolish pode  significar:

Permaneça curioso, permaneça com a mente aberta

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Brasil coloca 31 universidades entre as cem melhores da América Latina

O Brasil tem a Universidade de São Paulo (USP) no topo das melhores universidades da América Latina e ainda conta com 31 instituições de ensino superior entre as cem melhores do ranking divulgado nesta terça-feira (4) pela QS (Quacquarelli Symonds), do Reino Unido.

Este é o primeiro ranking que reúne apenas as universidades latino-americanas elaborado pela QS, uma organização internacional de pesquisa educacional que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

A USP lidera com 100 pontos, a pontuação máxima. Em segundo lugar está a Pontificia Universidade Católica do Chile (99,6 pontos). Outra universidade brasileira, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está em terceiro (94,7). A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aparece em 10º lugar, e a Universidade de Brasília (UnB) em 11º.

Nas cem primeiras do ranking aparecem 31 universidades do Brasil. Em seguida estão Argentina (19), México (15), Chile (14), Colômbia (8), Venezuela (4), Peru (3), Costa Rica, Cuba, Porto Rico, Equador e Uruguai (1).

Uma nova metodologia foi desenvolvida após uma extensa consulta com as universidades da região e com o Conselho Acadêmico  Consultivo internacional da QS. O ranking utiliza sete indicadores distintos: reputação acadêmica (30%), reputação de empregabilidade (20%), estudantes da faculdade (10%), profissionais com doutorado (10%), artigos publicados (10%), citações por artigo (10%) e impacto na internet (10%).

Impulsionado pelo aumento do investimento público em educação, o Brasil emplacou 65 universidades entre as 200 primeiras da lista, quase o dobro do México (35) e muito mais do que Argentina e Chile (25 cada).

Nesta primeira edição do ranking regional, o QS se baseou em critérios específicos da América Latina, como a proporção de professores com doutorado, a produtividade de pesquisas per capita e a presença na internet, assim como pesquisas existentes.

Ranking completo: http://www.topuniversities.com/university-rankings/latin-american-university-rankings/2011

Fonte: G1 - 04/10/2011

Comentário: Os estudantes Brasil-latinos que criticam tanto as universidades brasileiras  devem refletir suas críticas. Entre as cem melhores universidades o Brasil participa com 31 e entre as duzentas melhores  com 65.