sábado, 18 de junho de 2011

Reféns do crack - O drama de uma família

Da noite de segunda-feira até o meio da tarde de quinta-feira, a família de uma socióloga de 34 anos e seu filho de dois anos enfrentou um pesadelo. Ao se dirigir a uma boca de fumo no Campo da Tuca, na Capital, para comprar crack com a criança, permaneceu presa por ordem de traficantes. Sua libertação, após o sumiço ganhar repercussão na imprensa, a livrou do domínio dos bandidos, mas não garantiu a soltura de um longo cárcere imposto pela dependência química.

Enquanto a quadrilha possivelmente buscava maneiras de conseguir dinheiro com sua captura, ela era mantida sob efeito permanente da pedra. Em razão disso, deixou o cativeiro com dificuldades para respirar e foi imediatamente internada em uma clínica para desintoxicação. O menino, resgatado faminto e assustado, é mantido sob os cuidados da avó, professora universitária de 63 anos, e do irmão mais velho da dependente, também sociólogo, de 38 anos. Ainda abalados com o episódio, ontem à tarde os dois familiares receberam ZH em um apartamento na Capital para narrar o drama de quem luta para se livrar das grades invisíveis do crack. Confira trechos da entrevista.

 “Nós ficamos apavorados”.

Zero Hora – Como começou a dependência química?

Mãe – A minha filha já era uma dependente em potencial, por questões químicas, biológicas. Hoje, depois de começar o tratamento, que eu comecei a participar de reuniões e também fazer terapia, eu entendo melhor o problema. Antes, quando eu descobri que ela estava usando crack, eu trabalhava muito na pressão e na cobrança.

ZH – Como a família descobriu o vício?

Mãe – Muda o comportamento. Começa a não cumprir as suas obrigações, a ter atitudes...a sumir coisas, a vender. Hoje ela tem 34 anos, começou com pouco mais de 30. Ela se formou na Ulbra em Ciências Sociais, trabalhava, tinha carro. Ela trabalhava mais na área de eventos, sempre gostou muito de eventos, capacitação de pessoas, divulgação. Eu descobri quando vi um cachimbo enrolado em uma meia.

Irmão – Eu encontrei uma lata de refrigerante furada, que os usuários utilizam para fumar. Ela começou a trocar celular, roupas, pneu de carros, estepe, macaco, rádio, e para recuperar essas coisas eu ia nos traficantes para pagar e recuperar. Até que tive conversa com o tio e o pai e disse “não dá mais, tem de internar”. Aí o pai e a mãe abriram os olhos. Antes, só cobravam, tiravam o carro, tinha atitude de punição, mas não de tratamento.

ZH – Ela morava sozinha?

Mãe – Um tempo ela morou sozinha, depois comigo. O crack tem um perfil diferenciado, tu vendeu até o tênis que tu tem. O tênis, o relógio, o sapato. Tu começa a viver em um baixo mundo, mesmo. Nós morávamos em Porto Alegre, depois fui morar na praia, levei ela comigo, eu vinha trabalhar em Porto Alegre e ela trabalhava lá em uma empresa, mas o problema continuava presente. Ela viveu um período com um rapaz que também era dependente e ficou grávida. Aí foi assustador, porque estava grávida e fumando.

ZH – Mesmo durante a gravidez não conseguiu ficar longe do crack?

Mãe – Ela conseguiu um tempo, pelo menos, mas de vez em quando recaía. Mas até o filho dela nascer, a gente não tinha bem noção do que era essa doença. Ela tinha acompanhamento psiquiátrico e psicológico, mas não era um tratamento. Ela começou a se tratar realmente a partir do momento em que baixou numa clínica, quando o filho já estava com seis meses.

ZH – Por que não deu certo?

Mãe – Porque o tratamento do crack não é de 30 dias, 40 dias. Ele tem de ser contínuo. Eu aprendi isso. É uma doença, é uma coisa séria e tem de tratar de maneira diferente. Se a família não se envolver 24 horas por dia, não adianta. Por que a minha filha ficou mais de um ano sem usar? Porque quando comecei a entender o procedimento, ela largou emprego, amigos e ficou só comigo. Em casa, era só eu e ela. Se eu saía para trabalhar, ficava uma atendente terapêutica com ela. E não é barato esse tipo de serviço. Aí começou a melhorar, porque enquanto os usuários têm recaídas frequentes, eles não têm compreensão da coisa. A droga não deixa ver que o que está destruindo a tua vida é a própria droga. E não existe neste país tratamento para crack. É ilusão, é sonho o que dizem. Há vagas para desintoxicação, mas não tratamento.

ZH – Nem com plano de saúde?

Mãe – O plano paga 30 dias de internação por ano. É muito pouco. Ela ficou internada seis meses, mas estamos discutindo o pagamento com o plano de saúde na Justiça.

ZH – Ela havia deixado a clínica havia muito tempo?

Mãe – Em outubro passado. Ela estava em tratamento, mas em casa, comigo. Como ela estava indo bem, até comecei a afrouxar um pouco a vigilância. Acho até que muitas pessoas devem me julgar, dizer que eu não podia ter deixado ela, mas quando tu lida com isso, é uma coisa tão terrível, é uma exigência 24 horas para ti.

ZH – E como fica a rotina nessas condições?

Mãe – Eu não tenho mais vida. Eu sou aposentada do Estado, mas continuo trabalhando em uma universidade porque, se eu parar de trabalhar, não vou ter dinheiro para pagar o tratamento da minha filha. Tenho 63 anos e ainda trabalho muito. Trabalho 40 horas por semana na universidade, mas aí sempre tem alguém com ela. O meu neto passa o dia em uma escolinha muito boa, é muito bem cuidado, eu já fui lá, ela me acompanhou. Ela nunca se negou a isso. Mas tu ouve que tem gente que fica 10 anos limpa e recai. Os psiquiatras nos dizem que a recaída faz parte do tratamento. Mas o que aconteceu agora foi horrível porque ela levou a criança. E porque caiu em lugar em que ficou presa ali. Tu aprende a ver o perfil da recaída de cada pessoa. Todo dependente tem um perfil.

ZH – Qual o perfil da sua filha?

Mãe – Ela nunca levava a criança. Jamais. E, quando sumia, era oito horas, nove horas no máximo e a gente já sabia onde ela estava, porque ela ia sempre aos mesmos lugares em Porto Alegre. Era em um beco da Nilo Peçanha ou no Humaitá, o meu filho já sabia o roteiro e achava ela de carro em seguida. Mas, desta vez, ela sumiu. Ele virou a cidade, virou esses lugares de cabo a rabo, rodou esses lugares por sete, oito horas direto. Ninguém viu. Nós ficamos apavorados, porque fugiu do perfil.

ZH – Como foi a busca?

Mãe – O carro havia sumido, e a Polícia Civil e a Brigada Militar já estavam atrás deles. Mas amigos do meu filho sugeriram avisar a imprensa, porque os traficantes têm de ouvir que a polícia já está envolvida. Aí meu filho entrou em contato com o delegado Zucco (Rodrigo Zucco, do Denarc), que era colega dele no Colégio Militar, que disse que a nossa ação estava certa. Conversamos com o Sérgio Zambiasi, e quando foi 15h, o carro foi localizado.

ZH – O que houve depois?

Mãe – Dali a uma hora, recebi telefonema da minha filha. Passei para o meu filho, e ela pediu ajuda para ele. Ele perguntou: onde tu está? Ela disse “não sei, acho que estou em Viamão”.

Irmão – Quando eu liguei para o delegado Zucco para dizer que a minha irmã havia ligado, ele disse “já sei onde ela está, estamos nos dirigindo para lá”. Eu fui para lá também mas fiquei esperando com a minha mãe na Avenida Bento Gonçalves. Uma viatura nos pegou e, quando chegamos lá, já haviam encontrado.

ZH – Como ela foi parar lá?

Irmão – Ela foi na Zona Sul buscar crack, na segunda-feira. Aí encontrou uma guria que disse que não tinha lá. Mas que ia levá-la a um lugar onde tinha. Aí entrou no carro e levou ela ao Campo da Tuca. Minha irmã nunca tinha ido ao Campo da Tuca. Eu já tinha ido atrás dela na Vila Jardim, Conceição, no Humaitá, onde já havia localizado ela em recaídas anteriores. Mas não havia pista nenhuma. Eu recebi uma segunda ligação de uma mulher dizendo que a minha irmã estava no Campo da Tuca e não seria liberada. Aí eu liguei para o delegado Zucco, mas ele já estava lá.

ZH – Como ficou o estado dela com esse episódio?

Mãe – Ela está muito desesperada, sofrendo muito porque recaiu com o filho. Foi uma coisa na qual ela botou em risco a vida do filho dela. Ela chorava muito.

Irmão – Nas outras vezes, ela não entrava na casa dos traficantes. Ela fumava no carro. A psiquiatra disse que quando ela acordar e se der conta de que ficou três dias fumando crack com o filho, vai sofrer demais. Ela já está com uma vergonha enorme, diz que quer sumir.

ZH – Como foi no cativeiro?

Irmão – Ela chorava, pedia para ligar para a mãe dela, e eles davam uma pedra e diziam “toma aí, fuma pra te acalmar”. Para ela não criar problemas. Queriam ainda, como eles sabiam que o carro havia sido apreendido, que ela fosse com eles liberar o carro. Mas ela disse que não iria sair. Por isso deixaram ela telefonar para mim.

ZH – Como será o futuro?

Mãe – Eu vou ter cuidado com o meu neto, porque hoje eu sou mais mãe dele do que a minha filha, e ele tem essa predisposição para o vício devido a o que aconteceu. Ele traz a parte biológica da mãe. Eu tenho essa preocupação com o meu neto, que tem de ser muito bem cuidado. Quando ele começar a sair de casa, vou ter de ver quem são os amigos dele, aonde ele vai. Isso eu aprendi a duras penas. Enquanto eu viver, vou ter 20 olhos em cima dele.

Irmão – Vamos retomar o tratamento com força e dar todo amor à minha irmã.

Fonte: Zero Hora - 18/06/2011 

Comentário: Enquanto o STF ficou na filigrana jurídica em que a manifestação da droga é liberdade de expressão, o depoimento dessa mãe e filho revela o poder de destruição de uma família por  droga. É muito difícil  dissociar a Marcha da maconha ou da droga, da apologia de fumar maconha e sua visibilidade na mídia. A marcha em si já é uma propaganda da maconha. Vivemos na era da comunicação digital, somos bombardeados por informações a todo instante, na web, como e-mail, sites de notícias, redes sociais através do celular, blogs, fotos, etc.Esse tipo de manifestação cria curiosidade no adolescente., principalmente num país cheio de abismo social.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A dinâmica da maconha no organismo

Efeitos no organismo

Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.

Obs: Delta 9 THC - tetraidrocanabinol (delta-9-tetraidrocanabinol), ou dronabinol (sintético), é a principal substância psicoativa encontrada nas plantas do gênero  Cannabis (maconha) e pode ser obtido por extração a partir dessa planta ou por síntese em laboratório.

A CURTO PRAZO, OS EFEITOS COMPORTAMENTAIS TÍPICOS SÃO:
período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
quando em grupo, ocorrem risos espontâneos (risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento, pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros). -coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
alteração da memória recente.
falha nas funções intelectuais e cognitivas.
maior fluxo de idéias
pensamento mais rápido que a capacidade de falar, dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
idéias confusas.
aumento da freqüência cardíaca (taquicardia). Ligeira taquicardia (os batimentos cardíacos passam a 140/160 por minuto, quando o normal é 80/100), secura na boca e vermelhidão nos olhos.
hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.

DOSES MAIS ALTAS DE DELTA 9 THC PODEM LEVAR A:
alucinações, ilusões e paranóias.
pensamentos confusos e desorganizados.
despersonalização.
ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
sensação de extremidades pesadas.
medo da morte.
incapacidade para o ato sexual. Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60% a quantidade de testosterona. Conseqüentemente, o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (oligospermia), o que leva à infertilidade. Convém destacar que este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a substância. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual, as alterações são, apenas, na produção dos espermatozóides.

A LONGO PRAZO, A EXTENSÃO DOS DANOS, BEM CARACTERIZADOS, SE RESTRINGEM AO SISTEMA PULMONAR E CARDIOVASCULAR.

Sistema pulmonar: 
maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
diminuição das defesas, facilitando infecções.
dor de garganta e tosse crônica.

Sistema cardiovascular: 
aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
percepção do batimento cardíaco.
no sistema imunológico o D-9-THC prejudica a produção de células de defesa no baço, medula óssea e timo. A maconha também diminui a capacidade de coagulação do sangue (diminuindo a agregação plaquetária).
há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente, ou mesmo quando a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir a doença ou neutraliza o efeito do medicamento e a pessoa passa a apresentar novamente os sintomas. Este fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia.
Obs: A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.
 
Fonte: Centro Regional De Estudos Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos – CENPRE/FURG e Bibliomed

quinta-feira, 16 de junho de 2011

STF e a expressão de liberdade – Maconha

Pelo jeito qualquer tipo de marcha está aberto e livre no país. Antigamente era passeata política e hoje é qualquer tipo de droga. Os tempos mudaram.
O PCC está perdendo tempo, pode organizar uma marcha,  dos indignados, pois a polícia está dificultando seu trabalho, a labuta do dia-dia.
As drogas então devem ter uma lista, dos indignados
O que fico mais perplexo é com  as jóias  das expressões dos juízes durante a votação. Como diz um dos juízes; uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Mas que droga

quarta-feira, 15 de junho de 2011

STF libera Marcha da Maconha



STF decide que ato por legalização de drogas é liberdade de expressão e libera Marcha da Maconha

Os oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento desta quarta-feira (15) foram unânimes em liberar as manifestações pela legalização das drogas, como a Marcha da Maconha, no Brasil. Eles consideraram que as manifestações são um exercício da liberdade de expressão e não apologia ao crime, como argumentavam juízes que já proibiram a marcha anteriormente.

O relator do caso, ministro Celso de Mello, afirmou que a manifestação pública não pode ser confundida com crime previsto no Código Penal. “Marcha da Maconha é expressão concreta do exercício legítimo da liberdade de reunião”, afirmou.

Estava em debate uma ação em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedia a liberação das manifestações.

 Para se definir a favor da Marcha da Maconha, o ministro Celso de Mello considerou que a Constituição "assegura a todos o direito de livremente externar suas posições, ainda que em franca oposição à vontade de grupos majoritários”. Mello também classificou como “insuprimível” o direito dos cidadãos de protestarem, de se reunirem e de emitirem opinião em público, desde que pacificamente.

Procuradora cita FHC para defender marcha

Ele culpou decisões desencontradas adotadas pela Justiça em diferentes cidades do país pela violência usada pela polícia contra manifestantes. “O Estado deve proteger os participantes [de reuniões garantidas pela Constituição] de tentativas de agressão por parte oficial ou não.”
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Segundo o relator, é livre a todos a associação e a manifestação de pensamento sem uso de armas, seja qual for o assunto. Ele citou o caso do grupo musical Planet Hemp, que chegou a ser preso por causa de letras de músicas que citavam a maconha. “[A atuação policial neste caso] é uma intromissão brutal na  produção intelectual e artística”, declarou o ministro.

Em seu voto, Luiz Fux observou que a organização deve avisar as autoridades públicas da data e hora de realização da marcha com antecedência. Além disso, Fux disse que, para estar dentro da lei, o ato deve ser pacífico e sem armas, não pode incentivar o uso de entorpecentes e, de modo algum, deve ter participantes consumindo drogas durante sua realização.

Ao defender seu voto, Cármem Lúcia disse que  "a democracia é generosa exatamente porque há liberdade de pensamentos". O ministro Ricardo Lewandowiski, que também seguiu o relator, afirmou: "Entendo que não é lícito coibir qualquer manifestação a respeito de uma droga lícita ou ilícita".

Para o ministro Ayres Britto, nenhuma lei, nem penal, “pode se blindar quanto à discussão de seu conteúdo. Não está livre da discussão sobre seus defeitos e suas virtudes”. O ministro ainda brincou, dirigindo-se ao relator: “Se me permite o trocadilho, a liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade”.

O ministro Marco Aurélio subscreveu o voto do relator, ressaltando que o fez “sem manifestação jocosa alguma”. Para ele, a opinião só é relacionada a crime em situações como incitação do ódio racial ou da guerra. “Os brasileiros não suportam mais falsos protecionismos, cujo único resultado é o atraso”, afirmou.

Entenda o caso
A discussão sobre a Marcha da Maconha chegou ao STF em junho de 2009, quando a vice-procuradora-geral da República Deborah Duprat ajuizou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 187. Na ação, a procuradora indica que a proibição judicial das marchas a favor da maconha e de outros entorpecentes têm sido baseada em interpretação errada do Código Penal. Segundo ela é “equivocado” dizer que a realização das manifestações constitui “apologia ao crime”.

A Marcha da Maconha já foi proibida pela Justiça em diversas capitais com este argumento. Somente no mês passado, a marcha foi vetada em Brasília (DF), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), além da cidade de Campinas (SP).

Em algumas localidades, após a proibição, a marcha foi transformada em ato pela liberdade de expressão. Em São Paulo, o ato terminou em confronto de manifestantes com a polícia.

Fernando Henrique
Duprat defendeu sua tese, presencialmente, no início do julgamento do STF desta quarta-feira (15). Ela citou o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) para defender a liberação da Marcha da Maconha pelo STF.
 “O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve em um programa de ampla divulgação defendendo a liberação das drogas leves. Além disso, fez e atuou num filme com esse objeto. Esse ex-presidente está fazendo apologia ao crime?”, questionou a procuradora.
Celso de Mello também recordou as manifestações do ex-presidente favoráveis à legalização das drogas leves para justificar sua contrariedade à repressão da Marcha da Maconha. Fonte: UOL Notícias-15/06/2011 

Comentário: Segundo o ministro Ricardo Lewandowiski,  afirmou: "Entendo que não é lícito coibir qualquer manifestação a respeito de uma droga lícita ou ilícita". Então, amanhã  a marcha dos indignados da cocaína , do oxi, etc. O Brasil é uma droga.
É a propaganda gratuita da maconha. Imagino como o povão deve interpretar essa liberação, fume mais, que a lei garante. A elite da maconha capitaneado pelo FHC,  transformado em  “Guru da elite da Maconha” deve estar comemorando, é o primeiro grande passo para a legalização..
O Tucano não é uma ave voadora, apenas voa em curtas distâncias. É o famoso vôo da galinha política. Com a maconha deve estar  pensando voar em grandes distâncias políticas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sexo no carro

Sexo no carro é um risco para a saúde, afirma ortopedista

Contusões, contraturas musculares e escoriações no joelho ou no cotovelo são as ocorrências mais comuns
Segundo pesquisas feitas na Europa, peruas e minivans são os modelos preferidos para namorar dentro
Para apimentar a relação ou mesmo sair da rotina, muitos casais resolvem praticar sexo em locais inusitados. O carro é uma das opções prediletas, apontam recentes pesquisas feitas na Europa.

Segundo estudo realizado pela companhia de seguros Direct, 32% dos motoristas espanhóis admitem já ter feito sexo ao menos uma vez dentro de um automóvel ""estacionado, é claro.

Entre os ingleses, esse número sobe para 54%, aponta a empresa Autoquake. E 4 entre 10 britânicos entrevistados descreveram a experiência como "maravilhosa", apesar do risco de serem flagrados ou presos por atentado ao pudor.
As pesquisas revelaram também que as espaçosas peruas e as versáteis multivans são os modelos mais elogiados para a prática.
Contudo, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Osvandré Lech, o carro é um local perigoso para essa atividade. "O risco de o sujeito sofrer alguma contusão é muito grande", explica.

ATRITO
Pela configuração de bancos, equipamentos e comandos, o interior do automóvel é um ambiente hostil para namorar. Um gesto brusco e o ato de exigir demais de um músculo podem causar contusões, contraturas ou até mesmo cãibras.
Outras lesões comuns são escoriações em articulações como joelho e cotovelo, provocadas pelo atrito com o tecido áspero dos bancos ou com as partes plásticas que revestem a cabine.
"A maioria das pessoas, mesmo sentindo algum tipo de desconforto físico durante a relação, ignora a dor e mantém o foco só no prazer. Mas as consequências vêm depois", alerta Lech.
O médico, que é especialista em lesões ortopédicas provocadas durante o ato sexual, conta que, certa vez, um de seus pacientes precisou até ser submetido a uma cirurgia no ombro por conta de uma luxação sofrida enquanto namorava no carro.

Lech aponta três outros locais contraindicados, mas bastante utilizados para a prática do sexo: sofás, escadas e debaixo do chuveiro ""em um banheiro molhado, o risco de queda, fratura e cortes é muito grande.
Não existe no Brasil um levantamento sobre lesões ortopédicas provocadas durante o ato sexual, até porque são raros os pacientes que admitem ter se machucado enquanto namoravam. Fonte: Folha de São Paulo - 12 de junho de 2011 

Comentário: Carro de luxo é espaçoso, confortável, som etc. Agora carro popular, Ford K, Gol o casal deve ser contorcionista.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

STF liberta o terrorista italiano Cesare Battisti.



Supremo mantém decisão de Lula e liberta italiano Cesare Battisti.

Battisti deixou a prisão, em Brasília, às 00h07 desta quinta-feira (9).

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (8), por seis votos a três, manter a determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no dia 31 de dezembro do ano passado, negou o pedido de extradição do ex-ativista de esquerda Cesare Battisti.

Depois de mais de quatro anos de prisão, o ex-ativista Cesare Battisti deixou o Complexo Penitenciária da Papuda, em Brasília, às 00h07 desta quinta-feira (9).

Battisti recebeu pena de prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas entre 1977 e 1979. Na época, Battisti, que alega inocência, integrava a organização Proletários Armados Pelo Comunismo

A decisão de Lula, no final do ano passado, ocorreu mais de um ano depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a extradição de Battisti, mas deixar nas mãos do presidente uma decisão final sobre o assunto.

Veja a cronologia do caso e entenda a situação do italiano:
- Junho de 1979: prisão de Cesare Battisti em Milão como parte de uma investigação pelo assassinato de um joalheiro.
- 1981: Battisti é condenado a 12 anos e 10 meses de prisão por "participação em grupo armada" e "ocultamento de armas". Ele escapa da prisão de Frosinone, perto de Roma, e se refugia na França.
- 1982: fuga para o México.
- 1985: o presidente francês François Mitterrand se compromete a não extraditar os ex-ativistas de extrema-esquerda italianos que rompessem com o passado, embora tenha excluído os que cometeram "crimes de sangue".
- 1990: Battisti regressa à França e se converte em autor de romances policiais.
- 21 de maio de 1991: a corte de apelações de Paris nega uma demanda italiana de extradição.
- 31 de março de 1993: a corte de apelações de Milão condena Battisti à prisão perpétua por quatro "homicídios agravados" praticados entre 1978 e 1979 contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho do joalheiro ficou paraplégico, depois de também ser atingido).
- 20 de julho de 2001: Battisti pede naturalização francesa. Uma decisão favorável de julho de 2003 foi anulada em julho de 2004.
- 20 de dezembro de 2002: demanda italiana de extradição.
- 2004: Battisti é detido em Paris a pedido da justiça italiana, em meio a protestos de intelectuais, artistas e personalidades políticas francesas de esquerda. É libertado, mas mantido sob vigilância. A câmara de instrução da corte de apelações de Paris se declara favorável à extradição. Battisti recorre. O italiano não se apresenta à polícia como exige o sistema de vigilância judicial, e passa para a clandestinidade. A promotoria da corte de apelações de Paris expede uma ordem de detenção. O recurso de Battisti é rejeitado, e a extradição para a Itália torna-se definitiva. O primeiro-ministro francês Jean Pierre Raffarin assina o decreto de extradição; Battisti foge.
- 2005: o Conselho de Estado da França confirma a extradição. Os advogados de Battisti apresentam um recurso ante a Corte Européia de Direitos Humanos contra o decreto de extradição.
- 18 de março de 2007: detenção de Battisti no Rio de Janeiro. Desde então, cumpre prisão preventiva para fins de extradição na penitenciária da Papuda, em Brasília.
- 2009: o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concede status de refugiado político a Battisti, baseado no 'fundado temor de perseguição por opinião política', contrariando decisão do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). O status não permite o seguimento de qualquer pedido de extradição baseado nos fatos que fundamentaram a concessão de refúgio. Em fevereiro, o STF nega pedido de liminar do governo italiano contra a decisão de conceder refúgio a Battisti.  Após a votação pela extradição, os ministros decidiram também pelo placar de 5 votos a 4 que a decisão final sobre a extradição caberia ao presidente Lula.
- 2010: ex-presidente Lula nega pedido de extradição.
-2011 - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por seis votos a três, manter a determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no dia 31 de dezembro do ano passado, negou o pedido de extradição do ex-ativista de esquerda Cesare Battisti. Fonte: G1-08/06/2011 

Comentário: O Brasil  pretende te uma vaga fixa no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas,  dando cobertura a terrorista? Fazendo jogo político da esquerda em assuntos tão importantes?
E o nosso conselho de anciãos no início jogou a batata quente para o Molusco e ele negou a extradição e  retornou ao conselho para julgar e teve de engolir o sapo e libertar o terrorista. Terminou o embate como pizza terrorista que é a especialidade brasileira

Palocci sai do governo


O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, deixou o cargo nesta terça- feira (7), quase um mês após a publicação de uma reportagem pelo jornal “Folha de S.Paulo” segundo a qual ele teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010.

O Palácio do Planalto confirmou que a substituta será a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

A saída de Palocci foi comunicada por meio de uma nota divulgada pela Casa Civil. O ministro, que ficou pouco mais de seis meses no cargo, é o primeiro a deixar o ministério no governo da presidente Dilma Rousseff.

Apesar de, nesta segunda (6), o procurador-geral da República ter determinado o arquivamento dos pedidos de investigação de partidos de oposição, Palocci avaliou que a "continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo", segundo a nota.

Veja a íntegra da nota divulgada pela Casa Civil:

"O ministro Antonio Palocci entregou, nesta tarde, carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo.

O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta.

Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar seu afastamento."

Segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”, Palocci teria recebido R$ 20 milhões somente em 2010, por meio da Projeto, empresa da qual é proprietário e que prestava serviços de consultoria a empresas. Segundo o ministro, ele firmou contratos entre 2006 e 2010 com empresas que consideraram “útil” a experiência dele como ministro da Fazenda entre janeiro de 2003 e março de 2006, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o jornal, metade dos R$ 20 milhões que a empresa de Palocci faturou em 2010 foi obtida nos últimos meses do ano, quando ele participava do governo de transição. Segundo o ministro, isso ocorreu em razão da quitação antecipada de contratos em vigor. O ministro informou que os contratos foram interrompidos depois que ele aceitou convite para integrar o ministério de Dilma.

Depois, outras reportagens apontaram que clientes de Palocci teriam feito negócios com empresas públicas e que um dos clientes foi supostamente beneficiado em uma operação de restituição de imposto de renda junto à Receita Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda, pasta que Palocci comandou em 2006.

Na última sexta-feira (3), Palocci concedeu entrevista à TV Globo, a primeira manifestação pública desde que reportagens sobre o aumento do seu patrimônio e suposto tráfico de influência começaram a ser publicadas. Integrantes de partidos da base do governo e da oposição cobravam explicações do ministro.

Na entrevista, Palocci negou que tenha feito tráfico de influência. “Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas”, disse. O ministro não informou a lista de clientes da Projeto nem quanto teria faturado porque, segundo ele, não poderia expor as empresas em um ambiente político “conturbado”.

Ele afirmou ainda que não poderia apresentar os nomes dos clientes para não prejudicá-los. “Não acho justo expor empresas num ambiente político conturbado, num ambiente de conflito. Se empresas forem feridas com isso, a perda em relação a sua imagem, etc, ninguém pode repor. Então eu prefiro assumir pessoalmente a explicação dessas coisas do que expor uma série de pessoas e empresas.”

Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, Palocci disse que, antes de assumir a Casa Civil, não relatou à presidente Dilma Rousseff quais eram as empresas para as quais havia prestado serviços de consultoria. Fonte: G1, em Brasília-07/06/2011 

Comentário: Palocci não aprendeu com o caso do Francenildo. Cometeu o segundo erro. Errar pela primeira vez tudo bem, mas persistir é um erro diabólico. Ele leu mais os livros do tipo como enriquecer sem fazer força do que o Maquiavel. Pela ganância pelo dinheiro, ele não percebeu que na política  existe uma zona cinzenta para negócios, mas quando é descoberto, é bombardeado pelo fogo amigo ou do inimigo. O PT está virando um partido empresarial.

Para resolver o problema a Fada presidente indicou uma Cinderela para administrar a alcatéia  política brasileira.