sexta-feira, 25 de março de 2011

Carta a um desempregado



Caro cidadão Luiz da Silva, como você está se sentindo agora que retornou à planície? Na verdade, apenas trocou de Planalto - para o Paulista. É duro ficar ocioso. Permanecer em casa o dia inteiro é uma coisa enfadonha. Ainda mais quando não se tem o hábito da leitura.

A sua mulher não deve estar gostando nem um pouco dessa situação. A presença constante dos maridos no lar, como se sabe, perturba o andamento das lides domésticas.

Problemas financeiros, ao que parece, você não tem. Como é sabido, os seus antigos amigos - com grande desprendimento - cuidam de lhe prover de tudo. Mas haja tédio. Além da insegurança quanto ao futuro, essa condição abala a autoestima das pessoas.

Quase todos os governantes, enquanto estão no comando, acreditam que vão tirar de letra. E quando seus mandatos terminam caem em depressão.

São poucos os que o visitam na sua casa e são raros os que ainda lhe telefonam.

E se, de repente, você ouvir ruídos na porta?

Não se preocupe. São apenas folhas secas levadas pelo vento.

Por que você não telefona para a nova intendente? Ela, por enquanto, ainda vai atendê-lo. Anotará, atenciosamente, as suas recomendações e depois fará tudo diferente. Não fique aborrecido. Já está muito bom. Pior vai ser quando ela trocar os telefones e não lhe comunicar os novos números.

"A companheira tem muito que fazer", deduzirá você. Procurará, então, deixar um recado com a secretária dela. Impossível. Virá à linha uma assessora, com voz impessoal para lhe dizer que, no momento, a secretária da chefa não pode atender.

"Por quê?"

"Ela está "em reunião". Daria para o senhor adiantar o assunto?"

"O que é isso, companheira?! Aqui quem está falando é o ex-presidente!"

"Qual deles? Tem tantos..."

"Eu, é claro!"

"Ah! Eu acho que estou reconhecendo a sua voz. "Você" não é aquele senhor sexagenário que desceu a rampa no dia do réveillon?"

"Sou! Veja aí, no caderno de "autoridades" que deve estar em sua mesa!"

"Não vai dar, não. A agenda que tem aqui é antiga, do ano passado."

"Então eu vou pessoalmente até aí, amanhã!"

"Pode vir. O problema é que a porta que dá para a rampa fica trancada durante a semana. Venha no domingo, que fica aberto para visitação."

Você, enraivecido, desliga o telefone. Vai abordar a "companheira-em-chefe" em alguma cerimônia pública. Isso se os seguranças dela permitirem.

Por falar nisso, cidadão, por que você faltou ao almoço em homenagem àqueles americanos que estavam aqui, em férias? Sua ausência não pegou bem. Deu a impressão de que não gosta dos gringos. Ou, então, que não vai a festas em que os holofotes não estejam sobre você.

Todos os seus antigos colegas foram. E olhe que muitos deles, apesar de aposentados, ainda estão na ativa. Ficou feio para você.

Mudando de assunto, você pretende voltar ao serviço? Eu estou lhe perguntando isso porque, se você tem essa intenção, o grande problema é que a senhora sua sucessora vai querer renovar o contrato. E nesse cargo só cabe um.

Em outras palavras, o que acontece é o seguinte: para você se dar bem ela tem de se dar mal. E vice-versa. Entendeu agora por que ela não segue os seus conselhos?

A gente não tem ainda uma imagem clara de como será a sua gestão. Ela tem aparecido pouco, mas dizem que é competente. Ou seja, o contrário de você.

Ao menos para o paladar da "zelite", ela é muito melhor do que você e a sua "companheirada". A "zelite" somos todos nós que lemos jornais. Eu daria a isso outro nome: opinião pública bem informada.

Bem, para que a gente não brigue, vamos falar de outras coisas. O que é que você pretende fazer da vida, por enquanto?

Pelo que corre por aí, ora você pretende montar um instituto, ora você se oferece para atuar em algum órgão internacional. Você mesmo já declarou que pretende passar o ano inteiro percorrendo o Brasil para provar que nunca houve corrupção na sua gestão.

Já ouvi também que o seu "sonho de consumo" é ser eleito secretário-geral da Organização das Nações Unidas. O pessoal de lá, diplomaticamente, já mandou avisar a você que não vai dar. O titular desse cargo - alegam eles - é eleito pelo critério de rodízio entre os continentes. A nossa vez já passou.

Como isso não será possível, fala-se por aí que você aceitaria um posto menor: iria morar em Roma e trabalhar na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A ideia, nesse caso, seria a de levar aos desvalidos do mundo - principalmente da África - a sua tecnologia de "combate à fome". Por acaso você pretende ressuscitar o finado Fome Zero? Ou vai propor a eles algum tipo de Bolsa-Família? Cuidado para não ser acusado de plágio. Ao que eu saiba, não foi você que criou. Você apenas pegou alguns programas que já existiam e tratou de juntá-los em um só.

Aliás, por falar nisso, onde é que anda o Amorim? Alguém falou que ele iria trabalhar com você no "instituto". E também ouvi que ele está ainda indeciso entre outras três propostas internacionais de emprego: da Bolívia, da Venezuela e do Irã.

Outro dia pude ler aqui, no jornal, uma justificativa sua por não ter comparecido ao banquete de Brasília: você não queria ofuscar a sua sucessora.

Você ainda não entendeu que fora do poder - e não sendo mais novidade - aquilo que faz não é mais notícia.

Como dizem os árabes, "uma mosca escura, numa mesa escura, numa noite escura: somente Deus a vê".

Cidadão Luiz Inácio, é melhor você aprender a rezar. Fonte: O Estado de S. Paulo - 25/03/2011- Autor: João Mellão Neto 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ausência de saques após terremoto no Japão

Preparo e espírito de grupo explicam ausência de saques após terremoto
Tremor seguido de tsunami devastou a costa nordeste do Japão.
Quatro dias após o terremoto, não foram registrados episódios de violência.

O desespero, a destruição e o caos que o Japão enfrenta desde o terremoto e o tsunami que assolaram o país na última sexta-feira foram vistos também no Haiti e no Chile, ano passado. Mas, ao contrário dos países ocidentais, o Japão enfrenta a crise humanitária de uma forma mais organizada e menos violenta. Até agora, nenhum episódio de saque ou briga foi registrado no país, o contrário do que ocorreu no Haiti, que precisou da intervenção do Exército e de forças da ONU, e da cidade chilena de Concepción, que teve de decretar toque de recolher após quase todas as lojas da cidade terem sido roubadas.

A explicação para isso, segundo estudiosos de Japão está num conjunto de aspectos históricos, sociais, políticos e até religiosos, além do enorme preparo que o país tem para lidar com esse tipo de catástrofe. "É aquele lugar comum de dizer que os japoneses são educados para trabalhar em grupo. É uma ênfase diferente do que acontece no Ocidente de modo geral. No Japão, desde pequenos, eles aprendem a trabalhar em grupo. Essa característica é um fator que conta bastante. Depois, tem o fato de pensar na coletividade", explica Ronan Alves Pereira, professor de estudos japoneses da Universidade de Brasília (UnB).

"Há uma orientação a não se apropriar das coisas dos outros. Não quer dizer que não exista, mas os índices de roubo e criminalidade são muito mais baixos do que em muitos países ocidentais. Também adicionaria o componente político-administrativo. Como o país sempre foi vítima de grandes tragédias, sempre houve uma orientação da parte do governo de preparar a população para catástrofes assim. [...] Por último, eu apontaria o fator tecnologia e desenvolvimento econômico. Em um lugar como o Haiti não há preparação. O nível do investimento publico não chega nem de longe ao nível do investimento no Japão, com construções mais resistentes inclusive."

O professor viveu cinco anos no Japão e no segundo dia que estava no país vivenciou um terremoto. Ele conta que acompanhou o fluxo para fora do prédio e ficou observando atento como os japoneses se comportavam. No momento, a UnB tem vários estudantes brasileiros morando no Japão, e, segundo Ronan, todos estão bem após o tremor.

Confiança

O psicólogo e professor de japonês Marcos Hiroyuki Suguiura acredita que além do preparo para catástrofes, os japoneses são "educados para ter um comportamento social. Muito do que eles fazem é movido pela ideia de ‘vai ser bom pra mim, mas também para os outros’. O mais forte acho que é essa característica de pensar no outro, mesmo que possa fazer mal para si num primeiro momento."

Outro ponto importante, segundo Marcos, é a confiança de que a ajuda virá do governo. "Eles sabem que a ajuda vai vir da sociedade, que tem alguém olhando por eles, então eles confiam e esperam." Fonte: G1, em São Paulo-15/03/2011

Comentário: O que predomina no Japão é a formação familiar e a educação. Não existe o mais ou menos certo, isto é, o jeitinho brasileiro, que todo mundo admira, mas desestrutura o país quanto às leis, educação, etc. Aqui tudo termina em pizza.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Qualificação profissional e educação não garantem o futuro


Milhares de chineses desempregados visitam uma feira de emprego na cidade de Shenyang, nordeste da China. Concorrência para os trabalhadores qualificados nos Estados Unidos

Todo mundo sabe que a educação é um fator fundamental para o sucesso econômico. E todos sabem que os empregos do futuro exigirão níveis de qualificação cada vez mais elevados. Foi por isso que, ao dar uma declaração quando estava acompanhado do ex-governador da Flórida Jeb Bush, na última sexta-feira, o presidente Barack Obama afirmou: “Se nós desejarmos mais boas notícias sobre empregos, precisaremos investir mais em educação”. Mas há um erro em relação a esta verdade conhecida por todos.

No dia seguinte ao evento do qual Barack Obama e Jeb Bush participaram, o “The Times” publicou um artigo sobre o uso crescente de softwares para a realização de pesquisas na área de direito. Os computadores são capazes de analisar rapidamente milhões de documentos, realizando de maneira barata uma tarefa que antigamente exigia um batalhão de advogados e especialistas em direito. Neste caso, então, o progresso tecnológico está na verdade reduzindo a demanda por trabalhadores com alto nível educacional. E as pesquisas na área de direito não se constituem em um exemplo isolado.

Conforme o artigo observa, os programas de computador estão também substituindo engenheiros em certas atividades, como o design de chips. Falando de forma mais abrangente, a ideia de que a tecnologia moderna elimina apenas os empregos para trabalhadores não qualificados, e de que os profissionais de alta qualificação são os nítidos vencedores, pode prevalecer nas discussões populares, mas a verdade é que tal ideia está na verdade superada há décadas.

O fato é que desde mais ou menos 1990 o mercado de trabalho dos Estados Unidos caracteriza-se não por um aumento generalizado da demanda por qualificações, mas sim por esvaziamento de uma “zona intermediária”: o número de empregos de alta e de baixa remuneração têm crescido rapidamente, mas o daqueles de remuneração média – ou seja, aquele tipo de trabalho que sustenta uma classe média robusta – tem ficado para trás. E esse buraco no campo intermediário do mercado de trabalho tem aumentado continuamente: muitas das ocupações de alta remuneração que cresceram rapidamente na década de noventa têm crescido muito mais lentamente nos últimos tempos, ainda que o índice de empregos de baixa remuneração tenha se acelerado. Por que isso está acontecendo?

A crença de que a educação está se tornando cada vez mais importante se baseia na ideia aparentemente plausível de que os avanços tecnológicos resultam em um aumento das oportunidades de emprego para aqueles indivíduos que trabalham com informação – ou, em outras palavras, na ideia de que os computadores ajudam aqueles que trabalham com o cérebro, prejudicando ao mesmo tempo as pessoas que fazem trabalhos manuais.

Alguns anos atrás, porém, os economistas David Autor, Frank Levy e Richard Murnane argumentaram que esta era a forma errada de pensar a respeito dessa questão. Eles observaram que os computadores são excelentes para as tarefa que envolvem rotina, “tarefas cognitivas e manuais que são realizadas mediante o seguimento de regras explícitas”. Portanto, qualquer tarefa rotineira – uma categoria que inclui muitos empregos qualificados, não manuais – encontra-se na linha de fogo.

Por outro lado, os trabalhos cuja execução não se dá mediante o seguimento de regras explícitas – uma categoria que inclui vários tipos de trabalho manual, de motoristas de caminhão a zeladores de edifícios – tenderão a crescer mesmo com o progresso tecnológico. A questão fundamental é que a maioria do trabalho manual que ainda está sendo realizado na nossa economia parece ser de um tipo que é difícil de automatizar.

Notavelmente, com os operários respondendo por cerca de 6% do emprego nos Estados Unidos, não restaram muitos empregos nas fábricas para serem perdidos. Enquanto isso, muitos trabalhos qualificados que são atualmente realizados por profissionais de alto nível educacional e que geram um pagamento relativamente elevado poderão ser em breve computadorizados. O aspirador de pó robotizado Roomba pode ser engraçadinho, mas falta muito ainda para que tenhamos robôs atuando como zeladores de prédios. Mas a pesquisa computadorizada na área de direito e os diagnósticos médicos auxiliados por computadores já fazem parte da realidade atual.

Além disso, há a globalização. Antigamente, só os trabalhadores de fábricas precisavam se preocupar com a concorrência do exterior, mas a combinação de computadores e telecomunicações tornou possível o fornecimento de diversos serviços à distância. E as pesquisas dos meus colegas da Universidade de Princeton, Alan Blinder e Alan Krueger, sugerem que os trabalhos de alta remuneração feitos por profissionais de elevado nível educacional são mais fáceis de serem transferidos para o exterior do que aqueles desempenhados por trabalhadores de remuneração e nível educacional mais baixos.

Caso eles estejam certos, a tendência crescente de internacionalização dos serviços esvaziará ainda mais o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Então, o que tudo isso nos diz a respeito de políticas públicas? Sim, nós precisamos consertar o sistema educacional dos Estados Unidos. Em especial, as desigualdades que os norte-americanos enfrentam logo no início – crianças brilhantes oriundas de famílias pobres têm uma probabilidade menor de concluírem um curso superior do que os crianças bem menos capazes, mas que são filhas de indivíduos ricos – não se constituem apenas em um escândalo; elas representam também um enorme desperdício do potencial humano do país.

Mas existem certas coisas que a educação não é capaz de fazer. Em especial, a ideia de que fazendo com que mais jovens cursem a universidade nós seremos capazes de restaurar aquela sociedade de classe média com a qual estávamos acostumados é inteiramente falsa. Ter um diploma superior não representa mais garantia de um bom emprego, e isso está se tornando cada vez mais verdadeiro a cada década que passa. Portanto, se quisermos uma sociedade na qual a prosperidade seja amplamente compartilhada, a educação não é a resposta – nós teremos que procurar construir tal sociedade diretamente.

Precisamos restaurar o poder de negociação que o trabalho perdeu nos últimos 30 anos, de forma que tanto os trabalhadores comuns quanto os super astros contem com a capacidade de negociar por melhores salários. Nós temos que garantir as coisas essenciais, em especial o acesso aos serviços de saúde, a todos os cidadãos. O que não conseguiremos fazer é atingir esse objetivo apenas dando diplomas universitários aos trabalhadores. Esses diplomas poderão representar cada vez mais a entrada em empregos que não existem ou que não pagam salários de classe média. Fonte: UOL Noticias – The New York Times - 08/03/2011- Paul Krugman 

Comentário: O autor tem certa razão. Podemos indagar no caso do Brasil, se o nível de educação superior está compatível com as necessidades do mercado do trabalho? O ensino superior está formando profissionais acima da capacidade que o mercado possa contratar, isto é a oferta é maior do que a demanda? Em todos os países industrializados o ensino superior é visto como peça fundamental para pesquisa e desenvolvimento, isso exige boa formação educacional do ensino médio, seleção,, etc. O ensino superior é o topo da pirâmide educacional nesses países, enquanto no Brasil, prevalece a lógica da proletarização ou popularização, com objetivo que todos têm acesso e o símbolo mais representativo é o retângulo. Atualmente, o país está crescendo, com um PIB superior a 7%, mas profissionais com curso superior ainda encontram grande dificuldade de ingressar no mercado de trabalho ou  mudar de emprego. Isto significa excesso de profissional, com a oferta de trabalho maior do que a demanda, o que significa baixos salários. O curso superior no Brasil tornou-se um desastre educacional, virou um diploma profissionalizante, a maioria está preocupado apenas com título para conseguir emprego ou aumento de salário.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ARMAS, MALDITAS ARMAS

Leslie_Ojeda_Parada.jpg

Son armas todos aquellos instrumentos fabricados con el propósito de producir amenaza,   lesión o muerte.

Un rifle de aire o de  postones es indiscutiblemente un arma,   estos “juguetes”  son básicamente de tres tipos según la planta de poder,  es decir según el  mecanismo que utiliza para empujar el postón fuera del cañon.

Neumáticas
De resorte y pistón
De CO2
En todas sus modalidades son peligrosas y potencialmente mortales. Definitivamente no son un juguete y no deben ser manipuladas por cualquier persona y menos en cualquier sitio.

Ayer una niña de 10 años,  que vino desde Coronel a pasar sus vacaciones junto con su papá.  Murió a consecuencia del impacto de un postón,  disparado accidentalmente por su prima de dieciocho años.  El proyectil se alojó en el cuello de la pequeña,  lo que le produjo una hemorragia imparable  que terminó con su vida en minutos.

Nuevamente un ejemplo brutal del riesgo de tener armas en casa,  aunque en nuestra legislación este tipo de armas no tengan restricción o control alguno.  Cada cierto tiempo debemos lamentar este tipo de hechos,  pero solo sirven para ejercitar los lagrimales,   en ningún caso para replantear la actual legislación y tomar una posición que en búsqueda del bien común y cautelando los intereses de la ciudadanía y de los mismos importadores y distribuidores de estas armas,  regule de alguna manera  la adquisición y el uso de estos elementos.

Me pregunto a ratos,   si este accidente no hubiera ocurrido en una barriada pobre de Conchali, si no en un exclusivo condominio de Las Condes,  ¿no estarían ya los diputados discutiendo el tema en la televisión?,  ¿no habría una acción de los medios informativos mas profunda que la simple mención en la crónica roja?  Pero todos los niños no son iguales.

Al  plantear estos temas  se desvirtúa la discusión;   mezclando la tenencia y en algunos casos el porte de armas con la seguridad ciudadana,  el control de la delincuencia  y el delicadísimo concepto de la Legítima Defensa,  contemplado en todas las constituciones del mundo.  Como si fuera tan difícil entender que al menos en el Chile actual los conceptos antes mencionados no tienen relación directa con la tenencia y/o porte de armas por parte del ciudadano común.   Aún mas como si las muertes y heridas accidentales con armas de todo tipo,  no demostraran hasta la saciedad que además de no ser efectivas en la prevención y combate del delito,  son la causa de la desgracia de muchos inocentes y desprevenidos.

Si la represión armada, fuera la solución a los problemas delictuales.  Los gobiernos hace mucho habrían militarizado la lucha anti-delictiva.  Matando al perro para terminar con la rabia.   Pero la realidad nos enseña que la solución no es táctica,  si no estratégica.

El caso de Leslie Valentina Ojeda,  me lleva  recordar uno de los primeros funerales a los que asistí.  Un niño con el que jugué en varias ocasiones -es decir un amigo-  murió  a consecuencia de un disparo en el corazón.  Percutado accidentalmente por su hermano.   Esa familia jamás volvió a ser la misma. Así como tampoco serán los mismos los familiares de Leslie y mucho menos la jovencita en cuyas manos se produjo el accidente.

Los cambios en las leyes son necesarios,  pero no serán por si solos la solución a este tipo de situaciones.  Deben operarse transformaciones  más profundas en la mente y la conciencia del ciudadano común.  Ya que desgraciadamente solo le damos el valor y la dimensión a la vida humana,  cuando contemplamos un cadáver.

Las armas de todo tipo deben ser de uso exclusivo de los profesionales en la materia,  tanto  efectivos policiales como   militares.  En el caso de los  civiles, idealmente que nadie pueda tener, ni mucho  menos aun portar un arma.

Al menos me permitiré soñar con que la Ley de Armas y Explosivos,  en algún momento sea reformada incluyendo estos peligrosos “juguetes” de aire,  además de aumentar los requisitos para poseer armas de fuego.

Leslie Valentina,  descansa en paz pequeñita.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

DNA de negros e pardos do Brasil é muito europeu

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Estudo diz que cerca de 70% da herança genética nacional vem da Europa

Variação de região para região do país é baixa; cor da pele tem elo com poucos genes e, por isso, é parâmetro enganoso

No Brasil, faz cada vez menos sentido considerar que brancos têm origem europeia e negros são "africanos". Segundo um novo estudo, mesmo quem se diz "preto" ou "pardo" nos censos nacionais traz forte contribuição da Europa em seu DNA.

O trabalho, coordenado por Sérgio Danilo Pena, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), indica ainda que, apesar das diferenças regionais, a ancestralidade dos brasileiros acaba sendo relativamente uniforme.

"A grande mensagem do trabalho é que [geneticamente] o Brasil é bem mais homogêneo do que se esperava", disse Pena à Folha.

ASCENDÊNCIA EUROPÉIA

De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.

QUASE MIL

Além de moradores das capitais paraense e gaúcha, foram estudadas também populações de Ilhéus (BA) e Fortaleza (compondo a amostra nordestina), Rio de Janeiro (correspondendo ao Sudeste) e Joinville (segunda amostra da região Sul).

Ao todo, foram 934 pessoas. A comparação completa entre brancos, pardos e pretos (categorias de autoidentificação consagradas nos censos do IBGE) só não foi possível no Ceará, onde não havia pretos na amostra, e em Santa Catarina, onde só havia pretos, frequentadores de um centro comunitário ligado ao movimento negro.

GENOMA

Para analisar o genoma, os geneticistas se valeram de um conjunto de 40 variantes de DNA, os chamados indels (sigla de "inserção e deleção"). São exatamente o que o nome sugere: pequenos trechos de "letras" químicas do genoma que às vezes sobram ou faltam no DNA.

Cada região do planeta tem seu próprio conjunto de indels na população -alguns são típicos da África, outros da Europa. Dependendo da combinação deles no genoma de um indivíduo, é possível estimar a proporção de seus ancestrais que vieram de cada continente.

Do ponto de vista histórico, o trabalho deixa claro que a chamada política do branqueamento -defendida por estadistas e intelectuais nos séculos 19 e 20, com forte conteúdo racista- acabou dando certo, diz Pena.

Segundo os pesquisadores, a combinação entre imigração europeia desde o século 16 e casamento de homens brancos com mulheres índias e negras gerou uma população na qual a aparência física tem pouco a ver com os ancestrais da pessoa.

Isso porque os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética, embora seu efeito seja muito visível. O trabalho está na revista "PLoS One".

Fonte: Folha de São Paulo - São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 

Comentário: O que diz os afros? Tem muita gente afro que acha que é afro mas não é, corre sangue europeu. Tem muita gente branca que acha que é branca, mas corre sangue africano. Quase todo português tem um pé na senzala ou numa oca. O Monteiro Lobato deve estar sorrindo. 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Logo do Google desenhado por aluna é exibido na página principal


A página principal do Google Brasil amanheceu nesta quarta-feira (16) com um desenho feito pela aluna Luiza Carneiro de Faria, de 9 anos, do Colégio Santo Inácio, do Rio de Janeiro. Ela é a vencedora do concurso "Doodle4Google", que incentiva crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos a redesenharem o logo do Google.

Larissa Fernandes de Souza, de 11 anos, da Fundação Bradesco, e Rafael Okino dos Santos, de 15 anos, do E.E. Plínio Negrão, foram os outros dois finalistas. O projeto foi realizado pela primeira vez no Brasil depois de ter sido lançado em 2005 na Inglaterra.

Além de ter o seu desenho exibido na página principal do Google durante toda a quarta-feira, Luiza vai receber um notebook, uma bolsa de estudos de R$ 30 mil e uma sala de computação em sua escola.

O concurso foi dividido em três categorias por idade (6-9, 10-12 e 13-15). Depois que uma comissão selecionou 12 desenhos de cada grupo, as 36 criações foram publicadas no site para a votação do público. Luiza fazia parte do grupo de 6 a 9 anos.

Reflorestamento
Como parte do projeto estava a iniciativa da empresa de, para cada inscrição recebida, plantar uma muda de árvore em áreas do Brasil que precisam de reflorestamento. Conforme o comunicado do Google, cerca de 100 mil árvores foram plantadas nos estados de São Paulo e Paraná, reflorestando cerca de 50 hectares de Mata Atlântica.

Doodle
Doodle é o apelido dado pelo Google para as criações que a empresa faz no logotipo para celebrar datas especiais. O primeiro Doodle foi criado em 1999, quando os engenheiros mudaram o logo do site principal para avisar aos usuários que estavam de folga naquele final de semana. Fonte: G1 - 16/02/2011 

Comentário: Parabéns ao  Google pela iniciativa,  incentivando a criança que a educação é importante e pelo estímulo a criatividade.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Juiz sem CNH dá voz de prisão a agente da Lei Seca

Juiz sem CNH dá voz de prisão a agente da Lei Seca, diz polícia do Rio

Um juiz deu voz de prisão a uma agente da Lei Seca, na madrugada deste domingo (13), durante uma blitz na Lagoa, Zona Sul do Rio, e o caso foi parar em uma delegacia. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, João Carlos de Souza Correa (1ª Vara de Búzios), flagrado sem carteira de habilitação, alegou que a agente Luciana Tamburini foi “debochada”. Já a funcionária disse que o magistrado fez abuso de autoridade.

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon). Segundo a assessoria da Polícia Civil, o magistrado dirigia um Land Rover preto sem placa. Ao checar a nota fiscal, a agente verificou que o período para o emplacamento estava vencido. O juiz explicou que estava com todos os documentos, e que poderia ter havido algum atraso com o órgão que emitia a placa.

O carro do juiz não foi rebocado, e a esposa dele levou a carteira de habilitação ao local da operação, de acordo com a Polícia Civil. Correa chegou a fazer o teste do bafômetro, mas nada foi detectado.

De acordo com a assessoria do governo do estado, a nota fiscal do veículo foi expedida há mais de 15 dias, excedendo o prazo de circulação sem emplacamento.  A agente informou ao juiz que o veículo seria retido e levado para o depósito em Bonsucesso. No entanto, o magistrado queria que o carro fosse para uma delegacia para ser removido, mas a agente negou o pedido. Ainda segundo o governo, o juiz deu voz de prisão por desacato. O veículo foi retido na delegacia e levado para o depósito.

A Polícia Civil disse que consta no registro de ocorrência que, durante a briga, a agente teria dito: “Você é juiz, mas não é Deus”. O magistrado retrucou dizendo: “Cuidado que posso te prender”. Então, a agente falou: “prende”.

Os dois foram para a delegacia, mas o registro foi feito sem autor, constando como “todos envolvidos”. O caso será encaminhado para o Juizado de Pequenas Causas. Será marcada uma audiência de conciliação entre as partes. Fonte: G1 RJ-13/02/2011  

Comentário: É o país das otoridades.Você sabe com quem você está falando? As “otoridades” deveriam seguir as leis, dar o exemplo. Como disse Julio Cesar sobre sua mulher: À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta. Aqui as otoridades vivem no mundo sagrado com seus direitos e privilégios. 
Nos EUA  Schwarzenegger foi multado por parar em um local proibido  em seu primeiro dia fora do cargo de Governador do Estado da Califórnia. Ele ficou sem graça ao notar a presença do policial, e logo retirou o veículo.