quarta-feira, 9 de junho de 2010

Aprovada pela ONU sanções contra o Irã

Os 15 países do Conselho se reuniram em Nova York com mais de uma hora de atraso para votar a proposta de resolução, resultado de cinco meses de negociações entre Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha.

As potências ocidentais queriam medidas mais duras, inclusive contra o setor energético iraniano, mas Pequim e Moscou conseguiram diluir as punições previstas no documento de dez páginas.

Foram 12 votos a favor das sanções e dois contra (Brasil e Turquia). O Líbano se absteve

A resolução prevê restrições a mais bancos iranianos no exterior, caso haja suspeita de ligação deles com programas nuclear ou de mísseis. Estabelece também uma vigilância nas transações com qualquer banco iraniano, inclusive o Banco Central.

Além disso, ela amplia o embargo de armas contra o Irã e cria entraves à atuação de 18 empresas e entidades, sendo três delas ligadas às Linhas de Navegação da República Islâmica do Irã, e as demais vinculadas à Guarda Revolucionária.

A resolução estabelece também um regime de inspeção de cargas, semelhante ao que já existe em relação à Coreia do Norte.

Paralelamente à resolução, 40 empresas serão acrescidas a uma lista pré-existente de empresas com bens congelados no mundo todo, por suspeita de colaboração com programas nuclear e de mísseis do Irã.

A nova lista negra inclui um indivíduo chamado Javad Rahiqi, diretor de um centro de processamento de urânio. Ele terá bens congelados e será proibido de viajar ao exterior.

Foco de acaloradas discussões de última hora, a nova lista que surgiu na manhã de terça-feira continha 41 empresas, inclusive dois bancos. Ao final do dia, a China exigia a exclusão de um deles, o Banco de Desenvolvimento das Exportações do Irã.

Embora tenha votado pela sanção, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que a punição contra o Irã é ineficaz. "Você conhece um único exemplo de sanções eficazes? Em seu conjunto, são ineficazes", declarou Putin.

Horas antes da votação das prováveis sanções, as potências ocidentais rejeitaram o acordo do Irã com Brasil e Turquia acertado no mês passado.

Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, assinaram junto com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, um acordo segundo o qual o Irã entregaria 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido em troca de combustível nuclear especial para um reator de pesquisa médica para tratar pacientes com câncer. A ideia seria reduzir o estoque iraniano de material nuclear enriquecido e viabilizar o uso pacífico da tecnologia, o que demonstraria a boa vontade do regime islâmico.

EUA e seus aliados, no entanto, disseram que o acordo não altera a recusa do Irã em abandonar o enriquecimento de urânio, conforme exigiam cinco resoluções anteriores do Conselho de Segurança.Fonte: UOL Notícias - 09/06/2010

Entenda como funcionam as votações no Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da ONU impôs nesta quarta-feira (9) novas sanções ao programa nuclear do Irã, que parte do Ocidente suspeita estar voltada para o desenvolvimento de armas atômicas. Foram 12 votos a favor das sanções e dois contra (do Brasil e da Turquia). O Líbano se absteve.

O Conselho de Segurança é formado por 15 membros, dos quais cinco são permanentes e dez são rotativos.

EUA, Rússia, China, Reino Unido e França, os membros permanentes, são os únicos países do mundo que dispõem de armas nucleares nos termos da AIEA, e têm poder de voto nas votações do Conselho.

As cadeiras rotativas são ocupadas por membros da ONU eleitos em Assembleia Geral por mandatos de dois anos, sem possibilidade de dois mandatos consecutivos.

Atualmente, os membros rotativos são Áustria, Bósnia, Brasil, Gabão, Japão, Líbano, México, Nigéria, Turquia e Uganda.

As questões votadas pelo Conselho, para serem aprovadas, precisam do voto de todos os membros permanentes e de pelo menos mais quatro membros rotativos.

Em contraste com todos os outros organismos da ONU, que emitem recomendações aos governos, o Conselho de Segurança tem poder de tomar decisões que todos os outros Estados membros são obrigados a acatar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Reciclagem de óleo de cozinha produz biodiesel

A maior parte da matéria-prima vinda do óleo de cozinha jogado fora vai para a produção de biodiesel. Uma menor parte vira sabão.

bligo-OleoCozinha.jpgA ONG Trevo atende hoje 4.000 prédios na Grande São Paulo -fora os clientes que ela tem no setor comercial, como as grandes redes de fast-food. A instituição processa 250 toneladas por mês. Para realizar a coleta do óleo em prédios, a ONG vende um galão de 50 litros ao condomínio. Normalmente, ele é colocado na garagem.

"Quando recebemos o aviso de que o galão encheu, retiramos em 24 horas. A taxa é só pela primeira peça", diz Roberto Costacoi, da Trevo. Os prédios não recebem nada. No máximo, alguns mimos, como sabão.

O Instituto Triângulo, que também coleta óleo, opera da mesma forma. O material reciclado é coletado nos prédios ou nos pontos que existem em redes de supermercados. Qualquer pessoa pode ir a esses pontos e depositar seu recipiente com óleo.

"Processamos 16 toneladas ao mês. Boa parte disso é usada na nossa própria produção de sabão. Nosso fim é socioambiental", diz Fabrício França, diretor-conselheiro da Triângulo.

LONDRINA

Criado em novembro do ano passado, o projeto Eco Óleo, Eco Vida já colheu em Londrina (PR) 350 mil litros de óleo de cozinha usado.

Foram instalados 350 ecopontos em supermercados, associações de bairros, escolas e condomínios.

A iniciativa é uma parceria firmada entre o município e a BF Ambiental, do grupo Big Frango, de Rolândia (369 Km de Curitiba), a maior indústria de abate de aves do norte paranaense.

Ao ingressar no projeto, os consumidores recebem um galão de 1,5 litros para armazenar as sobras de óleo de cozinha em suas residências.

Quando ficam cheios, os recipientes são devolvidos aos ecopontos e, então, transferidos para a refinaria da Big Frango.

Lá, o óleo vira matéria-prima para rações, biodiesel e também para a indústria de cosméticos. A refinaria da empresa tem capacidade de processar 100 mil litros de óleo usado por dia.

Para cada litro de óleo de cozinha usado recebido, a empresa doa R$ 0,20 para o Hospital do Câncer de Londrina. O repasse é feito cada vez que se completa 1 milhão de litros arrecadados.

SAN FRANCISCO RECICLA ÓLEO E USA EM FROTA

Em San Francisco (EUA), a prefeitura criou em 2007 um programa para que o óleo de cozinha fosse reciclado. Desde então, o município recolhe gratuitamente todo o óleo coletado pelo comércio e pelas casas. Hoje, toda a frota municipal da cidade é abastecida com biodiesel gerado pelo óleo de cozinha.

Fonte:Folha de São Paulo - São Paulo, 03 de junho de 2010 

Comentário

- 1 litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água

- quando em contato com a  água do mar produz metano e ajuda no aquecimento global

Óleo de cozinha e o meio ambiente

O óleo de cozinha é altamente prejudicial ao meio ambiente e quando jogado na pia (rede de esgoto) causa entupimentos, havendo a necessidade do uso de produtos químicos tóxicos para a solução do problema. Muitos bares, restaurantes, hotéis e residências ainda têm jogado o óleo utilizado na cozinha na rede de esgoto, desconhecendo os prejuízos que isso causa.

Jogar o óleo na pia, em terrenos baldios ou no lixo acarreta três fins desastrosos a esse óleo:

■ permanece retido no encanamento, causando entupimento das tubulações se não for separado por uma estação de tratamento e saneamento básico;

■ se não houver um sistema de tratamento de esgoto, acaba se espalhando na superfície dos rios e das represas, causando danos à fauna aquática;

■ fica no solo, impermeabilizando-o e contribuindo com enchentes, ou entra em decomposição,   soltando gás metano durante esse processo, causando mau cheiro, além de agravar o efeito estufa.

Não jogar óleo em fontes de água, na rede de esgoto ou no solo é uma questão de cidadania e por isso deve ser incentivada. Fonte:HowStuffworks 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Liderança e Poder

 “O poder, em si, não constitui uma garantia moral:
o poderoso pode ter a espada na mão, mas nem por isso é dono do bem.”
(Contardo Calligaris)

A liderança é uma competência de caráter relacional, isto é, pressupõe uma relação entre duas ou mais pessoas fundamentada no exercício da influência. A regra é despertar o desejo, o interesse e o entusiasmo no outro a fim de que adote comportamentos ou cumpra tarefas. Além de relacional, a liderança também pode ser situacional, ou seja, determinada pelas circunstâncias.

O poder é o exercício da liderança. Em verdade, inexiste isoladamente, pois o que encontramos são relações de poder. Assim, é notório que se questione: como o poder é exercido por um líder?

Muitos são os estudos acerca dos tipos, bases e fontes de poder. Mencionamos, por exemplo, LIKERT e LIKERT (1979), KRAUSZ (1991), SALAZAR (1998) e ROBBINS (2002), mas ressaltando que todos beberam de alguma forma nos escritos de FRENCH e RAVEN (1959).

Fazendo uma compilação destes estudos, identificamos as seguintes formas de poder:

1. Poder por coerção. Baseia-se na exploração do medo. O líder demonstra que poderá punir o subordinado que não cooperar com suas decisões ou que adotar uma postura de confronto ou indolência. As sanções podem ser desde a delegação de tarefas indesejáveis, passando pela supressão de privilégios, até a obstrução do desenvolvimento do profissional dentro da organização. Pode ser exercido por meio de ameaças verbais ou não verbais, mas devido ao risco de as atitudes do líder serem qualificadas como assédio moral, o mais comum é retaliar o empregado, afastando-o de reuniões e eventos importantes, avaliando seu desempenho desfavoravelmente ou simplesmente demitindo-o.

2. Poder por recompensa. Baseia-se na exploração de interesses. A natureza humana é individualista e, quase sempre, ambiciosa. Ao propor incentivos, prêmios e favores, o líder eleva o comprometimento da equipe, fazendo-a trabalhar mesmo sem supervisão. A recompensa pode ser pecuniária, ou seja, em dinheiro, ou mediante reconhecimento e felicitações públicas. O risco de se usar este expediente como principal artifício para exercício do poder é vincular a motivação das pessoas e sua eficiência a algum tipo de retorno palpável e de curto prazo, inclusive enfraquecendo a autoridade do líder.

3. Poder por competência. Baseia-se no respeito. O líder demonstra possuir conhecimentos e habilidades adequados ao cargo que ocupa, além de atitudes dignas e assertivas. Os subordinados reconhecem esta competência e a respeitam veladamente. Um exemplo fora do mundo corporativo é a aceitação de uma prescrição médica, porque respeitamos o título do médico e seguimos seu receituário mesmo sem conhecer o profissional previamente ou o princípio ativo do medicamento.

4. Poder por legitimidade. Baseia-se na hierarquia. A posição organizacional confere ao líder maior poder quanto mais elevada sua colocação no organograma. É uma autoridade legal e tradicionalmente aceita, porém não necessariamente respeitada. Um exemplo típico é o poder que emana do “filho do dono” que pode ser questionado, embora raramente contestado, se sua inexperiência for evidenciada.

5. Poder por informação. Baseia-se no conhecimento. O líder, por deter a posse ou o acesso a dados e informações privilegiadas, exerce poder sobre pessoas que necessitam destas informações para realizar seus trabalhos. Note-se que o mero acesso a informações valiosas é suficiente para conferir poder a estas pessoas. É o caso das secretárias de altos executivos.

6. Poder por persuasão. Baseia-se na capacidade de sedução. O líder usa de argumentos racionais e/ou emocionais para envolver e convencer seus interlocutores da necessidade ou conveniência de realizarem certas tarefas, aceitarem decisões ou acreditarem em determinados projetos. Trabalha com base em aspectos comportamentais buscando ora inspirar, ora dissuadir os subordinados, de acordo com os objetivos pretendidos.

7. Poder por ligação. Baseia-se em relações. O líder apropria-se de sua rede de relacionamentos para alcançar favores ou evitar desfavores de pessoas influentes. Em tempos de desenvolvimento das chamadas redes sociais, ampliar e usar relações interpessoais constitui vantagem comparativa significativa.

8. Poder por carisma. Baseia-se na exploração da admiração. O líder adota um estilo envolvente, enérgico e positivo e alcança a obediência porque seus liderados simplesmente gostariam de ser como ele. As pessoas imitam-no, copiam-no, admiram-no com a finalidade de identificação.

Dentre todas as categorias apresentadas, não devemos idealizar uma forma de poder específica. Não há certo ou errado. Há o adequado. Em verdade, o mais indicado é que um líder saiba como, onde e quando exercer seu poder de acordo com o perfil dos subordinados, das circunstâncias e de seus objetivos. Assim, o poder carismático ou por recompensa podem proporcionar maior adesão e atração por suas ideias, da mesma maneira que o poder legítimo ou por coerção podem acarretar resistência por parte dos subordinados.

Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. - 14/04/2010

domingo, 6 de junho de 2010

Oliver Stone faz panfleto para Hugo Chávez em "Ao Sul da Fronteira"

Oliver Stone sempre se interessou por teorias de conspiração. Em "Ao Sul da Fronteira", documentário que dirigiu e entra em cartaz no país nesta sexta-feira, ele coloca um tempero latino em sua obsessão, ao radiografar, um tanto ligeiramente, os governos dos países da América do Sul, em especial o de Hugo Chávez, presidente da Venezuela.



Stone tenta comprovar um argumento: "A política do FMI, bancada pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush usa a América Latina como cobaia para suas experiências". O primeiro a se levantar contra isso, segundo o longa, foi Chávez.

Superficialmente, o diretor analisa as economias e políticas locais, destacando o que considera como heróis nacionais (Chávez, na Venezuela; Lula, no Brasil, e Evo Morales, na Bolívia) em detrimento a processos históricos. Na visão do diretor, a história é resultado daquilo que acontece agora. Pouco, ou quase nada, se fala do passado - a não ser os ecos da Revolução Cubana, de meio século atrás, na América Latina contemporânea.

Usando colagem de imagens à la Michael Moore ("Fahrenheit 11 de Setembro", "Sicko - SOS Saúde"), Stone ridiculariza a mídia norte-americana. Na primeira cena, uma apresentadora do canal Fox confunde cacau com coca. Um mix de clipes da televisão norte-americana mostra como é fácil a manipulação da informação.

Por ironia, o próprio Stone também comete erros sérios, como quando confunde a floresta amazônica com a cordilheira dos Andes num gráfico que pretende informar que, para se chegar da Venezuela à Bolívia, basta um voo em linha reta sobre a cordilheira, quando na verdade, a trajetória é uma reta cruzando o norte do Brasil.

O diretor insiste na tecla dos males do imperialismo norte-americano, mas, ao mesmo tempo, parece se esquecer do fato de que faz cinema nos Estados Unidos e essa é uma das formas mais eficientes da propaganda de seu país.

Mais irônico ainda é o diretor criticar o FOX News, quando seu próximo filme, "Wall Street 2", será lançado pela 20th Century Fox, um dos braços do mesmo conglomerado. Ou seja, ideologia não é bem o que parece guiar os interesses de Stone.

No filme, Chávez é uma figura polêmica e encantadora, divertido e espirituoso. Chama Bush de "burro" e "capeta", arrancando risos de uma plateia, e prega "uma revolução pacífica, mas armada". Cita Simon Bolívar a todo o momento e propõe aquilo que chama de "Revolução Bolivariana para a América Latina".

O filme passa boa parte do tempo acompanhando o presidente da Venezuela e frisando seu processo eleitoral, para deixar bem claro que ele não é um ditador, destacando o seu lado humano. Stone mostra o local onde estava a casinha de palha em que Chávez nasceu e o retrato de sua avó.

O tour de Stone continua pela América Latina, entrevistando seus governantes. Evo Morales recebe o diretor e o alerta para o fato de que as folhas de coca devem estar bem verdes para o consumo. O presidente da Bolívia se define "mais como um líder sindical do que presidente" de seu país.

Para Cristina Kirchner, presidente da Argentina, sobra o lado fútil da política. Ao som de uma música que faz lembrar o tema da série "Sex and the City", Stone conversa com ela e a pergunta mais contundente que faz é: "Quantos sapatos você tem?" Ela protesta e diz que ninguém pergunta a um homem quantas calças ele tem. Os assuntos sérios, Stone deixa para conversar com o marido dela, o ex-presidente Néstor Kirchner.

O presidente do Brasil, quando aparece, é saudado por Chávez como o seu irmão e ganha um abraço. Luiz Inácio Lula da Silva explica que, com a ascensão dos governos de centro-esquerda e esquerda na América Latina, pela primeira vez os pobres estão perto do poder.

Curiosamente, Stone nunca dá voz à população. Os pobres são sempre mencionados, mas nenhum popular tem direito a dar a sua opinião no filme de Stone. Fora os políticos, o diretor entrevista pensadores como Tariq Ali (que assina o roteiro com o economista Mark Weisbrot, crítico ferrenho do FMI), que é o autor do depoimento mais sensato do filme.

Perto do final de "Ao Sul da Fronteira", quando Barack Obama é eleito nos Estados Unidos, Chávez diz esperar "um novo Roosevelt" e a criação de uma nova política de bem-estar social (New Deal) para todos os continentes.

Já Stone, por sua vez, não se importa com nuances: para ele, Chávez é a chama da democracia, enquanto para a ex-secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice, um ditador a ser combatido. A verdade, porém, parece estar em algum ponto entre esses dois extremos. Fonte: UOL Cinema - 03/06/2010

Comentário: O filme deveria chamar os Bons Camaradas da Esquerda. É um filme analógico num mundo digital.

 

sábado, 5 de junho de 2010

Forrest Gump Brasileiro: Lula contador de histórias

O presidente Lula aproveitou a visita à fábrica da Volkswagen no ABC paulista para ampliar a fábrica de mentiras montada em sociedade com o amigo Mahmoud Ahmadinejad. “Todo mundo falava mal do Irã, mas ninguém tinha sentado no tête-à-tête”, reincidiu o campeão da gabolice. “Aquilo que os americanos não estavam conseguindo em 31 anos de negociações com o Irã o Brasil conseguiu em 18 horas de conversa”.

O Brasil não conseguiu coisa nenhuma. O presidente só conseguiu o de sempre: o papel de otário megalomitômano no espetáculo do cinismo. Lula nem imagina o que é fundamentalismo xiita, nunca ouviu falar do aiatolá Khomeini e talvez ignore que o regime instituído em 1979 fez a opção preferencial pelas cavernas em 1979. Mas sabe que o Irã não quer conversa com interlocutores sérios. Ele baixou em Teerã não como negociador, mas como cúmplice.

A discurseira na Volkswagen reafirma uma constatação e conduz a uma descoberta. Lula constatou que a política externa influencia, sim, o comportamento do eleitorado. E o Brasil que pensa descobriu que o presidente se faz de ingênuo por vigarice. Capricha na pose de mediador esforçado, iludido em sua boa fé pelos americanos, para apresentar Ahmadinejad como o bom moço enganado por vilões e, simultaneamente, apresentar-se como vítima da inveja de Barack Obama.

De volta aos palanques domésticos, Lula tenta agora transformar em vitória um fiasco e convencer plateias grávidas de credulidade de que só não foi promovido a pacificador do planeta por culpa de Hillary Clinton. É provável que muitos companheiros da Volks tenham engolido a farsa que já vai sendo desmontada em outros países. Em Israel, por exemplo, o candidato a secretário-geral da ONU já virou piada . É só o começo.

 “Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles”, prometeu José Serra no primeiro discurso como candidato à presidência. É hora de riscar esse restritivo “sobre nós” e rechaçar sem reverências nem eufemismos qualquer tipo de mentira. No caso do Irã, por exemplo, Lula finge lidar com uma democracia como tantas, injustamente impedida pelo imperialismo ianque de recorrer à energia nuclear para melhorar a vida dos cidadãos.

É preciso destruir sem demora a fábrica de mentiras. Cumpre à oposição mostrar aos brasileiros o que o regime iraniano efetivamente é: uma ditadura singularmente brutal, que estupra os direitos humanos, frauda eleições, odeia a liberdade de expressão, prende, tortura e mata quem não capitula, sonha com a eliminação física de todos os inimigos, envergonha o mundo civilizado e afronta todo o tempo a consciência universal.

Regimes assim não negociam. Tramam. Não têm interlocutores. Têm comparsas. Fonte: Veja - 3 de junho de 2010

Comentário:

O presidente Lula foi muito tempo sindicalista na região do ABC. Para o líder sindicalista não existe ética ou valores morais, mas sim  compromisso com o poder. A política sindicalista no Brasil é semelhante a política, não há muita diferença. Por causa disso, ele consegue manipular, fazer acordos partidários sem levar em consideração qualquer compromisso com a Nação.  Ele se preocupa com o poder, com a luta partidária,  instalar o partido no poder e não sair.

Como ele tem uma qualidade é um bom orador, sabe muito bem  satisfazer, manipular, atender os anseios desde a camada mais pobre e a falsa elite brasileira. Quando esse pensamento político brasileiro, que não existe compromisso com a Nação e sim com o poder, transfere para a política internacional, existe um choque de princípios; pois não temos ética, não cultuamos valores,  a sociedade está desagregada em termos de valores, em relação as principais Nações.

A ética é a arte de criar um caráter moral, de contrair hábitos de que resulte, naturalmente, um porte conforme as leis do dever. A moral é aquilo que denota bons costumes, boa conduta, segundo os preceitos socialmente estabelecidos e aceitos pela sociedade.

O caso do Irã é marcante, houve fraude nas eleições, é uma ditadura religiosa, o país tem uma visão  de destruir Israel a qualquer custo. Não tem muita lógica um país desenvolver programa nuclear para fins pacíficos, principalmente para área médica e outros fins.. Se esse fosse o compromisso o enriquecimento de urânio não seria prioritário. Na carta do presidente americano ao presidente do Brasil não se comenta em acordo e sim entendimentos para que o Irá pudesse atender os requisitos exigidos pela agência internacional de energia atômica. Agora qualquer reunião ou congresso político no Brasil, desde reunião de prefeitos, de trabalhadores, ele exalta que conseguiu um acordo que as principias Nações não conseguiram há anos. A vaidade do Lula alcoolizou seu pensamento. É triste para uma Nação que um presidente acha que a política internacional e a mesma coisa de um feudalismo político que existe nesse país, com uma sociedade de analfabetos, sem valores, etc. A nossa independência foi assim; lutamos contra império português, não tinha inimigo, o império caiu e a proclamação da  Republica contra o império, não houve luta. Uma Nação se forja de valores e lutas e assim se perpetua para as demais gerações. E a nossa é forjada em que? O jeitinho brasileiro? O sorriso ingênuo? Dá-se um jeito? Ele é o nosso Forrest Gump tupiniquim.     

Vídeo:

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Feira Nacional do Doce em Pelotas



A Feira Nacional do Doce- Fenadoce é um evento anual realizado para promover a cultura doceira da cidade de Pelotas – RS para todo o Brasil e exterior. Os famosos doces pelotenses, herança da colonização portuguesa, alemã e italiana, são responsáveis pelo desenvolvimento do setor doceiro que exporta as iguarias para diversas cidades do Brasil.

A Fenadoce nasceu em 1986, criada pelo Poder Público juntamente a outras entidades.

Para as doceiras, é a oportunidade de vender e divulgar os deliciosos doces pelotenses. Para os expositores, é a chance de entrar em contato com mais de 300 mil pessoas. Para os visitantes, a Fenadoce oferece um mundo de magia com diversas atrações culturais, gastronômicas e comerciais. Os 19 dias de feira são uma excelente oportunidade para se divertir, fazer negócios e conhecer nossos doces e nossa história.

A Cultura Doceira de Pelotas foi herdada de Portugal através das riquezas trazidas junto com os imigrantes que vieram em meados do século XIX.

Os imigrantes portugueses trouxeram em sua bagagem os maravilhosos: ninhos, fios-de-ovos, babas-de-moça, camafeus, papos-de-anjo, canudinhos recheados, pastéis de Santa Clara e outros mais. Os imigrantes italianos e alemães também tiveram parte nessa cultura, pois trouxeram e criaram suas fórmulas doces. Naquela época, todas as festas eram regadas a doces, já que para os imigrantes, doce e açúcar eram sinônimos de comemoração. Cada família tinha a tradição de passar suas receitas de geração em geração.

Chegamos à era da industrialização dos alimentos, que se uniu à confecção artesanal dos doces e fez crescer cada vez mais a produção local. Hoje, podemos dizer que os doces de Pelotas são conhecidos pelo Brasil inteiro.

Fonte: Fenadoce

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vício: Jogos eletrônicos

Compulsão por jogos eletrônicos pode gerar ansiedade e isolamento

Mudança no comportamento, abligo-VicioGame.jpgnsiedade, isolamento e até comprometimento da relação familiar podem revelar sintomas de um grave problema: a compulsão por jogos eletrônicos. Segundo o psiquiatra Fábio Barbirato, da Santa Casa de Misericódia, a maioria dos casos não chega ser uma compulsão patológica, mas sim um problema de falta de limites e controle.

A solução, em geral, cabe aos pais, principalmente quando se trata de crianças e jovens. Para o psiquiatra, o indivíduo que fica viciado em jogos eletrônicos normalmente já tem uma pré-disposição a isso. Segundo ele, o importante é observar quando o jogo passa a ser compulsivo, sendo comparado até mesmo ao vício por álcool ou drogas.

A melhor forma de se evitar o problema é o apoio e a observação da família. Para casos mais complexos, Fábio Barbirato orienta o apoio de um especialista e até mesmo o tratamento com medicamentos ou postos de saúde para ter orientação ou encaminhamento à uma unidade com serviço psicológico/psiquiátrico.

'Já fiquei um fim de semana sem dormir', diz jovem viciado em games

'Já fiquei um fim de semana todo sem dormir'. A declaração é de Jader Soares, de 19 anos, viciado em videogames. Foi baseado em depoimentos como este que a Santa Casa da Misericórdia, no Rio, passou a encarar brincadeiras de criança como problema de saúde.

Vício eletrônico

Ele admite que não consegue ficar nenhum dia sem jogar. “É um vício, não tenho como negar. E qualquer vício é ruim. O bom é você conseguir controlar e equilibrar”, pondera ele, que já se desvencilhou até da namorada pra ir para o computador. “Fui assistir um filme com ela às 15h, fiquei até as 16h30 e tínhamos um compromisso às 18h. Vim desesperado para casa jogar”, lembra ele.

Com Jorge, de 11 anos, os sintomas já começaram a ser físicos. “Ele chegava da escola, trocava de roupa e jogo. Todos os dias, só parava para comer e retornava. Aí comecei a perceber ele reclamando de dores na visão, dores de cabeça e associei às horas diante do jogo. Ele começou a ter problemas na escola, porque não prestava atenção na aula, não fazia dever de casa e f oi ficando um pouco agressivo. Eu via ele dizendo com raiva: ‘Eu tenho que acabar com ele’, falando o nome do personagem’”, conta Mônica, mãe do menino que, jogando, mal parou responder às perguntas da repórter.

Abstinência

“A gente percebe que tem crianças que sentem abstinência e ultrapassam dos limites. Preferem parar de curtir a adolescência para estar no videogame ou computador. Elas têm pouco relacionamento social, mais chances de ter obesidade e não sabem lidar com frustração, porque quando chega no limite, desliga o jogo”, explica o chefe do setor de neuropsiquiatria, Fábio Barbirato, da Santa Casa de Misericórdia.

Para o especialista, o papel dos pais é fundamental para evitar o isolamento e a ansiedade provocada pelo jogo. Não só para lhes dar opções de lazer fora da tela, mas para participar com esses adolescentes dessas atividades, criando um convívio familiar. “Esses jovens cada vez mais querem ficar jogando, como um viciado que quer cada vez beber mais”, afirma Barbirato. Fonte: G1-05/05/2010