terça-feira, 9 de dezembro de 2025
domingo, 7 de dezembro de 2025
Julgamentos de Nurembergue: os nazistas no banco dos reús
Com o fim da Segunda Guerra, os países aliados levaram os nazistas a julgamento. Pela primeira vez, representantes de um Estado tiveram que responder por seus crimes perante um tribunal internacional.
Os nazistas Hermann Göring (1893-1946), Rudolf Hess (1894-1987), Joachim von Ribbentrop (1893-1946) e Wilhelm Keitel (1882-1946) no banco dos réus em Nurembergue. Da esquerda para a direita: os nazistas Hermann Göring (1893-1946), chefe da Luftwaffe; Rudolf Hess (1894-1987), vice de Hitler; o ministro do Exterior Joachim von Ribbentrop (1893-1946); e o comandante supremo das Forças Armadas Wilhelm Keitel (1882-1946) Foto: Keystone Archives/Heritage-Imags/picture-alliance
"Por meio deste, acuso
as seguintes pessoas de crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a
humanidade: Hermann Wilhelm Göring, Rudolf Hess , Joachim von Ribbentrop…"
A sala 600 do Palácio da
Justiça de Nurembergue está lotada enquanto o procurador-chefe, o americano
Robert H. Jackson, lê um nome após o outro. Sua lista é longa. O
"Julgamento dos Principais Crimes de Guerra" contra 24 representantes
de alto escalão do Estado nazista tem início em 20 de novembro de 1945, em Nurembergue.
Ao longo dos próximos 218 dias de audiências, mais de 230 testemunhas serão
interrogadas, 300.000 declarações serão lidas e 16.000 páginas de atas serão
escritas.
A escolha de Nurembergue como
local do julgamento não foi coincidência. A cidade bávara já havia sido palco
das convenções em massa do Partido Nazista. Aqui, o regime nazista exerceu seu
poder, e aqui as Leis de Nurembergue foram promulgadas — a legislação racista e
antissemita que abriu caminho para o Holocausto .
MUDANÇA DE PARADIGMA
Foi a primeira vez na
história que altos representantes de um Estado foram responsabilizados
pessoalmente por seus atos desumanos. Uma novidade no sistema jurídico
internacional.
Após a derrota da Alemanha na
Segunda Guerra Mundial , as potências vitoriosas – Estados Unidos, Reino Unido,
França e União Soviética – uniram-se: os crimes do Terceiro Reich não poderiam
ficar impunes. Milhões de pessoas haviam sido vítimas do regime nazista –
assassinadas em campos de concentração, vítimas da guerra, da fome, da
escravização e do trabalho forçado.
Pela primeira vez, a questão
da culpa individual também se tornou crucial. "Até então, um líder como
Hermann Göring contava – e talvez até pensasse assim – que a Alemanha, o Estado
pelo qual ele agia, seria responsabilizada, mas não ele próprio", explicou
o jurista Philipp Graebke .
NINGUÉM SE DECLAROU CULPADO
À medida que os
interrogatórios aconteciam, um réu após o outro declarava-se
"inocente". "Os assassinatos em massa foram realizados exclusivamente
e sem influência, sob as ordens do chefe de Estado, Adolf Hitler",
argumentou Julius Streicher, um antissemita fanático e editor do jornal de
propaganda nazista Der Stürmer.
Walther Funk, em sua função de presidente do
Reichsbank (o banco central da Alemanha nazista), negou aos judeus o acesso às
contas bancárias.
Nessa posição, ele também
ordenou a transferência para o Reichsbank dos bens de judeus assassinados nos
campos de extermínio, incluindo o ouro de seus dentes. Em Nurembergue, ele testemunhou
no tribunal: "Ninguém morreu como resultado de medidas que ordenei. Sempre
respeitei a propriedade alheia. Sempre me esforcei para ajudar as pessoas
necessitadas. E para lhes proporcionar, na medida do possível, felicidade e
alegria."
O braço direito de Hitler, Hermann Göring ,
parcialmente responsável pela construção dos primeiros campos de concentração,
também se declarou "inocente" com convicção.
"Já disse que não tinha
a menor ideia da dimensão do que estava acontecendo", respondeu quando
questionado se havia uma política voltada para o extermínio dos judeus. Ele
afirmou estar ciente apenas de que a emigração dos judeus estava sendo
planejada, não o seu extermínio.
DOZE SENTENÇAS DE MORTE, SETE
SENTENÇAS DE PRISÃO
Muitos dos principais
nazistas não demonstraram remorso e consistentemente atribuíram a culpa
exclusivamente a Hitler, que já não podia ser condenado, pois havia cometido
suicídio nos últimos dias da guerra.
Mas toda negação foi inútil.
As evidências eram esmagadoras: filmes dos campos de concentração, depoimentos
de sobreviventes, cartas e ordens dos perpetradores. Pela primeira vez, o mundo
viu as atrocidades cometidas nos campos de Auschwitz-Birkenau , Buchenwald e
Bergen-Belsen.
Em 1º de outubro de 1946, os
primeiros Julgamentos de Nurembergue foram concluídos. O tribunal proferiu doze
sentenças de morte, sete sentenças de prisão e três absolvições aos réus
nazistas do alto escalão.
"JUSTIÇA DOS
VENCEDORES"
"Quando os réus foram condenados,
a maioria dos alemães pensou: 'Agora finalmente pegamos os verdadeiros culpados
e pronto'", diz Bernhard Gotto, do Instituto de História Contemporânea de
Munique-Berlim.
Sua colega Stefanie Palm
acrescenta: "Os Julgamentos de Nurembergue estabeleceram uma certa
narrativa entre a população alemã: [...] todos os outros apenas cumpriram
ordens, foram meros seguidores, não tinham culpa! [...] Adotou-se uma espécie
de perspectiva de vítima: 'Somos as vítimas desse pequeno grupo em torno de
Hitler'".
Sob esse ponto de vista, a
maioria dos alemães se opôs aos doze julgamentos subsequentes contra advogados,
médicos e industriais que atuaram no regime. O tribunal foi considerado
"justiça dos vencedores" [expressão pejorativa usada para se referir
à aplicação da justiça pela parte vitoriosa de um conflito], porque levanta
imediatamente a questão de até onde se estende a responsabilidade pelos crimes
nazistas", diz Gotto.
"E então, de repente,
não são mais apenas Göring e Keitel, a Wehrmacht [as Forças Armadas Alemãs),
Himmler e, claro, Hitler que são acusados de seduzir os alemães, mas o fardo
dessa culpa é distribuído por mais pessoas, e a maioria dos alemães não queria
aceitar isso."
PRECURSORES DO TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL
Hoje, os Julgamentos de
Nurembergue são considerados um marco no direito internacional. Em 1945,
esperava-se que os padrões legais aplicados em Nurembergue fossem replicados
igualmente a todos a partir de então. Nenhum criminoso de guerra deveria ter a
possibilidade de invocar unilateralmente o poder de seu cargo ou as leis de seu
próprio país.
O jurista Philipp Graebke
afirma que, a partir dos Julgamentos de Nurembergue, "podemos traçar uma
linha direta, através da tradição dos tribunais da ONU para crimes de guerra na
década de 1990, até a criação do Tribunal Penal Internacional (TPI)".
No entanto, "isso certamente
não levou à aplicação impecável do direito penal internacional desde 1946, nem
à aplicação impecável que vemos hoje", esclarece ele.
O TPI foi estabelecido em
Haia, na Holanda, apenas em 1998 e iniciou suas atividades em 2002. Mas nem
todos os Estados o reconhecem. As principais grandes potências estão ausentes
dos 125 Estados-membros: Estados Unidos, Rússia, China e Índia. Israel também
não é membro.
TPI: APENAS UM TIGRE DE
PAPEL?
Mas mesmo Estados que
reconhecem o TPI já desafiaram mandados de prisão. Até recentemente, a regra
para líderes acusados era simples: se você não quer ir para a prisão, basta
não sair do seu país.
Agora, nem isso é mais
necessário. Por exemplo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin , contra quem
existe um mandado de prisão pelo sequestro de crianças ucranianas, viajou para
a Mongólia, signatária do TPI, em setembro de 2024 e foi recebido com todas as
honras. A Mongólia é altamente dependente economicamente de seu poderoso
vizinho.
Portanto, o fato de um criminoso de guerra ser levado a julgamento depende do empenho dos Estados-membros. E o próprio Tribunal de Haia não têm os recursos nem a autoridade para levar os suspeitos a julgamento. Fonte: DW - quarta-feira, 19 de novembro de 2025
domingo, 30 de novembro de 2025
Fome à americana: 47 milhões nos EUA vivem sem saber se terão o que comer
Nos Estados Unidos, 47,4 milhões de pessoas vivem na incerteza diária sobre a próxima refeição, segundo dados oficiais de 2023 e 2024.
Enquanto o Brasil tem 54,7
milhões de pessoas sem saber se terão o que comer, os EUA —com economia 13
vezes maior— exibem um contingente semelhante de vulneráveis.
De tamanho comparável ao
Bolsa Família, o Snap teve repasses afetados durante os 43 dias do
"shutdown", entre 1º de outubro e 12 de novembro, quando o governo
dos EUA parou por falta de acordo orçamentário no Congresso.
"Há uma polarização no
mercado de trabalho: há vagas que tornam alguém riquíssimo e muitos empregos
que pagam muito pouco diante custo de vida nos EUA", diz Luke Shaefer,
professor de políticas públicas da Universidade de Michigan e um dos principais
especialistas do país em pobreza e bem-estar social.
Segundo ele, até o ano
passado o Snap era um raro exemplo de programa social bem-sucedido em um país
conhecido pela precariedade de sua rede de proteção.
O salário mínimo federal está
congelado em US$ 7,25 a hora desde 2009. Nesse período, os custos básicos
dispararam. Entre 2011 e 2024, o preço médio das casas saltou mais de 86% —de
US$ 225 mil para US$ 419 mil…
A retomada dos repasses do Snap no último dia
12 não significa que o problema acabou para quem depende do benefício.
ESPECIALISTAS DIZEM QUE A
TENDÊNCIA NOS EUA É QUE MAIS PESSOAS DEPENDAM DO SNAP.
Hoje são cerca de 42 milhões
de beneficiários (1 a cada 8 americanos), a um custo de US$ 100 bilhões (cerca
de R$ 533 bilhões). Em média, o repasse foi de US$ 190 por mês (cerca de R$
1.000).
No Brasil, o Bolsa Família
atendeu em novembro 48,6 milhões de pessoas (cerca de 1 a cada 4 brasileiros)
—o menor patamar de participantes em três anos.
O benefício médio ficou em R$
683. O orçamento reservado para este ano é de R$ 158,6 bilhões.
Embora ambos visem reduzir
fome e pobreza, Snap e Bolsa Família têm critérios diferentes. Nos EUA, o
benefício só pode ser usado para comprar alimentos.
No Brasil, o objetivo é a
transferência de renda, e a família decide como gastar —em comida, remédios ou
material escolar, por exemplo.
O Bolsa Família cobra
contrapartidas de frequência escolar e acompanhamento de saúde, inexistentes no
programa americano.
Por outro lado, o Snap exige
que adultos beneficiários comprovem um certo período de horas mensais
trabalhadas, ainda que de modo voluntário.
Trump não esconde o interesse
em cortar o Snap, ação que já começou com a aprovação em julho da lei
orçamentária "One Big Beautiful Bill Act" (em tradução livre,
"Uma Grande e Bela Lei"), que impôs regras mais rígidas ao programa.
Os critérios para receber o
benefício variam de estado para estado, mas, basicamente, é preciso comprovar
renda abaixo de determinado limite.
O que muda no Snap com Trump
·
Trabalho
obrigatório: adultos de 18 a 64 anos sem emprego ou atividade qualificada por
80h/mês só recebem benefício a cada período de três anos.
·
Benefícios menores:
famílias sem idosos ou deficientes terão menos ajuda. Isenção para cuidadores
vale só para crianças menores de 14 anos.
·
Imigrantes
afetados: refugiados, asilados e pessoas com proteção humanitária têm
elegibilidade limitada ou eliminada.
·
Especialistas
consideram a exigência de 20 horas de trabalho por semana inexequível em
algumas regiões e estimam que milhões perderão o benefício.
Fonte: UOL, em Washington (EUA)-29/11/2025
sábado, 29 de novembro de 2025
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Bomba da 2ª Guerra força evacuação de 21 mil na Alemanha
Três especialistas em remoção
de explosivos atuaram por cerca de uma hora para desabilitar os explosivos da
bomba, que pesava cerca de 450 quilos.
Após a operação de
desativação, a bomba foi removida e os moradores puderam retornar às suas
casas.
Antes da remoção, vias e estradas
de ferro dentro de um raio de 800 metros foram bloqueados e cerca de 21 mil
pessoas tiveram que deixar suas casas e apartamentos.
Essa foi a maior operação de
evacuação já realizada em Nurembergue após a descoberta de uma bomba da época
da 2° Guerra, informaram as autoridades da cidade.
A bomba havia sido encontrada
nesta semana durante trabalhos de construção na Rua Avenarius, no distrito de
Grossreuth, no oeste da cidade.
CENTENAS DE EQUIPES DE
EMERGÊNCIA NO LOCAL
A partir das 19h30 (horário local)
de sexta-feira, a polícia começou a bloquear ruas na área afetada. Veículos com
alto-falantes percorreram a região para informar os moradores.
Ônibus de transporte levaram
os afetados ao centro escolar de Berliner Platz (Praça de Berlim), onde um centro
de atendimento foi montado.
As autoridades também pediram
aos moradores que deixassem suas casas o mais cedo possível e ficassem com
parentes ou amigos.
Quase 500 bombeiros, cerca de
250 voluntários do serviço de resgate, 60 membros da organização de proteção
civil (THW) e mais de 100 policiais participaram da operação em apoio às
equipes que desativaram os explosivos.
PROBLEMA RECORRENTE NA
ALEMANHA
As descobertas de bombas da
Segunda Guerra Mundial em canteiros de obras e construções ocorrem com frequência
em todo o país.
Em setembro, duas bombas da
Segunda Guerra Mundial encontradas em bairros diferentes de Berlim, acabaram
forçando a retirada de mais de 20 mil moradores de suas casas.
Em agosto, equipes de
segurança desativaram uma bomba de fabricação britânica encontrada em Dresden,
no leste da Alemanha. A operação para desarmar o dispositivo de 250 quilos
exigiu a evacuação de 17 mil pessoas que viviam em um raio de mil metros de
onde o artefato se encontrava.
Uma bomba da 2ª Guerra de 500
quilos encontrada em Berlim em 2023Uma bomba da 2ª Guerra de 500 quilos
encontrada em Berlim em 2023
Em junho, a cidade de Colônia
precisou evacuar 20 mil pessoas para desarmar três bombas americanas lançadas
por aviões na Segunda Guerra. No estado da Renânia do Norte-Vestfália, onde
fica a cidade, mais de 1,6 mil explosivos foram desativados no ano passado.
Já no estado de Brandemburgo,
que fica ao redor de Berlim, apenas em 2024, especialistas coletaram 90 minas,
48 mil granadas, 500 bombas incendiárias, 450 bombas de alto poder explosivo
com mais de cinco quilos e cerca de 330 mil cartuchos.
Cidades como Frankfurt também
enfrentam o problema. Em 2018, 60 mil pessoas precisaram deixar suas casas para
que um explosivo fosse desarmado.
Em 2012, uma bomba precisou
ser completamente detonada em Munique. Procedimento similar acontece com
frequência quando dispositivos são encontrados no leito de rios como o Elba e o
Reno.
O problema também atinge
vários países vizinhos. Na França e na Bélgica, munições das duas Guerras
Mundiais são encontradas regularmente, especialmente da Primeira Guerra, em
regiões como Verdun e Somme.
Na Itália, a seca no Vale do Rio Pó em 2022 trouxe à tona explosivos antigos. No Reino Unido, uma bomba alemã de uma tonelada teve que ser detonada de forma controlada em Exeter em 2021, danificando mais de 250 prédios. Fonte: DW - sábado, 15 de novembro de 2025
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
sábado, 18 de outubro de 2025
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Dia do Pão
Dia (16) é celebrado o Dia Mundial do Pão. Segundo o Sampapão, entidade que representa o setor de panificação e confeitaria de São Paulo, em todo o mundo, o Brasil é o país que tem mais padarias, com mais de 70 mil unidades, sendo que quase metade delas (32 mil) está localizada na Região Sudeste.
De acordo com a Euromonitor,
que fez um levantamento encomendado pelo Sampapão, a cada ano cerca de 2,4
bilhões de compras são feitas em padarias no Brasil. No ano passado, o setor
movimentou R$ 178,1 bilhões, com 7,6 milhões de toneladas produzidas, informou
o Euromonitor.
A expectativa é que, nos
próximos três anos, o mercado total de produtos de panificação no Brasil (e que
inclui pães, doces, misturas para sobremesas, produtos assados congelados e
bolos) alcance R$ 210 bilhões. Fonte: Agência
Brasil - Publicado em 15/10/2025
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
domingo, 5 de outubro de 2025
Quantos carros haverá no mundo em 2025?
Se você quiser saber quantos carros haverá na Terra em 2025, há cerca de 1,644 bilhão de veículos no mundo, com base em uma análise de dados feita pela Hedges & Company em janeiro de 2025 e publicada no mesmo mês.
A maioria dos carros e
caminhões do mundo está na Ásia/Oceania 2. Ela concentra mais de um terço de
todos os veículos do planeta e é um mercado em rápido crescimento. Muitas
pessoas pensam que a América do Norte é obcecada por carros, mas a América do
Norte está em terceiro lugar. A Europa, em segundo lugar, detém 26% dos
veículos do mundo, enquanto a América do Norte detém apenas 23%.
Veja quantos carros e
caminhões existem no mundo, divididos por região.
1). Ásia/Oceania: 619 milhões
de veículos nas estradas
2). Europa: 431 milhões de
veículos (282 milhões na UE mais 149 milhões em países fora da UE)
3). América do Norte: 370
milhões de veículos
4). América do Sul: 105
milhões de veículos
5). Oriente Médio: 69 milhões
de veículos
6). África: 50 milhões de
veículos
7). Antártida : cerca de 75
veículos
Fonte: Hedges & Company - Pesquisa de Mercado Automotivo - atualizado
em 18 de setembro de 2025
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
sábado, 20 de setembro de 2025
Pressão 12 por 8 passa a ser considerada pré-hipertensão
Uma nova diretriz brasileira de manejo da pressão arterial passa a considerar a aferição 12 por 8 não mais como pressão normal, mas como indicador de pré-hipertensão. O documento foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão.
De acordo com a Diretriz
Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, a reclassificação tem como objetivo
identificar precocemente indivíduos em risco e incentivar intervenções mais
proativas e não medicamentosas no intuito de prevenir a progressão do quadro de
hipertensão dos pacientes.
A partir de agora, portanto,
para que a aferição passe a ser considerada pressão normal, ela precisa ser
inferior a 12 por 8. Valores iguais ou superiores a 14 por 9 permanecem sendo
considerados quadros de hipertensão em estágios 1, 2 e 3, a depender da
aferição feita pelo profissional de saúde em consultório.
Nas redes sociais, a Sociedade Brasileira de Cardiologia avaliou o documento como fundamental no sentido de orientar a prática clínica de cardiologistas em todo o país. “Atualização essencial para quem busca fazer medicina baseada em evidências e alinhada às recomendações mais recentes”, postou a entidade. Fonte: Agência Brasil-Publicado em 19/09/2025
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
sábado, 23 de agosto de 2025
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
domingo, 10 de agosto de 2025
Nagasaki lembra os 80 anos do ataque atômico contra a cidade

Nagasaki observou um minuto de silêncio neste sábado (09/08) em memória do momento em que, há 80 anos, a bomba atômica caiu sobre a cidade japonesa, enquanto o sino de uma igreja restaurada tocava pela primeira vez desde o ataque.
Em 9 de agosto de 1945, às 11h02, horário local, três dias após Hiroshima, Nagasaki sofreu o horror da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos. Cerca de 74 mil pessoas perderam a vida nesta cidade portuária no sudoeste do Japão, somando-se às 140 mil vítimas de Hiroshima.
"Oitenta anos se
passaram, e quem imaginaria que o mundo se tornaria assim? Parem os conflitos
armados imediatamente!", instou o prefeito da cidade, Shiro Suzuki,
durante a cerimônia diante de representantes de cerca de 100 países.
"Confrontos estão se
intensificando em vários lugares devido a um ciclo vicioso de enfrentamento e
divisão. Uma crise que pode ameaçar a sobrevivência da humanidade, como uma
guerra nuclear, paira sobre todos nós que vivemos neste planeta",
acrescentou ele sob chuva torrencial, que parou durante o minuto de silêncio.
Cerca de 2.600 pessoas,
compareceram a um evento memorial no Parque da Paz de Nagasaki, onde Shiro
Suzuki e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, discursaram, entre outros
convidados.
"TERROR INVISÍVEL"
Às 11h02, horário exato em
que a bomba de plutônio explodiu sobre Nagasaki, os participantes observaram um
momento de silêncio enquanto um sino tocava.
"Mesmo após o fim da
guerra, a bomba atômica trouxe um terror invisível", disse o sobrevivente
Hiroshi Nishioka, de 93 anos, em seu discurso no memorial, observando que
muitos dos que sobreviveram sem ferimentos graves começaram depois a sangrar
das gengivas e perdes os cabelos e a morrer.
A explosão "parece algo
muito antigo, mas para as pessoas que a vivenciaram, deve ser como se tivesse
sido ontem. Devemos lembrar que estes são eventos reais", disse Atsuko
Higuchi, moradora de Nagasaki de 50 anos, presente perto do Parque da Paz.
SINO VOLTA A SOAR APÓS 80
ANOS
Como símbolo desta comemoração,
o sino de uma catedral destruída pela explosão da bomba e restaurado por
cristãos americanos tocou pela primeira vez em 80 anos.
A igreja de tijolos vermelhos
dedicada à Imaculada Conceição, ladeada por duas torres de sinos, a Catedral de
Urakami fica no topo de uma colina na cidade. Foi reconstruída em 1959, após a
,destruição do edifício original a algumas centenas de metros de distância.
Apenas um de seus dois sinos
foi encontrado entre os escombros. Com fundos coletados de fiéis americanos, um
novo sino foi construído e restaurado na torre, e tocou no sábado no exato
momento em que a bomba foi lançada.
Para seu principal sacerdote,
Kenichi Yamamura, esta restauração "mostra a grandeza dos seres humanos, a
prova de que aqueles que pertencem ao lado que feriu o outro podem um dia
buscar redenção".
"Não se trata de
esquecer as feridas do passado, mas de reconhecê-las e agir para repará-las,
reconstruí-las e, assim, trabalhar juntos pela paz", acrescentou Yamamura.
Apesar da dor causada pelos
ferimentos, discriminação e doenças causadas pela radiação, os sobreviventes se
comprometeram publicamente com o objetivo comum de abolir as armas nucleares.
Mas eles se preocupam com o mundo caminhando na direção oposta.
TRANSMITINDO LIÇÕES
Sobreviventes idosos e seus
apoiadores em Nagasaki agora depositam suas esperanças de alcançar a abolição
das armas nucleares nas mãos dos mais jovens, dizendo-lhes que o ataque não é
uma história distante, mas uma questão que permanece relevante para o seu
futuro.
"Há apenas duas coisas
pelas quais anseio: a abolição das armas nucleares e a proibição da
guerra", disse Fumi Takeshita, um sobrevivente de 83 anos. "Busco um
mundo onde as armas nucleares nunca sejam usadas e que todos possam viver em
paz."
Na esperança de transmitir as
lições da história às gerações atuais e futuras, Takeshita visita escolas para
compartilhar sua experiência com as crianças.
"Quando vocês crescerem
e se lembrarem do que aprenderam hoje, por favor, pensem no que cada um de
vocês pode fazer para evitar a guerra", disse Takeshita aos alunos durante
uma visita à escola no início desta semana.
Teruko Yokoyama, de 83 anos,
membro de uma organização de Nagasaki que apoia sobreviventes, disse que pensa
na crescente ausência daqueles com quem trabalhou, e isso alimenta seu desejo
de documentar a vida de outros que ainda estão vivos.
O número de sobreviventes
caiu para 99.130, cerca de um quarto do número original, com idade média
superior a 86 anos. Os sobreviventes se preocupam com o desaparecimento das
memórias, já que os mais jovens dos sobreviventes eram jovens demais para se
lembrar do ataque. Fonte: DW- sábado, 9
de agosto de 2025
sábado, 9 de agosto de 2025
Nos 80 anos de Hiroshima, armas atômicas estão em alta
![]() |
Nuvem de cogumelo gerada pela
explosão da bomba nuclear sobre Hiroshima em 6
de agosto de 1945 |
"Naquele momento, vi o
clarão branco-azulado na janela. No instante seguinte, senti como se estivesse
flutuando no ar. A onda de choque da detonação nos catapultou para o ar."
A ativista antinuclear Setsuko Thurlow, agora com 93 anos, descreveu o momento
em que a bomba atômica americana batizada como "Little Boy" detonou sobre
Hiroshima às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945.
De 90 mil a 136 mil pessoas
morreram instantaneamente ou sucumbiram mais tarde aos graves ferimentos.
Setsuko Thurlow tinha 13 anos e era estudante na época. Ela relatou
repetidamente o horror daquele dia, que mudou tudo.
"Aos poucos, consegui
distinguir figuras. Eram pessoas. Mas não pareciam pessoas. Seus cabelos
estavam arrepiados. Estavam cobertos de sangue. A pele e a carne estavam
penduradas nos ossos. Partes inteiras do corpo estavam faltando. E alguém
caminhava por ali com seus olhos nas mãos", continuou Thurlow. Seus pais
sobreviveram. Mas sua irmã e uma sobrinha morreram poucos dias após a explosão.
![]() |
Hiroshima após o bombardeio
atômico: a cidade foi quase completamente destruída |
Thurlow dedicou sua vida à luta contra as armas nucleares, tornando-se uma figura de destaque na Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (Ican, na sigla em inglês). A aliança para a abolição de todas as armas nucleares recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2017. Thurlow proferiu um comovente discurso na cerimônia de premiação.
Desde 1947, o Sino da Paz
toca em Hiroshima às 8h15 do dia 6 de agosto. Uma cerimônia é realizada para
homenagear os mortos. O prefeito em exercício pede a abolição das armas
nucleares e apela pela paz no mundo. Em sua Constituição adotada em 1946, a
chamada "Constituição da Paz", o Japão se comprometeu a nunca mais
travar guerras. Além disso, em 1967, o país adotou os "Princípios Não
Nucleares", segundo os quais rejeita a posse e a importação de armas
nucleares.
![]() |
Vista aérea de Hiroshima
completamente destruída após bomba atômica dos EUA |
No caso de um possível uso de
armas nucleares, o Japão a Alemanha não teriam liberdade para agir. Os Estados
Unidos teriam a palavra final. Na Alemanha, a palavra-chave é compartilhamento
nuclear, por meio do qual a Alemanha, país sem armas nucleares, poderia
participar do uso de armas nucleares compartilhadas pelos Estados Unidos.
Especialistas acreditam que 20 bombas nucleares americanas estejam armazenadas
na cidade de Büchel, no estado alemão de Renânia-Palatinado. A autoridade
decisória sobre essas armas é do presidente americano em exercício. No entanto,
as armas nucleares seriam lançadas em seus alvos por jatos alemães.
Menos sobreviventes
No entanto, este ano já conta
com menos sobreviventes — conhecidos como hibakusha — do que 2023.
Um relatório do governo
divulgado em março confirmou que agora existem apenas 99.130 hibakusha vivos —
7.695 a menos que no ano passado. A idade média dos sobreviventes hoje é de 86
anos.
Em contrapartida, museus,
organizações e indivíduos se mobilizam para manter suas histórias vivas.
No 80º aniversário das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, apenas algumas testemunhas – conhecidas como hibakusha – ainda podem relatar suas próprias experiências e alertar, como Setsuko Thurlow: "Ainda temos 16 mil dessas armas. É uma loucura, até mesmo um crime. Não vou parar nunca de explicar às pessoas que estamos vivendo na era nuclear, e é por isso que levantaremos nossas vozes. Porque os políticos ainda estão construindo mais. Em vez de um Estado com armas nucleares, como era o caso na época, agora são nove países. Temos que interromper esse processo!" Fonte: Fonte: DW-terça-feira, 5 de agosto de 2025
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
quarta-feira, 30 de julho de 2025
quarta-feira, 23 de julho de 2025
segunda-feira, 14 de julho de 2025
sábado, 12 de julho de 2025
Explosão do dirigível Hindenburg em 1937
O dirigível Hindenburg tinha
245 metros de comprimento, 41,5 metros de diâmetro, voava a 135 km/h, com
autonomia de voo de 14 mil quilômetros, e havia sido construído pela Zeppelin,
na Alemanha. Ele era, em sua época, o maior e mais moderno dirigível do mundo.
O acidente aconteceu no final
de uma tarde chuvosa, 77 horas depois da decolagem em Frankfurt. A bordo
estavam 61 tripulantes, 36 passageiros, dois cachorros, além de bagagem, cargas
e correspondências. O forte vento em Lakehurst havia obrigado o capitão Max
Pruss a sobrevoar o atracador por duas vezes. Ao mesmo tempo, ordenou que
fossem soltos gás e mais de uma tonelada de água para aliviar o peso.
O zepelim já estava com as
escadas baixadas quando, a 60 metros do chão, iniciou-se um incêndio em sua
cauda. Meio minuto depois, o corpo do dirigível caía, em chamas, com o solo.
Chocado, Herb Morris,
repórter da CBS que fazia a cobertura da aterrissagem, apenas balbuciava:
"Terrível, ele está caindo. Os passageiros... não posso continuar. A pior
catástrofe do mundo".
DERROTA PARA O GOVERNO
NAZISTA
Cinco equipes de
cinegrafistas e massas de repórteres e fotógrafos guardaram para o mundo as
imagens da destruição do orgulho dos alemães da época. O fogo consumiu o
dirigível em poucos segundos, matando 35 pessoas. Foi o primeiro acidente com o
zepelim, que já havia percorrido 2 milhões de quilômetros nos oito anos em que
estava sendo usado no transporte comercial.
Diversas comissões de peritos
tentaram descobrir a causa da explosão, sem alcançar resultados concretos. Na
época, correram várias versões. Podia ter sido um problema técnico, mas também
uma sabotagem dos norte-americanos, duas semanas após o bombardeio de Guernica
pelos alemães. Ou teria sido um complô judeu? Da concorrência? Ou ainda dos
agricultores cujos campos ficavam em volta do campo de pouso?
PERITOS APONTAM PARA CAUSA
NATURAL
Os técnicos têm quase certeza de que a causa está nas leis da física. O gás hidrogênio, que fazia o balão flutuar, vazou devido a uma trágica cadeia de circunstâncias e explodiu em contato com o ar, por causa da eletricidade estática acumulada na atmosfera com o temporal. O fogo espalhou-se rapidamente pela parede externa do dirigível, feita de algodão e linho e revestida por uma fina camada de alumínio. Fonte: DW - quarta-feira, 2 de julho de 2025
sexta-feira, 11 de julho de 2025
Dia da Pizza
Dia da Pizza: cidade de São Paulo produz quase 4 'redondas' por segundo e abriga pizzaiolos brasileiros mais premiados
Mais de 314 mil pizzas saíram dos fornos paulistanos por dia em 2024, de acordo com a Apubra (Associação Pizzarias Unidas do Brasil). Em 2023, eram 190.955 por dia - um aumento de 64%.
Se considerarmos o estado, São Paulo é responsável pela produção de cerca de um terço dos 2,5 milhões de discos feitos diariamente no país – cerca de 823 mil unidades.
São Paulo é a cidade ideal
para quem quer comemorar o Dia Mundial da Pizza, celebrado em 10 de julho.
Afinal, 3,6 "redondas" são produzidas por segundo na capital
paulista, de acordo com dados da Apubra (Associação Pizzarias Unidas do
Brasil).
Mais de 314 mil pizzas saíram
dos fornos paulistanos por dia em 2024, de acordo com a Apubra (Associação
Pizzarias Unidas do Brasil). . Em 2023, eram de 190.955 por dia - um aumento de
64%.
Se considerarmos o estado,
São Paulo é responsável pela produção de cerca de um terço dos 2,5 milhões de
discos feitos diariamente no país – cerca de 823 mil unidades.
A iguaria não é devorada
apenas nos salões das pizzarias. É sucesso também no delivery. São Paulo lidera
o ranking entre os estados que mais pedem pizza no país pela plataforma do
iFood.
Em 2024, o iFood computou 36
milhões de pedidos do pizza no estado de São Paulo. Neste ano, só no primeiro
semestre – até junho –, foram quase 19 milhões de pedidos, 10% a mais que no
mesmo período do ano passado.
O negócio de fazer pizzas também tem se mostrado apetitoso. No Brasil, de acordo com dados da Apubra, o setor de pizzarias cresceu 7,25% em 2024, em relação a 2023, considerando o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos – sendo que houve uma alta de 9,52% na inauguração de novas unidades em relação ao ano anterior. Fonte: G1 SP — SÃO PAULO - 10/07/2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
sábado, 28 de junho de 2025
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Um em cada 9 adolescentes usa cigarro eletrônico no Brasil
Segundo o levantamento, a
quantidade de usuários jovens que usam cigarro eletrônico já é cinco vezes o
total daqueles que fumam o cigarro tradicional. A pesquisa utilizou dados de
2022 a 2024 do Terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad 3). É a
primeira vez que cigarros eletrônicos entram no levantamento.
Apesar de o produto ser
proibido no Brasil, a coordenadora da pesquisa e professora de psiquiatria da
Unifesp, Clarice Madruga, ressalta que é muito fácil comprar o aparelho pela
internet, o que amplia o acesso.
Outro problema, aponta a
pesquisadora, é o risco à saúde, já que a inalação de substâncias altamente tóxicas,
como a nicotina, é muito maior no cigarro eletrônico, se comparado ao cigarro
tradicional. Clarice lamenta o retorno do crescimento do uso de cigarro, após o
sucesso de políticas antitabagistas, iniciadas na década de 1990, que tinham
freado o consumo.
"A gente teve uma
história gigantesca de sucesso de políticas que geraram uma queda vertiginosa
no tabagismo, mas que um novo desafio quebrou completamente essa trajetória. E
a gente hoje tem um índice de consumo, principalmente entre adolescentes, muito
superior e que está totalmente invisível”, afirma.
Os participantes ouvidos no estudo receberam a opção de serem encaminhados para tratamento no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da Unifesp. Fonte: Agencia Brasil - Publicado em 17/06/2025
quinta-feira, 19 de junho de 2025
Um a cada 20 brasileiros não sabe ler ou escrever, mostra IBGE
O Brasil registrou, em 2024, 9,1 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever —uma taxa de analfabetismo de 5,3%. Os dados são da Pnad Contínua Educação 2024, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O QUE ACONTECEU
A taxa de analfabetismo caiu
de 6,7%, em 2016, para 5,3%, em 2024, redução de 1,4 ponto percentual, segundo
o IBGE.
O indicador mostra que o
Brasil atendeu parcialmente à Meta 9 do PNE (Plano Nacional de Educação), em
vigor até dezembro de 2025, no que diz respeito à redução da taxa de
analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais para 6,5% até 2015. No entanto,
não cumpriu a meta de erradicação total até 2024.
·
Maior parte dos
analfabetos está na Região Nordeste (55,6% do total): 5,1 milhões de
indivíduos.
·
O Sudeste aparece
em seguida (22,5%), com 2,1 milhões de pessoas.
ANALFABETISMO NO BRASIL AINDA
ESTÁ FORTEMENTE ASSOCIADO À IDADE.
Em 2024, 5,1 milhões de
analfabetos tinham 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de 14,9% nesse
grupo. Entre os mais jovens, os percentuais diminuem progressivamente: 9,1%
entre as pessoas com 40 anos ou mais, 6,3% entre aquelas com 25 anos ou mais, e
5,3% na população com 15 anos ou mais.
A DESIGUALDADE DE GÊNERO
TAMBÉM APARECE NOS DADOS.
A taxa de analfabetismo entre
mulheres de 15 anos ou mais foi de 5,0%, enquanto entre os homens foi de 5,6%.
Entre os idosos, o percentual de mulheres analfabetas (15,0%) superou levemente
o dos homens (14,7%). Para o instituto, "apesar da leve oscilação, essa
diferença segue como uma das menores da série histórica, indicando uma
tendência de equilíbrio entre os sexos".
A ANÁLISE POR COR OU RAÇA
ESCANCARA DESIGUALDADES EDUCACIONAIS.
Entre as pessoas de 15 anos
ou mais, 3,1% dos brancos eram analfabetos, enquanto a taxa foi de 6,9% entre
pretos ou pardos. A disparidade é ainda mais acentuada entre os idosos: 21,8%
das pessoas pretas ou pardas com 60 anos ou mais não sabiam ler nem escrever,
frente a 8,1% dos brancos. Mesmo com uma queda de 0,9 p.p. entre os idosos
pretos ou pardos em relação a 2023, "a taxa permanece quase três vezes
superior à observada entre pessoas brancas da mesma faixa etária, evidenciando
um legado estrutural de exclusão educacional", destaca o IBGE.
DESIGUALDADES NO NÍVEL DE
ESCOLARIDADE
Segundo o IBGE, 56% da
população com 25 anos ou mais havia concluído, no mínimo, o ensino médio.
·
"Destaca-se
o percentual de pessoas com o ensino médio completo, que passou de 29,9%, em
2022, para 31,3%, em 2024", aponta a pesquisa.
·
Entre os que não
completaram o ciclo básico, 5,5% não tinham instrução alguma.
·
Outros 26,2%
tinham ensino fundamental incompleto, 7,4% haviam concluído o fundamental e
4,9% interromperam os estudos no médio.
A DESIGUALDADE POR GÊNERO
PERMANECE.
Em 2024, 57,8% das mulheres
com 25 anos ou mais haviam completado a educação básica obrigatória, contra
54,0% entre os homens. Os dois grupos apresentaram crescimento em relação ao
ano anterior, o que revela "uma tendência positiva no acesso à
escolarização".
DISPARIDADE ENTRE BRANCOS E
PRETOS SE MANTÉM.
"63,4% das pessoas de
cor branca haviam concluído o ciclo básico educacional, contra 50,0% das
pessoas de cor preta ou parda, resultando em uma diferença de 13,4 p.p. entre
esses grupos", aponta a pesquisa. O número é praticamente o mesmo de 2023,
quando a diferença era de 13,5 pontos percentuais.
O número médio de anos de
estudo da população com 25 anos ou mais foi de 10,1 em 2024, frente a 9,9 em
2023.
As mulheres seguem com maior
escolaridade média (10,3 anos) do que os homens (9,9 anos). A diferença por
raça ou cor também persiste: pessoas brancas alcançaram 11 anos de estudo,
enquanto pretas ou pardas atingiram 9,4 anos. A desigualdade, embora ainda
significativa, caiu em relação a 2023, quando era de 2 anos. Fonte: UOL, em São Paulo - 13/06/2025
sexta-feira, 13 de junho de 2025
terça-feira, 10 de junho de 2025
quinta-feira, 5 de junho de 2025
Bombas da Segunda Guerra fazem Alemanha evacuar 20 mil pessoas em Colônia
Colônia sofreu uma das maiores evacuações de sua história após autoridades encontrarem três bombas americanas. Museus, hotéis, escolas e linhas de trem foram afetados.
Cerca de 20 mil pessoas
tiveram que deixar suas casas na cidade alemã de Colônia, no estado da Renânia
do Norte-Vestfália, para que autoridades pudessem desativar com segurança três
bombas da Segunda Guerra Mundial, numa das maiores evacuações na história da
cidade desde o fim do conflito, segundo a prefeitura.
A ordem de evacuação, válida
a partir das 8h desta quarta-feira (04/06) para um raio de mil metros, afetou
boa parte do centro antigo da cidade. A zona de exclusão incluiu o centro
histórico de Colônia, 58 hotéis, várias escolas, um hospital, casas de repouso,
creches, além de empresas e locais para eventos. Grande parte da administração
da cidade também teve que ser evacuada, assim como os estúdios da emissora de
TV alemã RTL.
As bombas, duas de uma
tonelada e uma de meia tonelada, são de fabricação americana e foram
encontradas na segunda-feira.
A ordem de evacuação foi
removida no início da noite desta quarta-feira (horário local), após
especialistas desarmarem os artefatos com sucesso.
EVACUAÇÕES POR CAUSA DE
BOMBAS ANTIGAS NÃO SÃO RARAS
Pivô da Segunda Guerra
Mundial, a Alemanha convive até hoje com a ameaça de bombas não detonadas
daquele período. Há evacuações por causa disso todos os anos, sempre que
operários escavam a terra para fazer alguma obra e descobrem algum explosivo
adormecido sob o solo.
Isso é especialmente comum em
Colônia, já que a cidade foi uma das mais bombardeadas no conflito.
Apenas na Renânia do
Norte-Vestfália, mais de 1,6 mil bombas foram desarmadas no ano passado. Um dos
motivos para o aumento significativo desses episódios é o maior número de
construções, com a instalação de cabos de fibra ótica, reformas de pontes e
reconstrução da malha rodoviária.
Regiões metropolitanas como a
região do vale do Ruhr, Hamburgo e Berlim são particularmente afetadas. Essas
áreas foram alvos de intensos bombardeiros das forças aliadas que também
visavam infraestruturas civis.
Já em Brandemburgo, só em
2024, especialistas em desarmamento de bombas coletaram, entre outras coisas,
90 minas, 48 mil granadas, 500 bombas incendiárias, 450 bombas de alto poder
explosivo com mais de cinco quilos e cerca de 330 mil cartuchos.
Colônia era considerada um
alvo estratégico pelos aliados devido à quantidade de indústrias e linhas de
trem, vitais para distribuição de bens e mercadorias. Em 1942, a Força Aérea
britânica adotou uma nova diretriz, trocando os ataques de precisão por
bombardeios maciços que afetassem "o moral da população inimiga", na
descrição de historiadores.
Um marco dessa estratégia
ocorreu em 31 de maio de 1942, quando 1.330 aviões despejaram mais de 1.500
toneladas de explosivos e bombas incendiárias sobre a cidade. O saldo foi de
1.700 incêndios, 480 mortos e 5.000 feridos. Um ano mais tarde, a Alemanha
nazista de Adolf Hitler já perdia a soberania aérea do conflito.
No total da guerra, Colônia sofreu mais de 260 ataques aéreos, que mataram cerca de 20 mil pessoas. Fonte: DW - quarta-feira, 4 de junho de 2025













































