A presidente Dilma Rousseff (PT) é reeleita. Logo após o
resultado, partidários de Aécio Neves (PSDB), derrotado nas urnas, entoam
gritos de 'impeachment' na Avenida Paulista, em São Paulo. Do outro lado da
via, petistas celebram a vitória.
5/12/2014
Antes da posse da presidente, Aécio e líderes da oposição
gravam um vídeo convocando a população para um protesto.
18/12/2014
O PSDB pede ao TSE a cassação do registro de Dilma e do
vice, Michel Temer (PMDB), e requer que Aécio assuma a Presidência no lugar.
1/1/2015
A presidente toma posse e reafirma que combaterá a corrupção
em seu segundo mandato.
1/2/2015
Eduardo Cunha (PMDB) é eleito presidente da Câmara em
primeiro turno. Em discurso, após derrotar o candidato do Planalto, promete ser
'independente' do governo.
4/2/2015
A Petrobras é alvo da maior operação contra corrupção da
história do país, a Lava Jato.
26/02/2015
A Câmara instala uma CPI para investigar os desvios na
Petrobras.
3/3/2015
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocola no
Supremo Tribunal Federal pedidos de abertura de inquérito para investigar
políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
8/3/2015
Dilma faz um pronunciamento à nação no Dia da Mulher
culpando a crise mundial pelas dificuldades econômicas e pedindo 'paciência'.
Pessoas em várias partes do país fazem 'panelaço' durante a transmissão.
15/03/2015
Mais de 2 milhões de pessoas participam em atos em pelo
menos 160 cidades do país para protestar contra a corrupção e o governo da
presidente Dilma.
7/4/2015
A presidente coloca o vice, Michel Temer, na articulação
política com o Congresso. O ministro Pepe Vargas (PT) deixa o cargo na
Secretaria de Relações Institucionais.
12/4/2015
Novos atos contra o governo reúnem mais de 700 mil pessoas
em pelo menos 224 cidades do país.
27/5/2015
Integrantes do Movimento Brasil Livre protocolam um pedido
de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.
17/6/2015
O Tribunal de Contas da União decide adiar a análise de
conta do governo por contas de irregularidades encontradas e dá prazo para
Dilma explicar 'pedaladas fiscais'.
16/7/2015
O delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo afirma que
Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões para viabilizar um contrato de
navios-sonda da Petrobras.
17/7/2015
Eduardo Cunha (PMDB) anuncia rompimento com o governo e diz
que é 'oposição'.
6/8/2015
Pesquisa Datafolha mostra que 71% reprovam o governo Dilma,
a pior taxa da história da pesquisa, superando os 68% de 'ruim' e 'péssimo'
registrados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.
10/8/2015
O presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que a sociedade
não quer que o Congresso ponha ‘fogo’ no país e que a apreciação das contas de
governos anteriores e do primeiro mandato da presidente Dilma não é prioridade
do Parlamento.
10/8/2015
A inflação aumenta, e a previsão é de que atinja a pior taxa
em 13 anos.
16/8/2015
Todos os estados e o DF têm protestos contra o governo.
Manifestantes pedem renúncia ou impeachment de Dilma e o fim da corrupção.
20/8/2015
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresenta
denúncia contra Eduardo Cunha (PMDB) por suposto envolvimento no esquema de
corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.
11/9/2015
O governo entrega novas explicações sobre contas de 2014 ao
TCU. De acordo com a AGU, não houve violação da Lei de Responsabilidade Fiscal.
14/9/2015
O governo anuncia um pacote de corte de gastos e propõe a
volta da CPMF. Dias depois, o dólar bate a marca histórica de R$ 4.
2/10/2015
A presidente Dilma anuncia uma reforma ministerial e entrega
pastas de Ciência e Tecnologia e Saúde para o PMDB, com o objetivo de assegurar
a governabilidade, formando uma nova base de apoio partidário no Congresso para
obter maioria parlamentar e evitar as derrotas que vinha sofrendo.
6/10/2015
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabre ação do PSDB para
impugnar os mandatos da presidente Dilma e do vice Michel Temer por suposto
abuso de poder na eleição de 2014.
7/10/2015
O TCU recomenda ao Congresso reprovar as contas do governo
de 2014 por contas de irregularidades, como as 'pedaladas fiscais'.
21/10/2015
Parlamentares da
oposição entregam a Eduardo Cunha (PMDB) um pedido de impeachment elaborado
pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e a advogada Janaina Paschoal.
3/11/2015
O Conselho de Ética da Câmara instaura um processo para
investigar se Eduardo Cunha (PMDB) cometeu quebra de decoro parlamentar ao
dizer que não tinha contas bancárias na Suíça.
2/12/2015
A bancada do PT na
Câmara decide votar pela continuidade do processo de Eduardo Cunha (PMDB). No
mesmo dia, Cunha autoriza a abertura do processo de impeachment da presidente
Dilma baseado no requerimento feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
8/12/2015
Em votação secreta numa sessão marcada por tumultos, a
Câmara dos Deputados elege uma chapa alternativa integrada por deputados de
oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial do processo
de impeachment. À noite, no entanto, o ministro do STF Luiz Edson Fachin decide
suspender a formação e a instalação da comissão e determina que os trabalhos
sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso.
17/12/2015
A maioria do STF decide anular a eleição da chapa
alternativa para a comissão especial da Câmara e determina que a votação para a
escolha dos integrantes seja aberta. Os ministros entendem que somente
indicações de líderes partidários ou blocos são válidas. Fica decidido também
que o Senado poderá recusar a abertura do processo de impeachment mesmo após a
Câmara autorizar a instauração.
1/2/2016
A Câmara recorre ao Supremo contra a decisão da Corte que
barrou o rito definido por Eduardo Cunha para o impeachment. Para a Mesa, a
decisão precisa ser esclarecida.
13/3/2016
Governo Dilma é alvo do maior protesto nacional pelo
impeachment. Em mais de 300 municípios, ao menos 3,6 milhões de pessoas vão às
ruas, segundo a PM. Para os organizadores, são mais de 6,9 milhões de
manifestantes.
14/3/2016
Após os protestos, Dilma pede diálogo com o Congresso para
conter impeachment.
16/3/2016
O Supremo nega o recurso de Cunha e mantém as regras
definidas para o impeachment, abrindo caminho para o início do processo.
17/3/2016
A Câmara elege os membros da comissão especial que analisa o
impeachment. PT e PMDB são os dois partidos com mais integrantes na comissão.
28/3/2016
A OAB protocola novo pedido de impeachment contra Dilma
Rousseff. É o 12º pedido contra Dilma apresentado à Câmara.
30/3/2016
A comissão especial de impeachment começa a analisar os
argumentos a favor e contra o processo.
1/4/2016
Chegam à Câmara dois pedidos de impeachment do
vice-presidente Michel Temer. Um apresentado por Cid Gomes (PDT) e outro, por
um advogado.
4/4/2016
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresenta a
defesa de Dilma à comissão especial. 'Vingança', diz.
5/4/2016
O ministro Marco Aurélio, do STF, concede liminar para
obrigar Eduardo Cunha a abrir o processo de impeachment do vice Michel Temer.
Cunha promete recorrer.
6/4/2016
O relator do processo na comissão especial, Jovair Arantes
(PTB-GO), apresenta relatório favorável à abertura do processo contra a
presidente.
7/4/2016
O PT indica nomes para a comissão especial do impeachment de
Temer.
8/4/2016
A comissão especial do impeachment de Dilma começa a
analisar o parecer do relator.
13/4/2016
O PSD, um dos partidos da base de Dilma, decide apoiar o
impeachment. Estados têm manifestações pró e contra o impeachment.
14/4/2016
A AGU vai ao Supremo para tentar barrar o impeachment. A
alegação é que houve lesão ao 'direito de defesa'. Ao todo, cinco pedidos
tentam barrar a votação ou alterar a ordem de votação dos deputados
estabelecida por Cunha. O Supremo nega todos os pedidos e mantém o processo em
andamento. O recurso da AGU foi negado por unanimidade.
15/4/2016
Começa a sessão na Câmara para julgar a abertura do processo
de impeachment de Dilma, com previsão de duração de três dias. O autor do
pedido de impeachment Miguel Reale Junior discursa na sessão e diz que as
pedaladas são 'crimes contra a pátria'. Em defesa de Dilma, o advogado-geral da
União, José Eduardo Cardozo, diz que a presidente não cometeu crime e que o
impeachment é 'retaliação'.
16/4/2016
Representantes dos 25 partidos falam no plenário da Câmara
em sessão iniciada na sexta e encerrada apenas na noite de sábado. É a sessão
mais longa já realizada na história da Casa.
17/4/2016
Com 367 votos a favor, processo de impeachment contra Dilma
passa na Câmara e segue para o Senado.
25/4/2016
São escolhidos os 21 titulares e os 21 suplentes da comissão
especial do Senado
6/5/2016
A comissão especial
do Senado aprova, por 15 votos a favor e 5 contrários, o relatório do senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável ao prosseguimento do processo de
afastamento da presidente Dilma
11/5/2016
Senadores iniciam a sessão que vai votar a abertura do
processo de impeachment e o afastamento da presidente
12/5/2016
Por 55 votos a favor
e 22 contra, o Senado instaura o processo de impeachment e afasta Dilma por até
180 dias
12/5/2016
Dilma é afastada;
assume o vice Michel Temer como presidente em exercício
1/6/2016
Cardozo entrega no Senado a defesa de Dilma no processo de
impeachment
29/6/2016
A Comissão Especial do Impeachment no Senado termina de
ouvir as mais de 40 testemunhas do processo, sendo a maioria delas indicada
pela defesa de Dilma
28/7/2016
O advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo,
entrega as alegações finais da fase intermediária do processo à Comissão do
Impeachment
4/8/2016
Após ouvir
testemunhas e especialistas, a comissão especial do Senado recomenda que Dilma seja
julgada por 14 votos a 5
10/8/2016
O Senado aprova por
59 votos a 21 o relatório da comissão especial que recomenda que Dilma seja
levada a julgamento pela Casa
29/8/2016
Dilma vai ao Senado
para fazer sua defesa própria, diz que é alvo de um 'golpe de estado' e nega
ter cometido os crimes de responsabilidade pelos quais é acusada
31/8/2016
Por 61 votos a favor
e 20 contra, o Senado afasta Dilma definitivamente do cargo; em outra votação,
senadores decidem, por 42 a 36 (e três abstenções), que ela não ficará
inabilitada a exercer cargos públicos. Fonte: G1-31/08/2016