quarta-feira, 23 de abril de 2014

Adeus a Kombi

A Volkswagen fez  um pequeno documentário que mostra os "últimos desejos" do utilitário.

Com pouco mais de quatro minutos de duração, o curta-metragem marca a despedida do modelo e exibe sua viagem de volta à Europa.

Foram necessários seis meses para que o documentário que registra o último desejo da Kombi fosse finalizado. Ele reúne cenas das pessoas que viveram histórias especiais com ela, vai até Owings Mills, no subúrbio de Baltimore (EUA), para mostrar o designer Bob Hieronimous recebendo um presente da Kombi e, finalmente, cruza o oceano para que ela, antes de partir, reveja seu irmão Ben Pon Jr., filho do idealizador do modelo em Amsfort, na Holanda.

A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, que projetou a combinação do confiável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan em um veículo de carga leve. O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que, em português, significa "veículo combinado". Na Alemanha, o modelo recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1).

Nos últimos anos, mesmo com a concorrência de vans maiores lançadas no mercado brasileiro, a Kombi continuou merecendo a preferência de muitos clientes. Desde setembro de 1957 até setembro de 2013, foram produzidas mais de 1.560.000 unidades do modelo na fábrica de São Bernardo do Campo.

A produção da Kombi na Alemanha teve início em 1950. A fabricação nacional começou no dia 2 de setembro de 1957, e só terminou em dezembro do ano passado, em São Bernardo do Campo. Fonte: Volkswagen

Veja toda história da Kombi - 


Comentário: É o ultimo Samurai, confiável, leal, não deixava na mão. Mecânica confiável e barata. A Kombi era um multi-utilitário. O motor tipo era do tipo topa tudo,  não tinha frescura com combustível, com buraco, com estrada, etc. Os novos tempos exigem veículos descartáveis. 



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Trabalhador do Brasil é gloriosamente improdutivo

bligo-SonecaProdutiva.jpgA última edição da revista The Economist traz uma reportagem bastante crítica ao mercado de trabalho no Brasil e em especial à produtividade dos trabalhadores. Com o título "Soneca de 50 anos", a reportagem diz que os brasileiros "são gloriosamente improdutivos" e que "eles devem sair de seu estado de estupor" para ajudar a acelerar a economia.

A reportagem diz que após um breve período de aumento da produtividade vista entre 1960 e 1970, a produção por trabalhador estacionou ou até mesmo caiu ao longo dos últimos 50 anos. A paralisia da produtividade brasileira no período acontece em contraste com o cenário internacional, onde outros emergentes como Coreia do Sul, Chile e China apresentam firme tendência de melhora do indicador.

"A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012 em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego", diz a revista.

A reportagem diz que uma série de fatores explicam a fraca produtividade brasileira. O baixo investimento em infraestrutura é uma das primeiras razões citadas por economistas. Além disso, apesar do aumento do gasto público com educação, os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros não melhoraram. Um terceiro fator menos óbvio é a má gestão de parte das empresas brasileiras. A publicação inglesa diz que filas, congestionamentos, prazos perdidos e outros atrasos ocorrem com tanta frequência que já deixaram os brasileiros “anestesiados.

Há ainda a legislação trabalhista. A revista diz que muitas empresas preferem contratar amigos ou familiares menos qualificados para determinadas vagas para limitar o risco de roubos na empresa ou de serem processados na Justiça trabalhista. A revista também cita que a proteção do governo aos setores pouco produtivos ajuda na sobrevivência das empresas pouco eficientes.

A reportagem ouviu um empresário norte-americano que é dono do restaurante BOS BBQ no Itaim Bibi, em São Paulo. Blake Watkins diz que um trabalhador brasileiro de 18 anos tem habilidades de um norte-americano de 14 anos. "No momento em que você aterrissa no Brasil você começa a perder tempo", disse o dono do restaurante BOS BBQ, que se mudou há três anos para o País. Fonte: InfoAbril - 17/04/2014 

Comentário: O governo está mais preocupado com a inclusão social desperdiçando dinheiro com programas sociais que não geram trabalho, mas geram marketing social político.etc. A educação é péssima,  não investe em infraestrutura,

A escolaridade do trabalhador se encontra ainda em uma posição muito atrasada em relação a outros países, mesmo latino-americanos. Em média o trabalhador brasileiro possui apenas cinco anos de escolaridade, atrás de Argentina, Uruguai e Chile, apenas para ficarmos na América do Sul. Com essa formação não há avanços na qualidade e produtividade. Como pode aumentar a produtividade, se o trabalhador não sabe ler direito, não sabe as operações simples de aritmética, etc?

O pior de tudo os que têm escolaridade completa, apenas 62% das pessoas com ensino superior e 35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamente alfabetizadas, pois tem domínio nas habilidades de leitura, escrita e matemática. Fonte: Instituto  Paulo Montenegro

domingo, 6 de abril de 2014

Alunos brasileiros ficam entre os últimos em matemática

Os estudantes brasileiros ficaram em 38° lugar entre jovens de 44 países em um teste de solução de problemas matemáticos feito pela OCDE (Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico).

Enquanto os alunos de países da OCDE tiveram média de 500 pontos na avaliação, os jovens brasileiros atingiram em média apenas 428 pontos. O relatório mostra ainda que 47,3% dos brasileiros tiveram baixa performance e só 1,8% conseguiu solucionar problemas de matemática complexos.

A avaliação foi aplicada a jovens de 15 anos de todo o mundo e é parte do relatório do Pisa 2012 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Os jovens de Cingapura, Coreia do Sul e Japão ficaram nas primeiras posições do ranking.

O desempenho dos alunos brasileiros ficou abaixo ainda do de jovens da Rússia, de Portugal, da Croácia e do Chile.

Meninos tiveram desempenho melhor que as meninas na prova de matemática. Em média, a diferença foi de 22 pontos. Entre estudantes dos países da OCDE, a variação é de, em média, 7 pontos.

Dois em cada três alunos brasileiros de 15 anos não conseguem interpretar situações que exigem apenas deduções diretas da informação dada, não são capazes de entender percentuais, frações ou gráficos.

“Os alunos de 15 anos com dificuldades para resolver problemas serão os adultos de amanhã lutando para encontrar ou manter um bom emprego", disse Andreas Schleicher, diretor interino de Educação da OCDE. "As autoridades e educadores devem rever seus sistemas de ensino e currículos para ajudar os estudantes a desenvolver suas habilidades para resolver problemas, cada vez mais necessárias nas economias atuais".

A prova de matemática do Pisa já mostrava as dificuldades dos alunos brasileiros com problemas que pediam raciocínio lógico e conhecimentos básicos da disciplina. Apenas 33% dos alunos de 15 anos do país conseguiram resolver questões com o grau de complexidade mais baixo. Para muitos especialistas, o problema está justamente nos problemas de leitura. A maioria dos nossos estudantes não consegue interpretar o enunciado da questão.

PREOCUPAÇÃO NA INDÚSTRIA: O desempenho do Brasil foi considerado preocupante pelo gerente-executivo de Estudo e Prospectiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Luiz Caruso. Segundo ele, as baixas na educação desses jovens podem impactar sobre o desenvolvimento da indústria no país.

- Quando estiverem no mercado de trabalho, eles terão mais dificuldade para absorver e trabalhar com novas tecnologias, o que impacta diretamente a produtividade e a competitividade do país. Sem uma educação básica de boa qualidade, a gente não tem cidadão e nem um bom trabalhador - avalia Caruso.

De acordo com Caruso, a realidade também merece atenção, se levado em consideração as oportunidades em educação profissionalizante, que vêm recebendo investimentos do governo:

- É difícil trabalhar com esses jovens, pois a educação profissional requer maior grau de complexidade. E como os jovens apresentam defasagem em disciplinas básicas como matemática e português, acaba sendo necessário sanar essas dificuldades durante o ensino médio, ocupando uma parte da carga horária que poderia ser destinada a fins mais específicos - afirma.

Veja o ranking completo
1º - Cingapura, 562 pontos
2º - Coreia do Sul, 561
3º - Japão, 552
4º - China/Macau, 540
5º - China/Hong Kong, 540
6º - China/Xangai, 536
7º - China/Taipé, 534
8º - Canadá, 526
9º - Austrália, 523
10º - Finlândia, 523
11º - Reino Unido, 517
12º - Estônia, 515
13º - França, 511
14º - Holanda, 511
15º - Itália, 510
16º - República Tcheca, 509
17º - Alemanha, 509
18º - Estados Unidos, 508
19º - Bélgica, 508
20º - Áustria, 506
21º - Noruega, 503
22º - Irlanda, 498
23º - Dinamarca, 497
24º - Portugal, 494
25º - Suécia, 491
26º - Rússia, 489
27º - Eslováquia, 483
28º - Polônia, 481
29º - Espanha, 477
30º - Eslovênia, 476
31º - Sérvia, 473
32º - Croácia, 466
33º - Hungria, 459
34º - Turquia, 454
35º - Israel, 454
36º - Chile, 448
37º - Chipre, 445
38º - Brasil, 428
39º - Malásia, 422
40º - Emirados Árabes, 411
41º - Montenegro, 407
42º - Uruguai, 403
43º - Bulgária, 402
44º - Colômbia, 399

Fonte:O Globo: 1/04/14 

Comentário: Na realidade a educação brasileira é uma ilusão para fins estatísticos. Todos podem obter seu diploma ou passar de ano. O governo eliminou a competição, pois o método de "aprovação automática" ou "progressão continuada"  incentiva os jovens a não se esforçarem para nada. Prá que estudar se ao final do ano letivo, o aluno será aprovado?
Qual é a responsabilidade da sociedade, da população na educação? Veremos pais desinteressados, crianças que se comportam como delinquentes  nas salas de aulas. Famílias que priorizam salários em detrimento dos estudos. Há um desinteresse total dos jovens por qualquer atividade escolar, freqüentam as aulas por obrigação ou a merenda é muito boa. Ficam apáticos diante do estudo.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) baseados na Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostram que o número de jovens de 15 a 29 anos que não estudava e nem trabalhava chegou a 9,6 milhões no país no ano passado, isto é, uma em cada cinco pessoas da respectiva faixa etária.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Forte terremoto no norte do Chile

Um forte terremoto de magnitude 8,2 que sacudiu a região norte do Chile no começo da noite desta terça-feira, 1 de abril de 2014. O tremor, o maior registrado no mundo neste ano, provocou  dezenas réplicas até o momento e gerou um alerta de tsunami.

O terremoto  ocorreu em uma região histórica de quietude sísmica – denominada laguna sísmica Iquique. Os registros históricos indicam um terremoto de magnitude 8,8 ocorreu na estrutura geológica  Iquique em 1877, que foi precedida imediatamente ao norte por um terremoto de magnitude 8,8  em 1868. Em março houve aumento da taxa de sismicidade na região.

A estrutura geológica conhecida como 'laguna sísmica devido ao impacto teria se subdividida em três partes que a partir de agora, devem apresentar atividades sísmicas separadamente.

Ondas de mais de dois metros, no entanto, atingiram algumas partes do litoral, provocando deslizamentos de terra que bloquearam estradas próximas à cidade de Arica. Segundo informações dos Comitês Regionais de Operações de emergência, cerca de 900 mil pessoas foram evacuadas da costa chilena.

Imagens da TV chilena mostraram a população abandonando as regiões costeiras, de forma ordenada, formando longas filas de automóveis. Prédios foram destruídos e milhares de pessoas ficaram sem luz. Em um supermercado, produtos desabaram das prateleiras e os clientes tiveram de sair às pressas. Incêndios foram registrados em Iquique.

Epicentro no mar : O terremoto foi registrado às 20h46 (19h46 de Brasília), durou dois minutos e teve seu epicentro no mar, a 20 quilômetros de profundidade e a 85 km ao sudoeste de Cuya, próximo à cidade de Iquique, onde foram registradas ao menos duas ondas com mais de dois metros e o aeroporto foi fechado.

O sismo pode ser sentido no Peru e na Bolívia, onde prédios chegaram a balançar por alguns segundos.

Situado no Cinturão de Fogo do Pacífico, onde ocorrem 80% dos terremotos do mundo, o Chile tem atividades sísmicas frequentes. A região já estava em alerta por uma série de terremotos de intensidade média nas últimas semanas. Em março, uma evacuação já havia sido ordenada depois que um terremoto com 6,4 de magnitude atingiu a mesma região do país, e 100 mil pessoas tiveram que deixar a área. 

Informações gerais: De acordo com as ultimas informações do governo;  foram evacuadas  972.457 pessoas, seis mortes, oito estradas interrompidas.

Balanço de 4 de abril da zona de emergência: regiões de Arica, Parinacota e Tarapacá

1-Arica e Parinacota: 9 abrigos em funcionamento, 46 pessoas abrigas

Serviços básicos: 30% da população sem energia elétrica; 105 da população sem água potável

2-Tarapacá: 8 abrigos em funcionamento, 1.313 pessoas abrigadas

Serviços básicos: 28%  da população sem energia elétrica, especialmente em Alto Hospicio e interior, 33% sem água potável. Fontes: Emol e UOL 04/04/2014

Fotos do terremoto: 


Vídeo: Animação em tempo real do PTWC (Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico) para o tsunami do norte do Chile na região. A animação mostra a propagação da onda tsunami simulada por 30 horas, seguido de um "mapa de energia", mostrando as alturas máximas em mar aberto das ondas ao longo desse período e a previsão do incremento das alturas das ondas atingidas na costa litorânea.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

TV da Nicarágua noticia alerta de tsunami na Bolívia

O canal de TV Multinoticias, da Nicarágua, virou alvo de piadas no Twitter depois de ter noticiado que a Bolívia estaria em alerta para uma tsunami após o terremoto desta terça-feira no Chile. O território boliviano não só é fechado para o mar, como o país reivindica desde o fim do século XIX a recuperação de seu litoral, perdido justamente para o Chile na Guerra do Pacífico (1879-1883).

O canal da Nicarágua não foi o único a esquecer que a Bolívia não tem litoral. Um apresentador da TV pública argentina também noticiou um alerta de tsunami para o país andino, e a atriz e cantora mexicana Lucero chegou a recorrer ao Twitter, onde é seguida por mais de 3 milhões de pessoas, para enviar pensamentos positivos aos bolivianos pelo “perigo” de uma grande onda.

Sucessivos governos da Bolívia buscam retomar a saída do país para o mar, pressão que foi reforçada desde a chegada de Evo Morales à presidência, em 2006. Todo dia 23 de março, o país celebra o Dia do Mar, no qual lembra a perda de 400 quilômetros de costa e 120 mil quilômetros quadrados de terras. O governo boliviano enfrenta o Chile na Corte Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), na tentativa de retomar seu litoral. Fonte: O Globo- Publicado: 02/04/2014

Comentário: É a única maneira da Bolívia sentir o mar?