Mais de 90% de todas as companhias na Alemanha são de
propriedade familiar e geram mais da metade da receita da economia alemã.
Algumas delas estão em atividade desde o século 16. Fonte: Deutsche Welle – 14.07.2019
sábado, 20 de julho de 2019
domingo, 14 de julho de 2019
Quais são as empresas que mais investem em inovação no mundo
Medir inovação não é algo simples, mas, quando se trata de
grandes empresas, o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) parece
ser um bom critério.
De acordo com um relatório da União Europeia (UE), no ano
passado, ninguém fez mais isso do que a Samsung, com 13,44 bilhões de euros (R$
57,4 bilhões) investidos, o que deu à companhia sul-coreana o primeiro lugar do
ranking do EU R&D Scorecard das 2,5 mil empresas de 46 países que mais
gastam com P&D.
Isso também explica porque a Samsung, com 5.850 patentes,
foi a segunda empresa que mais conseguiu registrar inovações na UE no ano
passado de acordo com um levantamento da consultoria IFI Claims, no qual a IBM
aparece em primeiro.
Segundo a IFI Claims, a companhia sul-coreana também é a
empresa em todo mundo que tem mais patentes ativas nos Estados Unidos, com
61.608. A segunda é a Canon, com 34.905.
Essa aposta em P&D está claramente dando frutos: segundo
o relatório da UE, a Samsung foi a quinta companhia que mais elevou seu lucro
líquido (a diferença entre receita e custos), com um aumento de 19%.
CONCORRÊNCIA INTENSA
A competição neste quesito é intensa, especialmente na
indústria de tecnologia de comunicação e informação. Dos dez maiores
investimentos em P&D de 2018, seis estão ligados ao setor.
O segundo maior investidor foi a Alphabet, a multinacional
que é dona do Google e suas subsidiárias, com 13,39 bilhões de euros (R$ 57,2
bilhões). Em quarto, está a Microsoft. A chinesa Huawei vem em quinto.
Os resultados do EU R&D Scorecard indicam que a Huawei
investiu mais em inovação do que a Intel, que ficou em sexto lugar, e a Apple,
em sétimo.
As empresas do top 10 que não estão vinculadas ao mundo das
empresas tecnológicas são as fabricantes de veículos Volkswagen (3º) e Daimler
(10º), a farmacêutica Roche (8º) e a Johnson & Johnson (9º), que faz
produtos farmacêuticos, utensílios médicos e produtos pessoais de higiene.
As campeãs da inovação (em euros)
Empresa
|
Investimento em P&D
|
1. Samsung
|
13,44 bilhões
|
2. Alphabet
|
13,39 bilhões
|
3. Volkswagen
|
13,10 bilhões
|
4. Microsoft
|
12,30 bilhões
|
5. Huawei
|
11,30 bilhões
|
6. Intel
|
10,90 bilhões
|
7. Apple
|
9,70 bilhões
|
8. Roche
|
8,90 bilhões
|
9. Johnson & Johnson
|
8,80 bilhões
|
10. Daimler
|
8,70 bilhões
|
BRASIL É O PAÍS LATINO-AMERICANO MELHOR REPRESENTADO
A maior parte dos investimentos por empresas em P&D é
feito nos Estados Unidos, de onde veio 37% dos mais de 736,4 bilhões de euros
(R$ 3,15 trilhões) gastos em 2018 com isso. Esse total representa cerca de 90%
de tudo que é investido em P&D quando contabilizados os setores público e
privado. O valor aumentou 8,3% em relação ao ano anterior.
Os países da UE responderam por 27% desse total de 736,4
bilhões de euros. Japão (14%) e China (10%), por sua vez, vieram em seguida.
Coreia do Sul e Suíça investiram, cada um, 4% desse montante.
EMPRESAS LATINO-AMERICANAS
No ranking de investimento em inovação, não há nenhuma
empresa latino-americana no top 100. A fabricante de aviões Embraer é a companhia
da região melhor posicionada, em 323º lugar.
O Brasil é o país da região melhor representado no ranking,
com outras seis companhias:
■Vale (387º),
■Petrobras (449º),
■Totvs (1010º),
■Weg (1283º),
■CPFL Energia (1699º) e
■Brasken (1768º).
Outros três países têm um representante cada:
■Venezuela, com a petroleira estatal PDVSA (675º),
■México, com a fabricante de materiais de construção Cemex
(999º), e
■Argentina, com a empresa de viagens Despegar (1.221º).
Fonte: BBC Brasil – domingo, 7 de julho de 2019
sábado, 13 de julho de 2019
Salário médio mensal nas principais cidades da China perto de 1.230 dólares
O salário médio mensal foi de 8.452 yuans (US $ 1.230,00) em
37 grandes cidades durante o segundo trimestre deste ano, com Pequim, Xangai e
Shenzhen superando os 10 mil yuans, de acordo com um relatório divulgado na
quarta-feira (03/07).
O relatório, divulgado pela plataforma de recrutamento
on-line Zhaopin, baseia-se em uma pesquisa realizada em 37 grandes cidades,
incluindo Pequim, Xangai, Chengdu e Shenzhen.
A remuneração média de 1.230 dólares por mês representa um
aumento de 5% em comparação com o último trimestre e um aumento de 7,9% em
relação ao ano anterior, segundo o relatório.
Pequim ficou em primeiro lugar entre essas cidades, com seu
salário médio mensal atingindo 1.628 dólares, seguido por Xangai (1.550
dólares) e Shenzhen (1.466 dólares)
A pesquisa também descobriu que 35,5% dos cargos ofereciam
um salário médio mensal de mais de 1.163 dólares, 29,5% de 582 dólares a 872
dólares e 23% de 872,10 dólares a1.163 dólares.
As empresas estrangeiras pagaram mais, com um salário médio
de 9.285 yuanes, seguidas pelas companhias listadas com 1.349 dólares, enquanto
as empresas privadas foram as mais baixas, pagando uma média de 1072 dólares,
de acordo com o relatório.
O pagamento para as pessoas envolvidas no setor financeiro,
como fundos, títulos e futuros, ficou em primeiro lugar, com os seus salários
chegando a 1.629 dólares por mês, um aumento de 5,9% em comparação com o mesmo
trimestre do ano passado.
O índice de concorrência de oferta e demanda por talentos
foi 45,1 durante o segundo trimestre, o que significa que mais de 45 candidatos
estão competindo por cada emprego, segundo o relatório.
Pequim atraiu a maioria dos candidatos a emprego entre as 37
cidades pesquisadas, com seu índice de concorrência chegando a 130,5, um
aumento de 40,2 anos. Seguiram-se Xangai (63,1), Shenzhen (55,2) e Shenyang
(54,7). Fonte: China Daily: 2019-07-04
terça-feira, 9 de julho de 2019
Morre João Gilberto, um dos papas da bossa nova
O legendário cantor e compositor brasileiro João Gilberto,
um dos criadores da bossa nova, morreu neste sábado (06/07), no Rio de Janeiro,
aos 88 anos, informou um dos filhos do artista.
Nascido em Juazeiro, Bahia, em 10 de junho de 1931, João
Gilberto partiu para o Rio na década de 50 para integrar o conjunto Garotos da
Lua. Pouco mais tarde, seu nome será citado lado a lado com o de Tom Jobim na
história da bossa nova: seu compacto de 1958, com Chega de saudade e Bim bom, é
citado como nascimento oficial do gênero inovador, que combinava influências
afro-brasileiras e jazzísticas.
Além de seu estilo minimalista, discreto, de cantar, são
suas harmonias e a batida de violão que definirão a originalidade da bossa
nova, influenciando gerações de cantores, compositores, instrumentistas e
arranjadores, no Brasil e no resto do mundo.
Apesar de sua genialidade como músico, João Gilberto
permaneceu uma figura controversa, considerado excêntrico e obsessivo por
alguns – uma fama reforçada no fim de sua carreira pelos concertos anunciados
com grande antecipação, mas cancelados na última hora. Fonte: Deutsche Welle-06.07.2019
domingo, 7 de julho de 2019
Tuba Skinny: Banda de jazz tradicional
Tuba Skinny é uma banda de jazz tradicional com sede em Nova
Orleans, Louisiana, que foi formada em 2009. A instrumentação do Tuba Skinny
inclui corneta, clarinete, saxofone, trombone, tuba, banjo tenor, guitarra,
washboard e vocais. O grupo encontra inspiração no início do jazz e blues das
décadas de 1920 e 1930. A banda já se apresentou em ruas e palcos ao redor do
mundo, incluindo festivais de música.
A Offbeat Magazine premiou o álbum Owl Call Blues como o
melhor álbum de jazz tradicional do ano em 2014. Este prémio é atribuído apenas
aos músicos da Louisiana e foi criado em 1994. Fonte: Wikipédia
sábado, 6 de julho de 2019
Ministério proíbe venda de azeite de oliva de seis marcas após descoberta de fraudes
RESUMO DA NOTÍCIA
• Seis marcas de azeite tiveram sua venda proibida por serem
feitos, na verdade, com outros óleos. A inspeção foi feita pelo Ministério da Agricultura
• As marcas são: Oliveiras do Conde, Quinta Lusitana, Quinta
D'Oro, Évora, Costanera e Olivais do Porto
•Supermercados, varejistas e atacados devem notificar os
estoques desses produtos e serão denunciados caso os apresentem a venda
Fiscalização detectou que produtos eram fraudados e
impróprios ao consumo e deverão ser recolhidos de atacados e supermercados até
segunda-feira (8).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
proibiu a venda de azeites de oliva de seis marcas após a fiscalização de ter
encontrado produtos fraudados e impróprios ao consumo. Até a próxima
segunda-feira (8), deverão ser recolhidos dos supermercados e atacados de todo
o país os azeites das marcas;
■Oliveiras do Conde,
■Quinta Lusitana,
■Quinta D’Oro,
■Évora,
■Costanera
■e Olivais do Porto.
O Ministério determinou que as redes varejistas e
atacadistas (onde foram encontrados os produtos fraudados) informem os estoques
existentes, sob pena de autuação em caso de omissão de informações. Os
responsáveis pelas marcas são Rhaiza do Brasil Ltda, Mundial Distribuidora e
Comercial Quinta da Serra Ltda.
Os comerciantes que forem flagrados vendendo os produtos,
após as advertências, serão denunciados ao MPF (Procuradoria Regional dos
Direitos do Cidadão), encaminhados à Polícia Judiciária para eventual responsabilização
criminal e multados em R$ 5 mil por ocorrência com acréscimo de 400% sobre o
valor comercial dos azeites.
A fiscalização do Mapa encontrou os produtos fraudados em
oito estados, desde Alagoas até Santa Catarina, em redes de atacado, atacarejo
e pequenos mercados. Foram analisadas 19 amostras do Oliveiras do Conde; oito
do Quinta Lusitana e duas da marca Évora. Da Costanera e Olivais do Porto,
foram encontrados rótulos em uma fábrica clandestina, em Guarulhos (SP).
FÁBRICA CLANDESTINA
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Vegetal (Dipov) do Ministério, Glauco Bertoldo, a proibição foi
resultante de operação, realizada em 12 de maio, pela Delegacia de Polícia de
Guarulhos (Demacro – PC/SP), que descobriu uma fábrica clandestina de azeites
falsificados, com mistura de óleos, sem a presença de azeite de oliva.
“Atualmente, o azeite de oliva é o
segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, perdendo apenas para o
pescado”, alerta o diretor. Glauco Bertoldo adverte que a adulteração e
falsificação de azeite de oliva, além de ser fraude ao consumidor, é crime
contra a saúde pública.
Para comprovar a fraude, o Ministério utilizou pela primeira
vez equipamento de análise que emite raios infravermelhos, capazes de fazer a
leitura da composição dos produtos (ácidos graxos), com resultado instantâneo.
As amostras também foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa
Agropecuária (LFDA) do Rio Grande do Sul, que utilizou novo equipamento que
detecta óleos refinados e misturas mesmo que adicionadas em quantidades
baixíssimas.
Após a descoberta da fábrica clandestina pela polícia, foi
realizada uma força-tarefa pelo ministério em Curitiba e São Paulo, no qual
foram testadas 54 marcas de azeite de oliva em grandes redes de varejo. A
força-tarefa constatou conformidade de 98,1% das marcas analisadas. O que
atesta que o varejo possui controle de qualidade eficiente para selecionar
fornecedores. Entretanto, as ações de fiscalização do Mapa evidenciam que este
fato não se repete em redes de atacados, atacarejos, e pequenos mercados.
ALERTAS
O Ministério alerta que o consumidor deve desconfiar de
azeites muito baratos, pois, em geral, são fraudados. Glauco Bertoldo constata
que os produtos fraudados custam em média entre R$ 7 e R$ 10, e o verdadeiro
azeite de oliva tem preço a partir de R$ 17.
Em 2017, o Ministério desencadeou a Operação Isis que
detectou fraude que consistia na mistura de óleo de soja com óleo de oliva
lampante importado (de péssima qualidade, impróprio para o consumo e usado em
lamparinas). Desde então, o Ministério conseguiu coibir a importação do
lampante.Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-Publicado:
05/07/2019
quinta-feira, 4 de julho de 2019
O populismo é filho da democracia
A cada vez que Bolsonaro anuncia alguma nova medida ou
projeto pelo Twitter, alguém observa que o nosso presidente parece estar ainda
em campanha. Ou seja, ele não estaria preocupado com o presente e futuro do
país, mas, prioritariamente, em ganhar e manter a simpatia do maior grupo
possível de seus eleitores. É como se, para ser presidente, a cada dia, ele
precisasse ser eleito novamente.
Claro, ninguém pretende que um governante, uma vez eleito,
faça o contrário do que anunciou, mas, justamente, nas democracias, as eleições
são a cada quatro, cinco ou seis anos porque, sem isso, nenhum eleito
conseguiria governar, nunca: ele só faria campanha.
Voltando: nosso presidente parece estar governando para uma
plateia, e não segundo um plano.
Essa característica (de governar para uma plateia) é comum
aos populismos que pipocam hoje pelas democracias ocidentais: Trump e Bolsonaro
são grandes exemplos.
Agora, isso é surpreendente? É uma
"monstruosidade" que surgiu só agora, por causa das redes sociais que
tornam a tal plateia constantemente presente?
Acredito no contrário: receio que os populismos que governam
para a plateia sejam filhos legítimos do sistema democrático moderno. Explico.
Hoje, posso vir a ser ministro mesmo sem ser nobre, mas isso
tem um preço: preciso que os outros (no mínimo, alguns deles) acreditem nos
meus dotes e, em síntese, que eles gostem de mim.
Sou livre porque poderei fazer uma série de coisas para ser
gostado, enquanto, no antigo regime, não podia fazer nada para corrigir o fato
de que eu nascera numa casa sem nobreza.
Na modernidade, aliás, o fato de ser reconhecido, apreciado
e gostado se torna mais importante não só que nossa origem, mas também que
nossa eventual competência.
No mundo moderno, ser competente ajuda, mas melhor não
esperar disso o sucesso se a gente não parecer competente. Ou seja, na
modernidade, somos "livres", mas reféns dos outros e do que eles
pensam de nós.
Claro, nesse "gostar" as ideias podem ter alguma
relevância. Mas, de novo, é fácil constatar que os argumentos sem
"gostabilidade" não adiantam, enquanto a "gostabilidade"
sem argumentos pode ganhar uma eleição.
No jogo democrático, ser gostado é mais importante do que
convencer. Por isso mesmo, talvez o populismo não seja uma monstruosidade, mas
a forma conclusiva da democracia.
Daí o clima permanente de campanha: o político não pode
deixar de entusiasmar a plateia porque a aprovação dela é o que confirma sua
legitimidade. Então, sim, a reforma da Previdência é importante para o país,
mas, para o político, é mais importante reformar o código da circulação para
ganhar a aprovação dos multados. Qualquer relatório sobre o custo em vidas
humanas dessas mudanças pode ser dispensado, porque não importa debater sobre
os efeitos das mudanças, o que importa é ser gostado.
As redes sociais são a verdade da democracia: elas
escancaram que a fonte do sucesso (e da legitimidade) está no número de likes. Para
os preguiçosos, o lado bom desse mundo é que ninguém precisa pensar para
escolher. Precisa é gostar ou não.
O mesmo vale para a realidade. Ninguém precisa se informar,
estudar ou fazer as contas. O que importa é gostar: se vários gostarem, a Terra
é plana e o genocídio não aconteceu.
Vivemos num clima de boteco em que os argumentos e as
competências contam pouco, onde brilham os que ganham a cumplicidade da maioria
—os piadistas, por exemplo, ou os que dizem exatamente o que todos pensavam e
não ousavam confessar que pensavam.
Trump e Bolsonaro não inventaram esse clima de boteco; como
disse, ele não é uma deformação do espírito da modernidade, mas a realização de
sua promessa: você será o que você quiser, se for gostado por muitos outros —e
poderá dizer qualquer besteira, se ela for gostada pelos mesmos. Fonte: Folha
de São Paulo - 13.jun.2019, Contardo Calligaris
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