De acordo com Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde, municípios brasileiros que só contam com profissionais cubanos na rede
pública correm o risco de ficar sem atendimento a partir do fim do ano.
Com o fim da participação de Cuba no programa Mais Médicos,
pelo menos 611 dos 5.570 municípios brasileiros correm o risco de ficar sem
qualquer médico na rede pública a partir do final de dezembro, segundo
estimativa do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Nestas cidades há apenas profissionais de origem cubana atuando.
Cuba começou a enviar profissionais ao Brasil em 2013.
Atualmente, 8,3 mil dos 18,3 mil profissionais que trabalham no programa são
cubanos.
O período definido por Havana para o retorno dos médicos
será entre o dia 25 de novembro e 25 de dezembro, ou seja, pouco antes da posse
de Bolsonaro em Brasília, no dia 1º de janeiro.
Para tentar preencher as vagas que serão abertas com a saída
dos profissionais estrangeiros, o Ministério da Saúde disse que publicará um
edital nos próximos dias. Além das 8 mil vagas que devem ser preenchidas
novamente, há outros 2 mil postos que permanecem em aberto.
Oprofessor de
medicina Felipe Proenço de Oliveira, que coordenou o programa entre 2013 e
2016, afirmou que não acha viável que essas vagas sejam preenchidas apenas com
brasileiros. "Não vejo perspectiva que ocorra um preenchimento de todas as
vagas com base nessa oferta do edital”, disse.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), há
profissionais brasileiros em número suficiente para substituírem os cubanos. O
problema é que muitos deles não querem ir para áreas remotas do país.
Na segunda-feira (19/11), representantes do Conasems e do
ministério devem se reunir para discutir os detalhes do edital.
Ao anunciar a decisão de deixar o Mais Médicos, Cuba
criticou as "declarações ameaçadoras e depreciativas" de Bolsonaro,
que durante a campanha chegou a afirmar que expulsaria os médicos cubanos do
Brasil.
Na quarta-feira, ao comentar a decisão de Havana de recolher
os profissionais de saúde que trabalham no Brasil, o presidente eleito disse
que seu governo concederá asilo político a todos os cubanos que desejarem
permanecer no país.
Bolsonaro também disse que sua rejeição ao Mais Médicos se
dá por razões humanitárias e trabalhistas. Em torno de 70% do salário dos
médicos é "confiscado pela ditadura cubana", e cubanos são forçados a
viajar sem suas famílias, criticou. "Tem muita senhora desempenhando
função de médico, e seus filhos menores estão em Cuba." Fonte: Deutsche
Welle – 17.11.2018
Comentário: Como
dizia a minha em boca fechada não entra mosquito.
Médicos cubanos trabalhavam em 62 países no fim de 2016, em
35 dos quais o governo cobrou por seus serviços.
O Anuário Estatístico de Saúde 2016 de Cuba revela que os profissionais cubanos
estão em 24 países da América Latina e do Caribe; 27 da África subsahariana;
dois do Oriente Médio e da África setentrional; sete da Ásia Oriental e do
Pacífico, além de Rússia e Portugal.
Além de Venezuela e Brasil, os mercados mais importantes, os
médicos cubanos estão em países como Catar, Kuwait, China, Argélia, Arábia
Saudita e África do Sul.
A ilha também oferece serviços gratuitos mediante o chamado
Programa Integral de Saúde, destinado a 27 países com menos recursos como
Haiti, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Honduras, Etiópia, Congo,
Tanzânia, Zimbábue, entre outros.
A fatia de salário recebida pelos profissionais no Brasil é
muito superior aos rendimentos dos que trabalham nos arredores de Havana: a
renda mensal de um médico em Cuba é estimada entre 25 e 40 dólares, ou o
equivalente a R$ 94 e R$ 150.94 e R$ 150. Fonte: EM17/04/2017
“Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o
Brasil”. A sentença é atribuída ao botânico e naturalista francês Auguste de
Saint-Hilaire (1779-1853), que aqui viveu alguns anos no início do século XIX.
Variações posteriores procuram traduzir a conveniência de livrar o país de algo
indesejado. Hoje, poder-se-ia aplicá-la às poderosas corporações que se
articulam para auferir vantagens em detrimento da sociedade. Como as saúvas,
elas viraram praga no setor público: na educação, na saúde, na segurança, no
Judiciário, no Ministério Público e, também, em setores do empresariado.
AS ORIGENS DO CORPORATIVISMO
A origem desses grupos remonta à Idade Média. Corporações de
ofício regulavam profissões para defender os próprios interesses. Pedreiros,
carpinteiros, padeiros e outros só podiam exercer o ofício se fossem membros da
respectiva corporação. Elas sumiram no século XVIII com o ambiente de
competição associado ao capitalismo.
No século XIX, a teoria do “corporativismo” defendia a
organização da sociedade em corporações subordinadas ao Estado. Empregados e
empregadores se agrupariam em categorias com representação política e
capacidade de controlar pessoas e atividades. A ideia esteve presente na Alemanha
e na Áustria, mas foi na Itália que ela vingou, com o fascismo de Benito
Mussolini. Nos anos 1920, trabalhadores e empresários foram organizados em
pares de corporações que representavam os setores produtivos. A Constituição do
Estado Corporativo (1926) subordinou cada confederação de corporações a um
ministério específico. O Conselho das Corporações (1936) substituiu a Câmara
dos Deputados e a Corte Suprema. O sistema foi desmontado na II Guerra.
No Brasil da ditadura Getúlio Vargas, o fascismo italiano
inspirou a Constituição de 1934, que buscava gerir o conflito entre o capital e
o trabalho. Os sindicatos de trabalhadores e patrões tornaram-se órgãos
oficiais do Estado. Em troca, recebiam regalias, como a receita do imposto
sindical. Essa estrutura corporativista desapareceu com a Constituição de 1946,
mas o imposto sindical e a Consolidação das Leis do Trabalho ainda sobrevivem.
Hoje, “corporações” são organizações que extraem renda da
sociedade mediante atuação que o economista americano Mancur Olson (1932-1988)
chamou de “ação coletiva”. É a situação em que pequenos grupos, verdadeiras
minorias organizadas, conseguem auferir benefícios de uma maioria difusa e
inerte que paga impostos. É a negação da democracia, o governo da maioria.
Dois outros economistas, Aaron Tornell (americano) e Philip
R. Lane (irlandês), estudaram o poder de grupos para se apropriar dos recursos
fiscais e dominar a economia. É o “efeito voracidade” (voracity effect, título
do artigo de defesa da tese). Eles citam como exemplo a ação de grupos como
governos regionais que extraem transferências do Tesouro Nacional, poderosos
sindicatos que obtêm vantagens excessivas, empresas que conseguem subsídios e
proteção, além de redes de corrupção em obras de infraestrutura e outras
atividades governamentais. Alguma semelhança com o Brasil?
PRIVILÉGIOS E INEFICIÊNCIA
A ação desses grupos se ampliou por aqui durante os governos
petistas. As corporações se esbaldaram. No funcionalismo, o destaque foram os
supersalários e as superaposentadorias. No setor privado, prosperaram reservas
de mercado e subsídios a torto e a direito. Com greves, polícias estaduais
criaram insegurança para obter vantagens inconcebíveis em outras
circunstâncias. A corrupção tornou-se sistêmica.
O Brasil é prisioneiro das corporações que inviabilizam a
gestão orçamentária, ameaçam a solvência do Tesouro e acarretam ineficiências e
desperdícios que inibem o crescimento da economia. Tudo isso se abate mais
sobre os pobres. A nação precisa despertar e entender essa nociva realidade e
reagir ao poder de fazer estragos de que gozam esses grupos. Exemplo? Proibir
greves por categorias como as de policiais, professores, médicos, coletores de
lixo e outras que prestam serviços públicos essenciais à população, como em
nações sérias. Outro? Restringir a concessão de subsídios e incentivos ao setor
privado. Acabar com essa saúva é fundamental. Fonte: Fonte: “Veja”, 4 de janeiro de 2017, Mailson Ferreira da Nóbrega
Na era das notícias falsas, chegaram também os falsos
apresentadores. A agência de notícias Xinhua revelou suas novas aquisições esta
semana: dois apresentadores de televisão criados a partir da inteligência
artificial.
Os avatares dos profissionais carne e osso Zhang Zhao e Qiu
Han, resultado de uma colaboração entre a Xinhua e o site de buscas na Internet
Sogou, foram desenvolvidos a partir de imagens de seus "pais",
combinadas com programas de reconhecimento facial, reconstrução 3D,
sintetizador de voz, reprodução de expressões faciais e tradução automática,
entre outros.
Os novos “bonecos falantes” serão usados para mostrar vídeos
e transmitir notícias de última hora, indicou a agência de notícias chinesa.
Os apresentadores virtuais têm uma aparência bastante
realista. Eles piscam e erguem as sobrancelhas quando falam. Sua boca se move
em sincronia com as palavras. Mas são facilmente distinguíveis de uma pessoa
real. Suas expressões faciais ainda são limitadas. A voz soa metálica, sem
nuances de entonação.
É assim, por enquanto. Restam poucas dúvidas de que a
tecnologia será aperfeiçoada e a fronteira entre realidade e artificialidade
será cada vez mais obscura. Com o uso de outro tipo de tecnologia, seres
virtuais como a cantora japonesa Hatsune Miku já se tornaram estrelas no mundo
artístico.
"Os assistentes virtuais estão se tornando cada vez
mais populares como uma maneira eficiente de resolver problemas
cotidianos", afirmou o CEO da Sogou, Wang Xiaochuan, em declarações ao
China Daily. Wang disse ainda que a criação de personagens virtuais mais
realistas "permitirá que essa tecnologia se torne cada vez mais uma parte
integral da vida diária".
A Sogou estima que esses "assistentes virtuais"
poderão ir além da função de apresentadores de TV. Poderão ser profissionais de
atendimento ao cliente, professores ou até mesmo médicos.
Dentre as vantagens desses apresentadores cibernéticos está
a diminuição dos custos e o aumento da produtividade. Segundo a Xinhua,
"Zhang" e "Qiu" "podem trabalhar 24 horas por dia em
seu site oficial e em diferentes plataformas de mídia social, reduzindo os
custos de produção de notícias e melhorando a eficiência".
E na China, onde a informação é fortemente censurada, esses
apresentadores não correm o risco de cometer um erro ou dar uma história que
não deveriam
Por ora, as primeiras reações nas redes sociais chinesas
foram céticas. "A princípio, parece autêntico, mas quando você ouve um
pouco, soa artificial, sem vida. A sensação que provoca é desconfortável, não
sei se é porque a entonação não é a de uma pessoa normal", disse um
internauta no Weibo, o Twitter chinês. "O setor de apresentadores de TV
está se encaminhando para uma grande limpeza? Na internet, quem distingue quem
é uma pessoa e quem é um robô?”, pergunta outro. Fonte: El País - Pequim 9 NOV
2018
"Finie la guerre?" – "Acabou-se a
guerra?" O carro dos negociadores alemães que, vindo da Bélgica,
atravessou a fronteira da França em 6 de novembro de 1918 espalhou o júbilo
entre os soldados franceses. Os exércitos ainda se confrontavam, mas a guerra
que já durava mais de quatro anos parecia estar se aproximando do fim.
Pouco mais tarde, na madrugada de 11 de novembro, o líder da
delegação alemã, Matthias Erzberger e
sua contraparte francesa, o marechal Ferdinand Foch, preencheriam plenamente os
anseios de milhões de europeus.
Num vagão de trem no bosque de Compiègne, cerca de 90
quilômetros a nordeste de Paris, os dois colocaram sua firma no recém-negociado
armistício entre a Alemanha e os Aliados: os alemães capitulavam. No ano
seguinte, em 28 de junho, no famoso Salão dos Espelhos do Palácio de Versalhes,
ambos os lados assinariam oficialmente o acordo de paz.
AJUDA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO
Até meados de 1918, as tropas alemãs haviam avançado no
front ocidental, ganhando muito terreno. No entanto, entre março e julho, o
contingente se reduziu de 5,1 milhões para 4,2 milhões de militares. O Império
Alemão conseguiu fechar suas lacunas até o verão, mas só remobilizando soldados
feridos e de novo recuperados. Além disso, os primeiros recrutas nascidos no
ano de 1900 iam chegando pouco a pouco.
Contudo, os alemães se viam agora diante de um inimigo
totalmente novo: os americanos. Depois que o presidente Woodrow Wilson
declarara guerra à Alemanha, em 2 abril de 1917, seus soldados avançavam pelo
Oceano Atlântico. No início do outono de 1918, desembarcavam diariamente 10 mil
deles.
O historiador John Keegan concorda que os jovens americanos
eram inexperientes no combate. "Decisivo, porém, foi o efeito que sua
chegada teve sobre o adversário: profundamente deprimente."
No fim das contas, as bem equipadas unidades dos Estados
Unidos é que decidiriam a guerra a favor dos Aliados. Os supremos comandantes
das tropas alemãs se viram logo forçados a aceitar que não era mais possível
vencer o conflito, que só um armistício evitaria o colapso total no front
alemão.
MORTE EM ESCALA INDUSTRIAL
Até chegar à trégua de 11 de novembro, a Europa atravessara
quatro anos de uma pavorosa carnificina e destruição jamais vista. Em sua
viagem pela Bélgica e França, Erzberger registrou um quadro de desolação:
"Nenhuma casa mais de pé, uma ruína se sucedia à outra. À luz da lua, os
destroços se erguiam no ar, fantasmagóricos; nenhum ser vivo se mostrava."
O cronista e político do Partido Alemão do Centro traçou o
balanço de uma guerra de letalidade sem precedentes. O avanço tecnológico e a
industrialização haviam criado um arsenal que suplantava tudo o que já existira
em termos de quantidade e qualidade: tanques aparentemente indestrutíveis,
embarcações que manobravam debaixo d'água, artilharia de alcance gigantesco, gases
mortais.
Em 1916, os alemães haviam colocado em ação o canhão
ferroviário "Langer Max": lançados através de um tubo de 35 metros de
comprimento, seus projéteis de 300 quilos atravessavam distâncias de até 48
quilômetros. Com essa arma, Paris foi alvejada em 23 de março de 1918. Algumas
granadas atingiram a igreja de Saint Gervais durante um culto, matando 88
pessoas e ferindo cerca de 100.
Historiógrafos militares estimam que, durante a Primeira
Guerra Mundial, se lançaram 850 milhões de granadas de artilharia. Ao todo, as
nações envolvidas convocaram quase 56 milhões de recrutas. A matança se deu em
escala industrial, com cerca de 11 milhões de soldados tombando sob a chuva de
projéteis de canhões e o fogo de metralhadoras – uma média de 6 mil combatentes
mortos por dia de conflito.
A esses se juntaram 21 milhões de feridos, soldados que
perderam membros ou parte deles, que ficaram paralíticos ou acamados, foram
submetidos a amputações, terminaram cegos ou surdos.
HORRORES DO FRONT
As vivências no front eram, inevitavelmente, aterrorizantes.
"É horrível quando estilhaços de granadas penetram nos tecidos
moles", recordava-se o soldado alemão Karl Bainier, nascido em 1898.
"Nossos dois comandantes também foram atingidos em cheio durante a noite.
Um perdeu o tórax inteiro; o outro, o tronco todo. O do tronco morreu na hora.
O outro ainda gritou."
Assim, não é de espantar que sobretudo os soldados
desejassem o fim da guerra. Em maio de 1918, o comandante-chefe príncipe
Rupprecht da Baviera observava não ser "nem um pouco fora do comum"
que até 20 de cada 100 soldados se ausentassem sem permissão. Se fossem
apanhados, em geral eram punidos com dois a quatro meses de prisão, "mas é
exatamente isso o que alguns querem, pois assim escapam de uma ou outra batalha".
Nos meses seguintes, o front do lado das Potências Centrais
– Alemanha e Áustria-Hungria – ficaria cada vez mais desfalcado. Muitos
soldados se recusariam a lutar, outros partiriam para casa por conta própria.
SOLO FÉRTIL PARA A PRÓXIMA GUERRA
Enquanto as alas alemãs rareavam progressivamente, o comando
supremo se eximia de qualquer responsabilidade. Em 19 de setembro de 1918, o
general Erich Ludendorff escreveu: "Pedi à Sua Majestade para colocar no
governo também aqueles círculos a que principalmente devemos a situação em que
estamos. Portanto agora veremos esses senhores assumirem os ministérios. Agora
eles que tratem a paz que tiver de ser tratada. Eles que tomem a sopa que
prepararam para nós."
Esses senhores" eram, para Ludendorff, as bancadas do
Parlamento que, já em meados de 1917, haviam pleiteado um acordo de paz:
social-democratas, liberais de esquerda e o católico Partido Alemão do Centro.
Essa acusação de uma suposta traição pela pátria exausta da guerra foi também
adotada pelo mais alto militar do Império Alemão, o marechal de campo Paul von
Hindenburg.
"O Exército alemão foi apunhalado pelas costas",
afirmou, supostamente citando o general inglês Frederick Maurice. Embora este
tenha sempre negado com veemência haver dito tal frase, assim nascia a
"lenda da punhalada", segundo a qual a Alemanha teria perdido a
guerra devido à "traição" interna. Essa lenda contribuiu
significativamente para o futuro fracasso da República de Weimar.
De início, porém, o 11 de novembro trouxe o fim da guerra
que milhões de europeus tanto ansiavam. No entanto, isso não significou
automaticamente o fim do sofrimento: privação, vicissitude e luto seguiram
pesando sobre o povo, agravados pela sensação de ter lutado e sofrido em vão.
"A falta de sentido, ao chegar a seu ponto mais alto, é
raiva, raiva e raiva e continua não fazendo sentido", resumiu o escritor
austro-húngaro Walter Serner a cólera de seus compatriotas. Esse sentimento
tóxico tomou conta dos alemães e seria o solo fértil para a ascensão de um
ex-soldado do front chamado Adolf Hitler. Fonte: Deutsche Welle - Data
06.11.2018
Comentário:
Resumo cronológico
Conflito opôs as Potências Centrais (os impérios Alemão,
Austro-Húngaro e Otomano) à Entente (liderada por Rússia, Reino Unido e França)
Principais datas
■28.jun.1914 O
herdeiro do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, é morto por um
nacionalista sérvio em Sarajevo; um mês depois, a Áustria-Hungria declara
guerra à Sérvia, dando início ao conflito
■21.fev.1916 Começa a Batalha de Verdun, na França, a mais
longa (dura até dezembro) e uma das mais violentas, com mais de 1 milhão de
mortos
■7.abr.1917 Os
Estados Unidos entram no conflito e declaram guerra à Alemanha, desequilibrando
a disputa a favor da Entente
■11.nov.1918 A Alemanha aceita um armistício com os
adversários, interrompendo o conflito
■28.jun.1919 O Tratado de Versalhes, acordo de paz
definitivo, é assinado
Personagens
■Vladimir Lenin Liderou em novembro de 1917 a Revolução
comunista na Rússia, fazendo o país deixar a guerra
■Adolf Hitler Sua participação na guerra como cabo do
Exército acabaria influenciando a criação do nazismo
■Guilherme 2º Após assumir como imperador, impôs uma
política agressiva na Alemanha, que levou à guerra, mas durante o conflito
cedeu a maior parte do poder aos militares
■G. Clemenceau O primeiro-ministro francês foi um dos
principais defensores de uma ação militar contra a Alemanha e um dos
idealizadores do Tratado de Versalhes
Classificação de estatísticas de vítimas
Estimativas de número de baixas para a Primeira Guerra
Mundial variam muito As estatísticas de baixas militares listadas aqui incluem
mortes relacionadas a combate, bem como mortes de militares causadas por
acidentes, doenças e mortes enquanto prisioneiros de guerra. A maioria das
vítimas durante a Primeira Guerra Mundial deve-se à fome e às doenças
relacionadas com a guerra.
População
(milhões)
Mortes-militares
Mortes-Civis
Total de
mortes
Mortes em
% da população
Militares
feridos
Allies of World
War I
806.0
5,711,696
3,674,757
9,386,453
1.19%
12,809,280
Central Powers
143.1
4,010,241
3,143,000
7,153,241
5%
8,419,533
Allies World War I - França, Rússia e Grã-Bretanha entraram
na Primeira Guerra Mundial em 1914, como resultado da Tríplice Entente. Os
demais países uniram-se aos aliados ao longo da guerra.
Central Powers – designação atribuída à coligação formada entre
a Alemanha e a Áustria-Hungria à qual se juntariam o Império Otomano e a
Bulgária. O nome encontra-se relacionado com a posição central ocupada pela
Alemanha e Áustria-Hungria no continente europeu.
Fonte:
REPERES – module 1-0 - explanatory notes – World War I casualties – EN
Lembra quando fazer amigos era brincadeira de criança? Mais da metade dos adultos no Reino Unido
disseram que já faz muito tempo que fizeram um nova amizade.
Não precisa ser assim. Então, vamos aprender com os
especialistas. As crianças são ótimas para quebrar barreiras que impedem a
aproximação entre nós.
“Como Fazer Amigos” é um movimento que celebra pequenos momentos
de conexão, como dizer olá a alguém em sua loja local ou sorrir para alguém no
ônibus. “Como Fazer Amigos” é um movimento para inspirar pessoas de todas as
idades a celebrar as coisas que compartilhamos. Em todas as conversas, há uma
oportunidade de ser "nós" e encontrar algo que nos conecte.
Pequenos momentos contam. Então não seja um estranho. Vamos
ficar mais juntos. Vamos ser mais abertos. Vamos Fazer Amigos. Fonte: BMB
Agency
Retrato feito pelo jornal 'The New York Times' chocou o
mundo e chamou atenção para a situação de milhares de crianças no país que não
conseguem receber ajuda humanitária.
A menina Amal Hussain, de 7 anos, que virou símbolo da fome
causada pela guerra no Iêmen, morreu na quinta-feira (1º). A informação é do
jornal americano "The New York Times", que divulgou a imagem de Amal
em uma reportagem sobre a fome no país.
Amal foi fotografada pelo jornal em um centro de saúde em
Aslam, a 90 milhas a noroeste da capital, Sana. Ela estava deitada em uma cama
com a mãe. As enfermeiras a alimentavam a cada duas horas com leite, mas ela
vomitava regularmente e sofria de diarréia.
A Dra. Mekkia Mahdi, a médica responsável, chamou atenção da
reportagem do "NYT" para a pele flácida dos braços de Amal.
"Olha", disse ela. "Sem carne. Apenas ossos". Ela recebeu
alta do hospital, que precisava tratar outros pacientes na mesma situação, e
morreu em casa três dias depois.
ONU ALERTA PARA MORTE DE CRIANÇAS
As crianças iemenitas estão morrendo de fome e doenças
enquanto caminhões com suprimentos de ajuda estão bloqueados no porto, deixando
equipes médicas e mães desesperadas implorando para que os agentes humanitários
façam mais, disse uma autoridade de alto escalão da Organização das Nações
Unidas (ONU).
Geert Cappelaere, diretor de Oriente Médio do Fundo das
Nações Unidas para a Infância (Unicef), descreveu cenas "de partir o
coração" de crianças em hospitais na cidade portuária de Hodeidah e na
capital Sanaa, ambas controladas por insurgentes houthis.
"Temos indícios de que hoje, no Iêmen, a cada 10
minutos uma criança de menos de 5 anos está morrendo de doenças evitáveis e de
desnutrição grave", disse ele à Reuters de Hodeidah.
GUERRA
A recente ofensiva para combater os rebeldes Houthi, que
ocupam o porto de Hodeida, por parte da coligação liderada pela Arábia Saudita,
levantou o debate sobre o impacto do fechamento dos acessos ao porto. Os bloqueios comerciais impedem que ajuda
humanitária e itens básicos, como comida, gás de cozinha e medicamentos,
cheguem a 70% da população iemenita.
Recentemente, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, maiores
fornecedores de armas da Arábia Saudita, pediram um cessar-fogo no Iêmen. O
secretário de Defesa, Jim Mattis, disse que deve entrar em vigor dentro de 30
dias. "Temos que nos mover em direção a um esforço de paz aqui, e não
podemos dizer que vamos fazer isso em algum momento no futuro", disse
Mattis na terça-feira.
Trabalhadores humanitários e agora líderes políticos estão
pedindo a suspensão das hostilidades, bem como medidas de emergência para
reviver a economia do Iêmen, onde o aumento dos preços dos alimentos levou
milhões à beira do abismo.
Segundo a ONU, cerca de 14 milhões de pessoas, ou metade da
população do Iêmen, podem estar à beira de um surto de fome em breve.
Já existem 1,8 milhão de crianças iemenitas desnutridas,
mais de 400 mil delas sofrendo de desnutrição grave, uma enfermidade que as
deixa em estado esquelético e correndo risco de morte, disse Cappelaere.