As manifestações em São Paulo começaram na quinta-feira (6), quatro dias após o anúncio do aumento do valor da passagem de ônibus, de R$ 3,00 e R$ 3,20. Os primeiros dias foram marcados por atos de vandalismo contra estações do metrô, ônibus e bases móveis da polícia. Já no quarto dia, nesta quinta-feira (13), o ato foi marcado por uma reação enérgica dos policiais.
1º dia – 06 de junho
Ato reúne cerca de 2.000 manifestantes, segundo a PM. Os protestos da quinta-feira da semana passada (6) tiveram cenas de vandalismo contra as estações Brigadeiro, Trianon e Vergueiro do Metrô, além do Shopping Paulista, bases móveis da PM, bares e bancas de jornais da região. No primeiro dia de protestos, 12 ônibus foram depredados e outros 53 foram pichados, segundo a SP Trans. A Avenida Paulista chegou a ser bloqueada por manifestantes que atearam fogo em sacos de lixo.
2º dia – 07 de junho
Ato reúne cerca de 5.000 manifestantes, segundo a PM. Na sexta-feira (7), integrantes do Movimento Passe Livre se reuniu no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste, e seguiram em passeata em direção à Marginal Pinheiros. Durante o tempo que ficaram no largo, o protesto foi pacífico e acompanhado por esquema policial. Mas o clima esquentou quando o grupo chegou à Marginal Pinheiros. O trânsito em São Paulo ficou caótico. O congestionamento na cidade passou dos 200 km. A Tropa de Choque usou bombas de gás lacrimogêneo e evitaram que manifestantes entrassem na Estação Faria Lima do Metrô. Os manifestantes negociaram com a polícia a ida até a Avenida Paulista. O protesto terminou no vão livre do Masp.
3º dia – 11 de junho
Ato reúne cerca de 5.000 manifestantes, segundo a PM. Na terça-feira (11), manifestantes quebraram ônibus (87), agências bancárias e uma estação do Metrô e picharam veículos e prédios públicos. Houve confronto com a polícia, que utilizou balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e gás pimenta. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 20 pessoas foram presas, incluindo jornalistas. A fiança foi arbitrada em R$ 20 mil para cada um dos presos. Ao menos dois PMs ficaram feridos, de acordo com a SSP. Outras duas pessoas foram atropeladas por um automóvel que forçou a passagem após o bloqueio de uma das vias. O atropelador fugiu.
4º dia – 13 de junho
Ato reúne cerca de 5.000 manifestantes, segundo a PM. Nesta quinta-feira (13), os confrontos foram marcados uma ação enérgica da polícia, com tiros de bala de borracha, uso de gás de pimenta e muitas bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes que tentavam seguir do Teatro Municipal até a Avenida Paulista. A polícia argumentou que havia um acordo para a passeata não ir para a Paulista.
Manifestantes deixaram a área do Theatro Municipal, passaram pela Praça da República e seguiam pela Rua da Consolação, quando, às 19h10, foram barrados por policiais na Consolação, perto da esquina com a Rua Maria Antônia. Enquanto policiais que participavam do bloqueio conversavam com os manifestantes, outros policiais chegaram e reprimiram a manifestação.
A reação da polícia foi mais enérgica do que nos três dias anteriores, e desta vez não foram registradas cenas de vandalismo dos manifestantes como no primeiro e no terceiro dia de protestos. Mais de 200 pessoas foram detidas. Muitos manifestantes ficaram feridos (105).
5º dia – 17 de junho
Ato reúne cerca de 65.000 manifestantes, segundo a PM. Não houve interferência da PM. Houve tentativa de invasão ao Palácio dos Bandeirantes, os manifestantes forçaram a entrada na sede do governo paulista e foi rechaçado pela polícia. O portão chegou a ser derrubado.
84% não têm preferência partidária, de acordo com o Datafolha. A maioria tem entre 26 e 35 anos e 81% se informaram do ato pelo Facebook. No total, 85% dos presentes buscaram informações pela internet. Houve depredações na região da Paulista.
6º dia – 18 de junho
Ato reúne cerca de 50.000 manifestantes, segundo a PM. Não interferência da PM. São Paulo voltou a viver a noite de caos e protestos violentos. Manifestantes atacaram a sede da prefeitura, saquearam lojas, depredaram prédios públicos e privados e o relógio que faz a contagem regressiva para a Copa, na avenida Paulista. A confusão começou após milhares de participantes cercarem a prefeitura, no centro. Um grupo tentou invadir o prédio com chutes e pedras e derrubar a porta principal com grades usadas para cercar o local.
O ato seguiu para a avenida Paulista, onde começou pacífico. No fim da noite, porém, houve mais depredação. Na rua Augusta, policiais reagiram com bombas; na Paulista, ficaram imóveis diante de provocações.
quinta-feira – 20 de Junho – cai a tarifa
Após 13 dias de protestos, que reuniram centenas de milhares de pessoas nas ruas de São Paulo em atos ora pacíficos ora violentos, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cederam à pressão e anunciaram a redução nas tarifas de ônibus, metrô e trens, de R$ 3,20 para R$ 3. O reajuste vigorava desde 2 de junho. O Rio e outras seis capitais também decidiram baixar as passagens. O problema agora, quem vai pagar a tarifa?
Custos R$ 210 milhões - Serão gastos por ano para compensar a manutenção do preço da tarifa do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os recursos virão de dotações relacionadas a investimentos do Tesouro do Estado.
R$ 2,7 bilhões- É quanto a Prefeitura de São Paulo prevê gastar com subsídios em 2016 caso o preço da passagem seja mantido em RS 3 até lá. Neste ano, o governo municipal pretende colocar R$ l,25 bilhão nesse gasto. Fontes: Folha de São Pulo, G1.
Comentário: A passeata em São Paulo lembra muito a corrida do filme Forrest Gump, ninguém sabia o que estava fazendo lá? Só os líderes sabiam muito bem o que estavam fazendo. Tinha todas as tribos representativas das redes sociais; punk, mauricinhos e patricinhas dos facebook, bicho grilo, comunistas, socialistas e anarquistas, etc.
Uma patricinha disse; Vou ser sincera, não uso transporte público, mas acho a tarifa muita cara.
Outro jovem disse; menos corrupção no país? Mas acho que ele não pensou, ele faz a sua parte para ter menos corrupção? DVD pirata, música pirata, software pirata, etc A lista é grande que a sociedade aceita da corrupção menor; nota fiscal, subornar guarda, emplacar carro em outras cidades, etc.
A passeata era uma bagunça organizada, lembrando as redes sociais, cada uma delas, compartilhando valores e objetivos comuns. As redes sociais lembram muito o socialismo, idéias uniformes, pensamentos únicos, aversão a crítica e pluralismo de idéias. É socialismo virtual.
A tarifa zero ou redução da tarifa é o primeiro meme social. Quem não sabe o que é um meme? É simplesmente uma ideia que é propagada através da internet. Isso é prenúncio que outros memes sociais virão?
Após o anúncio da redução de tarifa do transporte público em São Paulo, membros do MPL (Movimento Passe Livre) se reuniram em um bar próximo à Câmara Municipal, no centro da cidade, para comemorar. Em clima de festa, cerca de 40 pessoas encheram o local, cantaram "A Internacional", hino socialista. Gastaram muito, prevendo a economia que farão com os vinte centavos.
Os próximos memes sociais
1-Os membros do MPL afirmaram que agora a reivindicação é a implementação da tarifa zero em São Paulo.
2- Os próximos objetivos são lutar pelas reformas agrária e urbana e contra o latifúndio urbano, disse Mayara, que ressaltou que o grupo vai "lutar para que nenhum manifestante [que tenha sido detido] responda a processo criminal".
O PT chocou o ovo da serpente e agora a cobra está bem viva e venenosa.
Vídeo: O jovem estudante de arquitetura da FMU. Foi preso e solto pela justiça.