quarta-feira, 18 de outubro de 2023
terça-feira, 17 de outubro de 2023
domingo, 15 de outubro de 2023
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
Número de bares e restaurantes com prejuízo em agosto aumenta 5%
Em todo o país, o número de bares e restaurantes que encerraram o mês de agosto no prejuízo cresceu 5%, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgada na quinta-feira (12) para a Agência Brasil. Os dados mostram, ainda, que 24% das empresas ficaram no vermelho no mesmo mês, enquanto 34% tiveram equilíbrio financeiro e 41% dos estabelecimentos pesquisados acusaram lucro.
A principal razão apontada
para o saldo negativo no caixa dos bares e restaurantes foi a queda das vendas
no mês, sinalizada por 82% dos entrevistados. A redução do número de clientes
(67%), dívidas (43%) e custo dos insumos (36%) foram as outras causas apontadas
por empresários que tiveram prejuízo. Foram entrevistados 1.979 donos de bares
e restaurantes em todo o Brasil entre os dias 28 de setembro e 6 e
outubro.
O levantamento indica, ainda,
que as empresas mais novas são as que mais operam no prejuízo. Das que têm
entre um e três anos, 33% tiveram prejuízo. Das com mais de 10 anos, o
percentual cai para 18%. Outro fator que interfere é o tamanho da empresa.
Dos bares e restaurantes com
faturamento de até R$ 1 milhão, 33% encerraram agosto no prejuízo, enquanto
apenas 8% dos que têm faturamento acima de R$ 4,8 milhões fecharam agosto no
vermelho.
No vermelho
O presidente da Abrasel,
Paulo Solmucci, destacou que, mesmo que a inflação esteja mais controlada, os
meses no prejuízo dificultam recompor as perdas que o setor teve com a
pandemia.
"Apesar do Dia dos Pais,
as empresas do setor tiveram um agosto mais duro, apontando uma ligeira queda
no movimento. Quem sofre mais são as empresas mais novas, que ainda estão
investindo e aprendendo a controlar os custos, e os empreendimentos menores,
que têm mais dificuldade com o fluxo de caixa", finalizou. Fonte: Agência Brasil – Brasília - Publicado em
12/10/2023
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Por que o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro no Brasil?
No dia 12 de outubro de 1923,
o Rio de Janeiro, então capital federal, sediou um evento que reuniu estudiosos
de infância e políticos de vários países. Era o Congresso Sul-Americano da Criança,
cuja pauta discutia questões educacionais, alimentares e de desenvolvimento.
Um político notou a comoção
provocada pelo tema na época. No ano seguinte, o recém-eleito deputado federal
Galdino do Valle Filho (1879-1961) propôs uma lei instituindo, no 12 de
outubro, o Dia das Crianças no Brasil.
Em 5 de novembro de 1924, o
então presidente da República Arthur Bernardes (1875-1955) sancionou o Decreto
4.867. "Artigo único. Fica instituído o dia 12 de outubro para ter lugar,
em todo o território nacional, a festa da criança, revogadas as disposições em
contrário", diz o texto.
E, assim, foi criado o Dia
das Crianças. Mas a data custou a pegar. Não havia feriado e o comércio não
atentava para ela.
Em 1940, o presidente Getúlio
Vargas (1882-1954), criou um novo decreto. Por pouco, o Dia das Crianças não
"mudava" de data.
Na lei de Vargas, que
"fixava as bases da organização da proteção à maternidade, à infância e à
adolescência em todo o País", o artigo 17 do capítulo 6 dizia: "será
comemorado em todo o País, a 25 de março de cada ano, o Dia da Criança".
"Constituirá objetivo
principal dessa comemoração avivar na opinião pública a consciência da
necessidade de ser dada a mais vigilante e extensa proteção à maternidade, à
infância e à adolescência", dizia o texto. Mas o 25 de março não saiu do
papel.
Nos anos 1950, uma intensa
campanha de marketing criou, de fato, o Dia das Crianças no Brasil.
BEBÊ ROBUSTO
Foi uma promoção conjunta
entre duas gigantes da indústria: a fábrica de brinquedos Estrela e a Johnson
& Johnson. Em 1955, elas lançaram a Semana do Bebê Robusto. Era uma ação
para aumentar as vendas dos produtos, é claro. Mas envolvia a população, pois
os clientes eram convidados a enviar fotos de seus filhos - de 6 meses a 2
anos. E os pais do "bebê Johnson do ano" embolsavam um prêmio,
enquanto o rebento tinha o rosto e a fofurice estampados em revistas e jornais.
Com a adesão de outras
empresas, em pouco tempo a Semana do Bebê Robusto se tornou Semana da Criança.
Foi quando os fabricantes decidiram concentrar os esforços em uma única data.
Recuperaram o decreto de 1924 e, desde então, todo brasileiro sabe: dia 12 de
outubro é dia de presentear a criançada.
OUTROS PAÍSES
Ao redor do mundo, outros países
também celebram o Dia das Crianças, mas em outras datas. Em 1925, houve uma
Conferência Mundial para o Bem-Estar da Criança em Genebra, na Suíça. Ali ficou
instituído o dia 1º de junho como o Dia Internacional da Criança - e esta data
entrou para o calendário de diversas nações, como Portugal, China, Eslovênia,
Polônia e Angola.
Já a Organização Mundial das
Nações Unidas (ONU) reconhece outra data. Dia 20 de novembro é considerado o
Dia Mundial da Criança porque foi neste dia, em 1959, que foi aprovada a
Declaração Universal dos Direitos da Criança. Finlândia, França, Trinidad e
Tobago, Reino Unido e Canadá estão entre os países que levam em conta esta
data.
Data é comemorada em
diferentes períodos ao redor do mundo
Mas há muitos exemplos
diferentes. A Austrália instituiu como Dia da Criança a última quarta-feira de
outubro. Na Argentina, é o segundo domingo de agosto. Na África do Sul, o
primeiro sábado de novembro. Países da África Central - Congo, Chade, Camarões
e outros - comemoram a data junto ao Natal, 25 de dezembro. O Japão tem uma
data para meninas (3 de março) e outra para meninos (5 de maio). Na Hungria, é
o último domingo de maio.
NOSSA SENHORA APARECIDA
Mas não se engane. O feriado
brasileiro de 12 de outubro não tem nada a ver com o Dia das Crianças. A data
foi criada em 1980 por causa de outra comemoração de 12 de outubro: Nossa
Senhora Aparecida.
A santa já era oficialmente
padroeira do Brasil desde 1930, após decreto papal. Em 30 de junho de 1980,
João Paulo II (1920-2005) se tornava o primeiro papa a pisar em solo
brasileiro. O presidente João Figueiredo (1918-1999), último da ditadura
militar do Brasil, aproveitou a data para declarar feriado nacional o dia da
Padroeira, 12 de outubro.
A partir daquele ano, portanto, ficou "declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil", conforme o texto da lei. Fonte: BBC News Brasil-11 outubro 2018