domingo, 23 de maio de 2021
sábado, 22 de maio de 2021
Coronavírus: Argentina se prepara para retorno a lockdown severo
A partir deste sábado (22/05), a maioria dos argentinos poderá sair de casa apenas entre 6h e 18h. E eles não poderão ir muito longe de suas casas. Escolas e serviços não essenciais devem fechar. Eventos sociais, religiosos e esportivos ficam proibidos.
Com as medidas restritivas, que vão durar até 31 de maio, o
governo argentino espera interromper a alta das infecções por coronavírus.
Essas medidas deverão ser reimpostas no fim de semana de 5 a 6 de junho.
"Estamos vivendo o pior momento desde o início da
pandemia", disse o presidente argentino, Alberto Fernández, ao anunciar as
novas medidas nesta quinta-feira. "Hoje como nunca antes, devemos todos
cuidar de nós mesmos para evitar todas as perdas que pudermos."
Nesta semana, o país quebrou seus recordes da pandemia. Na
terça-feira, atingiu 744 mortes e na quarta-feira registrou 39.652 novos casos
de covid-19 em 24 horas. Em relação à sua população de 45 milhões, essas são
algumas das taxas diárias mais altas do mundo.
SISTEMA DE SAÚDE PRÓXIMO AO COLAPSO: Os funcionários do
hospitais também estão sobrecarregados, enquanto a segunda onda de covid-19
leva as unidades de terapia intensiva ao seu limite. Na capital e nas
províncias de Buenos Aires, Córdoba e Neuquén, a ocupação nos leitos de UTIs
supera os 90%, segundo um levantamento da Sociedade Argentina de Tratamento
Intensivo (Sati).
A disseminação das variantes mais contagiosas do Reino Unido
e do Brasil durante uma lenta campanha de vacinação alimentou o ritmo das novas
infecções.
VACINAÇÃO LENTA: Embora a Argentina tenha sido um dos
primeiros países da América Latina a começar a vacinar contra a covid-19,
atrasos na chegada de imunizantes retardaram significativamente a campanha. Até
o momento, apenas 4,7% da população já foram totalmente inoculados, enquanto
18,5% já receberam a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde.
O governo espera que a campanha de vacinação aumente à
medida que mais doses da vacina da AstraZeneca e da Sputnik V cheguem, o que
deve ocorrer num futuro próximo.
Quando o lockdown severo terminar, os argentinos poderão
voltar às mesmas medidas que estavam em vigor até então. Isso significa que as
escolas serão reabertas, e as atividades não essenciais poderão ser retomadas,
desde que não sejam em espaços fechados.
Também haverá um toque de recolher após o fim do lockdown
severo. No entanto, será um pouco mais relaxado, a partir das 20h, em vez de
18h. Os bloqueios à vida noturna estão em vigor nos centros urbanos desde o
início de abril.
Toques de recolher noturnos estão em vigor nos centros
urbanos argentinos, como Buenos Aires, desde o início de abril
CRÍTICAS AO PRESIDENTE: Para evitar o colapso do sistema de
saúde, o governo tem imposto restrições às atividades noturnas e às aulas
presenciais nas regiões onde o vírus tem se espalhado mais rapidamente.
Fernández enfrentou resistência por causa de suas restrições
para conter o coronavírus. Manifestantes saíram às ruas em várias ocasiões este
ano para expressar descontentamento com as medidas restritivas.
As restrições agora determinadas são semelhantes ao confinamento que Fernández implementou no início da pandemia, de março a julho de 2020. Foi um dos mais longos lockdowns do mundo e atingiu duramente a economia argentina. O chefe de governo anunciou agora um pacote de resgate econômico para apoiar os setores mais afetados. Fonte: Deutsche Welle – 21.05.2021
Casos confirmados |
3.482.512 |
Casos ativos |
348.976 |
Recuperados |
3.060.145 |
Falecidos |
73.391 |
Fonte: La Nación |
Coronavírus: Cepa proveniente da Índia no Estado do Maranhão
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta sexta-feira (21) para o governo brasileiro reforçar as medidas sanitárias para identificar casos da variante indiana do novo coronavírus Sars-CoV-2.
O pedido foi feito após o Estado
do Maranhão confirmar os primeiros contágios da cepa proveniente da Índia
(B.1.617) no território brasileiro. Ao todo, cerca de 100 pessoas estão sendo
monitoradas por terem algum tipo de contato com os casos confirmados.
A porta-voz da OMS em
Genebra, Margaret Harris, afirmou que a OMS recomenda ao Brasil o
fortalecimento de "suas medidas sociais" para garantir que não haja
"chance para que o vírus ganhe espaço".
A representante da agência
ainda fez um alerta para que sejam evitadas aglomerações e pediu para as
autoridades sanitárias aumentarem o ritmo de testes para detectar a Covid-19.
Além disso, é necessário
ampliar a capacidade de sequenciamento genético do Sars-CoV-2.
A.B.1.617 foi identificada
pela primeira vez na Índia em dezembro do ano passado e, assim como as demais
variantes mais agressivas, é considerada com maior capacidade de transmissão.
Fonte: Ansa Brasil - 21 Mai 2021
sexta-feira, 21 de maio de 2021
Coronavírus: Alemanha já conta com necessidade de 3ª dose contra covid-19
As autoridades de saúde da
Alemanha já contam que, o mais tardar no próximo ano, deverá ser necessária uma
campanha nacional para a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a
covid-19.
A previsão foi feita, em
entrevista publicada no domingo (16/05), pelo presidente da Comissão
Permanente de Vacinação (Stiko), Thomas Mertens. Embora ainda não haja
confirmação oficial a esse respeito, ele garantiu que as atuais doses aplicadas
não serão as últimas.
"O vírus não vai nos
deixar. As vacinas atuais não serão, portanto, as últimas", disse Mertens
aos jornais do grupo midiático Funke. "Basicamente, temos que estar
preparados para o fato de que, possivelmente no próximo ano, todos terão que
reforçar sua proteção vacinal".
Mertens alertou ainda para o
fato de poder ser necessária, com urgência, uma terceira dose caso surjam
variantes para as quais as vacinas sejam ineficazes.
Se tais variantes surgirem,
prosseguiu o especialista, será necessário adaptar as fórmulas às mutações e
vacinar novamente os já imunizados. Ele citou como exemplo as vacinas da
AstraZeneca e Johnson & Johnson, "que se mostraram menos eficazes com
a variante detectada pela primeira vez na África do Sul”.
As empresas farmacêuticas
Pfizer e BioNTech, criadoras da vacina considerada a mais eficiente em evitar
novos contágios, anunciaram recentemente que poderá ser necessária uma terceira
dose para fortalecer a imunidade.
O governo alemão indicou nos
últimos dias que a terceira onda da pandemia parece estar controlada. A
tendência atualmente é de queda no número de casos e mortes – nas últimas 24
horas, foram 8.500 novas infecções e 71 óbitos.
No país, 36,5% da população
(30,4 milhões de pessoas) já recebeu pelo menos uma dose da vacina, e 10,9%
(cerca de nove milhões) já se encontram totalmente imunizados com a segunda.
EUROPA TEM MAIS DE 1 BILHÃO
DE DOSES ASSEGURADAS: No início do mês, a União Europeia confirmou que comprará
mais 900 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela alemã
BioNTech e produzida em parceria com a americana Pfizer. O acordo inclui a
opção de compra de outras 900 milhões de doses mais.
O lote deverá ser entregue
até 2023 e se soma a 600 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech que já haviam sido adquiridas pelo bloco
europeu. A imunização demanda duas doses da vacina.
A compra tem o objetivo de
preparar a UE, que tem cerca de 450 milhões de habitantes, para um novo estágio
da resposta à pandemia, que pode envolver a aplicação de uma terceira dose de
reforço ou aprimorada para aumentar a eficácia contra variantes do coronavírus.Fonte: Deutsche Welle – 16.05.2021