domingo, 22 de novembro de 2020
sábado, 21 de novembro de 2020
Coronavírus: Número de mortes por covid-19 nos EUA passa de 250 mil
Os Estados Unidos ultrapassaram a trágica marca de 250 mil mortes por covid-19 na quarta‑feira (18/11), segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Nas últimas 24 horas, a instituição registrou mais de 1.300 novos óbitos.
Também foram contabilizados
mais 137 mil casos da doença nesta quarta-feira, elevando o total para 11,48
milhões.
Em março, o Anthony Fauci,
diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e integrante da
força-tarefa para combater a pandemia, havia previsto que a pandemia poderia
provocar a morte de até 240 mil americanos.
O país já ultrapassou essa marca, e ainda não há um fim à vista.
Especialistas apontam que, nesse
ritmo, o país poderá em breve registrar 2 mil mortes por dia ou mais, igualando
ou ultrapassando o pico da doença durante a primavera (norte). O dia mais
mortal da pandemia nos Estados Unidos foi 15 de abril, quando o número diário
de vítimas registrado chegou a 2.752. Especialistas citados pelo jornal New
York Times apontam ainda que mais 100 mil a 200 mil americanos poderão morrer
nos próximos meses. Nesta segunda onda, a doença tem se espalhado com mais
força pelo interior do país, o que não havia ocorrido no primeiro pico da
doença.
A marca de 250 mil mortes é
maior do que o número de perdas de militares americanos em praticamente todos
os conflitos já enfrentados pelo país, com exceção da Segunda Guerra Mundial e
da Guerra Civil.
Os EUA são de longe o país
mais afetado pela pandemia no mundo, à frente da Índia e do Brasil.
O número de hospitalizações
por coronavírus também vem crescendo de maneira alarmante no país,
ultrapassando a marca de 76 mil na terça-feira, o maior número desde o início
da pandemia.
NOVA YORK FECHA ESCOLAS: Em meio ao aumento de casos no país, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que a cidade fechará suas escolas públicas a partir de quinta (19/11) como "precaução", devido ao aumento dos casos de covid-19.
De Blasio escreveu no Twitter
que a cidade atingiu uma taxa de 3% de contágios entre as pessoas testadas em
um período de sete dias, o limite estabelecido pelo município para reverter o
processo de abertura escalonada de escolas.
"Devemos combater a
segunda onda da covid-19", afirmou o prefeito em uma breve mensagem
divulgada após ele desistir de comparecer à entrevista coletiva que ele concede
diariamente.
As autoridades nova-iorquinas
tinham anunciado, durante o verão, que as escolas voltariam a fechar se 3% de
todos os testes feitos para detectar a presença do SARS-CoV-2 na cidade
tivessem resultado positivo.
A taxa de infecções
contabilizadas aproximou-se desta porcentagem na última semana. Nova York tem
mais de um milhão de estudantes no ensino público, que agora continuarão os
estudos de maneira remota. Até o final de outubro, apenas 25% dos estudantes
tinha regressado às aulas presenciais, uma porcentagem mais baixa do que aquela
prevista pelas autoridades nova-iorquinas.
O regresso às aulas
presenciais havia ocorrido em fases: em 21 de setembro para as creches e
estudantes com necessidades especiais, em 29 de setembro para o ensino básico e
1 de outubro para o secundário. Apesar da reabertura, mais de 1.000
estabelecimentos de ensino permaneceram temporariamente fechados durante este
período, devido à detecção de casos de covid-19 e ao aumento do número de
infecções em várias regiões da cidade. Fonte:
Deutsche Welle – 18.11.2020
Comentário: Dados atuais
Casos confirmados – 12.346.783
Óbitos: 261.101
Recuperados: 7.346.221
Fonte: Worldometer - Last updated:
November 21, 2020, 19:12 GMT
Coronavírus: Internações por covid-19 em hospitais privados aumentam em São Paulo
Levantamento feito pelo
Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo
(SindHosp) mostrou que 44,74% dos hospitais privados do estado tiveram aumento
das internações de pacientes com o novo coronavírus nos últimos 15 dias. Os
dados também mostram que 46,06% registraram aumento no número de diagnósticos
da covid-19 neste mesmo período.
“Este é um indicativo de que o número de casos
vem aumentando e de que aquela tendência da curva de baixa está dando um pico.
Não significa ainda que inverteu, mas aparentemente, por enquanto, é só um pico
e precisamos ter muita atenção em relação a isso. Pelo desenho epidemiológico,
não estamos vivenciando uma segunda onda de covid. Estamos, talvez, em um
momento de repique de casos ainda da primeira onda”, disse o presidente do
SindHosp, Francisco Balestrin.
RELAXAMENTO DA POPULAÇÃO: Para
o médico, o aumento de casos pode ser atribuído ao fato de que possa ter havido
um relaxamento da população com as medidas de segurança, tanto as individuais
(uso de máscara, distanciamento social, lavagem das mãos) como as coletivas
(evitar aglomerações, restaurantes manterem distanciamento entre as mesas,
shoppings centers limitando número de pessoas).
“Eu noto um relaxamento disso e essa falta de civilidade nossa está cobrando o preço agora. Existe também um percentual das pessoas que são negativistas e sempre refratárias a tudo, mas a grande parte das pessoas ouve as autoridades sanitárias, políticas, líderes empresariais, setoriais. Se essas lideranças não se conscientizarem e passarem uma visão correta, muitas pessoas seguirão o inadequado. Uns porque vão seguir mesmo e outros porque vão entender que a situação já está sob controle", observou.
A pesquisa foi respondida por
20% dos 383 hospitais privados não filantrópicos de 17 regiões administrativas
do estado de São Paulo, totalizando 76 unidades com 7.516 leitos. Dessas, 71%
se disseram preparadas para o atendimento de pacientes com covid-19, mantendo
os atendimentos a pacientes não covid-19 e os procedimentos eletivos.
Segundo Balestrin, no início
da pandemia, um dos motivos para que a quarentena fosse mais rígida foi que os
hospitais não se sentiam preparados para atender os pacientes com covid-19, o
que ocasionou filas, mortes e as imagens de covas sendo abertas em série para
comportar o número de óbitos.
"Seis meses depois temos
os hospitais preparados, todos já aprenderam a fazer o fluxo de pacientes
separados, o que é muito importante, porque não paralisa o atendimento dos
outros pacientes. O que aconteceu em março foi que paramos o atendimento
daqueles que tinham outros problemas e essas pessoas acabaram piorando porque
não foram operadas ou consultadas a tempo”, ressaltou Balestrin.
O médico recomendou que os
pacientes que estão ou fazem algum tratamento, continuem e mantenham cirurgias
ou outros tipos de procedimentos marcados, e reforçou a importância de seguir
todos os protocolos de prevenção contra a covid-19.
“É importante que as pessoas saibam que os
casos estão aumentando, mas que elas têm um papel importante que é o de
continuar com o distanciamento social, uso de máscara e a utilização de álcool
em gel ou sabão para a higienização das mãos com muita frequência”, alertou
Balestrin.
O médico disse ainda que é
difícil dizer se houve precipitação em flexibilizar a reabertura das atividades
porque todos os dados indicavam que era possível afrouxar as medidas. Segundo
ele, cada cidade tem seu histórico e apesar de o governo federal e o estadual
orientarem, quem executa são as prefeituras, que estão mais próximas do
cidadão.
"Como as pessoas
circulam, pode ser que em uma cidade não haja nenhum caso, mas os moradores de
uma cidade que tem casos podem levar para onde não há. No Brasil não ocorreu,
mas em países da Europa não se permitiu que as pessoas fossem de uma cidade
para a outra. Nós nunca tivemos isso aqui, sempre correndo risco, mas pareceu
ser uma decisão acertada. O que pode ter acontecido é que as pessoas podem ter
se sentido um pouco mais liberadas e são muitas as histórias de aglomerações”,
afirmou. Fonte: Agência Brasil -
Publicado em 20/11/2020