domingo, 21 de janeiro de 2018

Balança comercial fecha 2017 com superávit recorde

Brasil exportou 67 bilhões de dólares a mais do que importou no ano passado. Esse é o melhor resultado do comércio exterior dos últimos 29 anos, quando teve início a série histórica.

A balança comercial brasileira registrou em 2017 o superávit de 67 bilhões de dólares, segundo dados divulgados nesta terça-feira (02/01) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Esse foi o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.

Em 2017, as exportações tiveram uma alta de 18,5% em relação ao ano anterior pela média diária, somando 217,7 bilhões de dólares. Já as importações registraram um aumento de 10,5%, chegando a 150,7 bilhões de dólares.

"Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses dados como sinal da recuperação da economia brasileira", disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

Apesar do aumento, as exportações no ano passado não alcançaram o recorde registrado em 2011, quando as vendas externas totalizaram 256 bilhões de dólares.

O aumento das exportações em 2017 foi impulsionado pelas vendas de produtos básicos, que cresceram 28,7% no ano passado pelo critério da média diária, além de produtos semimanufaturados, que subiram 13,3%, e de produtos industrializados, com aumento de 9,4%.

O Brasil importou em 2017 mais combustíveis e lubrificantes, com um aumento de 42,8%, bens intermediário (11,2%) e bens de consumos (7,9%). As importações de bens de capital, como máquinas e equipamentos, caíram 11,4% em relação ao ano passado.

O resultado da balança comercial foi impulsionado, principalmente, pela recuperação dos preços internacionais dos bens primários e pela safra recorde. Em 2017, o preço médio das mercadorias exportadas subiu 10,1%, puxado pela valorização das commodities. Os destaques foram minério de ferro, com alta de preços de 40,9%, semimanufaturados de ferro e aço (34,3%) e petróleo bruto (32,2%).

Os maiores compradores do Brasil no ano passado foram;
  • a China (50,2 bilhões de dólares),
  • seguida pelos Estados Unidos, (26,9 bilhões de dólares) e
  • Argentina (17,6 bilhões de dólares).
Os três países também foram respectivamente os maiores vendedores para o Brasil, seguidos pela Alemanha. Fonte: Deutsche Welle – 02.01.2017

Comentário:
 Liderados pela soja em grãos, sete produtos do agronegócio figuraram entre os dez principais bens exportados pelo Brasil em 2017. Juntos, a soja, carne de frango e bovina, açúcar em bruto, celulose, café e farelo de soja foram responsáveis por  26,8% de um total de US$ 217,74 bilhões embarcados pelo país para o exterior no ano passado. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Analistas enumeram amarras do crescimento da economia — burocracia, elevada carga tributária, infraestrutura ineficiente e custosa, baixa produtividade e falta de investimentos — como problemas que impedem o país de aumentar a participação no comércio internacional, estagnada há décadas.

Os principais países exportadores do mundo -2016
Rank
Country
Exports in US Dollars
1
China
1,990,000,000,000
2
United States
1,456,000,000,000
3
Germany
1,322,000,000,000
4
Japan
634,900,000,000
5
South Korea
511,800,000,000
6
France
507,000,000,000
7
Hong Kong
502,500,000,000
8
Netherlands
495,400,000,000
9
Italy
454,100,000,000
10
United Kingdom
407,300,000,000
11
Canada
393,500,000,000
12
Mexico
374,300,000,000
13
Singapore
361,600,000,000
14
Switzerland
318,100,000,000
15
Taiwan
310,400,000,000
16
United Arab Emirates
298,600,000,000
17
Russia
281,900,000,000
18
Spain
280,500,000,000
19
Belgium
277,700,000,000
20
India
268,600,000,000
21
Thailand
214,300,000,000
22
Ireland
206,000,000,000
23
Poland
195,700,000,000
24
Australia
191,700,000,000
25
Brazil
184,500,000,000
Fonte: World Atlas

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A Ditadura do Politicamente Correto



“A unanimidade é burra.” (Nelson Rodrigues)

Ninguém insiste tanto na conformidade como aqueles que advogam “diversidade”. Sob o manto de um discurso progressista jaz muitas vezes um autoritarismo típico de pessoas que gostariam, no fundo, de um mundo uniforme, onde todos rezam o mesmo credo. “A Utopia”, de More, a “Cidade do Sol”, de Campanella,  “A República” platônica, enfim, “um mundo melhor é possível”. Se ao menos todos abandonassem o egoísmo, a ganância, e se tornassem almas conscientes e engajadas…

Mesmo se for preciso “forçar o indivíduo a ser livre”, como defendeu Rousseau, esse parece um preço aceitável a se pagar pelo sonhado “progresso”. Foi com base nesta mentalidade que milhões de inocentes foram sacrificados no altar de ideologias coletivistas. Atualmente, os “progressistas” buscaram refúgio em novas seitas, mas a meta continua a mesma: “purificar” a humanidade e criar um paraíso terrestre onde todos serão igualmente “felizes” e “saudáveis”.

A obsessão pela saúde e pela felicidade, assim como a ditadura do politicamente correto são claramente sintomas da modernidade. Vivemos na era da covardia, onde poucos têm coragem de se levantar contra o rebanho. Estamos sob o controle dos eufemismos, com a linguagem sendo obliterada para proteger os mais “sensíveis”. Todos são “especiais”, o mesmo que dizer que ninguém o é. Chegamos à era do conformismo: ninguém pode desviar do padrão definido, pois as diferenças incomodam muito. Todos devem adotar a mesma cartilha “livre de preconceitos”.

Até mesmo o Papai Noel já foi vítima desta obtusa mentalidade. A obesidade é um problema de saúde preocupante no mundo. Um dos culpados? Sim, o Papai Noel. Um médico australiano chegou a afirmar que Papai Noel é um “pária da saúde pública”, e seria melhor se ele fosse retratado sem aquela “pança”, sua marca registrada. Afinal, o bom velhinho é um ícone da garotada, e no mundo atual não fica bem um barrigão daqueles influenciando as crianças. Papai Noel “sarado”, eis um típico sinal dos tempos.

Qualquer pessoa com mais de 30 anos deve recordar daqueles cigarros de chocolate que as crianças adoravam no passado. Isso seria impensável hoje em dia. Chocolate, e ainda por cima em forma de cigarro? Seria politicamente incorreto demais para o mundo moderno. Diriam que as crianças vulneráveis seriam fumantes compulsivas, tal como acusam filmes e jogos violentos pela violência.

Pensar na possibilidade de que os próprios pais devem educar seus filhos, impondo limites e dizendo “não”, parece algo estranho demais para os engenheiros sociais da atualidade. As “crianças mimadas”, os adultos modernos, preferem delegar a função ao governo, que será responsável pela “pureza” das propagandas. Quem precisa de liberdade de escolha quando se tem o governo para controlar nossas vidas?

Parte importante da liberdade é o direito de cada um ir para o “inferno” à sua maneira. O alimento de um pode ser o veneno do outro. Esta variabilidade humana nos impõe a necessidade da liberdade individual e da tolerância. Ninguém sabe qual o desejo do outro. Infelizmente, estamos vivendo cada vez mais sob a ditadura da maioria. O paraíso idealizado pelos “progressistas” seria um mundo com tudo reciclado, pessoas vestindo roupas iguais, comendo apenas alimentos orgânicos, e andando de bicicleta para cima e para baixo. Paradoxalmente, os “progressistas” odeiam o progresso! Que saibamos desconfiar mais da cruzada moral dos “progressistas” e sua retórica politicamente correta . Fonte: Rodrigo Constantino- 29/12/2010

Comentário: Isso lembra um pouco um trecho do livro Admiravel Mundo Novo de Aldous Huxley;
Homens e mulheres padronizados, em grupos uniformes. As pessoas são felizes, têm o que desejam e nunca desejam o que não podem ter. Sentem-se bem, estão em segurança; nunca adoecem; não têm medo da morte; vivem na ditosa ignorância da paixão e da velhice; não se acham sobrecarregadas de pais e mães; não têm esposas, nem filhos, nem amantes, por quem possam sofrer emoções violentas; são condicionadas de tal modo que praticamente não podem deixar de se portar como devem. E se por acaso alguma coisa andar mal, há o “soma”.
Sempre haverá o soma, o delicioso soma, meio grama para um descanso de meio dia, um grama para um fim-de-semana, dois gramas para uma excursão ao esplêndido Oriente, três para uma sombria eternidade na Lua; de onde, ao retornarem, se encontrarão na outra margem do abismo, em segurança na terra firme das distrações e do trabalho cotidiano, etc.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

William Waack:Não sou racista, minha obra prova

Se os rapazes que roubaram a imagem da Globo e a vazaram na internet tivessem me abordado, naquela noite de 8 de novembro de 2016, eu teria dito a eles a mesma coisa que direi agora: "Aquilo foi uma piada —idiota, como disse meu amigo Gil Moura—, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular. Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão."

Sim, existe racismo no Brasil, ao contrário do que alguns pretendem. Sim, em razão da cor da pele, pessoas sofrem discriminações, têm menos oportunidades, são maltratadas e têm de suportar humilhações e perseguições.

Durante toda a minha vida, combati intolerância de qualquer tipo —racial, inclusive—, e minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso. Autorizado por ela, faço aqui uso das palavras da jornalista Glória Maria, que foi bastante perseguida por intolerantes em redes sociais por ter dito em público: "Convivi com o William a vida inteira, e ele não é racista. Aquilo foi piada de português."

Não digo quais são meus amigos negros, pois não separo amigos segundo a cor da pele. Assim como não vou dizer quais são meus amigos judeus, ou católicos, ou muçulmanos. Igualmente não os distingo segundo a religião —ou pelo que dizem sobre política.

O episódio que me envolve é a expressão de um fenômeno mais abrangente. Em todo o mundo, na era da revolução digital, as empresas da chamada "mídia tradicional" são permanentemente desafiadas por grupos organizados no interior das redes sociais.

Estes se mobilizam para contestar o papel até então inquestionável dos grupos de comunicação: guardiães dos "fatos objetivos", da "verdade dos fatos" (a expressão vem do termo em inglês "gatekeepers"). Na verdade, é a credibilidade desses guardiães que está sob crescente suspeita.

Entender esse fenômeno parece estar além da capacidade de empresas da dita "mídia tradicional". Julgam que ceder à gritaria dos grupos organizados ajuda a proteger a própria imagem institucional, ignorando que obtêm o resultado inverso (o interesse comercial inerente a essa preocupação me parece legítimo).

Por falta de visão estratégica ou covardia, ou ambas, tornam-se reféns das redes mobilizadas, parte delas alinhada com o que "donos" de outras agendas políticas definem como "correto".

Perversamente, acabam contribuindo para a consolidação da percepção de que atores importantes da "mídia tradicional" se tornaram perpetuadores da miséria e da ignorância no país, pois, assim, obteriam vantagens empresariais.

Abraçados a seu deplorável equívoco, esquecem ainda que a imensa maioria dos brasileiros está cansada do radicalismo obtuso e primitivo que hoje é característica inegável do ambiente virtual.

Por ter vivido e trabalhado durante 21 anos fora do Brasil, gosto de afirmar que não conheço outro povo tão irreverente e brincalhão como o brasileiro. É essa parte do nosso caráter nacional que os canalhas do linchamento —nas palavras, nesta Folha, do filósofo Luiz Felipe Pondé— querem nos tirar.

Prostrar-se diante deles significa não só desperdiçar uma oportunidade de elevar o nível de educação política e do debate, mas, pior ainda, contribui para exacerbar o clima de intolerância e cerceamento às liberdades –nas palavras, a quem tanto agradeço, da ministra Cármen Lúcia, em aula na PUC de Belo Horizonte, ao se referir ao episódio.

Aproveito para agradecer o imenso apoio que recebi de muitas pessoas que, mesmo bravas com a piada que fiz, entenderam que disso apenas se tratava, não de uma manifestação racista.

Admito, sim, que piadas podem ser a manifestação irrefletida de um histórico de discriminação e exclusão. Mas constitui um erro grave tomar um gracejo circunstanciado, ainda que infeliz, como expressão de um pensamento.

Até porque não se poderia tomar um pensamento verdadeiramente racista como uma piada.

Termino com um saber consagrado: um homem se conhece por sua obra, assim como se conhece a árvore por seu fruto. Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui. Fonte: Folha de São Paulo - 14/01/2018
William Waack é jornalista profissional desde os 17; trabalhou em algumas das principais redações do país e foi correspondente internacional por 21 anos na Europa e Estados Unidos

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Waack é vítima da fome insaciável das redes que exige sacrifício de figuras

Falando em público, Luís Roberto Barroso qualificou Joaquim Barbosa como "um negro de primeira linha". Desculpou-se, depois, pela óbvia conotação preconceituosa do diagnóstico —e, felizmente, segue no mundo dos vivos.

William Waack proferiu, em comentário privado, o mais antigo dos abomináveis gracejos racistas. A frase veio a público e ele desculpou-se —mas corre o risco de ser arremessado ao mundo dos mortos.

O minotauro da lenda alimentava-se de jovens virgens. A fome insaciável das Redes Sociais, minotauro pós-moderno, exige o sacrifício ritual de figuras públicas.

Um clamor de indignação legítima nasce da janela que se abriu para um abismo interior de Waack. O jornalista admirado expeliu lixo. Somos todos, de alguma forma, lixeiras de séculos de violência, exclusão e preconceito. As pessoas decentes estão indignadas pois enxergaram, em lugar inesperado, um sedimento profundo da história humana: o metal pesado, contaminante, do nosso desamor. Mas, se decentes realmente são, os indignados devem resistir à sedução do linchamento, outro metal pesado da tabela periódica da nossa barbárie.

O detentor do vídeo incriminatório guardou-o durante um ano inteiro, como quem protege um tesouro, antes de propiciar sua divulgação, um gesto derivado do cálculo, não da exasperação. As valiosas imagens e sons podem ter servido à chantagem ou ao comércio, antes de se prestarem à "cruzada da virtude" que está em curso.

No labirinto das Redes Sociais, o clamor de indignação legítima dissolve-se numa onda avassaladora de condenação terminal fabricada pela "guerrilha da informação". Waack precisa perecer pelo que diz e escreve em público: por suas opiniões políticas moderadas e suas matizadas interpretações históricas.

Troca-se a difícil tarefa de confrontar intelectualmente o "inimigo" por uma alternativa tão fácil quanto eficiente: suprimi-lo manipulando oportunisticamente o consenso civilizado de repúdio ao preconceito racial. Os hipócritas investem na decência dos decentes, em busca de uma finalidade indecente.

O gracejo idiota de Waack deu-se na hora do triunfo eleitoral de Trump, um fanfarrão sem escrúpulos, grosseiro, malcriado e preconceituoso. A figura que crismou os imigrantes mexicanos como estupradores substituía Obama, um líder íntegro, sofisticado, capaz de oferecer lições inesquecíveis de empatia humana.

"Coisa de preto", "coisa de branco"? A cor da pele nada tem a ver com isso, como Waack sabe perfeitamente. A frase emitida na esfera privada pode ser horrível (e é!), mas não equivale a uma sentença proferida na arena pública. Não se tem notícia de uma manifestação política racista ou um gesto de injúria racial do jornalista. Imolá-lo em cena aberta não nos limpa ou purifica —e só aplaca temporariamente a sede de sangue do minotauro virtual.

A URSS stalinista, a Alemanha nazista, a China maoísta, o Camboja de Pol Pot e a Cuba castrista estabeleceram o objetivo de criar o "homem novo". Os sistemas totalitários almejavam retificar não apenas o comportamento, mas a mente dos indivíduos, moldando-a segundo suas normas ideológicas. A escola, a propaganda, a prisão, a tortura e o campo de trabalhos forçados eram os instrumentos da pedagogia social.

Por sorte, todas essas tentativas fracassaram. Homens (e mulheres) "velhos", empapados de fraquezas e preconceitos, seguem constituindo as sociedades. São eles (nós) os alvos dos vigilantes das Redes Sociais, tão compreensivos com discursos políticos odientos, nem sempre severos com atos criminosos, mas implacáveis com desvios privados puramente verbais.

Já aprendemos algo com o triste episódio de Waack. Não precisamos condená-lo ao submundo, empobrecendo ainda mais nosso paupérrimo debate público, apenas para alimentar o minotauro. Folha de São Paulo - 11/11/2017 - Demetrio Magnoli
Comentário: O Minotauro é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga.Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. Todo ano eram enviados sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.
Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses. Os deuses atuais são as redes sociais

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

The Cranberries: morre a vocalista Riordan

Dolores O'Riordan, vocalista da banda The Cranberries, morreu nesta segunda-feira (15) aos 46 anos. A causa da morte ainda não foi revelada. Cantora de sucessos como "Zombie", "Dreams" e "Linger", ela estava em Londres para realizar uma gravação.

"A cantora internacional Dolores O'Riordan morreu subitamente em Londres hoje. Ela tinha 46 anos. A vocalista e líder da banda irlandesa The Cranberries estava em Londres para uma sessão de gravação. Nenhum detalhe adicional está disponível no momento. A família está arrasada com a notícia e pede privacidade nesse momento muito difícil", diz o comunicado oficial enviada pela agência da cantora.

Os Cranberries surgiram depois que os irmãos Hogans (o baixista Michael e o guitarrista Noel) e o baterista Fergal Lawler, sob a alcunha de The Cranberry Saw Us, decidiram substituir o vocalista original, Niall Quinn, e colocaram um anúncio à procura de uma cantora. Dolores passou no teste cantando uma versão de "Linger".
Um dos grupos de rock de maior sucesso na década de 1990, o Cranberries vendeu mais de 40 milhões de discos em todo o mundo. Fonte: UOL-15/01/2018