A empresa Closca reinventa objetos cotidianos pelas mãos de
seu fundador, Carlos Ferrando. Com seu último produto busca reduzir de forma drástica o
impacto ambiental desse tipo de recipiente
Feito em Valência, mas com ambição global. A Closca, que já
havia colocado no mercado um capacete dobrável de bicicleta, elogiado pelos
gurus do design, criou um segundo produto, uma garrafa de vidro. Algo simples,
de uso comum, mas com uma ideia poderosa por trás e um aplicativo para ativar a
mudança.
A garrafa vem acompanhada de um app que indica os locais
para enchê-la, além dos lugares onde há fontes e a qualidade delas. Os próprios
usuários podem adicionar comentários.
A Closca Bottle quer resolver um dos problemas que a
indústria das bebidas não quer enfrentar, o do impacto ecológico da embalagem.
“Uma garrafa de plástico leva quase 400 anos para se decompor totalmente. Mais
de 80% das vendidas não são recicladas. Não é sustentável, mas parece não
importar”, alerta.
Sua garrafa é bonita, higiênica e inovadora, mas não teria
sentido nem condições de crescimento exponencial se não viesse acompanhada de
um app, que, além do mais, é gratuito. Serve para indicar os locais para
enchê-la. Informa onde há fontes e a qualidade delas. “O que queremos é que
sejam usadas para evitar a deterioração causada pelas de plástico”, afirma.
Em um ano foi capaz de pôr no mercado mais de 25.000
capacetes. Cada unidade tinha um custo equivalente a 470 reais. No caso da
garrafa: 39 dólares (128 reais). “Com este preço financiamos também o
aplicativo, para que continue sendo grátis e possa ser usado com qualquer
garrafa, não só a nossa”, ressalva.
Com a garrafa temos a vantagem de não ter de fazer tamanhos,
por exemplo, mas continuamos jogando com o design. É de vidro e está rodeada de
material biodegradável. Pode ser acoplada a uma mochila, bicicleta ou mala,
para que a pessoa a leve consigo”, explica o fundador.
Ferrando tem obsessão por misturar design, inovação e
tecnologia. Já está pensando em seu próximo lançamento. Divide-se entre o relógio
e os óculos de sol, mas sempre “com uma parte importante de impacto social e
ambiental”, diz. Fonte: El
País - San Francisco 6 JAN 2018
Uma briga em um elevador de um prédio residencial em Praia
Grande, no litoral sul paulista, terminou com um guarda municipal baleado.
Segundo o registro policial, a confusão envolveu três
guardas municipais e um comerciante. O tumulto ocorreu por volta das 0h30 do
dia 31 de dezembro (domingo).
Imagens de segurança do elevador mostram, primeiro, dois
guardas dentro do equipamento, quando, num dado momento, um comerciante, de 21
anos, e a mulher dele entram no elevador.
O registro da Polícia Civil não descreve o motivo da briga,
mas as imagens captam uma discussão entre os dois guardas e o comerciante. Um
terceiro colega dos guardas também participa da briga quando o elevador para no
terceiro andar do prédio.
Durante a troca de socos e pontapés, o comerciante consegue
pegar o revólver de um dos guardas que havia caído no chão.
Tiros são disparados e um deles atinge o guarda, de 34 anos,
na coxa direita. Ele foi levado para o pronto-socorro do Hospital Irmã Dulce,
onde passou por cirurgia para retirar a bala e já recebeu alta.
Uma equipe da Polícia Militar esteve no local e rendeu um
dos guardas e o comerciante, que mora em Jundiaí (Grande SP).
As armas dos profissionais de segurança foram apreendidas e
encaminhadas para perícia. O boletim que registrou a ocorrência não diz se
algum dos envolvidos foi preso, mas confirma que todos terão que prestar
depoimento à Polícia Civil. Os três guardas civis moram em Praia Grande. Um
inquérito sobre o caso foi instaurado na delegacia do município.
Folha de São Paulo - 02/01/2018 12h19 - Atualizado às 20h16
Comentário: Falta de civilidade
[...] CADA UM PROCURA SEUS DIREITOS, SUA FELICIDADE, SEU
PRAZER, SEM RECONHECER O OUTRO
Sofremos de um mal na atualidade: a incivilidade. A toda
hora, somos obrigados a testemunhar cenas de grosseria entre as pessoas, de
falta de respeito pelo espaço que usamos e de absoluta carência de cortesia nas
relações interpessoais. Os adultos perderam a vergonha de ofender publicamente
e em alto e bom som, de transgredir as normas da vida comum por quaisquer razões.
Parece mesmo que nossa vida segue um lema: cada um por si e, ao mesmo tempo,
contra todos.
Por isso, perdemos totalmente a sensibilidade pelo direito
do outro: cada um de nós procura, desesperadamente, seus direitos, sua
felicidade, seu poder de consumo, seu prazer, sem reconhecer o outro. E, claro,
isso gera intolerância, discriminação, ameaça. O pacto social parece ter sido
rompido e não tomamos nenhuma medida para reverter esse processo. As mídias,
por exemplo, comentam cenas de incivilidade ocorrida entre pessoas que ocupam
posição de destaque.
Virou moda e ganhou visibilidade dizer tudo o que se pensa,
agredir para se defender, fazer pouco do outro. Pessoas que ocupam cargos de
chefia expressam seu descontentamento com seus funcionários aos berros e assim
por diante.
Ao mesmo tempo, crescem entre os mais novos problemas como
falta de limites, indisciplina e falta de respeito pelo outro. O fenômeno
conhecido por "bullying" -intimidação física ou psicológica- assusta
crianças e adolescentes e preocupa pais e professores. Nas escolas do mundo
todo, o clima é de "falta de respeito" generalizado, mesmo que essa
expressão seja usada de modo impreciso.
Mas o fato é que as crianças e os adolescentes praticam o
conceito de cidadania do qual se apropriaram pela observação do mundo adulto.
Em uma conversa com crianças que frequentam o ensino fundamental, ouvi relatos
que me deixaram muito pensativa.
Um garoto disse que achava que os alunos maiores intimidavam
os menores porque a escola e os pais ensinam que se deve respeitar os mais
velhos. Veja você: o conceito de mais velho deixou de significar adulto ou
velho e passou a ser usado como de mais idade. Assim, revelou o garoto, uma
criança de um ou dois anos a mais que a outra se considera um "mais velho"
e, assim, pode explorar os de menos idade.
Podemos ampliar esse conceito apreendido pelas crianças e,
além da idade, pensar em poder, por exemplo. Isso nos faz pensar que o
"bullying" ocorre principalmente, mas não apenas, porque crianças e
adolescentes desenvolvem relações assimétricas entre eles, por causa da idade,
do tamanho, da força e do poder.
Talvez seja em casa e na escola que pais e professores
possam e devam repensar e reinventar o conceito de cidadania.Mas também temos
nós, os adultos, o dever de adotar boas maneiras na convivência social. Afinal,
praticar boas maneiras e ensinar aos mais novos o mesmo nada mais é do que
reconhecer o outro e buscar formas de boa convivência com ele. Disso depende a
sobrevivência da vida social porque somos todos interdependentes. Fonte: Rosely Sayão é psicóloga e autora de "Como Educar Meu
Filho?"
Saímos do sertão e não nos adaptamos ainda ao ritmo das
grandes urbes. Somos manadas de pessoas que não têm padrões de comportamento
coletivo. Professor de Filosofia e Ética Política na Unicamp, Roberto Romano
A digitalização do processo produtivo industrial deve
atingir 21,8% das empresas brasileiras em uma década, garante uma pesquisa
envolvendo 759 grandes e médias indústrias brasileiras e multinacionais -
atualmente, o percentual é de 1,6%.
Os números referem-se ao nível de conexão da produção -
geração 4 - com tecnologias da informação e comunicação (TIC) integradas,
fábricas conectadas e processos inteligentes, com capacidade de subsidiar os
gestores com informações para tomada de decisão.
A sondagem faz parte do Projeto Indústria 2027, uma
iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Instituto Euvaldo Lodi
(IEL), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
De acordo com os pesquisadores, a indústria 4.0 é também
conhecida como a quarta revolução industrial, resultando do uso integrado de
tecnologias avançadas da automação, do controle e da tecnologia da inovação em
processos de manufatura. Tais mudanças envolvem questões como o uso de
robótica, de novos materiais, de biotecnologia, de armazenamento de energia,
megadados, entre outros.
GERAÇÕES DE TECNOLOGIAS DIGITAIS
A expectativa dos empresários é de que os estágios 3 e 4 de
uso de tecnologia avancem na próxima década. O nível 3 passará de 20,5% para
36,9%. Os demais níveis recuariam, abrindo espaço para empresas mais
conectadas. Atualmente, o estudo indica que 77,8% das empresas brasileiras
ainda estão nas gerações tecnológicas 1 e 2. O maior percentual, em dez anos,
estaria concentrado nos níveis 3 e 4, com 58,7% das indústrias.
"Passaremos os próximos dez anos em um processo de
transformação industrial muito intenso, com as empresas de fato buscando trazer
essa tecnologia disruptiva e implementando essas práticas dentro do seu modo de
produção," avaliou Paulo Mól, do IEL. Ele avalia que essas transformações
tecnológicas servirão para aumentar a produtividade, reduzindo o custo de
produção e tornando as empresas brasileiras mais competitivas.
A pesquisa avaliou ainda como as tecnologias 4.0
influenciarão as áreas de relacionamento com fornecedores, desenvolvimento de
produto, gestão da produção, relacionamento com clientes e gestão de negócios.
No relacionamento com fornecedores, por exemplo, 77,3% dos entrevistados
disseram que a probabilidade é alta ou muito alta de as tecnologias digitais
serem dominantes nessa relação.
Entre os desafios para alcançar essa expectativa expressa
pelos empresários, Mól destaca a questão da mão de obra qualificada.
"Quando eu falo que o Brasil deve passar por uma transformação industrial
muito forte, como os dados estão mostrando, isso vai requerer um país muito
apto para ser parceiro nessas transformações", disse ele, lembrando a necessidade
de parcerias com universidades e de políticas públicas de incentivo à
indústria.Fonte: Inovação Tecnológica - com informações da Agência Brasil
-12/12/2017
Comentário: O Brasil sempre vive em fantasia em relação à
educação e desenvolvimento tecnológico. O nosso sistema educacional parece um buraco
negro onde o tempo pára e o espaço deixa de existir. Veja os dados do
Tribunal Superior Eleitoral. É triste.
Na Coreia do Sul, 97% dos estudantes concluem o ensino
médio. O investimento em educação ajudou a transformar o país de economia
agrária num dos maiores PIB´s da Ásia. No Brasil, 15% dos jovens de 15 a 17
anos estão fora da escola. Dos que começam o ensino médio, 35,5% desistem. O
que temos é uma salada de era industrial, carroça, bonde, linha de montagem
,etc
O Brasil precisa implementar urgentemente um projeto de
reindustrialização com ênfase em indústria 4.0, como é definida a integração na
indústria de transformação com tecnologias como Big Data, inteligência
artificial e Internet das Coisas, entre outras, com o objetivo de aumentar o
nível de automação e possibilitar novas formas de organização dos sistemas de
produção.
A avaliação foi feita por participantes do 1º Congresso
Brasileiro de Indústria 4.0, realizado pela Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp) em parceria com o Ciesp, Senai e a Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O evento reuniu representantes de empresas e de agências de
fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação, com o objetivo de discutir como
o Brasil pode construir vantagens competitivas no contexto da indústria 4.0.
Ao longo das últimas duas décadas, após o processo de
privatização e uma política cambial desastrosa - o dólar desvalorizar-se é
anunciado diariamente nos telejornais como sinônimo de catástrofe -, o Brasil
virtualmente desmontou sua "indústria 1.0", voltando a ter uma
economia basicamente primária, baseada na agropecuária e na exportação de
minerais, grande parte sem qualquer beneficiamento.
DESINDUSTRIALIZAÇÃO
José Ricardo Coelho, da Fiesp apresentou dados atestando que
o Brasil enfrenta um forte processo de desindustrialização, como é definida a
redução da capacidade industrial de um país.
A participação da indústria brasileira na indústria mundial
caiu praticamente pela metade nos últimos 20 anos, de 3,47% em 1995 para 1,84%
em 2016. Já a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro, que já se aproximou dos 30%, chegou a 11,1% em 2017, atingindo o
mesmo patamar de 1953, comparou Roriz. "A participação da indústria no PIB
brasileiro regrediu 65 anos. E, por conta disso, a produtividade brasileira
estagnou", explicou o especialista.
Em 1980, quando a participação da indústria no PIB brasileiro
atingiu o patamar de 20,2%, a produtividade brasileira em comparação com a dos
Estados Unidos chegou a 40,3%. Em 2015, porém, caiu para 24,9% - mesmo índice
de 1950. "Com a queda da participação da indústria no PIB brasileiro, a
produtividade do país em comparação com a dos Estados Unidos também regrediu
quase 65 anos. Isso representa um grande motivo de preocupação", afirmou.
ENQUANTO ISSO...
Enquanto o Brasil volta a uma economia de aspecto colonial,
economias de alta e média intensidade tecnológica têm feito grandes
investimentos para acelerar a migração para a indústria 4.0.
Uma pesquisa realizada em 2016 pela consultoria PWC com 2
mil empresas em 26 países apontou que elas investirão em indústria 4.0 o
equivalente a US$ 907 bilhões por ano até 2020 - cerca de 5% de suas receitas.
Com isso, essas empresas esperam obter uma redução de US$ 421 bilhões em seus
custos de operação e obter ganhos de receita equivalente a US$ 493 bilhões por
ano.
A Europa, por exemplo, planeja investir cerca de - 1,35 trilhão
ao longo dos próximos 15 anos em indústria 4.0. Deste total, - 250 bilhões
deverão ser aportados por empresas alemãs. Por sua vez, a China planeja
investir - 1,8 trilhão nos próximos anos para modernizar sua indústria.
"Para poder competir com esses países, o Brasil precisa
urgentemente de um projeto de reindustrialização com ênfase em indústria
4.0", avaliou Roriz.
VANTAGENS E DESVANTAGENS COMPETITIVAS
Mas, sem mesmo ter uma indústria significativa, como o
Brasil pode querer dar um salto para a indústria 4.0?
Os especialistas acreditam que o país possui alguns pontos
fortes que podem contribuir para dar resposta aos desafios trazidos pela nova
realidade da indústria 4.0. Entre eles, o de ter um parque produtivo bastante
diversificado, com unidades fabris de grandes empresas estrangeiras.
O país, contudo, terá que superar alguns obstáculos, como o
de melhorar sua infraestrutura tecnológica, desenvolver competências e
capacitações em tecnologias cruciais para implementação da indústria 4.0, como
robótica avançada, manufatura aditiva (construção de objetos por impressão 3D),
realidade aumentada e materiais funcionais.
Algumas dessas tecnologias já têm sido exploradas por
pequenas empresas nascentes de base tecnológica (startups), além de
universidades e instituições de pesquisa em São Paulo, destacou Carlos Américo
Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP.
"Há uma base mínima de competências instalada em universidades e em
empresas relacionadas à manufatura avançada e Internet das coisas, por exemplo.
A gente não parte do zero nessa corrida", avaliou.
Por outro lado, há novas competências que são mais recentes
e precisam de muito maior atenção em termos de apoio a projetos para
desenvolvê-las, disse Pacheco. Entre elas estão digitalização, realidade
aumentada, impressão 3D e materiais inteligentes ou funcionais, como metais
leves e de alta resistência, ligas de alto desempenho, cerâmicas avançadas,
compósitos e polímeros.
Fonte: Inovação Tecnológica - Com informações da Agência Fapesp
-11/12/2017
Comentário:
Sistemas Ciber-Físicos são sistemas computacionais e
colaborativos os quais as operações são monitoradas, coordenadas, controladas e
integradas por núcleos de comunicação e computação. Assim como a internet
transformou a maneira como os seres humanos interagem entre si, os sistemas
ciber-físicos vão transformar como nós interagimos com o mundo físico à nossa
volta. Muitos grandes desafios aguardam em domínios economicamente vitais, tais
como, transporte, saúde, manufatura, agricultura, pecuária, energia, defesa,
construções e outros. E-Aware Technologies
Internet das Coisas
De uma forma bem simples: é o modo como as coisas estão
conectadas e se comunicam entre si e com o usuário, através de sensores
inteligentes e softwares que transmitem dados para uma rede. Como se fosse um
grande sistema nervoso que possibilita a troca de informações entre dois ou
mais pontos.
O resultado disso é um planeta mais inteligente e
responsivo.
Mas de que “coisa” estamos falando? A resposta é qualquer
coisa.
Desde um relógio ou uma geladeira, até carros, máquinas,
computadores e smartphones. Qualquer utensílio que você consiga imaginar pode,
teoricamente, entrar para o mundo da Internet das Coisas.
Atualmente existem mais objetos na internet do que pessoas,
o que nos leva a refletir sobre esse processo.