sexta-feira, 23 de junho de 2017

Maioria do STF vota por manter Fachin como relator das delações da JBS

Sete ministros votaram por manter Fachin na relatoria e defenderam a homologação do acordo com Joesley e Wesley Batista

A maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira que o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, deve continuar na relatoria dos processos que envolvem as delações dos executivos da JBS. A Corte também referendou que a decisão do magistrado que, de forma monocrática, ou seja, individual, homologou o acordo feito entre os empresários Joesley e Wesley Batista com a Procuradoria-Geral da República. Este segundo ponto era central para a Lava Jato: caso o Tribunal decidisse rever os termos da colaboração dos irmãos Batista, poderia abrir um precedente que dificultaria a assinatura de novos acordos. Até o momento sete ministros já votaram, formando a maioria. Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Barros, Luiz Fux, Dias Tóffoli e Ricardo Lewandowski defenderam a manutenção do primeiro no comando do processo envolvendo a JBS e também a prerrogativa do relator para homologar o acordo da delação de forma unilateral. A sessão foi interrompida, e será retomada na próxima quarta-feira para o votos os quatro ministros restantes(28). Fonte: El País - 22 JUN 2017 -

domingo, 18 de junho de 2017

Há 200 anos era inventada a bicicleta



Draisiana: modelo criado por alemão não tinha pedais
Durante período de crise, alemão construiu modelo que antecedeu biciclos modernos como alternativa econômica ao cavalo. Projeto ganhou pedais e pneus só décadas mais tarde. Hoje, é símbolo da mobilidade sustentável.

Em 12 de junho de 1817, o funcionário público e inventor Karl von Drais se sentou no selim de sua máquina de correr de madeira e foi embora. O test-drive foi bem-sucedido: nascia a precursora da bicicleta moderna.

O momento não poderia ser melhor: a região era fustigada por um desastre climático, desencadeado por uma enorme nuvem de cinzas que uma erupção vulcânica na Indonésia tinha jogado no mundo inteiro. O resultado: frio, seca, perda de colheitas, fome. A situação também vitimou muitos cavalos – que foram simplesmente para a panela.

Drais vinha pensando há tempos sobre uma alternativa sensata para o cavalo – e assim foi inventada a chamada "draisiana". Provavelmente, ao experimentar sua invenção pela primeira vez, ele não chegou a pensar que, com ela, alteraria para sempre a mobilidade da humanidade. Na verdade, ele só queria ganhar dinheiro com ela.

A viagem inaugural começou na cidade de Mannheim e seguiu por cerca de 14 quilômetros em direção ao sul, rumo a Schwetzingen. A imprensa em toda a Europa comentou a invenção vinda da Alemanha. O aspecto financeiro foi o mais celebrado: o custo de uma draisiana era de 20 libras, enquanto o de um cavalo, 1.900 libras. Imbatível também foi considerado o fato de que o dispositivo não tinha custos adicionais – afinal, não precisava receber ração.

Mas, para decepção de Drais, o novo meio de transporte não entusiasmou a todos. Afinal, não era todo mundo que gostava de se movimentar caso não fosse necessário. As pessoas comuns do campo costumavam permanecer por toda a vida no mesmo lugar onde nasceram e achavam estranha a ideia de se afastar voluntariamente de suas casas. Foi então que essa nova máquina se tornou mais um brinquedo de alguns esportistas ricos.

Mas o invento não passou sem ser notado por outros inventores. Drais patenteou sua máquina, mas a patente só tinha validade na sua região, Baden. Além das fronteiras daquela área, seu veículo foi copiado e aperfeiçoado.
Foto-Em 1870, o inglês James Starley inventou a "Hochrad" (roda alta) Ariel. Graças ao mecanismo de impulsão da enorme roda dianteira, ela andava muito mais rápido, mas também era extremamente instável. Sozinho, não se podia subir nela. E, em caso de acidente, o condutor podia sofrer graves ferimentos.


Até aparecer a bicicleta em sua forma atual, se passaram muitas décadas. Inventores na França e na Inglaterra melhoraram o projeto de duas rodas continuamente, indo desde o primeiro velocípede movido a pedal até o modelo com a roda dianteira aumentada, que apresentava risco de vida aos ciclistas. Então, no final do século 19, a bicicleta clássica apareceu, com os elementos conhecidos até hoje: duas rodas de tamanho igual, com dois pneus e uma corrente entre os pedais e roda traseira.

A tecnologia da bicicleta foi, aliás, também aproveitada na indústria automobilística, como, por exemplo, no caso dos pneus. Muitas formas foram criadas em 200 anos – e muito foi modificado até que o veículo se tornasse um meio prático de transporte para todos. A bicicleta foi ridicularizada, considerada imprópria por associações conservadoras de mulheres e mais tarde foi considerada um brinquedo exclusivo para ricos. Então, chegaram a motocicleta e o carro como concorrentes.

 Foto-Primeira Volta da França

Em 1870, a bicicleta alta foi superada pela "normal", mais baixa, com correia dentada e pneu com câmera de ar. A famosa corrida ciclística Volta da França aconteceu pela primeira vez em Paris em 1º de julho de 1903, com 60 participantes. Entre as etapas estavam Lyon, Marselha, Toulouse, Bordeaux e Nantes. A competição, de 2.428 quilômetros, foi vencida pelo francês Maurice Garin (camisa clara).


Hoje, a bicicleta é objeto de consumo, de culto, meio para esporte e diversão, usado por bilhões de pessoas ao redor do mundo. Tornou-se símbolo da mobilidade sustentável. Quem deixa o carro em casa e vai para o trabalho de bicicleta não faz algo de bom só para o meio ambiente, mas também para si mesmo. Pois quem pedala muito permanece mais tempo saudável. Fonte: Deutsche Welle - Data 12.06.2017

O Brasil está próximo da lanterna da competitividade global

O Brasil está próximo da lanterna da competitividade global, aponta um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo instituto de pós-educação suíço IMD em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Segundo o levantamento anual, apenas Venezuela e Mongólia estão em situação pior do que o Brasil. O país está na 61ª posição dentre as 63 economias avaliadas. De acordo com o diretor do estudo, o professor Arturo Bris, a má performance se deve à crise política no país.

No topo do ranking estão Hong Kong e Suíça, já haviam garantido o primeiro e segundo lugar na edição passada, seguidos por Cingapura e Estados Unidos, respectivamente, que trocaram de posição em relação à análise anterior.

Em 2016 o Brasil figurava na 57ª posição, mas caiu quatro pontos porque seus indicadores políticos e econômicos pioraram.

O ranking, que é publicado desde 1989, avalia o perfil dos países com base em quatro pilares: performance econômica, eficiência de governo, eficiência empresarial e infraestrutura.

Por meio de uma estimativa baseada em estatísticas compiladas sobre essas categorias, um país é comparado com o outro. Os dados utilizados para a edição atual são referentes ao período de janeiro a abril deste ano.

Na performance econômica, o Brasil recuou de 55 para 59, na eficiência do governo piorou de 61 para 62, na eficiência empresarial foi de 51 para 49 e na infraestrutura, caiu de 46 para 51.

A intenção do estudo é servir de referência para a criação de políticas públicas que gerem prosperidade para os indivíduos do país. No caso do Brasil, o país está falhando porque a crise de desgoverno não estão levando em consideração o interesse da sociedade, explica Bris.

"O Brasil é o caso clássico em que o setor público é um obstáculo à competitividade do país", avaliou Bris em entrevista à BBC Brasil.

Apesar de defender a necessidade de reformas no país, o professor avalia que não é sustentável nem eficiente tentar se levar adiante a pauta sem resolver a questão da corrupção primeiramente.

"A percepção do mercado (sobre o Brasil) é muito negativa, o país está entre os dez piores para se fazer negócios. O setor privado não acredita no governo. Eles não podem tomar a tarefa de investir e criar empregos para deixar o país mais competitivo. Isso não vai funcionar", pondera.

O estudo avalia que os objetivos brasileiros devem ser: acelerar a retomada econômica, modernizar e facilitar as leis, aprovar reformas-chave e reconquistar a confiança internacional. Para isso, é necessário desenvolver e implementar uma estratégia de competitividade digital, além de aumentar a eficiência e qualidade do sistema educacional.

"Competitividade é sobre criar empregos, estimular a prosperidade de uma nação", resume Bris.

De acordo com a perspectiva do estudo da IMD, a maior vulnerabilidade do Brasil é a falta de visão de longo prazo, como políticas de melhora da qualidade da educação pública e de inserção na economia digital. Fonte: BBC Brasil -     31 maio 2017

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Brasil comemora sozinho o Dia dos Namorados

Diferente de outras partes do mundo onde o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, no dia de São Valentim, o Brasil celebra a união amorosa em 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro da Igreja Católica.

Além da proximidade com o dia de Santo Antônio, invocado por quem quer achar coisas perdidas, ter filhos ou conseguir um amor, há outra hipótese para a escolha da data no Brasil: uma ação de marketing. Segundo essa versão, o pai do atual prefeito de São Paulo, cujo nome também era João Doria, teria criado a data para incrementar as vendas de uma rede de lojas quando era diretor de uma agência de publicidade, em 1949.
No Brasil, a data tem relevância para comércio, já que é comemorada com troca de presentes, flores e cartas entre casais, além de jantares românticos. Se essa versão é verdadeira ou não, o fato é que o Brasil comemora a data sozinho.

SÃO VALENTIM
A origem do Dia de São Valentim, celebrado nos Estados Unidos e na Europa, é muito anterior ao Dia dos Namorados no Brasil.
O chamado Valentine's Day começou a ser celebrado no século 5 - o primeiro dia oficial do santo foi declarado em 14 de fevereiro de 496 pelo papa Gelásio, em homenagem a um mártir que tinha esse nome.

Há algumas explicações para a história, mas a mais famosa é a de que São Valentim era um padre de Roma que foi condenado à pena de morte no século 3.
Segundo esse relato, o imperador Claudio 2 baniu os casamentos naquele século por acreditar que homens casados se tornavam soldados piores - a ideia dele era de que solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, poderiam render melhor no Exército.

Valetim, porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao mundo. Por isso, ele passou a quebrar a lei e organizar cerimônias em segredo.

Quando Claudius descobriu, ele foi preso e sentenciado à morte no ano 270. Mas, durante o período em que ficou preso, o agora santo se apaixonou pela filha de um carcereiro. No dia do cumprimento da sentença, ele enviou uma carta de amor à moça assinando: "do seu Valentim" - o que originou a prática moderna de enviar cartões para a pessoa amada no 14 de fevereiro.
Mas foi apenas dois séculos depois que a data passou a ser efetivamente comemorada, quando o papa Gelásio instituiu o Dia de São Valentim, classificando-o como símbolo dos namorados.

A comemoração foi criada como uma resposta a uma tradição antiga que teria se originado em um festival romano de três dias chamado Lupercalia.
O evento, ocorrido no meio de fevereiro, celebrava a fertilidade. Seu objetivo era marcar o início oficial da primavera. Fonte: El Pais - São Paulo 12 JUN 2017  e BBC Brasil